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Corte de gastos versus aumento de impostos - a lição básica que vários governos se recusam a aceitar

Um estado incorre em déficit orçamentário quando gasta mais do que arrecada.  Consequentemente, um estado pode eliminar seu déficit ou cortando gastos ou aumentando suas receitas.

Em princípio, ambos os caminhos parecem complementares e equivalentes: escolher uma ou outra alternativa dependeria muito mais de preferências ideológicas do que de motivações econômicas bem fundamentadas.  Sendo assim, por exemplo, um governo mais à direita faria modestos cortes de gastos combinados com modestos aumentos da carga tributária ao passo que um governo mais de esquerda apostaria mais em apenas subir os impostos.

No entanto, essa hipótese é, logo de início, incorreta: os efeitos de uma redução nos gastos do governo são opostos aos de um aumento de impostos.

Em primeiro lugar, há efeitos distintos sobre a estrutura institucional do país: uma redução dos gastos do governo tem o efeito de reduzir o peso da burocracia estatal.  E isso, por sua vez, leva a um aumento da participação do setor privado na economia.  Com menos burocracia e com menos regulamentações onerosas, há uma maior facilidade para o empreendedorismo e, consequentemente, para a geração de riqueza.

[N. do E.: Adicionalmente, há o efeito salutar da liberação de recursos mal aproveitados: cortes de gastos do governo irão afetar aquelas várias empresas que só sobrevivem porque possuem contratos de prestação de serviços junto ao governo.  Empresas terceirizadas por estatais e empreiteiras que fazem obras para o governo são os exemplos mais claros.  Há também as várias atividades econômicas que recebem subsídios e que, sem estes subsídios, terão de se virar no livre mercado. 

Empresas que só sobrevivem devido aos gastos do governo não produzem para consumidores privados; elas utilizam o dinheiro dos cidadãos, mas produzem para o estado.  Elas não utilizam capital de maneira produtiva, de forma a atender os genuínos anseios dos consumidores privados: ao contrário, elas utilizam capital fornecido pelos pagadores de impostos mas produzem apenas para servir a anseios políticos.  Em suma, não agregam à sociedade.  Por definição, subtraem dela.

Tais atividades só sobrevivem e só são lucrativas com a muleta do governo.  São atividades econômicas insustentáveis, que não dependem da demanda voluntária do consumo privado para sobreviver. São, portanto, atividades que absorvem recursos e capital da sociedade.  Elas não produzem; elas consomem.

Logo, um corte de gastos do estado fará com que essas empresas liberem mão-de-obra e recursos escassos que poderão ser utilizados mais eficientemente por empresas mais produtivas, empresas que estão no mercado para realmente atender às demandas dos consumidores.]

Por outro lado, um aumento de impostos consolida a hipertrofia da burocracia estatal, das regulamentações, e das atividades não-produtivas e sugadoras de recursos escassos.  Tudo isso à custa do achaque daquela fatia da sociedade civil que trabalha e produz.

Porém, em segundo lugar e ainda mais importante, os efeitos de um corte de gastos e de um aumento de impostos tampouco são equivalentes em suas consequências sobre o próprio déficit público: ao passo que cortes de gastos tendem a reduzir o nível da dívida pública, um aumento dos tributos não faz com que, no longo prazo, o volume total da dívida caia. 

Com efeito, sempre que o governo eleva impostos, ele concomitantemente eleva seus gastos correntes.  Os gastos do governo sempre sobem junto com o aumento das receitas.  E isso é uma empiria observada ao redor do mundo. 

[N. do E.: Veja o gráfico para o Brasil (valores nominais mensais):]

receitaxdespesa.png

Fonte: Banco Central

Isso gera aquilo que economistas tendem a rotular de "política autofrustrada": o aumento de impostos não reduz, mas sim consolida ou até mesmo piora o nível da dívida pública.  Em vários casos, a tendência é de piora da dívida pública, pois um aumento de impostos pode reduzir o nível da atividade econômica, levando a uma inesperada queda nas receitas sem que tenha havido um concomitante corte de gastos.

[N. do E.: Dependendo do país, se houver esse aumento da dívida pública, pode haver uma deterioração da taxa de câmbio e uma perda de confiança generalizada na economia, o que afeta o poder de compra da moeda, levando a um aumento da inflação de preços.  Isso é exatamente o que está ocorrendo com o Brasil.]

Conclusão

Por tudo isso, todo e qualquer déficit orçamentário do governo tem de ser combatido com cortes de gastos, e não com aumentos de impostos.

Se o objetivo é viver em um país dinâmico, não fagocitado pela burocracia e pelos impostos, com níveis toleráveis de endividamento e onde os cidadãos não padeçam dos excessos e esbanjamentos de sua classe política, então é necessário fazer intensa pressão pelo corte de gastos, e jamais tolerar idéias de aumento — ou de criação — de impostos.

[N. do E.: No Brasil, a extinção dos super-salários dos sultões do setor público já seria um bom começo].



autor

Juan Ramón Rallo
é diretor do Instituto Juan de Mariana e professor associado de economia aplicada na Universidad Rey Juan Carlos, em Madri.  É o autor do livro Los Errores de la Vieja Economía.


  • brunoalex4  15/02/2016 14:01
    Bom dia.

    Os senhores viram a matéria do Fantástico do policial que agrediu de maneira covarde um comerciante de tapetes em são Paulo? Mesmo sabendo que temas relacionados a abuso de poder estatal já serem tratados a exaustão no site gostaria de ver um texto escrito pelos senhores a respeito desse caso específico. Foi um absurdo.
  • brunoalex4  15/02/2016 15:58
    Corrigindo:Mesmo sabendo que temas relacionados a abuso de poder estatal já SÃO tratados a exaustão no site gostaria de ver um texto escrito pelos senhores a respeito desse caso específico.
  • anônimo  15/02/2016 16:12
    Estado é VIOLÊNCIA; Estado é AGRESSÃO.
  • Vinicius  15/02/2016 16:02
    O que mais impressiona é que o policial é da corregedoria.
    Deus tenha piedade do povo, pq o governo não tem.
  • cmr  15/02/2016 16:03
    Mesmo sabendo que temas relacionados a abuso de poder estatal já serem tratados a exaustão no site gostaria de ver um texto escrito pelos senhores a respeito desse caso específico.

    Caso específico ? que caso específico ?. Esse é o modus operandi de qualquer estado, não vejo qualquer especificidade em uma cena de abuso policial contra um tapeceiro, pasteleiro, prostituta, etc... Uma vez que sobre esse abuso, não há qualquer diferença na atuação.
    Ameaças, intimidações, agressões físicas, etc... Contra quem não está em condições de se defender.

    Logo não há especificidades.
  • Marco Danas  15/02/2016 15:33
    Como reduzir os gastos do governo em um país que possui: 39 ministérios, 513 deputados federais (cada um com uma centena de asseclas muito bem remunerados), 81 senadores e um gigantesco aparato burocrático estatal nas três esferas de governo? E não são somente os parlamentares os responsáveis pela gastança exacerbada, mas também boa parte dos servidores dos andares de baixo que possuem vencimentos acima da média para a mesma função no setor privado, além de produtividade sobremaneira inferior. Para piorar a situação, temos ainda que financiar conglomerados empresariais que tomam empréstimos a juros subsidiados [...] Portanto sabemos onde estão as incongruências nos gastos públicos, desse modo enquanto o governo puder emitir títulos e manipular o preço do dinheiro via taxa de juros ele sempre incorrerá em déficit, dado que o governo é perdulário e ineficiente por excelência, somando se a isso as características peculiares da população brasileira que enxerga o Estado como o grande provedor, o governo sempre gastará mais do que arrecada e mandará a fatura para o contribuinte pagar via aumento de impostos (progressivos e regressivos), inflação (imposto sobre o dinheiro), mas nunca irá considerar um corte substancial nos gastos correntes, pois isso tornaria inviável tutelar o cidadão do berço ao túmulo.
  • Marcelo  15/02/2016 15:50
    Extinção de supersalários pouparia uma CPMF por ano:

    noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2016/02/14/extincao-de-supersalarios-renderia-uma-cpmf-aos-cofres-publicos.htm

    Já esta reportagem da revista IstoÉ mostra que apenas os custos operacionais dos 39 ministérios de Dilma estão acima de R$ 400 bilhões por ano. Estes ministérios empregam 113 mil apadrinhados e os salários consomem R$ 214 bilhões. Não dá para cortar nada aí? Esses burocratas por acaso têm um "direito natural" a esses salários pagos pelo povo?

    Ministério da Pesca, Ministério da Cultura, Ministério do Turismo, Ministério do Desenvolvimento Agrário (já existe um Ministério da Agricultura), Ministério da Integração Nacional, Secretaria de Assuntos Estratégicos, Secretaria de Políticas para Mulheres, Secretaria da Promoção da Igualdade Racial, Secretaria de Comunicação Social, Secretaria de Portos, Secretaria de Aviação Civil, Secretaria das Relações Institucionais e Secretaria de Direitos Humanos poderiam ser imediatamente abolidos. Veja aqui o total das despesas de cada ministério.

    Não dá pra cortar nada aí?
  • anônimo  15/02/2016 16:04
    "Dá bilhão?"
  • Pedro  16/02/2016 14:37
    Some a isso 90 bilhoes só para tentar segurar o dólar.

    Mas daí ela corta o bolsa familia que custa somente 25 bilhoes por ano. Essa é a mãe dos pobres... hahahahaa
  • RR  17/02/2016 17:08
    E qual a maneira de se cortar gasto com o funcionalismo público? Eu não veja outra solução senão fazer como a iniciativa privada faz: não tem dinheiro, está no prejuízo, beirando a falência, demite o funcionário! Mas quem vai passa por cima dos sindicatos?
  • mauricio barbosa  15/02/2016 15:33
    Os esquerdistas espertos vibram com o aumento da burocracia sonhando com sua estabilidade no setor público enquanto os idiotas úteis batem palmas para esses absurdos,pois quanto mais estado,menos liberdade e mais abuso de poder,mais injustiça,mais trabalho sem retorno,mais sofrimento,enfim estatistas de esquerda ou de direita vocês são desprezíveis e o estado uma instituição nefasta,ultrapassada,um atraso na vida de todos,viva cada vez mais e mais a liberdade para todos nós.Pois como disse Cristo e "conhecereis a verdade e a verdade vos libertará",e a verdade e a liberdade nos evangelhos e também nestes textos do IMB.
  • Luciano A.  15/02/2016 15:56
    É sempre importante lembrar que os cortes devem ser em gastos correntes e não apenas cortar no orçamento, muitos governos usam isso para enganar as pessoas, exemplo: projetam um aumento 200 no orçamento e depois divulgam que estão praticando austeridade cortando 100, na prático houve aumento de gastos de 100.

    É mágica! Os cara anunciam cortes e o gasto do governo aumenta!
  • Bruno Vivas  15/02/2016 16:09
    Estive em Brasília no Carnaval e fiz uma visita guiada ao Congresso. Obtive a informação de que apenas lá trabalhavam 8 MIL SERVIDORES! É insustentável.
  • Henrique Zucatelli  15/02/2016 17:39
    Corrigindo: 8 mil servidores EMPREGADOS. Se eles trabalham, já é outra história.
  • Wagner  15/02/2016 17:15
    De acordo com os economistas Mansueto Almeida Jr., Marcos de Barros Lisboa e Samuel Pessoa, nos últimos 15 anos a renda real do país cresceu 103% ao passo que a receita com impostos aumentou 184%. Ou seja, 45% do crescimento da renda nacional foi destinada ao financiamento dos gastos do governo".
  • País dos Concurseiros  15/02/2016 17:43
    E num território conhecido como "Brasil", a iniciativa privada demitindo (e não contratando)... Mas, enquanto isso, dê-lhe concurso público:


    wp.clicrbs.com.br/radarmetropolitano/2016/02/15/concurso-em-instituto-federal-oferece-cargos-com-salarios-de-ate-r-86-mil/?topo=52,1,1,,171,e171
  • Tulio  15/02/2016 18:00
    Alguém poderia me dizer se em outros países os trabalhadores concursados também tem direito a aposentadoria integral?

    E qual seria a razão de somente eles terem esse direito enquanto o resto da população aposentada sofre?

    É possível revogar isso?

    Obrigado.
  • JP  17/02/2016 11:12
    Prezado,

    Atualmente quem entra no serviço público não tem mais direito à aposentadoria integral, hoje a FUNPRESP-EXE, FUNPRESP-LEG e FUNPRESP-JUD obrigam fazer contribuição complementar, pois agora o teto da aposentadoria é igual ao do INSS. Quem entrou antes não é obrigado, mas de 2011/2012 é dessa forma.
  • Mateus Menezes  15/02/2016 19:32
    Querem saber até onde um governo é capaz de ser tirano contra um povo.
    Assistam: "Winter On Fire: Ukraine's Fight for Freedom"

    Existe na internet e netflix.

    Enjoy.
  • mauricio barbosa  15/02/2016 20:52
    Outra falácia que esquerdistas de qualquer matiz defende é o estado enquanto instituição do bem(Na visão míope deles)se esquecendo que o estado não é neutro coisíssima nenhuma ,pois os indivíduos integrantes dele tem interesses próprios e na maioria das vezes interesses egoísticos e conflitantes com o interesse da maioria que eles dizem representar ou seja estamos na mão de psicopatas e sociopatas da peste(Digo pior espécie)que só sabem olhar para o próprio umbigo,a tecnocracia governamental só sabe reivindicar maiores salários e melhores condições de trabalho e enquanto isso o cidadão pagador de impostos(Nem bolsista e nem sonegador de impostos)só recebe migalhas e fica a implorar por um serviço mais digno e mais humano,eu enquanto livre-pensador fico triste,angustiado,chateado por assistir e participar(Enquanto cidadão pagador a força de impostos)desse circo de horrores que é o estado e só me resta criticar e ter esperança de que a maioria um dia abrirá os olhos e parafraseando Platão saíram da caverna e vislumbrarão que o estado monopolista ou instituições concorrentes(Que nós libertários e anarquistas acreditamos)façam o dever de casa que é nos servir e trabalhar em prol dos seus clientes de forma digna,profissional e eficiente,esse é o meu sonho ou este monopólio para de nos oprimir e faça um pacto(Constituição enxuta e que implante o parlamentarismo)de diminuição do seu tamanho ou forçaremos a sua dissolução e abertura para instituições e\ou empresas concorrentes se estabeleçam e façam um trabalho melhor,enfim me desculpem a redundância mas este é o meu sentimento,um abraço a todos.
  • mauricio barbosa  16/02/2016 10:06
    "...faça um pacto(Constituição enxuta e que implante o parlamentarismo)de diminuição do seu tamanho "
    Só para relembrar:Esse calhamaço de constituição de 1988 é parlamentarista em sua essência,mas vivemos neste presidencialismo de coalizão fruto de um plebiscito em que a população teima em votar a favor das propostas do governante de plantão,eta!povo gado credo!Parlamentarismo não é perfeito mas é melhor do que esse lixo que é o presidencialismo de coalizão essa forma de governo que só gera corrupção e mais corrupção(mensalão e petrolão)até quando meu Deus assistiremos esse circo de horrores e impunidade nesta terra de santa cruz.
  • Dissidente Brasileiro  19/02/2016 01:33
    Eu não sei porque esse frisson quando se fala em parlamentarismo - qual a vantagem desse sistema em relação ao presidencialismo? Por favor, digam-me, porque não vejo absolutamente nada de extraordinário quando comparamos os dois sistemas.
  • mauricio barbosa  19/02/2016 14:13
    Se estivéssemos num regime parlamentarista a dilma já teria rodado e o pt não estaria nessa farra de cargos e mais cargos de confiança e gastança igual estão hoje nessa farra desgraçada com nosso dinheiro e esses MAVs boçais enchendo o saco de todo mundo nas redes sociais,graças a Deus aqui no IMB eles levam uma surra e as babaquices deles sem relevância não são postadas.Pois se fossem,eles iriam poluir a seção de comentários e voltando a vaca fria o parlamentarismo é um regime dinâmico e mais ao gosto dos minarquistas e é um mal menor do que esta porcaria de presidencialismo de coalizão e corrupção desenfreada que dá nojo e irritação a qualquer pessoa de bom senso,enfim já que o estado é um mal necessário na visão romântica de alguns eu e a prática européia mostra que o parlamentarismo seria uma dádiva para eles e um peso a menos nos nossos bolsos visto o primeiro-ministro ter que prestar contas e mais contas de seus atos no parlamento limitando com isso suas(Menos gastos e promessas vãs)ações e o presidente cuidaria das relações exteriores e defesa(Compra de equipamentos,acordos de cooperação militar,alianças estratégicas,etc)do território nacional funções mais nobres e menos estafantes na visão dos estatistas românticos é claro pois eu sou anti-estatismo monopolístico.
  • Dissidente Brasileiro  19/02/2016 23:16
    Se estivéssemos num regime parlamentarista a dilma já teria rodado e o pt não estaria nessa farra de cargos e mais cargos de confiança e gastança igual estão hoje nessa farra desgraçada com nosso dinheiro

    Será? O PMDB tem a maioria no congresso, e o PT também possui uma boa base parlamentar, numericamente falando. Somente esses dois partidos seriam suficientes para proteger a Dilma num hipotético regime parlamentarista, daí não sei se seria exatamente da forma que você imagina. Teoria e prática são duas coisas completamente diferentes.

    enfim já que o estado é um mal necessário na visão romântica de alguns eu e a prática européia mostra que o parlamentarismo seria uma dádiva para eles e um peso a menos nos nossos bolsos

    "Prática européia"? "Um peso a menos nos nossos bolsos"? De onde você tirou essa tolice?? O regime parlamentarista é o mais propício para o avanço do welfare state e do esquerdismo em geral. Eles podem aprovar qualquer coisa que quiserem, contanto que tenham maioria no parlamento, o primeiro-ministro é apenas um fantoche que ratifica tudo aquilo que for pré-aprovado no parlamento. Não caia nesse conto-de-fadas propagandístico que o establishment politico-midiático tenta lhe vender, isso é pura enganação.

    PS: O presidencialismo também é outra merda assim como o parlamentarismo e qualquer outro tipo de estatismo, mas é uma merda que, digamos "fede menos".
  • mauricio barbosa  20/02/2016 11:35
    "...PS: O presidencialismo também é outra merda assim como o parlamentarismo e qualquer outro tipo de estatismo, mas é uma merda que, digamos "fede menos"."

    Caro dissidente brasileiro também odeio esse estado monopolístico,veja bem não odeio pessoas por pior que elas sejam,odeio vingança mas sou adepto da autodefesa por uma questão de justiça,pois bem,o parlamentarismo é menos ruim que o presidencialismo de coalizão e a política não é o que nos agrada pois como somos libertários,livre-pensadores,nós gostaríamos de escolher nossos fornecedores de serviços hoje na mão do leviatã,mas a realidade é cruel então no momento só nos resta criticar e torcer para que haja mudanças para melhor e entre o fim desse monopólio e a implantação de livre-concorrência nesse setor devo dizer que o parlamentarismo é mais viável e você se lembra de Margaret thatcher a dama de ferro primeira-ministra britânica,pois bem ela foi uma ferrenha anti-comunista e liberal,privatizou o que pode e o que não pode na Grã-bretanha e seu legado até hoje é lembrado,deixou saudades aquela mulher de fibra e convicta de seus ideais,portanto o parlamentarismo é o melhor sistema dentro dessa porcaria que é o estado,a figura do primeiro-ministro não é fantoche coisa nenhuma e podemos dizer sem ironias que Eduardo Cunha está exercendo esse papel informalmente,você não reparou que dilam foi vaiada e Cunha só teve uma voz solitária contra,ou seja porque a bancada petista tão ferrenha e patrulheira ficou em silêncio,você reparou isso ou não pois eu reparei então para mim o parlamentarismo é sem sombra de dúvida mil vezes melhor do que essa merda de presidencialismo não tenha dúvida disso.Um abraço e viva a liberdade sempre...
  • Thiago Ramos Varanda  16/02/2016 07:20
    O Estado precisa superar a ideia de impostos, os quais são retirados sem qualquer prestação direta estatal em favor da pessoa. Nesse sentido, realmente, a doutrina jurídica minoritária está correta ao afirmar que contribuições são impostos. Não há uma contraprestação estatal para a pessoa, ela paga por usar um serviço no qual o Estado exige um "pedaço" apenas por ser Estado: é uma transação financeira, entre particulares, mas o Estado usa de força coercitiva para obter uma porção dos valores para si.

    Eu costumo sempre fazer a provocação: se o Estado é realmente o melhor arranjo social, qual o medo dele em eliminar os impostos e somente cobrar por serviços efetivamente prestados para as pessoas, dentro de um regime de concorrência com a iniciativa privada?

    Ora, se o Estado é realmente bom, é óbvio que seu serviço de segurança será melhor do que o serviço de segurança privado; que seu serviço de saúde será melhor prestado do que o da iniciativa privada; seu serviço de educação será melhor do que o da iniciativa privada, e assim sucessivamente: solução de conflitos, etc.

    Dizer que "tem que ser o Estado prestando tais serviços, do contrário não seria possível" é uma afirmação vaga demais.

    O que eu vejo é uma ausência de reflexões das pessoas sobre esses temas.

    Não se pode, p.ex., proteger uma empresa de refrigerante sob o argumento de que permitir que outras forneçam o mesmo produto "não daria certo": ora, se não der certo é evidente que a concorrente irá "fechar as portas", quebrar e vida que segue!

    Não faz sentido nenhum, em minha visão sobre um sistema da qualidade de vida para as pessoas, dizer-se que somente o Estado pode prestar serviços de solução de conflitos para todas as causas. Dirão: "empresas de solução de conflitos decidirão de forma corrupta." Não faz sentido. Se a empresa decidir de forma corrupta todos irão notar que o Estado é o único que presta o melhor serviço de solução de conflitos e ninguém irá contratar uma empresa privada para esse serviço.

    Os ocupantes do Estado não possuem o conhecimento necessário para implantar essas reformas:

    Quantos mais setores diversos de empreendimento uma sociedade tiver, sempre, eu repito, sempre essa sociedade terá mais opções para encontrar os produtos e serviços que precisa para o cotidiano.

    Elevar impostos em vez de reformar o sistema, permitindo ingresso de empresas privadas nos serviços atualmente prestados pelo Estado é uma agressão brutal à sociedade. Se o Estado não tem dinheiro, permita que o capital privado, em regime de livre concorrência, preste os mesmos serviços: será um serviço a mais, um empreendimento a mais na sociedade.

    Deixai fazer, deixai ir, deixai passar! Pois, tendo liberdade, nenhuma atividade mal prestada se manterá.



  • Austregésilo Flamarión Carrillo  16/02/2016 11:43
    Muito bem observado, Thiago Ramos Varanda.
  • Felipe R  16/02/2016 11:42
    Vários governos de Direita diminuem tributos e, mais ainda, os gastos. É a situação mais desejável.
  • Batista  16/02/2016 13:52
    No mais, o que mais se vê são cortes de azeitona do lanche e do cafezinho da repartição.
  • Felipe R  17/02/2016 00:45
    Olha, numa pesquisa rápida no Heritage Foundation você pode encontrar vários estudos de casos de países, como Irlanda, Nova Zelandia, e alguns no leste europeu, apontando reduções de gastos governamentais, comparados ao PIB, em mais de 40%. Sempre pode-se reduzir mais, porém creio que até você poderia concordar que são reduções proporcionalmente significativas.
  • Andre Fernandes  16/02/2016 19:33
    Leandro ou alguém que possa me ajudar com a dúvida

    Falando especificamente da relação dívida como % do pib, qual a melhor maneira de se analisar o real peso da dívida para um país?

    Se formos analisar friamente, países como Japão (230%) possui um % mais alto que o da Grécia(179%), EUA(102%) possui um % mais alto que o da Espanha(100%). Enquanto o Brasil gira em torno de 66%. Peguei os dados no tradingeconomics (peço que corrijam em caso de erro).

    A primeira vista poderia indicar que o Brasil possui uma situação confortável frente aos outros países citados e que Grecia e Espanha estariam melhores que EUA e Japão.

    Mas como jogar nesta equação o prazo médio de vencimento dessas dívidas? E as taxas de juros destes títulos?

    Obrigado!
    André
  • Jackson  17/02/2016 01:02
    Amigos, sou leigo em economia mas aprecio e acompanho Mises e outros sites libertários há algum tempo. Tenho duas dúvidas:

    1. Como cortar gastos do governo se não pode demitir funcionário público?

    2. É possível um presidente, governador ou prefeito cortarem gastos, fecharem ministérios, secretarias, autarquias sem ter maioria nas suas respectivas câmaras?

    Obrigado a quem puder me esclarecer.
  • anônimo  17/02/2016 18:50
    '1. Como cortar gastos do governo se não pode demitir funcionário público?'
    Não tem como, nem vc precisa se preocupar com isso. Funças já parasitaram a iniciativa privada por tempo demais, eles que se virem quando a era de vacas gordas acabar.
  • Jackson  19/02/2016 01:07
    Depois de muita pesquisa encontrei aqui a possibilidade de demitir funcionários públicos através da extinção de seus cargos.

    O problema é que a iniciativa deve vir do Executivo, porém necessita da aprovação do Congresso.

    Nesse caso o mandatário do Executivo precisaria conseguir maioria no Congresso.

    Visto que a maioria é muito estatista, daí só lamento.
  • Fernando  17/02/2016 01:58
    Eu gostaria de ver a cara desses comunistas, quando a liberdade permitir a compra de um Combo de auto-defesa. Um Combo é uma pistola, uma escopeta e um fuzil.

    O Combo garante a liberdade !

    Eu cansei desses comunistas. Não tenho mais saco para debates. Como dizem os Olavetes: Vai tomar no c....!
  • Marcelo Boz  17/02/2016 16:01
    Cortar gastos?
    1 - Manter apenas o Ministérios da Defesa, Fazenda, e Relações Exteriores. Fechar todos os demais;
    2 - Fechar o BNDES e converter todos os seus ativos em renda da União para pagar a dívida pública.
    3 - Privatizar: Petrobras, Banco do Brasil, Correis, Caixa Econômica, e todas as demais estatais;
    4 - Privatizar todas a universidades federais;
    5 - Privatizar todas as estradas federais:
    6 - Reforma política: extinguir 90% dos cargos políticos com respectivos cargos de assessoria e demais equivalentes. Isso sim é reforma política;
    7 - Privatizar portos e aeroportos federais;
    8 - Acabar com o FGTS e pagar o saldo da conta aos devidos correntistas;
    9 - Fechar Anatel, Anvisa, Anac e todas as demais agências reguladoras;
    10 - Permitir livre concorrência e todos os setores da economia onde havia monopólio ou forte intervenção do Estado.
    11 - Novo Plano Real: Lastrear nossa moeda ao ouro.
    12 - Estabelecer Free Banking.
    13 - Novo Pacto Federativo: Deixar bem claro quais são as atribuições do Governo Federal, Estados e Municípios.
    14 - Reforma tributária: Após esse corte de gastos e deveres do governo federal para com "os mais pobres", extinguir e baixar ao máximo os impostos.
    15 - Revogar leis e regulamentações em disposição contrária ao livre mercado.

    Att
    Marcelo Boz
  • Pobre Paulista  17/02/2016 18:03
    Troque o item 1 por "Extinguir definitivamente o estado", daí os demais itens serão automaticamente cumpridos ;-)
  • Marcelo Boz  18/02/2016 11:44
    Pobre Paulista,

    No momento histórico não dá para fazer isso.
    Temos que ter o pé no chão. Uma minarquia é possível; a extinção do Estado ainda está longe a possibilidade.


    Att
    Marcelo Boz
  • Ruiter Faraco  18/02/2016 15:10
    Não seja ingênuo Marcelo.
    Ninguém tem Estado, somente os que estão dentro dele.
    O resto é só inutilidades.
    Mas diga 1 serviço efetivamente útil que o estatismo entrega. Se encontrar, mas diga porque a iniciativa privada não pode prestá-lo. Se dizer que não pode, me diga porque então o Estado não reduz a 0 a tributação das empresas que queiram prestar esses serviços que você considerar úteis (já que são úteis, acredito que quanto mais setores prestando melhor, correto?)

    O anarcocapitalismo não é utópico. Nós já o vivemos.

    O Estatismo é uma grande aristocracia que está prestes a ser derrubada.
  • www  18/02/2016 16:37
    Como assim "já vivemos o anarcocapitalismo"?


    30% dos frutos do meu trabalho são tirados à força do meu patrimônio e entregues para o bando que se esconde atrás de uma entidade chamada "estado".

    Vc tem o segredo para me dizer como evitar isso a partir de amanhã?
  • Ruiter Faraco  18/02/2016 19:14
    www

    Já vivemos o anarcocapitalismo: pagamos para o estado que não existe. só pega nosso dinheiro. mas todos os serviços que prestam são dados pela iniciativa privada.

    faça uma reflexão.

    as pessoas só precisam acordar e chutar o traseiro do estado.

    você quer uma "sugestão de como não pagar tributos" ?

    É isso?
  • www  18/02/2016 20:06
    "pagamos para o estado que não existe"

    vc confunde ser com dever-ser; desejo com realidade.

    Talvez vc esteja falando de forma figurada, mas uma coisa é dizer que "todos os serviços que prestam são dados pela iniciativa privada" (ou que os serviços estatais são todos péssimos e ineficientes); outra coisa é querer negar a realidade, p.ex., do Oficial de Justiça que chega com mandado na minha casa para me colocar na cadeia caso eu não pague os impostos. O Oficial é existente; a cadeia também. Negar a realidade não torna meu desejo em realidade.

    Seja como for, não é verdade que "todos os serviços que prestam são dados pela iniciativa privada": a iniciativa privada pode prestar o serviço de tomada suprema de decisões para todos os casos de conflito dentro de um território? Não, não pode. A iniciativa privada por prestar o serviço de fazer leis vinculantes em todo o território nacional? Não, não pode. E tem outros exemplos...

    Então, meu caro, a sua assertiva "as pessoas só precisam acordar e chutar o traseiro do estado" vale como proposição motivacional; mas a sua assertiva "já vivemos o anarcocapitalismo" não serve como descrição de um estado de coisas.
  • Ruiter Faraco  19/02/2016 00:43
    vc confunde ser com dever-ser; desejo com realidade.
    ___________

    O anarcocapitalismo já existe.
    O Estado é inútil em todos os serviços. Nenhum serviço que o Estado atua é útil para a sociedade. Na verdade, o Estado apenas destrói a sociedade: ele é um câncer.

    Todas as pessoas encontram a solução de seus problemas fora do Estado.

    Suas considerações sobre "ser dono do território e decidir para todos" é a descrição do pensamento atrasado e absolutamente inútil.

    O Estado realiza uma posição simbólica ao estilo antigo regime Francês.

    E os atos por você mencionados não passam de esbulho.

    As pessoas já vivem sem o Estado, elas apenas o sustentam porque não tem cérebro suficiente para entender que nenhuma instituição estatal é necessária: tudo é melhor realizado pela iniciativa privada -- até mesmo as armas. Uma sociedade livre poderia amanhã ter as pessoas mais armadas e protegidas do que elas pensam que estão com o exército.

    E sim: minha frase serve muito bem como motivacional.
    Ela inverte as afirmações de que anarcocapitalismo é utopia, e reforça que tudo que fazemos atualmente JÁ É com base em instituições privadas: da comida, ao carro, à proteção (armas).

    Judiciário? Coisa mais fácil de ser prestada pela iniciativa privada: somos os país com mais advogados do mundo.

    Polícia? Podemos muito manter organizar civilmente tal como os suíços, p.ex., possuem cada família um rifle. E, mesmo por outro caminho, coisa mais fácil é a criação de empresas privadas de segurança.

    Os locais mais seguros da sociedade são os controlados pela iniciativa privada. Todos os locais "públicos" são inseguros.

    E "poder" isso, "poder" aquilo, é a parte de instituições absolutamente ultrapassadas e completamente inúteis.

    Todos os serviços úteis que o Estado promete dar, a iniciativa faz melhor.
    E os serviços que a iniciativa privada não realiza, são porque os sugadores de 40% do dinheiro da população se recusa a permitir concorrência: judiciário e polícia.

    Como dito,
    O anarcocapitalismo já existe.
    O Estado é quem rouba 40% do dinheiro da sociedade.

  • www  19/02/2016 13:23
    Ruiter Faraco,

    você conseguiu fazer quatro coisas nesse seu comentário:

    1) fazer uma interpretação completamente disparatada do que eu disse (corrobrando sua confusão entre enunciado descritivo e enunciado prescritivo/normativo);
    2) demonstrar uma boa dose de presunção, ao pressupor que seu interlocutor seria novato no assunto, bem assim ao achar que teria descoberto a pólvora com esse seu "argumento";
    3) repetir a mesma coisa sem fazer contraponto àquilo que foi objeto do meu comentário; e
    4) contradizer-se de maneira frontal (contradição que, ademais, chancela o meu comentário), e achar que não está se contradizendo.

    Uma proeza.

    Os seus disparates:

    "Suas considerações sobre 'ser dono do território e decidir para todos' é a descrição do pensamento atrasado e absolutamente inútil. (...). E os atos por você mencionados não passam de esbulho".

    É um verdadeiro mistério de onde vc tirou que eu teria dito que o estado é "dono do território", e mais misterioso ainda como vc concluiu que eu estaria defendendo a existência do estado (ou dos serviços estatais), talvez embriagado com a genialidade de sua "descoberta" ("o anarcocapitalismo já existe").

    Meu caro, eu te descrevi um estado real de coisas; não um estado ideal (diferença que vc, pelo visto, tem dificuldade em depreender); e vc não precisa posar de smart guy com suas colocações sobre a ineficiência/inutilidade dos serviços estatais: eu não virei anarcocapitalista ontem, meu caro.

    Passemos à reconstrução do seu "argumento":

    1) "todos os serviços úteis que o Estado promete dar, a iniciativa faz melhor"
    2) "logo, o estado só existe para roubar 40% do dinheiro da sociedade"
    3) "logo, o anarcocapitalismo já existe"

    Conforme meu comentário anterior, eu cheguei a achar que vc pudesse estar falando de forma figurada e tal - inclusive pq há pouco tempo veio um menino por aqui com essa mesma "tese" de que "já vivemos no ancapistão!" -, mas, dada a sua insistência, vejo que vc toma esse "argumento" com seriedade.

    E vc ainda confere ares de "sacada" a isso, ao aduzir que ele "ele inverte as afirmações de que anarcocapitalismo é utopia, e reforça que tudo que fazemos atualmente JÁ É com base em instituições privadas".

    Meu caro, preste atenção: a pretexto de "inverter" a afirmação de que ancap "é utopia" - afirmação que, na melhor das hipóteses, é irrelevante/inócua - vc não pode fazer uma afirmação manifestamente falsa (e mistificadora). Os contrapontos ao desdém dos anti-ancaps com esse papo de "utopia" já foram feitos pelos grandes ancaps (p.ex.: www.mises.org.br/Article.aspx?id=215; https://mises.org/library/democracy-god-failed-1). Agora, da assertiva de que "todos os serviços úteis que o Estado promete dar, a iniciativa faz melhor" extrair a conclusão de que "o anarcocapitalismo já existe" é apenas uma tolice, que fica ainda maior na medida em que a mesma pessoa que conclui isso afirma que "o Estado é quem rouba 40% do dinheiro da sociedade".

    Meu caro, se você acha, realmente, que da mera constatação de que "todos os serviços úteis que o Estado promete dar, a iniciativa faz melhor" decorreria a conclusão de que "vivemos no anarcocapitalismo", e se você acha, com seriedade, que a frase "os serviços que a iniciativa privada não realiza, são porque os sugadores de 40% do dinheiro da população se recusa a permitir concorrência: judiciário e polícia[i]" não contradiz a sua "descoberta" de que "[i]o anarcocapitalismo já existe", vc precisa: (a) ou rever seu conceito de anarcocapitalismo (revendo os princípios básicos do libertarianismo); (b) ou rever sua postura, deixando de lado a pretensão de "legislar/estipular conceitos" (para então passar a usar os conceitos corretamente).


    Aquele abraço.

    PS.: dado que seu "argumento" não se aplica apenas ao Brasil - e eu (deixo claro para evitar equívoco interpretativo de sua parte) acho que o estado é ineficiente e destruidor de riqueza em qualquer lugar -, te sugeriria avisar o Hoppe de que lá na Turquia (ele vive em Istambul) ele já está vivendo num arranjo anarcocapitalista. Alguém precisa avisar isso para ele; faça vc essa gentileza.
  • www  19/02/2016 13:32
    correção: "corroborando", lá em cima
  • Ruiter Faraco  12/08/2016 21:16
    Suas considerações sobre o meu discurso (o ponto 1 seu é uma piada: eu não sei a diferença entre discurso prescritivo e descritivo? ha ha. piadista...).

    Desconfio de "ancaps" que falam que "ancaps" são "garoto", ou algo do tipo. Somente um estatista crônico consegue dizer que anarcocapitalista é "garotinho" e apelidos de estilo.

    Meu ponto de abordagem para afirmar que o ANARCOCAPITALISMO já existe ficou bem posto no texto e sua análise limitada sobre o que é uma sociedade resolvendo seus próprios problemas NÃO refuta minha tese.

    Minhas bases libertárias estão perfeitamente corretas e a sua visão sobre a solução de conflitos e problemas no mundo exterior que precisam de um "up".

    O anarcocapitalismo já existe e o Estado não passa de um ladrão. A frase está válida.
  • www  12/08/2016 22:30
    "eu não sei a diferença entre discurso prescritivo e descritivo?"

    Piada é o sujeito querer dizer que sabe algo e, no mesmíssimo comentário, mostrar mais uma vez que não sabe esse algo. O cidadão que insiste em dizer "o anarcocapitalismo já existe e o Estado não passa de um ladrão" é alguém que mistura descrição com prescrição. Ao fim e ao cabo, o seu problema parece ser, mesmo, de dissonância cognitiva.


    "Desconfio de 'ancaps' que falam que 'ancaps' são 'garoto', ou algo do tipo. Somente um estatista crônico consegue dizer que anarcocapitalista é 'garotinho' e apelidos de estilo"

    Como é que é, cidadão?? Você sabe ler, por acaso? Pelo visto não sabe; ou, se acha que sabe, tem mesmo uma deficiência cognitiva séria.

    Eu disse que "inclusive pq há pouco tempo veio um menino por aqui com essa mesma 'tese' de que 'já vivemos no ancapistão!'", e vc interpreta essa frase como se eu tivesse falado que "ancaps são garoto"?? Espantoso.

    Preste atenção, caro incapaz: eu disse que um menino veio aqui defender essa sua mesma "tese" de que "já vivemos no ancapistão"; em momento nenhum eu falei que "ancap é garoto ou garotinho", até pq o menino em questão não era ancap. A interpretação que vc fez da frase chega a ser risível de tão estapafúrdia.


    "Minhas bases libertárias estão perfeitamente corretas e a sua visão sobre a solução de conflitos e problemas no mundo exterior que precisam de um 'up'".

    Aqui vc passou a delirar. Delirou que leu em algum lugar minha "visão sobre a solução de conflitos e problemas no mundo exterior". Eu me detive em mostrar o quão esdrúxula é essa sua "tese genial" de que "já vivemos no anarcocapitalismo".


    "O anarcocapitalismo já existe e o Estado não passa de um ladrão"

    Ah, é? Nossa, você é genial mesmo! Existe um estado que fica roubando as pessoas e, mesmo assim, vc acha que simultaneamente a esse estado ladrão existe anarcocapitalismo? E vc insiste em achar essa "frase válida"? Então existe arranjo anarcocapitalista simultaneamente à existência de um estado (necessariamente ladrão)? Então quer dizer que vivemos num arranjo anarcocapitalista apesar da existência de um estado que rouba as pessoas por meio da coerção?

    Espantoso existir alguém que não tem vergonha de dizer e insistir numa boçalidade dessas.






  • Marcelo Boz  18/02/2016 17:08
    Ruiter,

    Nesse momento se um país unilateralmente abolir o seu Estado, seria visto por outras nações como um convite a invasão.
    Note que eu disse no item 1 manter o Ministério da Defesa. Um território como o nosso sem uma força armada e, sim um convite para sermos invadidos.
    Mas podemos ter um Estado pequeníssimo, uma minarquia, pouco pesado aos nossos bolsos. Acredito que isso é possível.


    Att
    Marcelo Boz
  • Mateus Menezes  17/02/2016 17:20
    Marcelo

    Referente ao Item 11 eu tenho dúvidas:
    Hoje a tática utilizada pela maioria dos países no mundo é lastrear a moeda à titulo de divida, e consequentemente existe uma desvalorização do ouro devido a essa manobra. Como ficaria a situação da moeda se voltássemos a lastrear pelo ouro?

    Obrigado

    Att
    Mateus Menezes
  • Marcelo Boz  17/02/2016 17:42
    Matheus,

    No item 11, refiro-me ao Currency Board.
    Há vários artigos muito bem elaborados no site a respeito desse sistema cambial.


    Att
    Marcelo Boz
  • Leonardo Weber  18/02/2016 22:59
    Corrijam-me se eu estiver errado: aumento de impostos com corte de gastos não gera aumento na poupança?

    O Friedman era muito mais contra gastos governamentais do que impostos.

    Claro que não ignoro que, como o autor disse, se o governo arrecada mais, é difícil não aumentar o gasto também.
  • Milton  19/02/2016 01:03
    "Corrijam-me se eu estiver errado: aumento de impostos com corte de gastos não gera aumento na poupança?"

    Está totalmente errado.

    Como é que um aumento de impostos gera aumento na poupança?!

    Se eu confiscar ainda mais dinheiro seu, estaria eu aumentando a sua poupança?

    Se eu tomar o seu dinheiro e gastá-lo (e o governo gasta cada centavo que arrecada), como é que esse aumento de gastos configura aumento da poupança?

    Cada um...
  • Ciro Gomes  19/02/2016 17:44
    Dá bilhão?

    oglobo.globo.com/economia/governo-anuncia-corte-de-23408-bilhoes-no-orcamento-de-2016-18709440
  • Paulo Henrique  19/02/2016 17:58
    Alguns economistas estão dizendo que a dívida publica Brasileira entrou em uma curva impagável e que a moratória pode vir mais "cedo" do que se pensa..

    Qual a veracidade disso?

    É apenas pânico ou existe alguma fundamentação?
  • Palpiteiro  19/02/2016 23:51
    Doido eh quem investe na divida publica... apostar em quem esta fudido, nos `junk bond`, eh coisa para banco publico, nao para gente lucida.

    Veracidade nao ha como confirmar, AINDA, pois nao aconteceu ate o momento.

    O panico pode ser adiantado, e ate amenizado, lendo os artigos de economia aqui do Mises Brasil. Leia antes, para que nao se assuste depois!!!
  • anônimo  20/02/2016 01:08
    Concordo plenamente. Tem que ter falta de sanidade mental para investir nos títulos estatais. A propósito, venho aqui parabenizar o Instituto por mais um artigo esclarecedor e pertinente escrito por um de meus autores prediletos, diferentemente do que a imprensa dos "especialistas em economia" oferece.
  • Emerson Luis  23/02/2016 12:15

    Até uma faxineira semianalfabeta sabe que, se gastar mais do que recebe, vai faltar dinheiro e ela poderá se endividar. É necessário muito estudo e muito conforto material para NÃO compreender algo tão básico.

    Mas os esquerdistas acreditam que não existe verdade, que tudo é relativo e ideológico. Se você disser que 2+2=4, eles replicam que isso é discurso reacionário burguês de quem não quer a "igualdade social".

    * * *
  • douglas-cdz@hotmail.com  23/09/2016 01:34
    Leandro ou alguém, poderia me informar aonde encontro o gráfico do artigo atualizado?
    Procurei no site do Tesouro e do Banco Central, mas não consegui achar.
  • Leandro  23/09/2016 01:56
    Séries temporais do site do Banco Central:

    www.bcb.gov.br/pt-br/#!/n/SERIESTEMPORAIS

    Séries número 2256 e 2257
  • Douglas   23/09/2016 13:31
    Muitíssimo obrigado, Leandro!!
    Aprendo mais com você e com o IMB, do que com todos os professores da faculdade.
    Abraços!!
  • Luiz Edmundo Moraes  23/11/2017 13:48
    Todos os argumentos do texto sobre o déficit orçamentário são bastante razoável porém não tece nenhuma consideração sobre o argumento keynesiano. Keynes argumenta que diante do déficit orçamentário o governo deve aumentar os gastos ou cortar os impostos para que não se caia na 'armadilha fiscal', mesmo a custas de endividamento público, o que afronta o paradigma liberal de Hayek de crescer somente através de investimento resultante da poupança. Considerando que o pensamento keynesiano é hegemônico no denominado 'mainstream', creio que criticá-lo é melhor que ignorá-lo.
  • Vitor  23/11/2017 14:39
    Eis a teoria keynesiana em uma frase: se você tirar água da parte funda da piscina e jogá-la na parte rasa, isso fará o volume total de água na piscina aumentar.

    O governo só pode gastar aquilo que ele antes confiscou de alguém. Logo, a ideia de que gastos do governo estimulam a "demanda agregada" e geram crescimento econômico equivale a dizer que tomar dinheiro de uns para gastar com outros pode enriquecer a todos.
  • Paulo Henrique  30/08/2018 01:31
    Se um corte de impostos aumentar a atividade econômica ao ponto de a arrecadação subir em comparação ao nível anterior, e o governo estiver em deficit fiscal, essa regra de os gastos do governo sempre subirem junto com o aumento das receitas continuaria válida?

    Isso me venho em mente ao imaginar um cenário de corte de impostos + deficit fiscal + aumento de receitas. Gerando uma política frustada de redução do deficit
  • Magno  30/08/2018 02:02
    Continua perfeitamente válida. Observe que o que é enfatizado é "aumento de receitas", e não aumento de impostos. Se as receitas do governo aumentam por qualquer motivo (inclusive por causa de um corte de impostos), a tendência é que os gasto subam concomitantemente. Sempre foi assim.


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