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Para acabar com esta agonia

Após a Standard & Poor's ter rebaixado a classificação da dívida americana e as bolsas terem desabado, os analistas econômicos de todos os matizes se apressaram para dar seus veredictos e apresentarem suas explicações.  Porém, como sempre acontece quando o assunto é economia, "só se acredita no que se vê".  Keynesianos, monetaristas e austríacos podem todos olhar para um mesmo acidente de trem e dizer que os dados fazem jus às suas previsões.

Naturalmente, concordo com a análise de Jeffrey Tucker, que diz que, dentre todas as escolas de pensamento econômico, os austríacos se mostraram os melhores guias ao longo da crise financeira.  Porém, o paladino do keynesianismo, Paul Krugman, tem seguidamente se autocongratulado, dizendo que ele esteve certo durante todo este tempo, ao passo que os economistas pró-livre mercado estiverem o tempo todo completamente equivocados.  Sua coluna do dia 6 de agosto é uma perfeita ilustração de como os fatos podem sempre ser moldados de forma a se encaixarem em uma narrativa pré-concebida.  

Krugman: Jamais tivemos uma recuperação econômica

Krugman começa sua coluna com essa depressiva afirmação:

A queda de mais de 500 pontos no índice Dow Jones na quinta-feira e a queda dos juros para patamares quase nunca vistos confirmaram a notícia: a economia não está se recuperando e Washington esteve se preocupando com os fatores errados.

Não se trata apenas do fato de a ameaça de um duplo mergulho recessivo ter se tornado muito real: tornou-se agora impossível negar o óbvio, qual seja, que não estamos e nunca estivemos no caminho da recuperação.

Puxa, com tanto pessimismo assim, Krugman poderia virar colunista do mises.org.  (Apenas confira as citações sombrias e circunspectas de vários austríacos que foram compiladas por Jeffrey Tucker).  Se você ler toda a coluna de Krugman, ficará com a sensação de que ele sempre teve essa premonição ruim quanto à economia americana, e que sempre foi um pessimista.

Mas a verdade é que ele nunca foi assim — ao menos não da mesma maneira que os austríacos, que confiantemente sempre disseram que todas as notícias otimistas sobre "recuperação" eram totalmente inverossímeis.  Por exemplo, em agosto de 2009, Krugman escreveu,

Ainda estou muito preocupado com a economia americana.  Ainda há, creio eu, uma chance substancial de o desemprego permanecer alto por muito tempo.  Porém, tudo indica que já evitamos o pior: uma catástrofe deixou de ser plausível.

E o motivo disso é o fato de termos implementado um governo grande, gerido por pessoas que entendem suas virtudes.

Um pouco depois, ainda naquele mês, Krugman foi mais definitivo.  Em uma postagem em seu blog intitulada "A Resposta é Sim", ele iniciou seu texto dizendo isso: Barbara Kiviat [repórter da revista Time] pergunta: estamos em uma recuperação ou não?  A resposta é sim."

Agora, é preciso ter em mente que estamos lidando com Krugman.  Logo, qualquer coisa que ele escreva pode ser livremente adaptada, após o fato, de acordo com o que quer que venha a acontecer.  Desde o princípio, ele vem dizendo que o desemprego continua abissal, que os republicanos estão doidos para sabotar a frágil recuperação e por aí vai.  Assim como ele espertamente se protegeu em relação à questão dos pacotes de estímulo — ele alega que foram volumosos o bastante para evitar outra Grande Depressão, mas não volumosos o bastante para levar a uma economia saudável —, ele também sempre deixou aberta uma saída de emergência pela qual fugir em suas discussões sobre a situação da economia.

Todavia, quando se trata de pessoas alertando que os EUA não estão em recuperação, os austríacos sempre estiveram claramente corretos Krugman, claramente errado.  Releia a citação acima se você duvida de mim.

Krugman: Se ao menos tivéssemos mais inflação e mais déficits...

Agora chegamos à parte realmente divertida, na qual Krugman explica sem rodeios por que a economia dos EUA ainda está paralisada, há três anos e contando:

Para reverter este desastre, muitas pessoas terão de admitir que estiveram erradas e que precisam mudar suas prioridades, imediatamente.

É claro que há aqueles que simplesmente não vão mudar. Os republicanos não vão parar de gritar a respeito do déficit porque nunca foram sinceros em relação a isso: sua preocupação com o déficit foi um porrete com o qual golpearam seus oponentes políticos, e nada mais do que isso.

Mas a desastrosa política econômica dos últimos dois anos não foi apenas o resultado do obstrucionismo do Partido Republicano, que não teria tanta força se a elite dos governantes — incluindo-se nela alguns nomes do governo Obama — não tivesse concordado que a redução do déficit, e não a criação de empregos, deveria ser nossa grande prioridade.  E não devemos isentar Ben Bernanke e seus colegas.  O Fed não fez tudo o que podia, parte por estar mais preocupado com uma inflação hipotética do que com o desemprego real, e parte por ter se deixado intimidar por tipos como Ron Paul.

Pronto, aí está: de acordo com Krugman, a economia americana está atolada na lama porque (a) o governo federal não tem se mostrado disposto a incorrer em grandes déficits orçamentários, e (b) o Banco Central americano não tem se mostrado disposto a imprimir grandes quantias de dinheiro.

À luz dessa explicação de Krugman, os dois gráficos a seguir são significativos.  O primeiro mostra a "poupança líquida do governo", em dólares (um número negativo indica um déficit orçamentário):

Figure1.png

É verdade que o gráfico acima não seria tão espantoso caso eu tivesse convertido os valores nominais em porcentagens do PIB.  Porém, quero lembrar o leitor que, apenas três anos atrás, a noção de um "déficit de um trilhão de dólares" provocaria um ataque cardíaco nos americanos.  Quantos se lembram de como os analistas econômicos ficaram estupefatos com o tamanho do pacote de estímulos implementado por George W. Bush no início de 2008?  Aquele pacote era de meros US$ 152 bilhões.

Podemos ver uma história similar quando analisamos a política monetária.  Eis um gráfico da "base monetária", que é a medida mais simples da oferta monetária (base monetária = cédulas e moedas metálicas existentes + reservas bancárias) e que está sob controle total e direto do Banco Central:

Figure2.png

Pergunta: as afirmações de Krugman fazem algum sentido?  Após ver os dois gráficos acima, como pode alguém em seu juízo perfeito dizer que a economia americana está parada em decorrência de déficits insuficientes e da timidez do Banco Central?

Ver para crer

Como pode um sujeito esperto como Krugman (e outros caras astutos, como Tyler Cowen, que pede mais inflação) ter essas ideias totalmente contraditórias sem que sua cabeça exploda?  Há duas explicações.

A primeira é que, se uma pessoa adota um modelo que sugere que a solução para um alto desemprego e para um PIB estagnado é estimular a demanda agregada, e, uma vez implementadas ambas essas medidas, o desemprego continua alto e o PIB continua parado, então, ora essa, é óbvio que os déficits orçamentários e as várias rodadas de impressão de dinheiro não foram agressivos o suficiente.  Se você está totalmente convicto de que um determinado veneno é um bom remédio, mas os pacientes continuam morrendo após um aumento da dosagem, então claramente a dosagem ainda não foi agressiva o bastante.

Fora isso, Krugman e outros defensores de mais intervencionismo estatal têm alguns dados a seu favor, como ele explica em uma postagem em seu blog na semana retrasada:

O Wall Street Journal disse que os empréstimos tomados pelo governo federal iriam afugentar os gastos privados porque fariam com que as taxas juros disparassem.  Observe que, quando o editorial linkado acima foi publicado, a taxa de juros de 10 anos estava em 3,7%, com o jornal prevendo que ele subiria ainda mais.

A minha visão era a de que o governo tomar empréstimos quando a economia está em uma armadilha da liquidez é algo que não afeta os juros, e que, com efeito, as taxas de juros iriam permanecer baixas enquanto a economia continuasse deprimida.

E foi isso o que aconteceu.

Trata-se de um teste bastante claro; dentre outras coisas, você teria perdido muito dinheiro caso tivesse acreditado no The Wall Street Journal

A inflação é outro tópico; o WSJ continuamente diz a seus leitores que um grande surto inflacionário está por vir.  O aumento dos preços das commodities obscureceu um pouco essa questão, mas mesmo assim todos os outros acontecimentos no quesito inflacionário têm estado muito mais próximos daquilo que os keynesianos previram do que tudo o que foi previsto pela direita.

Observe a brilhante manobra retórica de Krugman: as coisas que realmente interessam são aquelas que ele corretamente previu e que o WSJ não previu — a saber, taxas de juros de longo prazo e inflação de preços ao consumidor.  Já a disparada nos preços das commodities — algo que, obviamente, é consistente com a visão de mundo à la Peter Schiff, e totalmente oposta à visão keynesiana de que "só a demanda afeta a economia" — apenas "obscureceu um pouco essa questão."  Mas podemos simplesmente ignorar esse último fato, pois, como sabemos, no fundo, apenas os modelos keynesianos são os corretos, e todos os modelos "direitistas" são errados.

A frase de Krugman sobre perder dinheiro por ter seguido os conselhos do WSJ é algo que ele vem dizendo há um ano já, mas isso também não é muito claro.  O único conselho financeiro que os "paranóicos" tipos direitistas do Tea Party vêm oferecendo é para comprar ouro.  (Eu mesmo venho dizendo isso a meus leitores desde o início da crise, quando criei meu blog pessoal em agosto de 2008).  Ao longo dos últimos três anos, o ouro subiu mais de 90%.  Nada mau para pessoas que supostamente, segundo Krugman, se mostraram totalmente erradas sobre como a crise financeira iria se desenrolar.

Observe também que Krugman indubitavelmente não previu essa enorme valorização do ouro (ou, aliás, de todas as outras commodities).  A única — e hilária — explicação que ele forneceu para a valorização do ouro foi dizer que se tratava de uma conspiração direitista insuflada por paranóicos como Glenn Beck (famoso ex-apresentador de um programa da Fox News, o qual, segundo Krugman, teria o poder de influenciar todo o mundo a sair comprando ouro maciçamente, pois estaria gerando pavor ao alertar sobre os riscos de uma vindoura hiperinflação).

Conclusão

Pelo que sei, nenhuma escola de pensamento econômico previu com 100% de correção, ainda lá em janeiro de 2008, todos os fenômenos econômicos que estariam por vir.  Os keynesianos convencionais empregados na Casa Branca, bem como todas as grandes firmas que fazem prognósticos, se mostraram completamente errados quanto aos efeitos dos pacotes de estímulos implementados por Obama.  A Escola de Chicago também se mostrou completamente errada quanto ao impacto dos déficits sobre os juros.  Pessoas como Peter Schiff (e este que vos escreve) estavam completamente errados sobre a inflação de preços ao consumidor em 2009 e 2010.  Os "quase-monetaristas" (que culpam Bernanke por suas políticas monetárias supostamente muito restritivas) e Paul Krugman se mostraram completamente equivocados em relação aos preços do ouro e da prata, e discutivelmente equivocados em relação à fragilidade da "recuperação" das bolsas de valores.

Mas uma coisa é certa, e aqui eu vou concordar com Krugman quando ele conclui seu artigo assim: "Os milhões de americanos que deveriam estar empregados — mas não estão — já sabem o que é que não está funcionando: a política econômica dos últimos dois anos."

Veja novamente os dois gráficos acima.  Qualquer pessoa de bom senso irá admitir que, nos últimos dois anos, a economia americana foi submetida a déficits orçamentários sem precedentes e a uma inflação monetária inaudita.  Krugman está certo: isso não está funcionando absolutamente nada.  É hora de finalmente deixar o livre mercado corrigir os desequilíbrios da economia para acabar com esta agonia e nos propiciar uma genuína recuperação.



autor

Robert P. Murphy

é Ph.D em economia pela New York University, economista do Institute for Energy Research, um scholar adjunto do Mises Institute, membro docente da Mises University e autor do livro The Politically Incorrect Guide to Capitalism, além dos guias de estudo para as obras Ação Humana e Man, Economy, and State with Power and Market.  É também dono do blog Free Advice.



  • Marcus Lins  15/08/2011 09:57
    Falando sobre intervenções estatais na economia e todo esse tipo nefasto de coisas, gostaria que o mises.org.br nos trouxesse algum artigo falando sobre a Bélgica.

    A Bélgica encontra-se a mais de um ano sem conseguir formar o governo, incapaz de tomar medidas "para evitar a crise". Uma análise do comportamento da economia belga seria muito interessante.

    Continuem o bom trabalho.
  • João  15/08/2011 10:17
    Acho que Robert Murphy e Peter Schiff erraram quanto à inflação, mas ela é uma ameaça real e, pelo que estou vendo, inevitável. Afinal, ou o governo se vira e tira o dinheiro que gerou ou uma hora o dinheiro vai acabar a fluir dos bancos para a economia. Os preços vão disparar e o governo vai dizer que é culpa dos malvados e gananciosos empresários.
  • Helio  15/08/2011 11:17
    Pois é, a vasta maioria dos austríacos errou o "call" ou o timing da inflação. Eles concluíram que as injeções maciças de reservas (componente principal da base monetária) iria causar inflação alta em pouco tempo (já se passaram mais de três anos). Mas para que haja inflação alta é preciso que as reservas se transformem em empréstimos e se multipliquem. Mas os bancos seguem "vomitando" os ativos podres e não estão dispostos a emprestar. Até agora, como eu suspeitava, o cenário foi mais parecido com o Japão dos anos 1990. (nós publicamos na época textos sobre esse cenário - Leandro, você sabe dizer que artigos foram?)

    A quantidade de moeda, no entanto, está neste ano crescendo a níveis indiscutivelmente inflacionários. E agora o Fed declarou uma política suicida, de compromisso com juros zero por pelo menos dois anos (e potencialmente QEs adicionais), independente do cenário. O jogo está com jeitão de estar mudando. No entanto, continuo a achar que se a inflação voltar, Bernanke utilizará o instrumental de seu mentor, Friedman, e retirará os estímulos (por uma questão de sobrevivência do Fed - Ron Paul está na sua cola) e jogará toda a culpa no Congresso pela bagunça fiscal.

    Let's see. O timing, que não é o forte dos Austríacos não-investidores, será crucial para ganhar dinheiro (ou deixar de perder).
  • Leandro  15/08/2011 13:48
    Helio, corrija-me se eu estiver errado, mas realmente não vejo como o Fed poderia hoje elevar os juros da economia americana.

    Afinal, dado que a taxa básica de juros -- seja aqui no Brasil, seja lá nos EUA -- representa a taxa que os bancos cobram entre si no mercado interbancário, e dado que atualmente, nos EUA, os bancos não têm a menor necessidade de recorrer ao mercado interbancário para recompor suas reservas ( simplesmente porque o sistema bancário americano está nesse momento com US$ 1,3 trilhão de "reservas em excesso"),
    então resta claro que não tem como essa taxa ser alterada pelo Fed no presente momento, simplesmente porque os bancos não estão com a menor necessidade de buscar empréstimos no interbancário.

    Sendo assim, o Fed pode declarar a meta de juros que quiser, pois isso não terá efeito prático nenhum sobre o mercado. Se os bancos não estão precisando de empréstimos entre si, a taxa em vigor no mercado interbancário é completamente inócua.

    A única maneira de o Fed poder afetar os juros do interbancário seria enxugando todas as reservas em excesso. Para isso, ele teria de vender toneladas de títulos. Para vender toneladas de títulos, os preços de cada título teriam de ser ínfimos, o que elevaria os juros às alturas. Isso faria com que o serviço da dívida americana praticamente consumisse todo o orçamento do governo, além do fato de que tal aumento de juros paralisaria a economia, sendo algo politicamente insustentável.

    É por isso que a melhor e mais brilhantes solução é a do Ron Paul: simplesmente cancelar todos os títulos em posse do Fed. Caso isso acontecesse, por uma questão de contabilidade, a redução de ativos do Fed teria de gerar uma redução de passivos do Fed. Os ativos cancelados seriam os títulos do Tesouro em posse do Fed; os passivos cancelados seriam justamente as reservas em excesso que foram criadas com a compra desses títulos.

    Logo, o plano de Ron Paul mata dois coelhos com um só tiro: reduz a dívida em US$ 1,3 trilhão e ainda acaba com o problema das reservas em excesso, afastando o fantasma da hiperinflação.
  • Rubens Marins  15/08/2011 16:43
    Senhores do Conselho,\r
    \r
    Favor me explicar com mais exatidão se o FED é um banco do governo americano (federal reserve), ou se o FED é um banco privado dos rothschilds, jpmorgan, rockfeller, schiff and tutti quanti.\r
    \r
    Obrigado,\r
    \r
    Rubens.\r
    \r
    Ps. Segue um link que talvez os ajudem a me explicar:\r
    \r
    www.youtube.com/watch?v=Rcbq1dXMS6A
  • Leandro  15/08/2011 16:52
    Prezado Rubens,

    O presidente do Fed é apontado pelo presidente americano, e a autoridade do Fed é derivada do Congresso americano, o qual tem poderes de supervisão sobre o Fed -- embora não tenha -- em tese! -- poderes sobre a política monetária que este adota.

    Ademais, o presidente do Fed, após ser escolhido pelo presidente americano, precisa ser aprovado pelo Congresso.

    É também o governo quem determina os salários de alguns dos funcionários do alto escalão do Fed.

    Nesse sentido amplo, o Fed é estatal.

    Agora, o Fed é "privado" em dois sentidos:

    1) Suas 12 sucursais (Boston, Nova York, Filadélfia, Cleveland, Richmond, Atlanta, Chicago, St. Louis, Minneapolis, Kansas City, Dallas e San Francisco) são geridas privadamente (é como se as sucursais do Banco Central no Rio, em São Paulo, Belo Horizonte, Fortaleza etc. tivessem gerência privada). Mas elas apenas obedecem às ordens do Fed de Washington, que é quem manda em todo o sistema.

    2) O Fed como um todo não sofre qualquer auditoria política. Trata-se de uma caixa-preta mais impenetrável que a CIA.

    Abraços.

    P.S.: Não entendi aquela menção ao Schiff entre os "donos" do Fed.
  • Rubens Marins  15/08/2011 17:22
    Falo do jacob e não do Peter.\r
    \r
    No início de 1907, Jacob Schiff, o chefe controlado pelos Rothschilds, da Kuhn, Loeb and Co., em um discurso na Câmara de Comércio de Nova York, advertiu que "a não ser que tenhamos um Banco Central com controle adequado dos recursos de crédito, este país passará pelo mais severo e amplo pânico financeiro na história."\r
    \r
    Em 1913 eles começaram finalmente a comandar a emissão de dinheiro na América.\r
    \r
    "Se essa política financeira indisciplinada que teve sua origem na República norte-americana (isto é, dinheiro honesto constitucionalmente autorizado sem dívida), se tornar consolidada de forma permanente, então esse governo fornecerá seu próprio dinheiro sem custo. Ele pagará suas dívidas e ficará sem dívidas (junto aos banqueiros internacionais). Ele alcançará uma prosperidade sem precedentes na história dos governos civilizados do mundo. Os cérebros e a riqueza de todos os países irão para a América do Norte. Esse governo precisa ser destruído, ou destruirá cada uma das monarquias no mundo." - Times of London.\r
    \r
  • mcmoraes  15/08/2011 21:55
    @Murphy: "...Pessoas como Peter Schiff (e este que vos escreve) estavam completamente errados sobre a inflação de preços ao consumidor em 2009 e 2010..."

    @Helio: "...Pois é, a vasta maioria dos austríacos errou o "call" ou o timing da inflação..."

    Confesso que não entendi. A inflação já causou estragos e tudo indica que vai causar muito mais. Aqui vão algumas evidências:

    business.financialpost.com/2011/06/15/u-s-inflation-leaps-most-in-three-years/

    business.financialpost.com/2011/05/27/u-s-consumer-spending-tepid-as-inflation-heats-up/

    www.thedailybeast.com/newsweek/2011/05/01/sticker-shock.html

    Onde foi que os austríacos erraram?
  • Filippini  15/08/2011 14:13
    Esta solução do Ron Paul é realmente genial.Eu discordo de algumas pregações econômicas e políticas da Escola Austríaca,mas tem muita coisa que leio e releio e acho muito boas.

    Leandro,saberia nos informar por qual motivos o Ron Paul,não aparece neste momento como um nome forte nas prévias do Partido Republicano ?Ele tem ou não tem intenção de concorrer ao cargo presidencial ?

    Parabéns mesmo,desta eu gostei.Aguardo o retorno para esta pergunta.
  • amauri  15/08/2011 14:23
    Boa tarde!
    Onde se encontra quanto o governo americano gasta com subsidios, assistencialismo,...abs
  • Leandro  15/08/2011 15:03
    Amauri, todos os dados sobre o governo americano você pode encontrar neste site:

    www.bea.gov/index.htm

    Utilize a ferramenta de busca para encontrar o assunto que você quer. E, como sempre, tenha muita paciência e perseverança.

    Abraços!
  • Rhyan  16/08/2011 17:55
    E do governo brasileiro?
  • Leandro  16/08/2011 18:06
    Do governo brasileiro você pode ver aqui. Também, muita paciência e perseverança.

    www.portaldatransparencia.gov.br/Despesas.asp



  • anônimo  16/08/2011 21:40
    Valeu brow!
  • Leandro  15/08/2011 14:26
    Filippini, neste sábado passado houve a Straw Poll em Iowa, evento esse que é considerado o mais importante antes do início das primárias. Ron Paul ficou em segundo lugar, e apenas 0,9 ponto percentual atrás do vencedor, Michele Bachmann.

    Ron Paul não apenas tem a intenção de concorrer, como sua campanha já está a todo o vapor.

    Seu maior desafio, porém, não é ir para a Casa Branca. Isso ele conseguiria fácil fácil contra aquela coisa mentalmente disforme chamada Obama. Seu maior desafio é vencer os neoconservadores nas primárias do Partido Republicano. Há muitos interesses corporativos e bancários -- setores que dependem diretamente do governo -- que não querem nem ouvir falar no nome dele.
  • Filippini  15/08/2011 15:08
    Saquei Leandro.Seria bom, o site do Mises Brasil,mostrar de que lado esta o Ron Paul,e quem são os neoconservadores que estão ao lado dos bancos,causadores de muitos de nossos problemas.Destrinchar para o público esta informações,seria ótimo.
  • Marcelo Werlang de Assis  15/08/2011 15:56
    "Por ter se deixado intimidar por tipos como Ron Paul." Hehehehehehehe...\r
    \r
    O Krugman, sim, é que é um "tipo". :)\r
  • Tiago Moraes  15/08/2011 23:18
    Eu nunca acreditei que as QE's do Federal Reserve provocassem a inflação apregoada pela EA, pelo fato do dólar ser reserva de valor e muitos investidores e países com reservas em dólares e títulos da Dívida Americana ainda verem a melhor forma de escapar da depreciação do dólar simplesmente adquirindo mais dólares em uma razão superior à sua depreciação (uma forma louca de preservar o poder de compra de um ativo também é aumentando as quantidades absolutas deste em uma taxa superior à sua desvalorização). Enfim, parte desses dólares imprimidos não circulam pela Economia Americana, eles vão parar no exterior, por tanto, por ser reserva internacional de valor, o efeito inflacionista da política monetária do Federal Reserve é diluído ao redor do mundo. O impacto inflacionista (como prevê a EA) só ocorrerá, quando a crise de confiança no dólar atingir o seu apogeu e os "dolarizados" começarem a extornar os seus dólares de volta aos Estados Unidos, os keynesianos do FED, no fundo sabem e temem isso, não é atoa que o país que destruiu o padrão ouro é ironicamente o que possui as maiores reservas de ouro em estoque (mais de 8.000 toneladas).
  • Marcelo  15/08/2011 23:33
    "A única maneira de o Fed poder afetar os juros do interbancário seria enxugando todas as reservas em excesso. Para isso, ele teria de vender toneladas de títulos. Para vender toneladas de títulos, os preços de cada título teriam de ser ínfimos, o que elevaria os juros às alturas. Isso faria com que o serviço da dívida americana praticamente consumisse todo o orçamento do governo, além do fato de que tal aumento de juros paralisaria a economia, sendo algo politicamente insustentável."

    Outra maneira desse cenário acontecer é se, ao invés do FED, a China revolver vender os Títulos do Tesouro americano, certo?


    E quanto ao Peter Schiff ter errado sobre a hiperinflação, se ele errou, o erro foi o timing (embora eu não tenha visto ele dizer que a inflação viria em 2009/2010).
  • Marcelo  15/08/2011 23:40
    Só para complementar: o que eu vi o Peter Schiff dizer (no seu livro "Crash Proof") sobre a inflação é aquilo que o Tiago Moraes postou.
  • Alvaro  15/08/2011 23:56
    Vi um pouco do debate dos pré-candidatos republicanos na FOXnews quinta-feira.
    Tem um monte de cara copiando algumas coisas que Ron Paul diz faz tempos... tiveram uns 2 que passaram a culpar o FED pela situação atual da economia americana e por aí vai. (Uns caras que nem fazem ideia do que é a escola austríaca)
    Ron Paul manda muito, vale a pena divulgá-lo como político. É um cara muito íntegro, tem uns 30 anos de carreira política e sempre foi fiel às suas ideias de liberdade econômica. Tem um vídeo (na verdade vários!) muito bom e está legendado:

    www.youtube.com/watch?v=Qr7DlGRzAok
  • anônimo  16/08/2011 09:51
    > Pelo que sei, nenhuma escola de pensamento econômico previu com 100% de correção,
    > ainda lá em janeiro de 2008, todos os fenômenos econômicos que estariam por vir.

    Mish tem um excelente post que meio que responde a esse artigo do Robert Murphy:

    globaleconomicanalysis.blogspot.com/2011/08/yes-virginia-us-back-in-deflation.html
  • Joao  16/08/2011 12:18
    A inflação da oferta monetária já ocorreu. Como esse dinheiro gerado do nada é diluído pelo mundo, o efeito sobre os preços nos EUA não ocorre imediatamente. Ou seja, a hiperinflação não ocorre justamente porque os EUA ainda conseguem gerar dinheiro da cloaca e diluí-lo pelo mundo. Eles estão até convencendo os chineses de que podem confiar na máquina de dinheiro dos EUA. Isso porque, se os chineses realmente decidirem começar a se livrar dos dólares dos EUA, aí a porca torceria o rabo e daria piruetas.

    Enquanto os EUA forem o "lastro" do mundo, enquanto eles puderem imprimir dinheiro e serem os grandes e confiáveis devedores, não haverá uma hiperinflação de preços nos EUA. O problema é que o problema, que no começo era grande, tornou-se gigantesco, e, no futuro, pode se transformar em uma grande hecatombe financeira. É claro que, enquanto o problema puder ser adiado e as dívidas puderem aumentar indefinidamente (tudo em prol de um futuro Keynesiano brilhante!), é isso o que os políticos decidirão fazer. Afinal, nada mais gostoso do que ter em uma das mãos um gerador de dinheiro e na outra um bando de economistas estúpidos defendendo gastos públicos como o motor da economia. Quando a hiperinflação realmente começar, os gênios culparão o mercado pelos preços altos.
  • Felipe  16/08/2011 10:59
    Uma ponto que não entendo... Entrei nesse blog, e os 5 primeiros artigos que li foram escritos e conduzidos, basicamente, criticando economistas de outras escolas. Não seria mais elegante e produtivo por parte desses ilustres pensadores transmitir suas idéias, otimizando o seu tempo e o tempo do leitor, destrinchando argumentos ao invés de insistir nos "fulano de tal errou quando disse isso", "não sei quem falou besteira quando disse", "keynesianos são ridículos quando", etc. Santo Deus, dai-me paciência!!!
  • Peterson Mota  16/08/2011 13:44
    Felipe, você que acabou de chegar, fique a vontade para ler todo o site! Todas às informações que você deseja já estão escritas. Que tal começar com os artigos de 2 anos para cá? Se de fato desejar aprender a verdadeira economia, certamente quando chegar na data de hoje, depois de ler tudo, entenderá por que as coisas são ditas da maneira como estão sendo escritas hoje!

  • Felipe  17/08/2011 02:38
    Me perdoe Peterson, mas para mim é impossível imaginar qualquer motivo! No entanto, posso não só imaginar - como apontar - inúmeros autores que argumentam de maneira diferente. Enfim, é só minha opinião.
  • Joao  17/08/2011 09:55
    Você nem precisa apontar autores que apontam motivos diferentes. Eles estão todos os dias em todos os meios de comunicação e também na Internet. Recomendo, porém, que você realmente procure outros artigos e os leia. Acredite, você vai se surpreender.

    Recomendo alguns artigos:

    Sobre as flutuaçoes cíclicas na economia
    Seis erros fundamentais na atual ortodoxia econômica
    Sobre a quantidade de dinheiro necessária pra uma economia
    [link=www.mises.org.br/Article.aspx?id=306]Sobre a não neutralidade da moeda[link]
    Minha resposta a Paul Krugman sobre a teoria austríaca dos ciclos econômicos => É uma crítica, mas perceba como o autor utiliza dados e explicações que fazem sentido, não recorrendo a fórmulas e modelos de dados super complexos e um pouquinho de magia negra quando as coisas dão errado (ex: "a culpa é da ganância do mercado").
    O que fazer com a dívida do governo federal brasileiro?

    Será estranho ler textos que expliquem as coisas de uma forma clara, coisa rara entre economistas, que constumam ter uma espécie de fetiche por gráficos complexos e um fetiche todo especial por agregados e por soluções mágicas que envolvam imprimir dinheiro e gerar mais dívidas para... cobrir dívidas.
  • anônimo  16/08/2011 11:45
    gostaria de saber a fonte dos dois gráficos que são utilizados neste artigos, não estou duvidando da veracidade dos dados, sou péssimo em inglês e estou em fase de conclusão do curso de economia, comecei a separar alguns artigos daqui do instituto mises para usar na minha monografia porém seria melhor usar uma fonte oficial, dei uma olhada no site do federal reserve mas meu inglês não ajuda.



  • Leandro  16/08/2011 12:05
    Anônimo, todos os gráficos foram retirados diretamente do site do Federal Reserve, aqui:

    research.stlouisfed.org/fred2/

    No início, você vai achar um pouco confuso. Mas, com o tempo, acaba pegando o jeito.

    Abraços!
  • Rodrigo Meira  16/08/2011 12:22
    obrigado pela informação Leandro, até que não é tão confuso assim, ja achei o grafico da base monetaria utilizado no artigo

    research.stlouisfed.org/fred2/series/AMBNS?cid=124

    não vi que tinha colocado como anônimo na 1ª postagem.
  • Carlos José  16/08/2011 19:50
    Leandro, eu tenho 13 anos e gostaria de aprender a investir na bolsa de valores, porém, não pretendo fazer faculdade de economia, você poderia me dar algum conselho de como ou onde aprender a investir na bolsa?

    Obrigado.

    Sou fã do seu blog. Esse Austríacos são demais!
  • Leandro  16/08/2011 20:01
    Prezado Carlos, agradeço o elogio, mas eu mesmo não lido com bolsa. Entretanto, os grandes mestres sugerem a compra de ações que paguem bons dividendos, e não ações meramente especulativas, as quais você compra hoje pra revender amanhã, na esperança de embolsar a diferença.

    Os mais experimentados mexem com opções, mercado a termo e mercado futuro, e é onde se faz mais dinheiro. Mas é muito mais arriscado também, e é altamente aconselhável estudos e conselhos de pessoas experientes antes de você próprio se aventurar nesse ramo.

    A melhor maneira de aprender é estudando autonomamente, correndo atrás daquilo que se tem interesse. Hoje em dia, com a internet, só não aprende quem tem preguiça.

    Grande abraço e boa sorte!
  • Maurício Goncalves  16/08/2011 21:23
    Olá, Leandro, tudo bem?

    Desculpe-me incomodá-lo com estas bobagens, mas está rolando um "arranca-rabo" no blog do Schwwartsman e um rapaz de orientação austríaca. Se puder, dá uma olhadinha no link:

    maovisivel.blogspot.com/2011/08/o-ataque-dos-idiotas-altivos.html

    Ainda sonho com um debate num desses seminários em POA entre austríacos e os ditos ortodoxos...

    Abraços,

    Maurício
  • Leandro  16/08/2011 22:54
    Obrigado pelo link, Maurício. Isso apenas comprova aquilo que dissemos aqui, e que tanto enfureceu alguns leitores: chicaguistas e keynesianos, quando resolvem falar de política monetária, são idênticos.

    Chamo a atenção para duas respostas de alto nível dadas pelos donos do blog:

    1) "Gostaria de perguntar ao autor como a impressão de milhões de pedaços de papel pintado de verde pode estimular a economia? Esses monetartistas e keynesianos me dão pena...."

    O David Hume no seculo XVIII ja explicava como isso funcionava. (Brilhante...)


    2) "veja onde o Peter Schiff é ridicularizado por economistas de segunda linha como vc ao defender que os EUA iriam enfrentar uma séria crise lá em 2006-2007....."

    Peter Schiff eh um imbecil que esta esperando a hiperinflacao chegar desde quando? (Bastante sensato e argumentativo).



    Ou seja, visivelmente são pessoas megalomaníacas, loucas por atenção. Pior ainda: se acham incontestavelmente mais inteligentes que "o resto do populacho", vide o tratamento que dispensam a todos. Não há metodologia, não há argumentos, não há nada de substancial ali. Há só gente querendo aparecer. Logo, não serei eu a lhes dar audiência.

    Grande abraço!
  • Maurício Goncalves  17/08/2011 10:08
    Olá, Leandro, obrigado pelo comentário.

    Só uma curiosidade. Numa das respostas, eles fazem um comentário sobre metodologia:

    AUSTRÍACO: "se não tiver um modelinho macro, vc fica perdidinho!!"

    SCHWARTSMAN: "Eu e qualquer economista de verdade. Se não tiver um modelo e você achar que não está perdido é porque não entendeu o problema."

    Vc sabe me dizer como funciona a contrução desse modelinho macro?

    Abraço!

    Maurício
  • Leandro  17/08/2011 10:25
    Prezado Maurício, ele provavelmente está se referindo ao modelo IS-LM e aos modelos de Demanda Agregada-Oferta Agregada.

    Aqui eles estão bem explicados:

    Modelo IS/LM
    Modelo AD-AS

    Eu parei de ler esse blog quando um dos colunistas (o tal do "O" Anônimo) demonstrou profunda ignorância sobre o que realmente é inflação de preços. Veja aqui, na seção de comentários, o meu debate com o João Luiz Mauad sobre esse episódio.

    Grande abraço!
  • Joao  17/08/2011 10:45
    SCHWARTSMAN: "Eu e qualquer economista de verdade. Se não tiver um modelo e você achar que não está perdido é porque não entendeu o problema."

    Ou seja, ao invés de analisar o problema e depois talvez tentar encontrar um modelo, verificando até onde o modelo permite chegar a conclusões realistas, o grande gênio da economia, o guru, o divino Schwartsman seleciona o modelo antes de analisar o problema. É obvio que ele não vai querer admitir o erro, porque isso seria como dizer "gastei anos estudando um modelo que não funciona". O sujeito vai fazer de tudo para que a realidade se encaixe no seu modelo estatístico.

    O interessante é que, quando os seus modelos falham, eles culpam o mercado, culpam instintos animais, culpam o Corinthians, culpam o feijão, culpam a irracionalidade do ser humano, culpam os alienígenas, etc.
  • Flávio Dias  17/08/2011 11:15
    É impressionante como os economistas mainstream confiam em seus modelos....
  • Maurício Goncalves  17/08/2011 20:00
    Olá, Flavio, vc foi muito bem no debate com o Schwarstman! Parabéns!

    Reproduzo aqui o video que vc usou como exemplo. Ganhei o dia ao ouvir da boca do Mendonça de Barros as seguintes frases:

    video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1584683-7823-MAILSON+DA+NOBREGA+RADICALISMO+POLITICO+NOS+EUA+PODE+CAUSAR+NOVOS+IMPASSES,00.html

    Trecho 12:50

    "Eu que bebo na mesma água que ele [Krugman], keynesiana, eu estou meio depressivo. ERA PRA FUNCIONAR [as medidas tomadas pelo governo]..."

    Depois fazendo beicinho. Trecho 13:53:

    "Mas eu acho que não explica a falência do modelo keynesiano..."

    Finalizando... Trecho 14:40:

    "Eu particularmente nunca estive tão humilde na minha profissão como estou hoje. EU NÃO ESTOU ENTENDENDO O QUE ESTÁ ACONTECENDO..."

    Abraços!
  • Caio Gubel  17/08/2011 21:22
    Eu fiquei curioso. Que debate foi esse??

    Grato

    Caio
  • Flavio Dias  19/08/2011 18:07
    maovisivel.blogspot.com/2011/08/o-ataque-dos-idiotas-altivos.html

    abraço
  • Djalma  18/08/2011 11:34
    Agora o IBOVESPA neste momento tem uma queda de 5% e todos os mercados estão preocupados com os cenários americano e europeu.
  • Djalma  18/08/2011 12:03
    Falando em desculpas esfarrapadas do Krugman leiam este artigo. É lamentável uma pessoa passar a ser caracterizada como um adjetivo depreciativo.\r
    \r
    Job creation\r
    Interrogating the "Texas Miracle" \r
    \r
    www.economist.com/blogs/democracyinamerica/2011/08/job-creation
  • Flávio Dias  19/08/2011 18:05
    Valeu Maurício!!!

    Então cara, essa entrevista do ex-ministro é de encher os olhos. Acho que o pessoal do mises Brasil podia dar uma atenção para isso.
    Vc não acha não?

    Abraços.
  • Leandro  19/08/2011 18:06
    Flávio, já demos muita atenção a essa entrevista:

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=1081

    Grande abraço!
  • Flavio Dias  19/08/2011 18:09
    Valeu!!

    aqui, to tendo aula com o Fred aqui na UFMG
    chega a ser engraçado!!
  • Helio  19/08/2011 19:50
    Segundo o que li, o Alexandre Schwartsman considera que a Escola Austríaca não é economia e que os supostos economistas que utilizam seu ferramental não são economistas de verdade.\r
    \r
    Isso demonstra o longo caminho a traçar para superar preconceitos da classe de economistas, que não leram ou não entenderam a epistemologia da Escola Austríaca. O Alexandre é um baita economista, de inteligência ímpar e de destacada competência. A mídia mainstream seria muito diferente se pessoas com esse calibre intelectual lessem Mises, e entendessem de fato as limitações e erros metodológicos das Escolas econômicas mainstream. Depende de nós, e configura parte de nossa missão: facilitar a superação dos preconceitos e disponibilizar literatura para evitar o isolamento das mentes brilhantes da ciência econômica que melhor explica os fenômenos econômicos.\r
    \r
  • Joao  19/08/2011 20:13
    Hélio, sinceramente, não sei se o Alexandre Schwartsman está disposto realmente a ler e começar a entender de verdade a Escola Austríaca. Assim como em muitas outras áreas, quando uma pessoa é muito inteligente e competente no estudo de uma parte específica de sua área, é comum que essa pessoa imponha barreiras quase intransponíveis a outras partes do conhecimento. Ou seja, mesmo que os modelos que ele estuda e conhece como poucos não estejam funcionando, ele simplesmente encontrará uma maneira de adaptar a realidade aos seus modelos, encontrará uma maneira de afirmar que o problema não está no modelo, e sim na má aplicação do mesmo. É uma atitude perfeitamente compreensível. Não posso dizer que, no lugar dele, eu não faria a mesma coisa.
  • Marcelo Ramos  19/08/2011 20:16
    Não consigo entender como um sujeito que ignora por completo a existência de determinadas escolas de pensamento econômico pode ser considerado um "baita economista".

    Ele pode perfeitamente ter "inteligência ímpar" e possuir "destacada competência" em algumas áreas, mas "baita economista" ele não pode ser.

    É como dizer que um sujeito é um baita físico mesmo sem saber nada de matemática.
  • Roberto Chiocca  19/08/2011 21:50
    Marcelo tirou as palavras da minha boca.
  • mcmoraes  19/08/2011 21:53
    @Hélio, fundador do IMB: "...Segundo o que li, o Alexandre Schwartsman considera que a Escola Austríaca não é economia e que os supostos economistas que utilizam seu ferramental não são economistas de verdade... O Alexandre é um baita economista, de inteligência ímpar e de destacada competência..."

    Oops: contradição detectada!

    Se o dito cujo é um baita economista, de inteligência ímpar e de destacada competência, a Escola austríaca não é economia e os supostos economistas que utilizam seu ferramental não são economistas de verdade [sic]. Ou seja, o IMB, uma associação voltada à produção e ***à disseminação de estudos econômicos*** e de ciências sociais que promovam os princípios de livre mercado e de uma sociedade livre, não passa de uma farsa.

    Se a Escola austríaca é economia e os que utilizam seu ferramental são economistas de verdade, não tem como o dito cujo ser um baita economista, de inteligência ímpar e de destacada competência.
  • Fernando Chiocca  19/08/2011 22:42
    Exato mcmoraes.

    Um cara que fala uma cagada dessas como essa que falou esse Schwartsman, não só é uma besta quadrada como não sabe absolutamente nada de economia. Sequer sabe o que significa economia.

    Se ele conhece o "ferramental austríaco" e tem essa opinião sobre a economia praxeológica, ele é um cara de um estupidez ímpar.

    Se é um cara que não conhece a escola austríaca e tem essa opinião (o que eu acho que seja o caso), é um cara que não merece o menor crédito pois critica o que nem conhece.


    Acho que já me falaram por alto desse cara.. alguém que se deu bem no mercado financeiro acho.. Bem, se for isso, aproveitar oportunidade e ser bom em palpites não tem nada a ver com ser economista, muito mais ser "um baita economista".




  • Diego Cardoso  20/08/2011 03:26
    Até entendo o ponto do Helio. De fato, o Schwartsman é um expoente em sua vertente no Brasil. E não é por mera sorte que se atinge o reconhecimento que ele conseguiu.

    Acredito que a grande maioria aqui sequer ouviu falar de Mises na "educação formal". Considerando esse significativo desconhecimento da EAE, é algo complicado acusar alguém por não conhecer a teoria que estudamos. E concordo que é nosso papel divulgar esse conhecimento.

    Mas faço coro com o João. O problema do Schwartsman é, no melhor dos casos, a arrogância. Veja a forma deselegante e inadequada como ele trata os leitores que ousam discordar de uma vírgula de seus textos. Sua primeira reação é quase sempre desqualificar e ofender. Essa postura encerra qualquer possibilidade de discussão construtiva. Os preconceitos o impedirão de enxergar a verdade fora do seu "mundo ideal". O caso dele é um caso perdido.
  • Thyago  22/08/2011 01:06
    Diego, seu pele de cobra!
  • Helio  20/08/2011 10:57
    O Diego está correto. A arrogância é fatal. E o mesmo vale para nós. Se alguém fala uma bobagem, ou não concorda conosco, não se deve considerar automaticamente que se trata de um imbecil. Isso é arrogância ainda maior.
  • Alan  27/09/2011 18:03
    Acho curioso ver como Krugman começa o artigo mais recente:

    "Para reverter um desastre econômico, muitas pessoas terão de admitir que estiveram erradas e que precisam mudar imediatamente suas prioridades"

    Justo ele dizendo isso? Hahaha.
  • Emerson Luis  10/04/2016 10:46

    Paul Krugman ainda acredita que há um trade off inflação x desemprego?!!!

    * * *


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