Examinemos
algumas declarações que refletem uma visão tida como absolutamente
inquestionável.
"O
mundo em que vivemos é belo, mas muito frágil". Ou "A terceira pedra do sol, também conhecida
como Planeta Terra, é um oásis bastante frágil". Eis algumas frases divulgadas no Dia da
Terra: "Lembre-se de que a Terra tem de ser salva diariamente". "Lembre-se da importância de cuidar do nosso
planeta. É o único lar que temos."
Tais
declarações, sempre acompanhadas de previsões apocalípticas, são rotineiramente
feitas tanto por ambientalistas extremistas quanto pelos não-extremistas. Pior ainda é o fato de que esta doutrinação
sobre a "terra frágil" é infundida em nossa juventude desde o jardim de
infância até a universidade. Sendo
assim, examinemos o quão frágil a terra realmente é.
Em
1883 houve a erupção do vulcão Krakatoa,
localizado onde hoje é a Indonésia. Tal
erupção teve a força de 200 megatons de TNT.
Isso é o equivalente a 13.300 bombas atômicas de 15 quilotons cada uma
(15 quilotons é aproximadamente a capacidade explosiva da bomba que devastou
Hiroshima em 1945).
Antes
desta erupção, houve a erupção do vulcão Tambora,
em 1815, também localizado onde hoje é a Indonésia. Esta ainda detém o recorde de ser a maior
erupção vulcânica da história. Ela
cuspiu tantos detritos na atmosfera, que a luz solar foi bloqueada. Consequentemente, o ano de 1816 passou a ser
conhecido como o "Ano
em Que não Houve Verão" ou "O Verão que Nunca Ocorreu". As consequências foram plantações
completamente destruídas, perdas totais de safras agrícolas e a dizimação de
animais em grande parte do Hemisfério Norte, o que gerou a pior fome do século
XIX.
Já
a erupção do Krakatoa no ano 535 d.C. foi tão violenta,
que bloqueou quase que toda a luz e todo o calor oriundos do sol por 18
meses. Há quem diga que foi esse evento
que deu origem
à Idade das Trevas.
Geofísicos
estimam que apenas três erupções vulcânicas — Indonésia (1883), Alasca (1912) e
Islândia (1947) — jogaram na atmosfera mais dióxido de carbono e dióxido de
enxofre do que todas as atividades humanas o fizerem ao longo de toda a nossa
história.
E
como o nosso frágil planeta lidou com dilúvios?
A China provavelmente é a capital mundial das inundações colossais. A inundação
de 1887 do Rio Amarelo matou entre 900.000 e 2 milhões de pessoas. Já as inundações
de 1931 foram ainda piores, causando um morticínio estimado entre 1 e 4
milhões. Mas a China não detém o
monopólio das enchentes.
Entre
1219 e 1530, a Holanda vivenciou
enchentes que mataram aproximadamente 250.000 pessoas.
E
o que dizer dos terremotos que assolam o nosso frágil planeta? Houve o terremoto de
Valdivia, no Chile, em 1960. Foi o
mais violento terremoto já registrado na história, chegando 9,5 graus na escala
Richter, uma força equivalente a 1.000 bombas atômicas explodindo simultaneamente. Já o terremoto ocorrido em 1556 na província de
Shaanxi, na China, foi o mais mortífero da história: matou 830.000 pessoas
e devastou uma área de 1.300 quilômetros quadrados.
Mais
recentemente, houve o terremoto de dezembro
de 2004 no Oceano Índico, que alcançou uma magnitude 9,1 graus na escala
Richter e gerou o devastador tsunami de 26 de dezembro, que atingiu
majoritariamente a Indonésia, o Sri Lanka, a Índia, a Tailândia e as Maldivas e
matou mais de 230 mil pessoas. E não nos
esqueçamos do terremoto de 9 graus na escala Richter que devastou
o leste do Japão em março de 2011 e matou mais de 28 mil pessoas.
Nosso
frágil planeta também já teve de enfrentar terrores vindos do espaço. Dois bilhões de atrás, um asteróide atingiu a
terra e criou a cratera
de Vredefort, na África do Sul. Ela
possui 300 km de diâmetro, o que faz dela a maior cratera de impacto
do mundo. Em Ontário, Canadá, há a Bacia de Sudbury, a
segunda maior cratera de impacto da terra, resultante da queda de um meteoro
ocorrida há 1,8 bilhão de anos. Ela
possui um diâmetro de 130 km. Já a cratera de
Chesapeake Bay, no estado americano da Virginia, é um pouco menor, tendo um
diâmetro de 85 km. E finalmente há a
famosa, porém miúda, Cratera
de Barringer, no Arizona, cujo diâmetro não chega nem a 2 km.
Citei
aqui apenas uma ínfima fração de todos os eventos cataclísmicos que já
atingiram a terra — e ignorei várias outras categorias, como tornados,
furacões, queda de raios, incêndios, nevascas, avalanches, deslizamentos de
terra, movimento de continentes, raios solares, manchas solares, tempestades
magnéticas, inversão magnética dos pólos, erosão, raios cósmicos e eras
glaciais. Não obstante todos estes
eventos cataclísmicos, nosso frágil planeta sobreviveu.
Logo,
minha pergunta é: dentre todos estes poderes da natureza, qual pode ser igualado
pelo homem? Por exemplo, conseguiria a
humanidade reproduzir os efeitos poluidores da erupção do vulcão Tambora,
ocorrida em 1815? Ou, quem sabe,
reproduzir o impacto do asteróide que aniquilou os dinossauros? É o cúmulo da arrogância acreditar que a
humanidade pode gerar alterações paramétricas significativas na terra ou que
ela possa igualar as forças destrutivas da natureza.
Ocasionalmente,
ambientalistas se entusiasmam além da conta e acabam inadvertidamente revelando
suas verdadeiras intenções. O famoso
biólogo eco-socialista Barry
Commoner disse que "O
capitalismo é o inimigo número um do planeta". Já Leo Marx, professor do MIT,
disse que "Em
termos ecológicos, a necessidade de termos um governo mundial dispensa debates".
Com
o colapso da URSS, o comunismo perdeu sua até então considerável
respeitabilidade. Atualmente, ele
adquiriu uma nova embalagem e se apresenta sob as formas de ambientalismo e
progressismo.