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O Direito vem antes do Estado; e a propriedade privada originou o Direito
Afirmar que é o estado quem garante o Direito e a propriedade privada é uma contradição lógica

A propriedade privada e a ação humana são, necessariamente e por definição, anteriores ao Estado. Antes de surgir um estado os indivíduos já agiam; e a noção de propriedade privada já era intrínseca à ação do indivíduo.

Além de serem anteriores ao Estado, pode-se também dizer com plena certeza que a propriedade privada e a ação humana são a base de todo o ordenamento jurídico.

O estado de direito — isto é, o primado da lei — não necessitada de um Estado (governo). Não é necessário haver um governo para haver um estado (uma situação) de direito. Mais ainda: somente sem um Estado seria possível descobrir competitivamente qual é o melhor Direito — ou seja, qual seria o melhor ordenamento jurídico.

Contradição

Os defensores da necessidade de existir um governo para criar e impingir leis caem em uma inevitável contradição.

Quando o Direito é determinado e impingido pelo estado, tem-se apenas um conjunto de legislações criadas pelos próprios legisladores. Consequentemente, tem-se inevitavelmente um conjunto de normas que o mais forte impõe sobre o mais fraco.

Para os defensores deste arranjo, o conteúdo das normas é menos importante que o ato de força por meio do qual essas normas são impostas; seu traço distintivo é a coerção, e não a utilidade das normas. Nada se discute sobre a moralidade e a ética deste arranjo; enfatiza-se apenas a necessidade de cumpri-lo, não importam os meios utilizados.

Para os defensores do estado, o conteúdo e a utilidade da norma é menos importante que a coerção utilizada para impingir esta norma. Exemplo clássico: uma pessoa quer trabalhar e está voluntariamente disposta a aceitar um valor salarial abaixo do mínimo estipulado pelo governo. Ela será proibida. E os defensores desta legislação aceitarão todos os tipos de sanção e punição contra esta pessoa (que ficará sem emprego e renda) e seu empregador (que poderá ir para a cadeia). A coerção é mais importante que a utilidade da norma.

Qual a incoerência desta postura? Simples: ao mesmo tempo em que tais pessoas dão menos importância ao conteúdo e mais à necessidade de impô-lo à força, elas asseguram que o direito impingido pelo estado é a pré-condição para uma sociedade livre: "sem normas não há mercado", dizem eles.

Em outras palavras, estes teóricos socialistas do Direito consideram que a sociedade nasce e evolui não das interações voluntárias e espontâneas dos indivíduos, mas sim das relações coercitivas implantadas por um hierarca supremo. Sem uma mente consciente, respaldada pela força de um aparato policial, não haveria normas. E, sem normas, não haveria relações.

A realidade

A realidade, porém, é bem distinta. A ação humana livre e sua propriedade honestamente adquirida devem marcar o começo de toda a análise teórica e histórica. As relações humanas necessariamente antecedem as normas. Com efeito, as normas são fruto das relações humanas.

Uma norma nada mais é que uma expectativa de que outro indivíduo irá agir de uma determinada maneira, expectativa essa que pode surgir das promessas (ius — direito em latim — vem etimologicamente de iurare, jurar) ou dos costumes (isto é, de comportamentos idênticos do passado).

Se a tese socialista estiver correta, ou seja, se a propriedade privada realmente só surgiu após a criação de um ordenamento estatal, então surge um inevitável problema lógico e cronológico: como esse Estado nasceu? Como ele obteve suas receitas tributárias para pagar seu aparato policial, seus funcionários e seus juízes se não havia propriedades a serem tributadas?

Com efeito, os socialistas recorrem a essa teoria sem sentido unicamente com o intuito de querer argumentar que a propriedade privada é um privilégio concedido pelo Estado aos indivíduos, graças à sua legislação e à sua proteção policial. Consequentemente, a propriedade seria um privilégio que está subordinado a todas as eventualidades e alterações que seu mantenedor — o estado — queira lhe infligir.

Porém, como dito, a propriedade privada e a ação humana são necessariamente anteriores ao Estado (por uma questão de lógica). Por isso, pode-se dizer com plena certeza que ambas são a base de todo o ordenamento jurídico. As normas não criam a sociedade; é a sociedade quem cria normas, e faz isso de maneira contínua e evolutiva. Como disse Paolo Grossi: "A práxis — atividade humana na sociedade — constrói dia a dia seu Direito, moldando e modificando segundo as exigências do local e do tempo".

Aqueles que querem estabelecer uma profunda distinção entre sociedade e Direito, criando uma frente autônoma de sabedoria normativa, se esquecem de que impedir os indivíduos de criar o Direito a partir de seus feitos e interações é o equivalente a lhe impedir de agir. Por isso, um Direito de origem socialista irá inevitavelmente se degenerar em uma sociedade completamente policialesca, autoritária, regulada e escravizada.

O Direito não é um conjunto de mandamentos revelados, mas sim de práticas previsíveis e úteis para se alcançar os objetivos individuais por meio da cooperação humana. O Estado, por meio de suas legislações coercitivas, pode apenas arrebentar esses laços voluntários e cooperativos, destruindo na prática a própria instituição jurídica. Da mesma maneira que o planejamento econômico estatal erradica o mercado, o planejamento jurídico estatal extermina o Direito.

Conclusão

Vale repetir: o estado de direito — isto é, o primado da lei — não requer um Estado (governo) para garantir um estado (uma situação) de direito. Somente sem um Estado será possível descobrir competitivamente qual é o melhor Direito.

E a conclusão final é que se a propriedade privada e a liberdade são a origem do direito, então, por definição, um organismo que se baseia na coerção e na permanente violação da propriedade privada e da liberdade não pode criar outra coisa senão um Direito violentado e corrompido.

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Leia também:

O direito é uma ordem espontânea e não algo deliberadamente criado por "iluminados"

A origem da propriedade privada e da família

A existência do estado é, acima de tudo, uma contradição jurídica


autor

Juan Ramón Rallo
é diretor do Instituto Juan de Mariana e professor associado de economia aplicada na Universidad Rey Juan Carlos, em Madri.  É o autor do livro Los Errores de la Vieja Economía.


  • Juan Domingues  11/04/2017 15:30
    Os graduados em direito atualmente parecem estar pulando completamente a reflexão filosófica por trás da real utilidade do seu trabalho. Infelizmente a academia parece formar indivíduos que se contentam em agir dentro de leis estabelecidas por burocratas por vezes sem questionar a utilidade ou mesmo a moralidade das mesmas.

    Grande parte dos chamados "operadores do direito" (juizes, promotores, advogados) estão tão visceralmente ligados à burocracia estatal que passaram a ser agentes da mesma, não sendo capazes de enxergar que existe direito fora do Estado. Isso é particularmente grave no caso do Brasil por exemplo, onde o número de leis intrusivas e completamente absurdas que atentam contra o indivíduo é altíssimo já desde a constituição - um documento claramente socialista.

    O direito serve, antes de mais nada, para auxiliar na solução de conflitos. Grandes legislações, códigos e tratados são uma consequência (não necessariamente desejada) da superjudicialização da sociedade e da burocratização da mesma, o que por sua vez é consequência do aumento da interferência dos próprios governos nas sociedades.

    Seria salutar que aumentasse o número de agências privadas de arbitragem que se limitassem a analisar contratos e eventos fora da burocracia e da morosidade do sistema tradicional. Todos ganhariam com isso. Mas a própria mentalidade do "direito como inerentemente dependente do Estado" presente na cabeça dos operadores do direito impede esse avanço.
  • FREDERICO HAUPT  12/04/2017 01:16
    Ou há o império da lei, ou há a lei do mais forte. Os mais fortes outrora se apropriaram das terras, das riquezas naturais, dos meios de produção, exploraram os mais fracos escravizando-os, etc. Agora vocês querem simplesmente dizer que é cada um por si? O que nós temos que fazer é aplicar o direito penal chinês para esses corruptos, matá-los e cobrar a bala da família ainda; afinal, a pena de morte já estava prevista na lei de Moisés.
  • Amante da Lógica  12/04/2017 01:33
    "Ou há o império da lei, ou há a lei do mais forte."

    Exato e perfeito. O único probleminha é que você quer que o mais forte (o monopolista da violência) esteja no controle do império da lei.

    Sinceramente, existe ideia mais ignara do que essa?

    "Os mais fortes outrora se apropriaram das terras, das riquezas naturais, dos meios de produção, exploraram os mais fracos escravizando-os, etc."

    Correto. E em todos os casos, sem nenhuma exceção, isso foi feito ou diretamente pelo estado ou por pessoas protegidas pelo estado (sempre lembrando que a escravidão era uma política estatal).

    Tem certeza de que você quer defender isso?

    "Agora vocês querem simplesmente dizer que é cada um por si?"

    Oi?! Meu caro, é você quem está defendendo o "cada um por si"!

    Ao dizer que o mais forte (o monopolista da violência) deve estar no controle do império da lei, você está dizendo que aos mais fracos (todos nós) resta apenas "o cada um por si".

    Você mora em que país? Eu moro no Brasil, e estou testemunhando ao vivo as consequências deste arranjo que você defende.

    "O que nós temos que fazer é aplicar o direito penal chinês para esses corruptos, matá-los e cobrar a bala da família ainda; afinal, a pena de morte já estava prevista na lei de Moisés."

    Lógica sensacional. Primeiro vamos colocar o monopolista da violência no comando das leis. Aí, quando eles exibirem "desvios éticos", vamos meter bala neles!

    Pergunta: cadê as armas? Da última vez que chequei, as armas estavam em posse destes mesmos corruptos.

    Outra coisa: até mesmo histórias infantis de quadrinhos já alertavam que o "poder corrompe". Uma criança semi-alfabetizada de 7 anos já entendeu algo que você ainda não aceitou.

    Pense mais da próxima.
  • FREDERICO HAUPT  12/04/2017 01:50
    Ora democracia é o governo do povo, pelo povo e para o povo; ou deveria, ser conforme dito outrora pelo líder do país mais rico do mundo. Então, com todos os recursos tecnológicos existentes, como funcionam os debates nesse site, todas as leis poderiam ser votadas pela população interessada, assim eletronicamente. E garanto que a maioria é favor da pena de morte para esses criminosos do colarinho branco que, na maioria das vezes, tudo tinham para viver bem melhor que a maioria sob o império da lei, mas a ganância e o egoísmo fizeram que escolhessem o crime para enriquecerem ilicitamente, privando milhões do mínimo necessário para garantir a dignidade da pessoa humana, visto que o dinheiro movimentado ilicitamente
    no mercado financeiro, a lavagem de capitais e a lesão ao erário causada pela corrupção nas instituições, impedem a implementação de políticas para diminuir a desigualdade social e a construção de escolas e presídios mais eficientes, o que contribuiria para a prevenção da criminalidade de uma forma geral. Ou seja, garantias constitucionais e processuais conjugadas com as brechas da lei; as "rapozas" dos tribunais e a cultura do jeitinho brasileiro juntamente com a impunidade; o apadrinhamento e os favoritismos; a desigualdade odiosa; a morosidade da justiça; o sistema político e penal, não podem servir de manto protetor para aqueles que cometem graves delitos econômicos, muitas vezes fazem parte da política e do Governo, privando milhões que dependem da estrutura fornecida pelo Estado, das mínimas condições para uma vida digna.
  • 4lex5andro  12/04/2017 13:03
    O exemplo de um Estado ditatorial (que há 70 anos é controlado pelo PCC) não foi dos melhores; por outro lado há de se convir que no Brasil o direito não é (e nunca foi) um objeto tácito e pacífico.

    Mantendo seu território íntegro, o país comportaria (talvez) um Estado minarquista, restrito ás câmaras distritais e judiciais.
  • 4lex5andro  12/04/2017 13:12
    No Brasil não existiu direito consuetudinário, mas um tipo de conduta imposto pela coroa portuguesa distinta da metrópole, mas dedicada ás colônias.

    Talvez, sem secessões, o país suportasse um Estado minarquista, restrito ás câmaras judiciais e distritais.
  • Marcelo  29/05/2020 10:37
    O direito é o conjunto de normas e as normas derivam da cultura que, por sua vez, é derivada dos princípios espirituais de um povo em determinada época. (princípios espirituais-cultura-moral e ética-valores-direito).
    O autor se esquece que Justiça é dar a cada um o seu direito e a Justiça constituída depende de um Estado politicamente organizado.
    Acaso, não haveria conflito de interesses diante de um direito derivado dos fenômenos sociais em constante ebulição?
    O liberal radical idealiza uma sociedade perfeita e, nesse ponto, conclui com a mesma demência de um sociopata marxista.
  • Saulo  29/05/2020 13:48
    "O autor se esquece que Justiça é dar a cada um o seu direito"

    Errado. A justiça não "dá um direito a cada um. O ser humano já nasce dotado de direitos naturais pelo simples fato de ser humano.

    Aos tribunais cabe apenas impingir esses direitos. Tribunais não concedem direitos a ninguém. Eles, no máximo, punem aqueles que atentaram contra direitos alheios.

    "e a Justiça constituída depende de um Estado politicamente organizado."

    Falso. A execução da justiça — ou seja, a punição a quem atentou contra direitos de inocentes — não depende em nada da existência de políticos e burocratas.

    Falar que a punição a assassinos só pode ocorrer se houver políticos e burocratas é ápice da vassalagem e da demência.

    "Acaso, não haveria conflito de interesses diante de um direito derivado dos fenômenos sociais em constante ebulição?"

    Direito não é "derivado de fenômenos sociais em constante ebulição". Os direitos naturais são os mesmos para todos os seres humanos, independentemente de fenômenos sociais ou de "ebulições".

    Se direitos fossem alterados de acordo com ebulições, então nem sequer haveria o Direito, pois ele seria algo em constante mudança. "Ah, não tô gostando do arranjo atual! Vou fazer uma ebulição social e com isso vou alterar toda a estrutura dos direitos".

    "O liberal radical idealiza uma sociedade perfeita e, nesse ponto, conclui com a mesma demência de um sociopata marxista."

    Você diz que os direitos são variáveis e que dependem de políticos e burocratas para existirem, e ainda diz que os outros é que são dementes e sociopatas?

    Aliás, sei não, hein?, mas acho que é preferível ser demente e sociopata do que alguém que fica de joelhos para políticos e burocratas, entregando a eles arbitrariedade total sobre seus próprios direitos.

    Que vergonha.
  • Marcelo  03/06/2020 22:36
    Usei o conceito de justiça de Aristóteles.
    Usei argumentos já repisados e consagrados pela melhor doutrina de direito no mundo todo.
    A indigência do seu raciocínio me impede de respondê-lo.
    É preciso estudar para contribuir com opiniões consistentes.
    É certo que opiniões são como nádegas; não é porque cada um tem a sua, que precisa sair dando por aí.
  • Alessandro silva  11/05/2022 13:34
    Liberal Radical= Revolucionário SOCIALISTA/COMUNISTA)= Alguem que é ANTILIBERAL e quer defender que a LIBERTINAGEM é o melhor padrão - No Direito Penal e Processual a corrente da Libertinagem se chama Garantismo Hiperbólico Monocular (fabricador de "vitimas da sociedade " e outros COITADISMOS). Isso é pacifico em QUALQUER sã doutrina. é por isso que REVOLUCIONÁRIOS de Verdade so aceitam a ideia de Deus se existir um ser espiritual tão poderoso quanto ele para contrapor. o Maniqueísmo é uma MÁ DOUTRINA que é prejudicial dentro e fora dos púlpitos das Congregações . Coisas por que são graves NÃO DEVEM ser tratadas pelos mesmos métodos . Existem Possessões Espirituais? SIM, mas elas explicam pouco dos crimes mais brutais, mesmo nas situações de Sacrifícios Humanos Rituais, no campo da psique (Psicológico / psiquiátrico/neural)- muito pouco do que colocam como Dupla Personalidade ou outros distúrbios é realmente o distúrbio, mas pessoas querendo FICAR IMPUNES por seus ATOS ILÍCITOS cometendo até outros ilícitos(Fraudes processuais usando psicografias)
  • Gerson  30/08/2022 11:28
    Os operadores do direito no Brasil são meros despachantes de luxo. Num sistema cartorial como o nosso, esses profissionais acabam por servir de elo entre o cidadão e a autoridade constituída, e não raro se mancomunam com a última em desfavor do primeiro. O status quo presente está muito confortável para eles, e por isso qualquer um que se levante contra é rapidamente vítima de repúdio.
  • Daniel  11/04/2017 15:34
    É por isso que Rothbard sempre dizia que o ordenamento jurídico deve refletir normas de conduta justa, iguais para todos, independente do tempo e do lugar, para defender a propriedade privada. E a propriedade deveria ser considerada nas questões de Direito.
  • Guilherme  12/04/2017 00:01
    Rothbard? Quem diz isso é Hayek:

    "A lei, em sua forma ideal, poderia ser definida como uma ordem definitiva e válida para todos, prescrita para pessoas desconhecidas, independentemente de qualquer circunstância específica de tempo e lugar, e que se refere unicamente a condições que possam ocorrer em qualquer lugar e em qualquer tempo." Friedrich Hayek, Os Fundamentos da Liberdade, cap. 10, parte 2
  • Liberal clássico  11/04/2017 15:54
    Tá, o direito de propriedade é anterior ao estado, mas isso não muda o fato de que ter um monopólio jurídico em um território é esssencial para garantir a segurança jurídica da propriedade privada.

    E até que provem que 2 ou mais instituições jurídicas coexistindo em um mesmo território podem garantir o desenvolvimento da sociedade, isso tudo será balela.
  • Amante da Lógica  11/04/2017 16:16
    Essa de que o estado garante o respeito à propriedade é sensacional: o estado, por definição, confisca a propriedade alheia (e manda para a cadeia aquele que tentar resistir, podendo até mesmo matá-lo caso a resistência seja muita). O estado só se mantém à custa do confisco da propriedade alheia. Essa é sua função básica: confiscar a propriedade alheia.

    Como pode alguém que vive do confisco da propriedade alheia ser o defensor dessa mesma propriedade? O estado, pela sua lógica, é um expropriador defensor da propriedade. Genial.
  • Liberal clássico  11/04/2017 16:47
    É verdade, o estado cobra impostos e te ameaça caso não pague, mas você paga e ele garante sua propriedade juridicamente, e assim você sabe que pode fazer investimentos de longo prazo sem tanta insegurança jurídica (É por isso que sociedades com propriedade privada e estados se desenvolveram).

    Agora sem o estado você não precisaria pagar impostos, mas teria alguma segurança jurídica sobre suas propriedades, poupança e investimentos? Male male o mundo conseguiu se desenvolver com a combinação propriedade privada e estado, pode até ter havido sociedades sem estado, mas que se desenvolveram eu desconheço.



  • Max  11/04/2017 18:12
    "Agora sem o estado você não precisaria pagar impostos, mas teria alguma segurança jurídica sobre suas propriedades, poupança e investimentos?"

    Com certeza absoluta teria muito mais segurança sobre suas propriedades, poupança e investimentos do que com a presença do estado praticando desapropriação; desvalorizando a moeda; expandindo o crédito artificialmente; diminuindo taxa de juros no canetaço; emitindo regulações sobre a abertura e sobre a atuação de empresas; taxando o lucro, a renda e o consumo; alterando a legislação e a jurisprudência de forma abrupta e caótica; regulando o mercado de trabalho de forma asfixiante; criando agências reguladoras de toda ordem, com burocratas praticando extorsão; emitindo normas de cunho paternalista, etc., etc.

    De fato, é uma "segurança jurídica" e tanto!
  • Liberal Clássico  11/04/2017 18:26
    Estou tratando apenas do serviço de proteção, não da intromissão do estado sobre a economia.
  • Daniel  11/04/2017 18:37
    Cidadão, para o estado fornecer serviços de proteção ele tem de, por definição, se intrometer na economia. Afinal, como o estado vai se financiar senão pela tributação? E o que é a tributação senão um confisco da renda alheia, o qual distorce e afeta toda a economia, criando privilegiados e espoliados?

    E o que vai acontecer com que resistir à tributação (confisco de propriedade)?

    Nenhuma tributação é neutra; toda tributação distorce e afeta a economia.

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=1453

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=1156
  • Arthur  12/04/2017 00:05
    "Daniel 11/04/2017 18:37
    Cidadão, para o estado fornecer serviços de proteção ele tem de, por definição, se intrometer na economia. Afinal, como o estado vai se financiar senão pela tributação? E o que é a tributação senão um confisco da renda alheia"

    Tá, e daí? Mesmo que ele tribute, ele pode proteger a propriedade de forma que ela seja muito mais garantida do que em uma situação em que não há tributação mas há a possibilidade constante de que qualquer pessoa mais forte do que você te desaproprie.
  • Alessandro silva  11/05/2022 13:45
    Tributos sobre a propriedade quando ela é licita e o USO EM SI é licito NUNCA deveriam ser objeto de Expropriação..
  • Liberal Clássico  12/04/2017 14:37
    É verdade Daniel, o estado ao cobrar impostos para fornecer os serviços de proteção já está se intrometendo na economia. Mas quando tratado apenas desse serviço em si, a sua intromissão é quase insignificante. O sujeito acima simplesmente ampliou a atuação do estado fugindo do propósito do comentário.
  • Max  12/04/2017 15:02
    "O sujeito acima simplesmente ampliou a atuação do estado"

    "Ampliou a atuação do estado"?

    Vamos de novo:

    "Com certeza absoluta teria muito mais segurança sobre suas propriedades, poupança e investimentos do que com a presença do estado praticando desapropriação; desvalorizando a moeda; expandindo o crédito artificialmente; diminuindo taxa de juros no canetaço; emitindo regulações sobre a abertura e sobre a atuação de empresas; taxando o lucro, a renda e o consumo; alterando a legislação e a jurisprudência de forma abrupta e caótica; regulando o mercado de trabalho de forma asfixiante; criando agências reguladoras de toda ordem, com burocratas praticando extorsão; emitindo normas de cunho paternalista, etc., etc."

    Que "ampliação da atuação do estado" existe aí?

    Seja como for, você mesmo diz que "o estado ao cobrar impostos para fornecer os serviços de proteção já está se intrometendo na economia".

    Então como se estaria "fugindo do propósito do comentário"?
  • Renato  11/04/2017 18:14
    "É verdade, o estado cobra impostos e te ameaça caso não pague"

    Exato. Perfeito. E fim de papo. Após essa frase perfeitamente colocada, não há nenhum "mas" que possa servir de contrapartida.

    Qualquer tentativa de justificar esse comportamento também servirá, por definição, como justificativa para aceitar máfias, extorsão, "taxas de proteção" e "arrego".

    Se burocratas podem me ameaçar e me extorquir, por que mafiosos também não poderiam?

    "mas você paga e ele garante sua propriedade juridicamente"

    Juridicamente? Se eu não pagar IPTU, meu imóvel é confiscado e vendido em leilão. Se eu não pagar IPVA, meu carro é confiscado e vendido em leilão. Se eu não pagar Imposto de Renda, minha conta bancária é invadida e confiscada, meus ativos são arrestados, e minha prisão é decretada. E se eu tentar resistir a essa prisão injusta, serei assassinado pelo estado.

    Belíssima proteção jurídica!

    "e assim você sabe que pode fazer investimentos de longo prazo sem tanta insegurança jurídica"

    Você é comediante? Se o empreendedor deixar de pagar um imposto (mesmo que por mera distração), ele será chamado de sonegador, será perseguido, humilhado e ainda ameaçado de cadeia. E seus bens serão arrestados e sua conta bancária invadida pelo estado.

    Porém, segundo você, isso é um arranjo que "estimula investimentos de longo prazo" e traz "muita segurança jurídica".

    A quantidade de comediantes involuntários que despenca por aqui sempre impressiona.


  • Liberal Clássico  11/04/2017 18:39
    Já que preciso desenhar:

    Você tem um terreno, por mais que você diga que tem o "direito natural" a ele, nada garante que alguém respeitará isso, pessoas mais fortes ou espertas podem simplesmente lhe tomar do dia para a noite, é essa a realidade que viveria um anarcocapitalista. Ao menos sob a juridisção estatal você terá a segurança jurídica sobre sua propriedade. É verdade que terá que pagar impostos, mas é um mal menor.
  • Marcelo  11/04/2017 19:25
    Seu desenho está péssimo. Sugiro uma aula básica de caligrafia técnica.

    "Você tem um terreno"

    Eu tenho um terreno, uma arma, uma agência de segurança privada (a qual, se falhar, posso trocar por várias outras), e o direito natural (impingido por tribunais privados e concorrenciais) para me proteger.

    Já no atual arranjo eu tenho um terreno, estou desarmado pelo estado, estou acossado pelo MST (grupo terrorista protegido e financiado pelo governo), a polícia militar está a dezenas de quilômetros de distância e há uma Constituição que diz que essa minha propriedade tem também de exercer uma "função social".

    E você diz que este segundo arranjo não só é preferível ao primeiro, como também é o único que funciona.

    Só pode ser piada. Ou então um garrancho ininteligível. Mude seu desenho.

    "Ao menos sob a juridisção estatal você terá a segurança jurídica sobre sua propriedade. É verdade que terá que pagar impostos, mas é um mal menor."

    Mais gozado que isso só um stand-up de Ricky Gervais.

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=1221

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=174

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=93

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=605
  • Liberal Clássico  12/04/2017 14:43
    Você simplesmente utiliza o Brasil como exemplo, desfocando o meu ponto. Por que não foca nos países desenvolvidos? onde o direito de propriedade é fortemente garantido.

    Aliás elencar falhas atuais do estado não desmerece meu ponto que é: O monopólio da jurisdição é mais eficiente para garantir sua propriedade, apesar das falhas e perigos, o mundo tem se desenvolvido assim.
  • Pedro  13/04/2017 15:49
    "Aliás elencar falhas atuais do estado não desmerece meu ponto que é: O monopólio da jurisdição é mais eficiente para garantir sua propriedade, apesar das falhas e perigos, o mundo tem se desenvolvido assim".

    O Bitcoin... Não possui poder central coercitivo algum garantindo a sua propriedade. Mas sim, milhões de "poderes descentralizados" e não-coercitivos através de um sistema criptografado. Ou seja, ele INDEPENDE do estado.

    Como você explica a mera EXISTÊNCIA do Bitcoin?
  • Guilherme Markus  13/04/2017 17:00
    "O monopólio da jurisdição é mais eficiente para garantir sua propriedade"


    Isso, é mais "eficiente" para garantir a "propriedade" de burocratas, advinda do confisco e da expropriação da propriedade de quem produz.
  • Mais do Mesmo  02/06/2020 12:18
    cara, você diz que o Estado é a garantia da propriedade. O seu contestador apresentou um brilhande e super resumido resumo. Aí você se esquiva dizendo que esta tomando o brasil como exemplo e que deveria tomar outros países como exemplo, onde essa entidade cheia de méritos, segundo vc, funciona.

    PÔ!!! ...o que se esta dizendo é que o Estado não garante nada, além da boa vida das elites recebedoras de impostos e mordomias, além de propinas.

    Então vejamos CUBA. Em Cuba há um Estado que não garante propriedade alguma e além disso tomou para sua elite todas as proiipriedades. Literalmente escravizando toda a população. Na China também há Estado e a propriedade privada não é garantida.

    Aí você, como foi catequisado desde criança, vai dizer que Cuba não é uma democracia, que o povo votando para impor um governo resolveria a questão.

    O povo não impõe nada, sobretudo qdo desarmado. Acreditar em eleições limpas é utopia. na Venezuela Chaves e Maduro se puseram no Poder pela via democratica. Aliás Hugo Chaves ao se eleger foi paulatinamente abolindo o direito de propriedade.

    Voltemos a democracia:
    - Se a lei e a garantia de propriedade depende dos que são eleitos, mesmo limpamente, isso significa que as tais leis e a tal garantia de propriedade podem mudar constantemente.

    QUE RAIO de GARANTIA da propriedade e juridica é essa que pode ser alterada a cada eleição?

    Tais afirmações parecem coisa de maluco.
    A única coisa que o Estado garante é a boa e fácil vida de suas elites burocratica, politica e empresarial corrupta.

    Ah! ...vai falar de Constituição??? ...que diferença? Primeiro que já há tempos que leis são "INTERPRETADAS" e assim alteradas informalmente. Alguém sempre deliberará sobre a "interpretação". Logo, só por aí já nada é garantido. Ademais as Constituições podem ser emendadas e alteradas. Como foi o democratico caso da VENEZUELA. Pelo bem da verdade, Maduro foi eleito democraticamente. Como impedir as fraudes cometidas pelo próprio Estado que organiza as eleições. E como garantir que o direito de hoje será o de amanhã em leições dionamicas?
  • Max  11/04/2017 20:25
    "Já que preciso desenhar"

    Sempre acho engraçado quando o sujeito é refutado várias vezes e, no desespero camuflado de arrogância juvenil, sai-se com clichê de adolescente em rede social.

    Cidadão, preste atenção: o que você precisa é desenhar dentro do seu cérebro que, em tema de segurança jurídica (tema suscitado por vc mesmo), a indevida intervenção do estado na economia e os serviços de proteção estão interligados: quando o estado intervém na propriedade privada (e serviço de proteção inclui, obviamente, proteção à propriedade privada) ele está interferindo na economia e quando ele intervém na economia ele, ao fim e ao cabo, está interferindo na propriedade privada.


    "Você tem um terreno, por mais que você diga que tem o "direito natural" a ele, nada garante que alguém respeitará isso, pessoas mais fortes ou espertas podem simplesmente lhe tomar do dia para a noite"

    Isso, boa descrição daquilo que o estado faz: ele simplesmente confisca a propriedade privada do dia para noite. E você acha que isso é o que proporciona "segurança jurídica". Genial.
  • Taxidermista  11/04/2017 16:30
    "E até que provem que 2 ou mais instituições jurídicas coexistindo em um mesmo território podem garantir o desenvolvimento da sociedade"

    Isso já foi provado.

    Quer saber a fonte?

    Leia Bruce Benson:

    www.independent.org/store/book.asp?id=92


    De quebra, pode encarar Randy Barnett também:

    global.oup.com/academic/product/the-structure-of-liberty-9780198700920?q=randy%20barnett&lang=en&cc=us
  • Taxidermista  11/04/2017 16:48
    Cabe mencionar uma linha de argumentação dos estatistas, no contexto da temática, para justificar que a propriedade seria "produto do estado". Sustentam alguns estatistas que, para os utilitaristas (ou não-adeptos da doutrina dos direitos naturais, como foi o caso de Mises), o direito de propriedade seria produto de convenção; daí argumentam os estatistas: "ora, se direito de propriedade decorre de convenção, só pode decorrer das convenções impostas pelo estado".

    Todavia, há um evidente gap nessa linha de argumentação dos estatistas: convenção não é sinônimo de "convenção estatal"; as convenções (que incluiriam o direito de propriedade) são convenções sociais (ou seja, convenções estabelecidas pelas interações humanas, conforme destacado pelo Rallo), independentemente das instituições estatais.

    Logo, ainda que não se queira invocar a doutrina dos direitos naturais, e ainda que se diga que o direito de propriedade seria fruto de convenção, não há como sustentar que esse direito seria "concedido" pelo estado, pq convenção não é sinônimo de "direito ou legislação posta pelo estado".

    Sobre isso:

    www.amazon.com/Order-without-Neighbors-Settle-Disputes-ebook/dp/B002KW4J30/ref=mt_kindle?_encoding=UTF8&me=

    www.amazon.com/Not-So-Wild-West-Economics/dp/0804748543/ref=sr_1_1?ie=UTF8&qid=1491929122&sr=8-1&keywords=The+Not+So+Wild%2C+Wild+West%3A+Property+Rights+on+the+Frontier


    Trata-se de um ponto importante no contexto dessa temática.
  • Arthur  12/04/2017 00:08
    "Sustentam alguns estatistas que, para os utilitaristas (ou não-adeptos da doutrina dos direitos naturais, como foi o caso de Mises), o direito de propriedade seria produto de convenção; daí argumentam os estatistas: "ora, se direito de propriedade decorre de convenção, só pode decorrer das convenções impostas pelo estado". "

    Ninguém disse que essa convenção deve ser imposta pelo Estado. Hume mesmo, aliás, quem foi o popularizador dessa teoria (se não seu inventor), dizia que essa convenção não era 'imposta pelo Estado'. E mesmo assim ele reconhecia a necessidade do Estado para que a propriedade seja melhor garantida.
  • Locke  12/04/2017 00:33
    "E mesmo assim ele [Hume] reconhecia a necessidade do Estado para que a propriedade seja melhor garantida."

    E daí? O sujeito por acaso é um deus à prova de erros? Hume nem sequer era um liberal clássico. Ele dizia que a propriedade privada nem mesmo era um direito natural, mas sim uma mera conveniência.

    Ou seja, se você planta uma terra e alimenta uma população com a colheita, essa propriedade na qual você misturou seu trabalho e gerou frutos positivos para toda a população não pertence a você e não é sua por direito e mérito; ela apenas não deve ser confiscada de você porque isso seria chato e traria inconveniências para várias outras pessoas.

    Nicolás Maduro e Raul Castro podem utilizar exatamente o mesmo argumento.
  • Arthur  12/04/2017 00:55

    [Locke 12/04/2017 00:33
    "E mesmo assim ele [Hume] reconhecia a necessidade do Estado para que a propriedade seja melhor garantida."

    E daí? O sujeito por acaso é um deus à prova de erros? Hume nem sequer era um liberal clássico. Ele dizia que a propriedade privada nem mesmo era um direito natural, mas sim uma mera conveniência. ]

    Senhor, eu não disse que 'Hume era um Deus'; eu o usei para exemplificar o que eu disse, coisa que ficou bem claro quando eu falei "Hume mesmo, aliás, quem foi o popularizador dessa teoria..."

    E Hume era liberal clássico sim. Você nega por que ele não acreditava em direitos naturais? Então vai ter que excluir do liberalismo clássico Mises, Hayek, Smith, Say, Ricardo, e inúmeros outros. Hume era sim liberal clássico. A maioria dos historiadores do pensamento liberal dizem.

    "Ou seja, se você planta uma terra e alimenta uma população com a colheita, essa propriedade na qual você misturou seu trabalho e gerou frutos positivos para toda a população não pertence a você e não é sua por direito e mérito; ela apenas não deve ser confiscada de você porque isso seria chato e traria inconveniências para várias outras pessoas."

    Realmente a propriedade não torna 'minha'. Quando eu planto em algo eu ganho aparece alguma estrelinha mágica que mostre e e estabeleça que aquele algo é meu? Se não, com qual base você diz que é? Te desafio a encontrar alguma base para sua afirmação que seja puramente LÓGICA e não seja baseada seja na história ou em qualquer forma de UTILIDADE.

    "Nicolás Maduro e Raul Castro podem utilizar exatamente o mesmo argumento."

    Podem, mas e daí? Hitler bebe água. Tomar água é ruim por isso?

  • Hans  12/04/2017 01:38
    Quando eu planto em algo eu ganho aparece alguma estrelinha mágica que mostre e e estabeleça que aquele algo é meu? Se não, com qual base você diz que é? Te desafio a encontrar alguma base para sua afirmação que seja puramente LÓGICA e não seja baseada seja na história ou em qualquer forma de UTILIDADE.

    Nossa, mas o que não falta é material sobre isso.

    Como sei que você não irá ler, irei me poupar do trabalho de sair colando uma infinidade de links. Vou dar apenas três:

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=200
    www.mises.org.br/Article.aspx?id=788
    www.mises.org.br/Ebook.aspx?id=12 (os quatro primeiros capítulos)
  • Arthur  12/04/2017 02:53
    Eu já li todos os links, menos o A Ética da Liberdade. E digo que a argumentação de Hoppe está errada. Na argumentação eu não concedo direito a ninguém, da mesma forma que eu não concedo direito a um computador quando eu, para programá-lo, resolvo obedecer a lógica booleana necessária à programação. Eu não pressuponho que o computador deva ter direito a funcionar com base na lógica booleana da mesma forma que eu não concedo direito de ninguém a argumentar quando eu argumento com alguém. Hoppe confunde bastante as coisas aí. Já Rothbard, embora eu não li A Ética da Liberdade, eu li O Manifesto Libertário. Sua argumentação é bem fraquinha. Não há nenhuma necessidade lógica de obedecer leis gerais válidas para todos. E mesmo nisso, há outros sistemas possíveis que não o anarcocapitalismo.
  • Távola  12/04/2017 12:55
    "Na argumentação eu não concedo direito a ninguém [...] eu não concedo direito de ninguém a argumentar quando eu argumento com alguém. Hoppe confunde bastante as coisas aí"

    É... com essa capacidade magnânima de interpretação de texto, realmente faz sentido toda a sua apavorante capacidade argumentativa.

    Hoppe em momento algum fala sobre você "dar direito a alguém de discutir com você". Isso não tem absolutamente nada a ver com a argumentação dele.

    Eis o verdadeiro argumento de Hoppe: se você vai argumentar que não há um direito natural à propriedade privada, você fará tal argumentação utilizando as suas faculdades mentais, as suas cordas vocais e/ou as suas mãos (em caso de palavras escritas). Isso, por definição, é uma autocontradição performativa: você está negando a propriedade mas se utilizando dela para negá-la.

    O simples fato de você utilizar suas próprias palavras, seu próprio intelecto e suas próprias mãos e boca -- e de saber que o seu oponente também fará o mesmo -- já representa, por definição, um reconhecimento à propriedade privada.

    Dizer que ninguém não tem um direito natural à propriedade privada, mas fazer isso utilizando sua própria propriedade (faculdades mentais, cordas vocais, mãos, papel, caneta, computador etc) já representa, por definição, um reconhecimento tácito do direito natural à propriedade privada.

    Quem afirma que não há direito natural à propriedade privada, mas utiliza a razão própria, as cordas vocais e as mãos incorreu em uma autocontradição performativa (pleonasmo intencional).

    Você pode até discordar disso (embora, se o fizer, estará caindo em contradição), mas ao menos interprete corretamente o que foi dito.

    Volte à alfabetização básica.
  • Andrius   13/04/2017 12:50
    Divirta-se
    https://www.youtube.com/watch?v=in3sacFHcck
  • Sempre Mais do MESMO  20/11/2017 14:14
    Pô Arthur,

    vamos refletir sobre o que é Liberdade, Direito e Justiça...

    Um homem solitário no mundo é absolutamente livre porque somente seus limites NATURAIS o IMPEDEM de realizar seus desejos e objetivos de longo prazo.

    Ou seja, o INDIVÍDUO (corpo e mente) é em si naturalmente livre. Então a idéia de liberdade ou servidão só faz sentido quando consideramos a existência de MAIS de UM INDIVÍDUO que em si como indivíduo possui NATURALMENTE o MESMO DIREITO dos demais.

    Então entra a idéia de LIBERDADE, que significa que TODOS os INDIVÍDUOS naturalmente e logicamente possuem IGUAL DIREITO.

    Porém, se todos possuem igual direito de agir limitados unicamente pela própeia habilidade e potência, haverá INTERCEÇÃO nas possibilidades de atuação de MAIS de UM indivíduo:
    - ex.: João plantou batatas numa área e josé quer plantar cebolas na mesma área.

    Há um impasse a ser resolvido pela lógica e esta faz surgir a idéia de propriedade: Tudo que for decorrente da AÇÃO do indivíduo lhe é próprio e isso significa que só o indivíduo tem o DIREITO DE ARBITRAR SOBRE SUA PROPRIEDADE.

    Propriedade é o objeto sobre o qual apenas o proprietário tem direito natural de arbitrar. Nenhum outro indivíduo tem direito de arbitrar sobre a propriedade (em si legitima) alheia. Afinal isso incorreria numa interceção do campo de ação de 2 ou mais indivíduos. Daí que a PROPRIEDADE, como um DIREITO, NEGA a TODOS OS DEMAIS o direito ao arbítrio que possui o prioprietário.

    O INDIVÌDUO se constitui de CORPO e MENTE e ambos são indivisíveis. Portanto o CORPO é PROPRIEDADE da MENTE e a MENTE é PROPRIEDADE do CORPO. HÁ UMA NECESSIDADE MÚTUA para que o INDIVÍDUO EXISTA NATURALMENTE.

    Nasce, então, naturalmente pela REFLEXÃO a idéia de JUSTIÇA onde a solução de possíveis impasses devam ser solucionados pelo MÉRITO:

    - DAR a QUEM MERECE o QUE É MERECIDO! (Justiça).

    Então se João primeiramente trabalhou numa terra e plantou suas batatas, essa terra (embora não criada pela ação de João) deve torna-se propriedade de João porque os frutos do seu trabalho lhe são próprios por DIREITO. Neste caso João somente poderá possuir os frutos de seu trabalho caso tenha a propriedade (permanente, transitória ou acordada) da terra. Assim impedindo que qualquer outro arbitre sobre ela.

    Falo da terra por ser um BEM PRÉ EXISTENTE. Locke fez exatamente a solução para o uso da terra e sua tomada como propriedade: há que misturar seu trabalho À TERRA PARA QUE SEJA PRÓPRIA.

    O mesmo se dá com uma peça de mobilia: Antônio corta uma arvore prepara tábuas e constroi uma mesa. A mesa, fruto do seu trabalho, lhe é própeia por direito natural. Apesar da arvore, a madeira bruta, ser preexistente e não ter sido Antônio que fabricou a arvolre. Somente será possível atribuir a propriedade ao Antônio sobre o seu trabalho realizado, caso a árvore se tenha tornado uma propriedade sua. Caso contrário outro poderia reivindicar "igual direito de propriedade" sobre a árvore já "misturada ao trabalho de Antônio". Assim soluciona-se possíveis INTERCEÇÕES definindo-se o DIREITO de um (ou mais) SOBRE ALGO como a PROIBIÇÃO a TODOS os DEMAIS de EXERCEREM o MESMO DIREITO SOBRE ESSE ALGO AO MESMO TEMPO.

    Ou seja, o DIREITO de um a algo implica em PROIBIÇÃO (proibe ação) ao exercicio do mesmo direito sobre esse algo.
    A deturpação do DIREITO NATURAL foi feita com a porca idéia do DIREITO POSITIVO que é pura ABERRAÇÃO LÓGICA:
    - o direito de um (ou mais) a algo implica em OBRIGAÇÃO (obriga ação) dos demais em prover tal direito.

    É ilógico porque isso implicaria em negar aos demais o direito sobre si mesmo. Afinal haveria uma OBRIGA AÇÃO que só pode ser garantida pela COERÇÃO por outros. Tratando-se de iniquidade e ausência de direito natural de arbitrar sobre outros indivíduos que jamais concederam tal direito sobre si.

    A idéia do estúpido direito positivo acabou dando ensejo a que se o justificasse com um ALEGADO e SUPOSTO "contrato social" INEXISTENTE, mas aventado apenas para justificar o DIREITO ADQUIRIDO POR CONCESSÃO ALHEIA. Afinal se um detentor de um direito tem pleno arbítrio sobre o objeto de seu direito, ele pode conceder esse direito a outros de forma permanente ou temporária.
    AFINAL SOMENTE o DETENTOR de UM DIREITO PODERÁ CONCEDE-LO A OUTRO(S).

    A lógica precisa de um pónto de partida verdadeiro e este ponto de partida são AXIOMAS. Verdades auto evidentes.

    O direito do INDIVÍDUO sobre si (corpo e mente) é uma axioma que se pode provar logicamente percebendo-se que se não fosse assim haveria interceções no campo de ação dos indivíduos e estas são resolvidades pela idéia de MÉRITO que leva a idéia de PROPRIEDADE.

    A JUSTIÇA é exatamente o mérito, a reciprociade como parâmetro:

    Se João não pode matar José, José não pode matar João. A VIDA é um DIREITO. A vida o indivíduo é sua propriedade e todos os demais são, pela idéia de justiça e do direito, proibidos naturalmente de violar o direito alheio.

    O direito a vida de um PROIBE a AÇÃO dos demais contra a vida alheia. O DIREITO de um a VIDA nega a ação dos demais sobre essa vida. Já pela idéia positiva do direito estaria obrigando a ação alheia em beneficio da vida alheia. ISSO DARIA A TODOS O DIREITO SOBRE A VIDA DE TODOS. O que é uma aberração. Vai daí a fraudulenta idéia de ROUSSEAU de INVENTAR UM "contrato social" IMPLÍCITO por IMPOSIÇÃO alheia. Ou seja, ele só existe como justificativa para o direito de ALGUNS sobre TODOS os DEMAIS. Porém, sendo IMPOSTO a PRIORI não tem como justificar essa sua imposição. UMA ABERRAÇÃO LÓGICA, um SOFISMA ROUSSEAUNIANO.

    Conclusão:
    LIBERDADE é um direito natural que é violado com pseudo justificativas para o ESTADO como concessionário do direito de todos os demais indivíduos sob a idéia de um aberrante "contrato social" que não pode justificar a própria imposição.

    A propriedade decorre do JUSTO DIREITO SOBRE os FRUTOS do TRABALHO, da AÇÃO FÍSICA (braçal) ou INTELECTUAL do INDIVÌDUO.

    Corpo e mente são propriedades mútuas (INDIVÍDUO) e tudo que decorre da ação do indivíduo lhe é próprio por justo, MERITÓRIO direito.
  • Taxidermista  12/04/2017 14:15
    "Ninguém disse que essa convenção deve ser imposta pelo Estado. Hume mesmo, aliás, quem foi o popularizador dessa teoria (se não seu inventor), dizia que essa convenção não era 'imposta pelo Estado'."

    Comentário completamente fora de lugar.

    Conforme eu disse, alguns estatistas defendem a tese de que "Property Rights are Conventional, So Libertarianism Is False", pq tais estatistas assimilam convenções a "normas positivadas pelo estado". Esse é o argumento a que fiz referência, argumento que é defendido, por exemplo, pelo filósofo Philip Pettit.

    Logo, o argumento em questão é o de que convenções são "normas positivadas pelo estado", e mais de um autor disse e defende isso.

    O fato de Hume ter defendido que direito de propriedade é convencional, e ter dito isso ou aquilo como implicação dessa premissa, não muda em nada o fato de que alguns estatistas assimilam convenções a "normas positivadas pelo estado". Seu comentário missed the mark.


    "E mesmo assim ele reconhecia a necessidade do Estado para que a propriedade seja melhor garantida"

    Sim, e daí?

    O meu comentário foi no sentido de destacar que do fato de o direito de propriedade ser convencional não se segue que o estado "venha antes" do direito de propriedade; ou por outra: ainda que se considere o direito de propriedade como convencional, isso não implica que o estado "venha antes" do direito de propriedade.

    Sem comentário, de novo, missed the mark.

    De resto, não tem relevância alguma se Hume "reconhecia a necessidade do Estado para que a propriedade seja melhor garantida". Se essa era a opinião do Hume, isso não muda em nada o equívoco do argumento estatista de que "Property Rights are Conventional, So Libertarianism Is False".







  • Arthur  12/04/2017 00:24
    A importância do Estado não está na criação de leis, mas em sua aplicação. A função do Estado de 'criar leis' foi, primeiramente, a de ARTICULAR leis para que se possa ter certeza sobre o que pode executar ou não. A importância do Estado está no uso da força. Deve haver uma agência mais forte que as outras, relativamente controlada pela comunidade, para que haja a certeza da aplicação da lei. Além disso, guerras para se tomar o controle de regiões e dominar sua população causam muita insegurança e, consequentemente, diminuição nas trocas comerciais, na divisão do trabalho e no aumento de riqueza. É melhor que haja uma única agência controlando uma região, mesmo que à custa de cobrar impostos, pois a previsibilidade e a segurança são cobrem em muito os custos da perda de uma parte de sua renda pelos impostos. Essa é exatamente a posição dos dois maiores liberais do século XX, Mises e Hayek.

    Essas vantagens do Estado explicam por que ele é o arranjo mais estável até hoje. Aliás, se um sistema de competição no uso da força dentro de um mesmo território fosse tão superior, por que ele não conseguiria se defender da criação do Estado -- a qual ocorreu hoje em praticamente todo pedaço do mundo?

    Reclamem o que quiser da 'imoralidade' do Estado, mas as vantagens econômicas da existência da instituição em si são claras.
  • Eliseu  12/04/2017 00:52
    "A importância do Estado está no uso da força."

    O estado é a instituição com o monopólio da decisão suprema sobre todos os conflitos dentro de um determinado território.

    Mais ainda: é a instituição capaz de fazer com que todos os conflitos envolvendo ele próprio sejam decididos por ele ou por seus funcionários.

    Ou seja, o estado é um agente que detém o monopólio da tomada suprema de decisões para todos os casos de conflito dentro de um território, inclusive os conflitos envolvendo ele próprio.

    Baseando-se nessa definição de estado, é fácil entender por que existe um desejo de se controlar um estado: quem quer que detenha o monopólio da arbitragem final dentro de um dado território tem o poder de fazer as leis. E aquele que pode legislar, inclusive em causa própria, está em uma posição invejável.

    Ou seja, o estado não apenas é a instituição que decide quem está certo ou errado em conflitos entre terceiros, como também é a instituição que irá decidir quem está certo ou errado em casos em que seus próprios membros estejam envolvidos.

    Trata-se de um arranjo genial... para aqueles que estão lá dentro.

    "Deve haver uma agência mais forte que as outras, relativamente controlada pela comunidade, para que haja a certeza da aplicação da lei."

    Essa é a chamada teoria utópica do estado. "Vamos criar uma instituição ultra-poderosa, monopolista e com plenos poderes coercitivos, inclusive com o poder de tributar e confiscar propriedades. Mas vamos controlar essa coisa direitinho, e ela irá nos obedecer completamente, como um macaquinho amestrado".

    Sério, imagine um grupo de pessoas sempre alertas à possibilidade do surgimento de conflitos; e então eis que alguém propõe, como solução a este eterno problema humano, que ele próprio se torne o arbitrador supremo de todos os casos de conflito, inclusive daqueles em que ele mesmo esteja envolvido.

    Estou certo de que ele será considerado um piadista ou alguém mentalmente perturbado. Entretanto, é exatamente isso que todos os estatistas propõem.

    "É melhor que haja uma única agência controlando uma região, mesmo que à custa de cobrar impostos, pois a previsibilidade e a segurança são cobrem em muito os custos da perda de uma parte de sua renda pelos impostos."

    É a primeira vez que vejo alguém dizer que um monopólio gera resultados mais eficientes que um arranjo de livre concorrência. É o equivalente a dizer que a população está mais bem servida com um serviço de correios estatal e monopolista do que se houvesse várias empresas concorrentes neste ramo. Ou que o Brasil estaria mais bem servido com uma única companhia aérea estatal e monopolista do que com várias concorrentes entre si.

    Isso é a revogação completa do mais básico conceito da ciência econômica.

    "Essa é exatamente a posição dos dois maiores liberais do século XX, Mises e Hayek."

    Vá tentar sacar em outro lugar. Aqui não:

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=1454

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=2341

    "Essas vantagens do Estado explicam por que ele é o arranjo mais estável até hoje."

    Vantagens?! Quais?

    "Aliás, se um sistema de competição no uso da força dentro de um mesmo território fosse tão superior, por que ele não conseguiria se defender da criação do Estado -- a qual ocorreu hoje em praticamente todo pedaço do mundo?"

    Duh! Aponte-me um único estado que permite livre concorrência em relação a ele? Todos os governos, após dezenas de séculos de monopólio da violência, não apenas já se apossaram de todo o território dentro de suas fronteiras, como também -- por causa do seu poder de tributar -- estão em controle monopolista de todo o armamento pesado disponível.

    Quem teria qualquer chance de se insurgir contra esse monopolista de séculos?

    "Reclamem o que quiser da 'imoralidade' do Estado, mas as vantagens econômicas da existência da instituição em si são claras."

    Sério, você é bem fraco. Não só todas as suas afirmações falsas foram refutadas (e desmentidas acima), como você também demonstra problemas sérios com a lógica.

    Repito o desafio: qual a vantagem econômica de um monopólio? Explique apenas isso, e talvez você consiga algo.
  • Arthur  12/04/2017 01:05
    "É a primeira vez que vejo alguém dizer que um monopólio gera resultados mais eficientes que um arranjo de livre concorrência. É o equivalente a dizer que a população está mais bem servida com um serviço de correios estatal e monopolista do que se houvesse várias empresas concorrentes neste ramo. "

    É uma das falácias mais ridículas dizer que todo monopólio deve ser ruim, inclusive o da força, desconsiderando inclusive que o uso da força é completamente diferente de transações econômicas voluntárias, por sua própria natureza. Você deve ser bastante ignorante então, para não conhecer ninguém que vê as coisas por esse ponto. Não conhece Mises, Hayek, Ayn Rand, Hume, Locke, Nozick, toda a filosofia liberal clássica. A Ayn Rand, mesmo eu não gostando dela, é genial para atentar para esse ponto:

    "Uma recente variante da teoria anarquista, que está deixando perplexos alguns dos defensores mais jovens da liberdade, é uma coisa absurda e estranha chamada "governos competidores". Aceitando a premissa básica dos modernos estatólatras – que não vêem diferença entre as funções do governo e as funções da indústria, entre força e produção, e que defendem a propriedade governamental de empresas –, os proponentes de "governos competidores" pegam o outro lado da mesma moeda e declaram que, já que a concorrência é tão benéfica aos negócios, deveria também ser aplicada ao governo. Ao invés de um governo único monopolista, declaram que deveria haver um número de governos diferentes em uma mesma área geográfica, competindo pela submissão de cada cidadão, sendo todos os cidadãos livres para "comprarem" ou prestigiarem qualquer governo de sua escolha. (...)

    Não se pode chamar esta teoria de uma contradição em termos, já que ela é obviamente destituída de qualquer compreensão dos termos "competição" e "governo". Nem se pode chamá-la de uma oscilante abstração, já que é destituída de qualquer contato com a realidade e não pode ser concretizada de maneira alguma, nem mesmo de modo grosseiro ou aproximado."

    Mas, para destruir sua falácia completamente:

    "The Special Case of Protection Services

    As noted earlier, one conclusion of the libertarian literature on government production is that private providers can provide more effectively all of the goods and services that government now supplies. This conclusion applies to protection services as much as to any government-provided good or service. As with other goods and services, though, it applies to the market provision of protection services within an economy in which government enforces its rules on all market participants, including protection firms. Economic analysis that shows the effectiveness of markets in allocating resources does so within a framework that assumes that property rights are protected and that exchange is voluntary.15 Economic theorists from Samuelson (1947) to Rothbard (1962) make the assumption that market exchange arises from mutual agreement, without theft or fraud. In the analysis of protection firms, this assumption of voluntary exchange amounts to an assumption that the industry's output is already being produced—as a prerequisite for showing that it can be produced by the market! As a simple matter of logic, one cannot assume a conclusion to be true as a condition for showing that it is true. This problem makes the production of protection services a special case from the standpoint of economic analysis" RANDALL G. HOLCOMBE
  • Jorge  12/04/2017 13:53
    Esse comentário vazio do Holcombe você considera como algo que "refutaria" completamente a possibilidade de serviços de segurança produzidos privadamente?

    Esse "belo" argumento aqui? "his assumption of voluntary exchange amounts to an assumption that the industry's output is already being produced—as a prerequisite for showing that it can be produced by the market"

    Ora, o argumento de quem defende a produção privada de serviços de segurança não depende dessa assunção de que tal indústria "já estaria operando" no mercado; esse "argumento" é completamente vazio e não tem aptidão para "refutar" nada. A se entender assim, não se poderia defender produção privada de um serviço monopolizado de forma exclusiva pelo estado, porquanto em tal serviço (monopolizado de forma exclusiva pelo estado), obviamente, não há indústria privada "operando" no mercado.

    O argumento de quem defende a produção privada de serviços de segurança é fundado na correta teoria econômica, cidadão:

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=1221


    P.S.: o "argumento" da Rand também não tem substância alguma; aliás, esse é um dos grandes erros dela (o outro é a defesa da "propriedade intelectual"); quer uma demonstração de como esse "argumento" da Rand pode ser usado contra aquilo que ela própria defende (monopólio estatal de serviços de segurança)? Eis aí: mises.org/library/market-liberty-1

  • Markus  12/04/2017 14:19
    "É uma das falácias mais ridículas dizer que todo monopólio deve ser ruim"

    É uma estupidez achar que monopólios - os únicos que podem existir, que são os decorrentes de restrições impostas pelo estado - podem ser mais morais e/ou economicamente eficazes do que os serviços produzidos no mercado.
  • Liberal Clássico  12/04/2017 14:51
    No caso dos serviços de juridição o monopólio se faz necessário. Uma coisa é empresas competindo para atender a um consumidor, outra coisa são empresas competindo para resolver conflitos.

    Meu caro, resolver conflitos requer alguém que tenha a palavra final e ponto. Essa terra é minha e outro diz que não, ninguém aceitará nada até que alguém imponha uma decisão e ponto, caso contrário restará a lei do mais forte decidir.
  • Rennan Alves  12/04/2017 16:06
    E esse "alguém" precisa ser apenas um? Esse "alguém" não pode ser vários?

    Perguntas pra você: quem resolve conflitos entre países? Quem resolve um conflito entre os conflitantes e o tomador da decisão final? Se o tomador da decisão final decide entrar em conflito sobre os outros, quem vai tomar a decisão final nessa situação?

    Curiosamente, ninguém sequer fala (ou conhece) tribunais de arbitragem, ou a justiça descentralizada da Irlanda medieval.
  • Tedd  12/04/2017 17:01
    "ninguém sequer fala (ou conhece) tribunais de arbitragem, ou a justiça descentralizada da Irlanda medieval"

    Aqui se fala sim; quem ignora (ou finge ignorar) são os estatistas.
  • Markus  12/04/2017 16:30
    "Uma coisa é empresas competindo para atender a um consumidor, outra coisa são empresas competindo para resolver conflitos.
    Meu caro, resolver conflitos requer alguém que tenha a palavra final e ponto. Essa terra é minha e outro diz que não, ninguém aceitará nada até que alguém imponha uma decisão e ponto, caso contrário restará a lei do mais forte decidir
    "


    Começa errado e termina errado.

    Na produção privada de serviços de segurança as empresas também competem para atender os consumidores. Esse seu comentário mostra que você é ignorante quanto à relação entre segurança e mercado securitário (www.mises.org.br/Article.aspx?id=1221)

    "resolver conflitos requer alguém que tenha a palavra final e ponto"

    Falácia de pressupor aquilo que tem que ser demonstrado: você pressupõe que a palavra final deve ser do estado, mas é isso que está em questão: quando o estado tem a palavra final em relação aos conflitos cuja resolução ele próprio se arvora como monopolista, tem-se uma contradição manifesta.

    "Essa terra é minha e outro diz que não, ninguém aceitará nada até que alguém imponha uma decisão e ponto"

    De novo a falácia: vc pressupõe que essa decisão deva ser do "estado".

    "caso contrário restará a lei do mais forte decidir"

    Assim é o atual arranjo estatista: quem tem o monopólio da coerção institucionalizada (o mais forte) decide.


  • Reserva de mercado  12/04/2017 17:33
    Concordo, quem tenta criar dicotomia entre a lei do mais forte e a atuação estatal está caindo em contradição, pois o estado é mais forte que todos em primeiro lugar.

    Ou seja, um cenário de estado é um cenário da lei do mais forte, onde o mais forte se proclama estado e diz que tem a legitimidade para ter a palavra final.
  • Arthur  12/04/2017 01:08
    Engraçado que você pega uns trechinhos de Mises fora do contexto sobre a secessão ignorando completamente a defesa do Estado de Mises em toda sua carreira e sua própria briga com os anarcocapitalistas.

    E como se esses trechos invalidassem o que eu disse sobre Mises! hahaha Claramente nem Ação Humana você leu, pois lá ele basicamente repete meu argumento que eu corretamente atribui a ele e a Hayek (embora seja bem mais antigo):

    "A fim de estabelecer e preservar a cooperação social e a civilização são necessárias medidas para impedir que indivíduos antissociais cometam atos que poderiam desfazer tudo o que o homem realizou desde que saiu das cavernas. Para preservar um estado de coisas onde haja proteção do indivíduo contra a ilimitada tirania dos mais fortes e mais hábeis, é necessária uma instituição que reprima a atividade antissocial. A paz — ausência de luta permanente de todos contra todos — só pode ser alcançada pelo estabelecimento de um sistema no qual o poder de recorrer à ação violenta é monopolizado por um aparato social de compulsão e coerção, e a aplicação deste poder em qualquer caso individual é regulada por um conjunto de regras — as leis feitas pelo homem, distintas tanto das leis da natureza como das leis da praxeologia. O que caracteriza um sistema social é a existência desse aparato, comumente chamado de governo." Ludwig von Mises, Ação Humana, capítulo XV, "Liberdade"

    Ou seja, Mises deixa bem claro que é preciso um agente que monopolize o uso da força num dado território. Mas, para destruir suas ilusões sobre Mises completamente, vou deixar aqui trechos de suas brigas com os anarcocapitalistas:

    "Em correspondência privada com Bruno Leoni, Mises lamentou que idéias anarquistas estavam sendo 'defendidas por alguns dos homens mais inteligentes da geração americana em ascensão', mas ele tinha uma imediata explicação psicológica à mão: o anarquismo era uma 'reação à deificação do estado'." Jörg Guido Hülsmann, Mises: The Last Knight of Liberalism, p. 1025

    "Mises entrou em contato com o movimento anarquista burguês já nos anos seguidos à publicação de Ação Humana, especialmente através de seus contatos com libertários da costa-oeste, mas também em correspondência com Rose Wilder Lane. Seus debates com esses radicais americanos permaneceram infrutíferos. Mas após uns vinte anos, o anti-estatismo deles ganhou momento. A melhor prova foi a existência do Círculo Bastiat, envolvendo Rothbard, Raico e Liggio. Raymond Cyrus Hoiles, editor da Freedom Newspaper, vangloriou-se desse impacto crescente em uma carta a Mises, a primeira correspondência dos dois em trinta anos. Respondendo a alegação de Mises de que nenhum homem racional jamais propôs que a produção de segurança fosse confiada a organizações privadas…"Jörg Guido Hülsmann, Mises: The Last Knight of Liberalism, p. 1025

    "Mises respondeu de uma maneira hobbesiana, objetando que, na ausência de um monopólio do uso da força coercitiva, "todo mundo teria que se defender continuamente de bandos de agressores". Ele concluiu: "Eu penso que você erra em assumir que seus princípios são aqueles da Declaração de Independência. Eles são na verdade os princípios que levaram, cem anos atrás, os Estados Confederados a recusar o reconhecimento do presidente eleito pela maioria. Seja onde for que esses princípios sejam recorridos, eles levam a derramamento de sangue e anarquia."" Jörg Guido Hülsmann, Mises: The Last Knight of Liberalism, p. 1026



  • Alessandro silva  11/05/2022 16:17
    Caro amigo dentre utilitaristas tem os que adoram "bigodagens" também conhecidos como defesa de TODO TIPO de LIBERTINAGEM. Para eles tudo deve ser legalizado para ser tributado. Mas ai se com o que já temos como tributável já tem problemas envolvendo confiscos estatais então o que garantiria que mais coisas legalizadas para serem autorizadas as práticas não aumentaria apenas a ilusão dessa parte dos utilitaristas?
  • Pobre Paulista  11/04/2017 16:06
    Acho que vale colocar no "leia também" esse artigo do HHH: A existência do estado é, acima de tudo, uma contradição jurídica

    Aos mais interessados recomendo estudar sobre o Lysander Spooner.
  • Ombud  11/04/2017 16:17
    Boa lembrança. Já incluído.
  • Pobre Paulista  11/04/2017 16:09
    Eu sempre defendi que Direito não existe, que direito era apenas uma ferramenta dos estatistas para exercer controle social. Essa porcaria de artigo está me obrigando a rever meus princípios ;-)
  • Bruno Feliciano  11/04/2017 16:27
    To no 4 ano de direito, tento explicar isso todos os dias na faculdade.

    O título do artigo diz tudo!

    SHOW!
  • Pobre Rico  11/04/2017 16:34
    "Se a tese socialista estiver correta, ou seja, se a propriedade privada realmente só surgiu após a criação de um ordenamento estatal, então surge um inevitável problema lógico e cronológico: como esse Estado nasceu? Como ele obteve suas receitas tributárias para pagar seu aparato policial, seus funcionários e seus juízes se não havia propriedades a serem tributadas?"

    Quem diz isso? Que socialista é este? Eu nunca ouvi ou li isso na minha vida.
    Já li e escuto com bastante frequência que o Estado serve para proteger a propriedade privada, o que eu discordo.

  • Mateus   11/04/2017 18:03
    "Quem diz isso? Eu nunca ouvi ou li isso na minha vida"

    Nossa, que inveja de você. Falo sério. Seu círculo de amizades e de debatedores, bem componde leitura, deve ser extremamente seleto. Já eu estou em situação oposta à sua: nunca ouvi alguém admitindo que primeiro houve a formação de sociedades baseadas na propriedade privada, e depois, só depois!, criaram o estado.

    Todas as pessoas que conheço e todas as leituras que já fiz dizem exatamente o que afirma o artigo: no início, imperava a lei da selva; os seres humanos eram selvagens e viviam em guerra, se matando. E então surgiu o estado, estabeleceu a propriedade privada, e aí sim todos os homens finalmente passaram a viver em paz.

    Aliás, todos os atuais defensores da necessidade de haver um estado se utilizam dessa premissa. Vai desde os comunistas (que dizem que é o estado quem protege e legítima a burguesia, garantindo tudo, inclusive sua propriedade privada) até os minarquistas e liberais clássicos, que dizem que a única função do estado é expropriar a propriedade de todos para proteger a propriedade privada de todos (sim, a lógica é fenomenal).

    Com efeito, todos os críticos da teoria anarcocapitalista (desde os comunistas até os minarquistas) dizem a mesmíssima coisa: "Ei, anarcocapitalistas, digam: quando foi que alguma sociedade já viveu sem estado?! Eu nunca ouvi falar de nenhuma!".

    Por isso, repito: que inveja de você. Quisera eu ter o seu círculo social.
  • Pobre Rico  11/04/2017 20:33
    "Nossa, que inveja de você. Falo sério. Seu círculo de amizades e de debatedores, bem componde leitura, deve ser extremamente seleto. Já eu estou em situação oposta à sua: nunca ouvi alguém admitindo que primeiro houve a formação de sociedades baseadas na propriedade privada, e depois, só depois!, criaram o estado".

    Bom, já que você nunca "ouviu alguém admitindo que primeiro houve a formação de sociedades baseadas na propriedade privada, e depois, só depois!, criaram o estado", hoje é seu dia de sorte, vais saber de duas pessoas que não pensam assim. A primeira pessoa - ou ao menos penso ser pessoa, inútil, porem pessoa -, sou eu. E a segunda - essa mais conhecida- é Friedrich Engels. Sim, um socialista/comunista ou sei lá o que, em sua obra "A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado –1884" deixa claro que o Estado foi o último a existir desses 3.

    "Todas as pessoas que conheço e todas as leituras que já fiz dizem exatamente o que afirma o artigo: no início, imperava a lei da selva; os seres humanos eram selvagens e viviam em guerra, se matando. E então surgiu o estado, estabeleceu a propriedade privada, e aí sim todos os homens finalmente passaram a viver em paz".

    Amigo, não sei por onde andas ou os livros que tais lendo, mas eu sugiro uma mudança radical e rápido, ainda há tempo.

    "Aliás, todos os atuais defensores da necessidade de haver um estado se utilizam dessa premissa. Vai desde os comunistas (que dizem que é o estado quem protege e legítima a burguesia, garantindo tudo, inclusive sua propriedade privada) até os minarquistas e liberais clássicos, que dizem que a única função do estado é expropriar a propriedade de todos para proteger a propriedade privada de todos (sim, a lógica é fenomenal)".

    Sim, isso é o que eu mais escuto também, e discordo dessa tese. Por isso o meu espanto do argumento de que primeiro veio o Estado e depois veio a propriedade privada, isso, pra mim, é novidade.

    "Com efeito, todos os críticos da teoria anarcocapitalista (desde os comunistas até os minarquistas) dizem a mesmíssima coisa: "Ei, anarcocapitalistas, digam: quando foi que alguma sociedade já viveu sem estado?! Eu nunca ouvi falar de nenhuma!"".

    Sério, nunca ninguém me questionou isso, ainda bem, acho que eu ia infartar com tamanha ignorância.

    "Por isso, repito: que inveja de você. Quisera eu ter o seu círculo social".

    Não me inveje amigo, meu círculo social é o mais baixo, porém democrático, possível. Vivo entre prostitutas, mendigos e malucos aqui de Florianópolis, e acredite, nunca ouvi falar nisso. Que o Estado precede a propriedade privada.

  • Marlin  17/09/2019 18:30
    Boa tarde. Antes de mais, no flamewors, please. Sou graduado em filosofia e estudante de direito. Já li, obviamente, pencas de pensadores socialistas e jamais ouvi algum dizer que o Estado foi o criador da propriedade privada. O que é unânime entre eles e não apenas entre eles, é que a propriedade privada surgiu com o fim do nomadismo e o estabelecimento das famílias, acontecimentos que derivaram da descoberta da agricultura. De qualquer modo, não vejo outra instituição melhor que o Estado, mesmo admitindo seus defeitos, para assegurar, ainda que de forma imperfeita, o bem comum. E quanto a Marx, que dizia que o Estado não é senão um comitê para gerir os negócios da burguesia, penso que é preciso levar em conta a época em que ele escreveu isso. Com o surgimento do que se chamou welfare state, o Estado tornou-se mais intervencionista, impondo condições ao exercício da propriedade, condições estas que, desculpem-me dizer, penso serem necessárias. Não estamos mais no tempo do jus abutendi e mesmo grandes capitalistas o reconhecem.
  • Max  11/04/2017 18:06
    Todo e qualquer socialista/coletivista/estatista diz isso, meu caro.

    Para eles, a propriedade privada é uma "concessão" do estado.
  • Jonas  11/04/2017 18:19
    "Quem diz isso? Que socialista é este? Eu nunca ouvi ou li isso na minha vida"

    Que curioso: "não ouvi nem li; logo, isso não existe".

    Seria isso um "argumento de autoridade" às avessas (espécie de "argumento de ignorância")?
  • Pobre Rico  11/04/2017 20:11
    "Que curioso: "não ouvi nem li; logo, isso não existe".
    Seria isso um "argumento de autoridade" às avessas (espécie de "argumento de ignorância")?"

    "não ouvi nem li; logo, isso não existe"
    Como assim? Em que momento eu falei que não existe ninguém que tenha falado.

    Não ouvi nem ouvi. Logo, me cite um autor que tenha dito.
    Simplesmente não consigo crer que alguém com um mínimo de instrução defenda que o Estado tenha surgido antes da propriedade privada. Imagina um "cientista" político escrevendo isso, não consigo conceber.
  • Jonas  11/04/2017 22:54
    E não dá para conceber como vc não consegue conceber isso: como disse o outro aí em cima, todo e qualquer socialista/coletivista/social-democrata/estatista defende isso (ao menos implicitamente), meu caro.

    Você quer nomes?

    Serve Thomas Hobbes e Hans Kelsen?

    Serve Jeremy Bentham, John Austin e Carl Schmitt?

    Serve Thomas Scanlon, John Rawls e Philip Pettit?


    (P.S.: note que só te trouxe nomes de peso; nenhum pangaré brazuca; nunca subestime o grau da desgraça coletivista do mundo, meu caro).

  • LUIZ F MORAN  11/04/2017 17:57
    Brasil:
    - 700 mil em cargos comissionados (110 mil em DF);
    - 15.300 mil sindicatos;
    - 65 mil homicídios;
    - 55 mil mortes no trânsito;
    - 15 milhões de desempregados;
    - 50 milhões vivendo do bolsa esmola;
    - Sal. mín. equivalente a US$ 300,00;
    - Inflação endêmica;
    - Juros no cartão de crédito de 450%;
    - Carga Tributária em 1984 = 22% do PIB;
    - A trinca socialista PSDB-PMDB-PT no poder desde 1985;
    - Carga Tributária em 2016 = 38% do PIB.
    [...] tem também ministério da justiça...
  • Max Stirner  11/04/2017 18:00
    Os libertários negam a coerção.

    Parece que eles acreditam num mundo da fantasia, onde o mercado é livre, as pessoas são livres, todo mundo é feliz graças ao comércio e não existe COERÇÃO, não existe PODER.

    Ainda acreditam em PROPRIEDADE mas passam as semanas culpando o Estado.

    Libertários estão cheios de fantasmas na cabeça.
  • Max Rockatansky  11/04/2017 23:06
    "Libertários estão cheios de fantasmas na cabeça"

    Quem tem fantasma na cabeça é você, criador de espantalhos.


    "Os libertários negam a coerção"

    Que imbecilidade.

    Se os libertários são contra a coerção institucionalizada, como elem poderiam "negar" a coerção? Tampouco eles negam a necessidade de coerção: o que os libertários defendem é que a coerção só é devida e legítima quando há violação ao princípio da não-agressão (à vida ou à propriedade alheia).


    "Parece que eles acreditam num mundo da fantasia, onde o mercado é livre, as pessoas são livres, todo mundo é feliz graças ao comércio e não existe COERÇÃO, não existe PODER".

    Insiste na estupidez...

    Tanto os libertários não acreditam que o mercado é livre que a sua batalha intelectual é pela liberalização do mercado (e das pessoas). E nenhum libertário acha que "todo mundo é feliz graças ao comércio"; o que os libertários têm certeza é que a intervenção de burocratas parasitas no comércio é imoral e anti-econômica.

    Esse seu comentário é apenas delírio investido de arrogância juvenil.


    "Ainda acreditam em PROPRIEDADE mas passam as semanas culpando o Estado".

    Ah, claro, um defensor do parasitismo como você não pode acreditar em propriedade mesmo; só pode acreditar em espoliação e confisco.

  • Entropia Verde  11/04/2017 18:08
    O que o artigo diz não é verdade.

    Antigamente eu poderia chegar no seu vilarejo e simplesmente destruir tudo, roubar sua comida e seus pertences por meio da FORÇA. É o Estado que pune esse indivíduo. Se não existe Estado, nós dois vamos guerrear e que vença o melhor.
    Eu arranco no tapa a sua noção de Propriedade. E eu quero que você convença cada forasteiro sobre a SUA noção de propriedade.

    A FORÇA, a VIOLÊNCIA, a COERÇÃO, o PODER é uma realidade da natureza humana... algo que os libertários negam.
  • João Carlos  11/04/2017 18:29
    "Antigamente eu poderia chegar no seu vilarejo e simplesmente destruir tudo, roubar sua comida e seus pertences por meio da FORÇA. É o Estado que pune esse indivíduo. Se não existe Estado, nós dois vamos guerrear e que vença o melhor."

    Frase incorreta. Permita-me corrigi-la:

    Em sociedades em que há um estado e este desarmou a população, proibindo-a de comprar armas, mas permitindo que bandidos andem armados, eu poderia chegar no seu vilarejo e simplesmente destruir tudo, roubar sua comida e seus pertences por meio da FORÇA, pois sei que o estado lhe desarmou e você não tem como oferecer resistência.

    Igualmente, sei que você não tem agências de proteção privadas para proteger todo o vilarejo, pois grupos paramilitares de proteção privada também são proibidos pelo estado.

    Logo, eu faço o que quero com você. E o Estado não irá me punir porque sua polícia e sua justiça são ineficientes e são uma porcaria, por definição.

    Se existe Estado, o mais forte e o mais fora da lei se impõe. Se não há Estado e todos estão armados, a chance de um se meter com outro (e levar bala) é ínfima.

    O anárquico Velho Oeste não era nada selvagem
  • Lrk  12/04/2017 01:07
    " Havia, é claro, algumas exceções a essa história de relações harmoniosas. Após a Guerra Civil, os EUA possuíam um exército efetivo que não tinha muito o que fazer. Assim, os colonizadores... "

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=1028

    reeeeeeeeeeeeeeeee

    Alguém corrige isso, Secessão , Guerra de Secessão.
    Ou coloque uma nota, sei lá, já que não forma vcs que escreveram.
  • Pobre Rico  11/04/2017 20:45
    'Antigamente eu poderia chegar no seu vilarejo e simplesmente destruir tudo, roubar sua comida e seus pertences por meio da FORÇA"

    ANTIGAMENTE se vc tentasse chegar no meu vilarejo eu poderia me defender e acabar com tua raça sem ajuda de Estado nenhum.

  • Marcio A Braga  11/04/2017 19:30
    Sempre que falamos de "estado", estamos falando em um estado de união de pessoas.
    Essas pessoas se unem porque veem beneficio em CONTINUAR juntas, em um estado de união, caso contrario devem se SEPARAR.
    Portanto toda vez que falamos de estado, devemos considerar que é possivel SEPARAR.
    Para haver a união, alem dos beneficios, parece ser sempre necessario algumas pré-condições.
    Podemos chamar essas pré-condições de constituição do estado de união.
    E essa constituição pode ser qualquer coisa.

    Nada impede que essa constituição diga que a propriedade NÃO é PRIVADA.
    Zero problema. Voce é livre para entrar ou não nessa união.

    A atual constituição do Brasil começa 100% errada, já no seu artigo 1, com a seguinte clausula petrea:
    A República Federativa do Brasil, formada pela união INDISSOLUVEL dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em ... qualquer coisa.
  • anônimo  11/04/2017 20:19
    Esse tal direito natural que os libertários tanto falam é algo que não existe. E só pode ser fundamentado de um ponto de vista religioso.
    Se partirmos de um ponto de vista evolucionista, veremos que isto não existe.
    Ateisticamente falando, as únicas leis naturais as quais ele está sujeito são as da física. As leis que regem as relações humanas não são exatas, são apenas interpretações da forma como estas relações se dão. E roubar nesta visão é simplesmente o mais apto prevalecendo sobre o menos apto.
    De um ponto de vista religioso, o direito natural pode ser visto como uma lei universal. Uma vez que somente Deus poderia instituir tal lei. Ao instituir a lei "Não roubarás", Deus reconhece o direito do homem de ter propriedade, porque nada pode ser roubado sem que as coisa tenham donos.
    Parece haver um consenso universal entre as religiões que roubar é errado.
    Eu acredito em Deus, logo aceito que existe o direito a propriedade.
  • Pedro  11/04/2017 22:15
    Nada a ver, anônimo. Direito natural independe totalmente de religião.

    Tecnicamente, os direitos humanos podem ser divididos nas chamadas "gerações". Teóricos conseguem pensar em inúmeras gerações. Contudo, historicamente, podemos dividir os autointitulados direitos humanos em duas correntes distintas sob o ponto de vista econômico.

    A primeira, com origem na filosofia liberal, consiste basicamente em direitos negativos: o indivíduo tem o direito de que não tirem sua vida, não restrinjam sua liberdade, e não confisquem sua propriedade honestamente adquirida. Destes direitos negativos derivam-se direitos positivos, como liberdade de expressão, religião e associação; direito ao porte de armas; devido processo legal; direito de livre iniciativa; entre outros.

    A segunda geração de direitos humanos tem base filosófica explicada na obra Sobre a Questão Judaica, de Karl Marx. Escrita em 1843 e publicada em 1844, a publicação adquire especial relevância uma vez que o autor faz uma reflexão acerca da situação dos judeus na Prússia, sedimentando então a concepção de materialismo histórico.

    Especificamente, encontra-se nessa obra a visão teórica de direitos dos homens pela perspectiva socialista de Marx, a qual se expandiria em um corpo bem definido e chegaria ao ápice ao servir de base para as constituições da União Soviética.

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=2307

  • anônimo  12/04/2017 12:39
    Na natureza o homem não tem direito nenhum, e outro animal pode matá-lo, a fome pode matá-lo e outro homem pode matá-lo. Direito é uma coisa que só existe nas relações humanas.
  • Alberto  12/04/2017 13:02
    Anônimo, você confundiu 'direito' (rights) com 'Direito' (rule of law). O primeiro diz respeito a privilégios ("fulano tem direito à educação gratuita") e o segundo diz respeito ao ordenamento jurídico.

    O presente artigo em momento algum fala sobre 'direito'. Ele é todo voltado ao 'Direito'.

    Mais atenção na próxima.
  • anônimo  12/04/2017 18:35
    Sua tentativa de desqualificar meus argumentos é muito ruim. Eu não confundi direitos com Direito, ambos não existem na natureza e são restritos às relações humanas. O direito nem pode ser uma hipótese científica e nem provado empiricamente. Ele só existe porque pessoas criaram convenções que as pessoas seguem. Por isto, um Direito genuinamente universal e natural só pode existir se alicerçado em algum fundamento religioso. Não existe confusão entre direito("rights") e Direito ("rule of law"), ambos e repito ambos são convenções sociais. Só que o Direito (com "D" maiúsculo) estabelece o direito (com "d" minúsculo).
  • Pobre Rico  12/04/2017 18:04
    E qual a diferença entre direito natural e fundamental?
  • Jonas  11/04/2017 22:40
    Que besteira.

    O Direito Natural (laico) diz respeito à natureza humana e à razão humana; não tem nada a ver com a "falta de exatidão das leis que regem as relações humanas".
  • Liberal Clássico  12/04/2017 14:34
    O anônimo está certo, não existe isso de "direito natural", direito natural só existe no discurso, mas na prática ele é inexistente. O que existe é o que as pessoas reconhecem e o estado serve justamente para garantir que a sua propriedade seja reconhecido por todos.
  • Dória  11/04/2017 23:22
    A Religião teve uma importância fundamental na defesa do Direito Natural, pelo fato de existirem dogmas e leis que protegem os direitos dados por Deus para o Homem. Mas mesmo assim independe de crença e descrença.
  • WMZ  28/05/2020 21:05
    Direito Natural = Razão
    Direito Positivo= Vontade (dos eleitores, especificamente...é só você percerber qual é a fonte de direito no Brasil)

    Vontade >>> Razão pois:

    1) Para que o mundo seja governado pela razão, antes, é necessário que alguém tenha a vontade de impor a sua vontade de governar o mundo pela razão

    2)Por mais que a razão seja "boa", se ela se voltar contra você, você irá preferir que não haja a razão e que o mundo seja governado pela sua vontade...ou seja, se a razão está contra mim, se os direitos sociais (aquela facul) são só desejos, eu prefiro estar contra a razão (vou para o inferno da razão? qual vai ser a punição eterna? ficar lendo Mises? tô zuando)

    3) Até o Senhor, que seria o expoente maior da razão, precisa de impor a Sua vontade, por meio da violência e de punições eternas, para que o mundo seja governado por Sua Santa Razão...ou você não pecaria contra a castidade se, por acaso, você não fosse para os quintos dos infernos se pecasse?

    4) Não vou apelar falando que a razão ou a pretensão de governar o mundo pelaa razão é uma mentalidade de classe (social) O Marxismo pode até ser completamente errado, porém, o barbudão acertou ao falar que os "meios materiais é que moldam a mentalidade"(alguma coisa assim)...é a Neurociência

  • Ulysses  28/05/2020 22:11
    Entendi. Para você, o que importa são os desejos e as vontades, e não a lógica e a razão. Tá certinho. Essa é a maneira de uma sociedade avançar: satisfazendo desejos infantis, e não seguindo lógica e razão.

    Desejos não são direitos - eis uma maneira de distinguir o que é um direito e o que não é

    "Meu desejo é um direito! Se quero algo, devo receber gratuitamente!" - eis o atalho para a tragédia
  • Henrique Zucatelli  11/04/2017 21:45
    Boa noite a todos.

    Não é de hoje que vejo que o grande busílis da discórdia é a gênese do Estado, onde ancaps se engalfinham com liberais clássicos para conseguir definir de fato quem veio primeiro: o ovo ou a galinha.

    Bem, na minha opinião e em minhas pesquisas sobre sociedades antigas ocidentais e orientais, o homem quase nunca se associava por vontade, mas pela força. Seria longo e imersivo citar exemplos com detalhes, mas basicamente homens mais capazes e com capacidade física superior acumulavam riquezas e tomavam territórios para si, chamando-os de reinos.

    Cada reino, nascido da conquista de seu rei, imperador etc, existiu segundo regras estabelecidas pelo seu maioral (ou maiorais). Tanto é que temos inúmeros exemplos de sociedades com códigos bizarros e que foram varridos da face da terra ao longo do tempo. Outros, mesmo imorais com base em nossos conceitos continuam fortes como é o Califado, onde apedrejar mulheres e degolar homossexuais faz parte do cotidiano dessa sociedade. Logo, em que pese que o Direito precede o Estado pois é fruto da Ação Humana, o Estado em si é também fruto da Ação Humana, pois é mais uma das etapas da evolução de nossa espécie, que caminhou da caça ao extrativismo, da agricultura básica até as primeiras formas de comércio, com a criação das moedas.

    Postulando isto não estou justificando a eficiência do Estado nas relações ou mesmo dando azo de que o homem não pode viver sem o Estado. Mas é inegável que fomos trazidos até aqui por infinitas conquistas, guerras e tentativas fracassadas de existir pelo meio da dominação e tirania. E entre erros e acertos ao longo do tempo nos deparamos com a forma mais pacífica de se viver e prosperar sem machucar o semelhante: o capitalismo.

    A livre associação se provou o método mais efetivo, enriquecedor e estável de se viver, baseado no sistema de preços e na honestidade, respeito e confiança entre as partes. Através das trocas voluntárias nós descobrimos que podemos enriquecer simplesmente atendendo os desejos de nossos pares. Que vale muito mais a pena passar semanas pescando, que anos guerreando. Que é muito mais vantajoso ver seus filhos crescerem para se tornarem médicos do que torna-los soldados furiosos por dominação, e perde-los em um instante.

    Sei que muitos críticos dirão que o capitalismo começou quando houve a primeira troca voluntária, porém vejo o capitalismo como uma entidade filosófica, como a ética e o direito, sendo inalienável e imutável perante qualquer tempo ou sociedade. E o verdadeiro capitalismo só pode existir sem nenhuma intervenção entre as partes, e neste ponto o Estado, que uma vez foi formador de povos, hoje não serve mais.

    O corpo burocrático estatal está nos seus últimos anos e se debate contra a ação humana, pois seu princípio fundamental já não condiz em nada com a vontade comum de nossos dias. Ele vai ser cada vez mais combatido pelos bilhões de seres das novas gerações, criados sob a ótica da automação, informática e do auto aprendizado. Com o avanço cada vez mais rápido da tecnologia o ser identifica cada vez mais cedo o que lhe faz bem (empresas e pessoas) e o que lhe atrapalha (o Estado, suas regras e suas guerras), e se põe em uma queda de braço nos espaços virtuais, arrastando a mídia amealhada à burocracia a se por de joelhos perante a liberdade.

    O homem hoje quer ser feliz: trabalhando, estudando e se divertindo, sem fazer mal a ninguém. E a busca da felicidade só existe se houver liberdade. O Estado não resistirá por muito tempo mais a Ação Humana do Século XXI.

    Obrigado por quem leu até aqui.

  • Bublitz  11/04/2017 22:59
    Muito bom e coerente seu comentário, assino embaixo.
    É importante levar em conta a historicidade, as condições do mundo hoje são diferentes de antigamente. O homem é também um animal e a violência infelizmente têm sido presença constante na história das relações humanas. Os mais fortes se impõem sobre os mais fracos e nesse âmbito o Estado surgiu e existe, não há como mudar esse fato (passado).
    Agora, com a evolução do conhecimento humano e das novas tecnologias o Estado não se faz mais necessário, é possível e na minha opinião desejável que a sociedade se organize através de associações voluntárias, e uma sociedade pode ter Leis mesmo sem um Estado monopolista e coercitivo.
    O grande empecilho para a liberdade, na minha opinião está no embate de idéias. É estranho como ao mesmo tempo em que ciência e tecnologia vem progredindo, alguma coisa (socialismo) aconteceu no século XIX que parece que filosoficamente a humanidade regrediu em relação a liberdade durante o séc. XX, parece uma espécie de idade das trevas para a liberdade.
  • Henrique Zucatelli  12/04/2017 11:00
    Bulblitz, obrigado pelo comentário.

    Vejo o socialismo sob a mesma régua de todos os tipos de experiências sociais do passado: pura tentativa e erro. E ano após ano está sendo enterrado pelos fatos. E infelizmente (para os socialistas claro), contra fatos não há argumentos que force sustentação.

    Se você pesquisar profundamente sobre as revoluções socialistas, vai entender que ela não difere em nada de conquistas tirânicas do passado na prática: um conjunto de pessoas se juntam, tomam o poder e impõem um código de leis baseadas em seus interesses. O único detalhe que faz parecer diferente em algo é que no lugar de "Rei" ou "Imperador" o título foi substituído por "Comandante" ou "Presidente", e ao invés de uma corte, temos um partido, e ao invés de nobres, temos congressistas. Troca-se os nomes, porém o modus operandi é o mesmo: totalitarismo, tirania e ausência de liberdade ao gosto de seu dominador.

    Ultimamente ando muito propenso a dar total razão aos ancaps, que vomitam para a tese minarquista e a tese de Hoppe que prega a secessão em micro estados monárquicos, pois sempre haverá algum tipo de coerção, por menor que seja. O ideal mesmo será a ausência total desta entidade grotesca e violenta, e a reformulação do mundo em associações de propriedades privadas do tamanho que aprouver a seus participantes.
  • Realista  16/04/2017 14:20
    Muito bom e bonito na teoria, amigo, mas isso só dura até que algumas dessas associações privadas que são do tamanho que seus integrantes queiram resolvam que é mais fácil roubar e matar do que produzir, e aí os estados são criados novamente, seja para resistir a estas associações privadas tirânicas ou para oprimir outras associações privadas menores e menos bem-armadas.
  • Fabio Macedo  16/04/2017 15:09
    "mas isso só dura até que algumas dessas associações privadas que são do tamanho que seus integrantes queiram"

    Como é que é o negócio aí?! Quer dizer que empresas privadas "têm o tamanho que seus integrantes queiram"?

    Então a padaria da esquina aqui de casa só não é do tamanho de um Pão de Açúcar porque o dono, seu Genésio, não quer? Se seu Genésio quiser, ele transforma a padaria numa multinacional amanhã?!

    É isso mesmo?

    Você é tão ignorante, que não sabe nem sequer o básico: quem determina o tamanho de uma empresa privada é o consumidor. Se o consumidor parar de consumir seus produtos, a empresa fica menor que uma mercearia. O dono da empresa não tem nenhum controle sobre o tamanho de sua empresa. Ela é determinada inteiramente pelo mercado consumidor.

    É cada ignaro que despenca por aqui.

    "resolvam que é mais fácil roubar e matar do que produzir"

    Ah, sim, pois empresas privadas se envolveram numa guerra e saírem matando e sendo mortos, tendo todo o seu capital destruído no processo, apenas para depois ter de se reconstruir e voltar a estaca zero, é algo ótimo para seus lucros e para seu crescimento.

    Por essa sua lógica, se seu Genésio sair jogando granadas em padarias, e ter a sua padaria também bombardeada pelas outras padarias, todas padarias estarão, no final da guera, em melhor situação, pois perceberão que "é mais fácil roubar e matar do que produzir".

    Mano, você realmente tem cérebro?

    "e aí os estados são criados novamente, seja para resistir a estas associações privadas tirânicas ou para oprimir outras associações privadas menores e menos bem-armadas."

    Ou seja, após todo este seu relincho, você próprio conclui que, na pior e na mais fictícia das situações, nós simplesmente voltaríamos ao arranjo que já temos hoje.

    Raramente em minha vida vi alguém se contradizer de maneira tão espetacular e auto-humilhante como você.

    É perfeitamente compreensível você não ter colocado um nome próprio para o comentário. Fosse eu, nem conseguiria sair da cama.
  • Primo  11/04/2017 23:35
    No inicio era o nada. Então veio um indivíduo e criou a ideia de propriedade privada e concomitantemente originou o roubo. Não há roubo sem propriedade privada, não há propriedade privada sem roubo. Então a propriedade privada ficou limitada pelo direito natural da liberdade individual, pois então, criou-se o estado. Algo além do nada que se dividiu do tudo. No sétimo dia esse indivíduo descansou, e pós todos os outros para trabalhar.
  • Bruno Feliciano  12/04/2017 01:01
    Overbooking, quebra de contrato ou direito de propriedade?

    PS: Nenhum dos dois cabe intervenção estatal, quebra de contrato se leva pra arbitragem, pro tribunal. No máximo seria pra um tribunal estatal, mas não necessariamente(nem deveria).

    Eu entendo como quebra de contrato, e vocês?
    O Contrato, gera obrigação jurídica, nessa transação, obrigações foram impostas. A menos que ninguém esteja sabendo que a United avisa antecipadamente aos seus passageiros sobre este risco, ou até em uma clausula contratual.
    Se esse for o caso, ninguém é obrigado a assumir esse risco imposto pelo contrato.

    Caso contrário, é uma fraude. Uma quebra de um contrato com determinados contratantes, estes devem ser sim indenizados, uma obrigação jurídica imposta pela relação contratual da empresa com o consumidor cuja foi ignorada pela empresa.
    Nessa relação o direito prevalece no consumidor, porque o mesmo não foi informado de tal risco.

    O direito de propriedade é exercido quando a empresa tem as suas normas e as pessoas voluntariamente aceitam essas normas, agora quando a empresa não impõe uma norma no contrato e na prestação do serviço cria-se uma nova norma externa , se tem ai uma quebra do contrato, a relação jurídica que envolve direitos e obrigações no contrato foi descumprida.

    Alguém com um contra-argumento?

    Direito de propriedade VS Obrigação jurídica contratual.

    Por outro lado, o Avião é da empresa, é direito de propriedade dela retirar quem ela bem entender e fazer como ela quiser. Eai?

    Abraços

  • Ex-microempresario  12/04/2017 18:23
    Não esqueça que este é um contrato com TRÊS partes: a empresa, o cliente e o papai estado com seus milhares de regulamentos. Na verdade, as empresas de aviação podem fazer muito pouco por vontade própria, quase tudo é regulamentado.
  • Bruno Feliciano  12/04/2017 19:46
    Nos EUA a regulamentação existe, mas é muito menor. Lá o contrato é valido e seguro.

  • Samuel Lemos  12/04/2017 15:37
    Esse site tá cheio de gente delirante que acha que um dia o Estado vai deixar de existir... Parem de sonhar e aceitem a realidade. Nunca vai existir um lugar no mundo para vocês viverem a sua utopia infantil de terem suas propriedades privadas sem pagar nenhum centavo de imposto, e sabem por quê? Porque no instante seguinte em que um espaço assim existisse, algum déspota belicoso mataria todos vocês e se apoderaria de todos os seus bens, e a quem os descendentes de vocês poderiam recorrer para reaver algo, SE não fossem exterminados junto?

    A não ser que todo mundo gastasse metade de tudo que possui em segurança privada, mantendo um exército numeroso e igualmente "improdutivo" que viveria apenas para treinar táticas militares, tiro ao alvo e etc. para defendê-los de eventuais tiranos usurpadores de terras. Acordem, por favor. Anarcocapitalismo não passa de um devaneio vexatório e pueril.
  • Ex-microempresario  05/05/2017 22:07
    E quanto um tirano usurpador de terras estaria disposto a gastar para me matar e se apropriar de meus bens ?
    Seria vantajoso ? O tirano usurpador também não teria que pagar para treinar táticas militares, tiro ao alvo, etc. ? E quem garante que ele venceria ? E se meus vizinhos concordarem comigo que não é bom ficar à mercê de tiranos usurpadores e firmássemos um pacto de defesa mútua em caso de agressão externa ?


    E para finalizar:
    Gastar para manter um exército improdutivo não é o que o estado faz hoje ?
  • Carlos  15/04/2017 14:43
    Prezado autor,

    Como seu raciocínio é fraco e seu texto não possui a mínima base de respaldo para o que você diz. Se as normas são fruto das relações humanas (como você diz), é preciso que exista algo que garanta o cumprimento das normas. Se x faz um contrato com y e não existe nada regulando esse contrato, nada garante que x ou y irão cumprir suas partes no contrato. Isso é algo básico e elementar que nada tem a ver com socialismo. Isso pode ser verificado em Hobbes, Locke e Rousseau (só para citar alguns autores), que não são de maneira alguma socialistas...
    Vocês do Instituto Mises infelizmente ainda estão perdidos em uma relação dualista da economia: capitalismo ou socialismo, o que é plenamente risível.
    Até.
  • Alberto  15/04/2017 15:06
    "Se as normas são fruto das relações humanas, é preciso que exista algo que garanta o cumprimento das normas."

    Óbvio.

    "Se x faz um contrato com y e não existe nada regulando esse contrato, nada garante que x ou y irão cumprir suas partes no contrato."

    Óbvio.

    "Isso é algo básico e elementar que nada tem a ver com socialismo."

    Óbvio. E é justamente por ser algo tão básico e elementar, que os libertários são os mais fervorosos defensores do "cumprimento dos contratos".

    Tão radicais somos na defesa do cumprimento dos contratos, que defendemos que o sistema judiciário -- o responsável por isso -- opera em regime de livre concorrência, e não em regime de monopólio estatal.

    Nenhuma corrente filosófica é mais intransigente em sua defesa de haver agências responsáveis por impingir contratos do que os libertários.

    Só que libertários defendem que tais agências operem em regime de livre concorrência, sendo elas escolhidas voluntariamente por ambas as partes na assinatura do contrato.

    Já você, ao que tudo indica, defende que haja uma agência estatal e monopolista encarregada de fazer isso, a qual não tem como ser punida em caso de falhas e erros, e cujos salários de seus integrantes são definidos por eles próprios e extorquidos do povo.

    Diga-me: se o judiciário erra, falha ou não impinge um contrato, qual a punição ministrada a seus membros? Eles perdem o emprego? Eles sofrem redução salarial (salário esse extorquido do povo)? Eles sofrem alguma punição?

    Quem seria o ignaro que defenderia um arranjo destes?

    Desculpe a sinceridade, mas quem realmente está "completamente perdido aqui", e tem uma capacidade "risível" de interpretação de texto, é você.

    Tente melhor na próxima.
  • anônimo  15/04/2017 19:03
    Algumas dúvidas que sempre surgem quando falam em agências judiciárias e de segurança privadas:

    Como elas fariam cumprir as leis?

    Que legitimidade elas teriam para impingir o cumprimento de contratos?

    Se uma empresa descumpre um contrato, como tais agências forçariam o seu cumprimento ou penalizariam a infração?

    Se o infrator simplesmente dissesse: "Não aceito sua decisão, nem considero legítimo o poder de penalização atribuído a vocês. Logo, não acatarei suas ordens e nem que me sentenciem uma pena"

    No caso de crimes, como elas fariam para que os criminosos cumprissem penas, já que necessitariam de coerção para tal? Aqui cabe a mesma resposta dada pelo empresário descumpridor de contratos logo acima.

    Agradeço se puderem sanar minhas dúvidas.
  • Milton  15/04/2017 19:12
    Capítulo 13. Respostas detalhadas.

    www.mises.org.br/Ebook.aspx?id=94
  • Carlos  15/04/2017 20:11
    Prezado Alberto,

    Não tenho que tentar numa próxima ou qualquer outra vez. Quem escreveu o artigo não fui eu e minha capacidade de interpretação não pode ser risível, pois eu não posso interpretar o que não está no texto. Obviamente você apresenta elementos novos ao artigo escrito, o que muda o sentido da interpretação do texto.

    De qualquer maneira, ainda não está claro na tua resposta o que legitima esse sistema judiciário não estatal e por que ele valeria para todos os cidadãos. Assim como é duvidosa a atividade dessas "agências responsáveis por impingir contratos do que os libertários".

    Quando você diz:
    "Já você, ao que tudo indica, defende que haja uma agência estatal e monopolista encarregada de fazer isso, a qual não tem como ser punida em caso de falhas e erros, e cujos salários de seus integrantes são definidos por eles próprios e extorquidos do povo".

    A tua interpretação me parece um tanto equívoca. Dizer que uma agência estatal não tem como ser punida é uma afirmação por demais absoluta e incorreta. Mesmo que a empiria demonstre em alguns casos os problemas desse sistema, isso não pode ser comprovado em absoluto.

    Agradeço as tuas explicações ao artigo.

    Até, meu caro!
  • Marlin  17/09/2019 18:53
    E quem puniria a agência ou tribunal privado que falhasse?
  • Emerson Luis  28/04/2017 12:22

    Socialistas/positivistas acreditam que cabe ao legislador determinar como a realidade deveria ser e criar leis para recriá-la.

    Jusnaturalistas acreditam que cabe ao legislador verificar como a realidade funciona e criar leis de acordo com isso.

    ("Legislador" aqui no sentido mais amplo e genérico, qualquer pessoa com autoridade para estabelecer normas para um grupo)

    * * *
  • Mathayos  04/05/2017 13:49
    Na verdade, o texto gera uma gritante contradição com os ideais libertários que aqui se prega (como que se religião fosse) !

    Constata-se que leis e o Estado foram criados justamente para que a classe dominante, ou seja, a classe que historicamente deteve o poder, garantir seus "direitos". Qual a forma mais fácil que o burguês tinha de garantir a sucessão de suas propriedades, conquistadas através da pilhagem, da escravidão, da servidão, da grilagem, e de tantas outras formas antiéticas, senão através do Estado (burguês) ?

    É óbvio que uma minoria esmagadora iria temer a maioria expropriada. Era necessário mecanismos, além da força dos exércitos particulares, para manter o povo no cabresto....
  • Tufik  04/05/2017 16:22
    "Na verdade, o texto gera uma gritante contradição com os ideais libertários que aqui se prega. [...] Constata-se que leis e o Estado foram criados justamente para que a classe dominante, ou seja, a classe que historicamente deteve o poder, garantir seus "direitos".

    Ué! E qual é a contradição? Este site sempre disse exatamente isso, que o estado é uma gangue de ladrões em larga escala e que existe apenas para proteger os interesses de seus membros e das pessoas amigas do regime.

    Ou você chegou agora ou você é analfabeto funcional.

    A existência do estado é, acima de tudo, uma contradição jurídica

    O estado é uma gangue de ladrões em larga escala

    Empresas grandes, ineficientes e anti-éticas só prosperam em mercados protegidos e regulados
  • Mathayos  05/05/2017 12:04
    Vou desenhar:

    O pessoal aqui tem a tendência de criticar o Estado e enaltecer a suposta livre iniciativa (embora toda classe que se diz produtiva, de uma forma ou de outra se beneficia do Estado).

    De onde vem a mão de obra qualificada, geralmente em escola pública, que produz com eficiência e garante lucro aos patrões ? R: do papai Estado !

    Quem arca com a infraestrutura que garante a escoação da produção, que garante o acesso dos clientes aos produtos e serviços, que permite que matérias-primas cheguem a um custo menor ? R: O papi Estado !

    E agora lhe pergunto: quem financia o Estado ? Todo o povo, através dos tributos ! E aqui vem a melhor parte...

    O povo paga impostos, e ao invés de ter um retorno social e coletivo, vê seu dinheiro empregado para garantir o lucro individual de empresários mamadores. E por fim, qualquer semialfabetizado sabe que os números da sonegação são gritantes no Brasil.

    E você, caríssimo, consegue enxergar o que isso quer dizer ? Que grande parte dos eficientes empresários que dizem não depender do Estado, apesar de se valerem de suas benesses, recolhem tributos (embutidos nos custos e nos preços, portanto, pagos pelos consumidores) e não repassam ao papai Estado. Dinheiro do povo na mão de particulares !

    Onde está a gangue mesmo ?

    Então amigo, desenhando e explicando o desenho: se você é contra o Estado, não pode ser a favor da classe que usa o Estado e que dele se aproveita ao mesmo tempo, que é a suposta classe produtiva !
  • Andrade  05/05/2017 20:39
    Mas isso não foi um desenho. Foi um garrancho monumental. Permita-me dar algum retoque na estrovenga:

    "O pessoal aqui tem a tendência de criticar o Estado e enaltecer a suposta livre iniciativa (embora toda classe que se diz produtiva, de uma forma ou de outra se beneficia do Estado)."

    Nem sequer começou a entender o básico. O pessoal aqui critica quem vive da parasitagem e do esbulho alheio, e enaltece quem fornece bens e serviços de qualidade, a preços baixos, em cenário de livre concorrência e sem depender do esbulho alheio (subsídios, tarifas de importação, agências reguladoras etc.).

    Começou a entender?

    O pessoal aqui enaltece o dono da padaria e da mercearia da esquina, e despreza Eike Batista, Odebrecht e toda a corja de políticos.

    "De onde vem a mão de obra qualificada, geralmente em escola pública, que produz com eficiência e garante lucro aos patrões ? R: do papai Estado !"

    Isso só pode ser ironia. A mão-de-obra da escola pública é "qualificada"? De qual país você está falando?

    Aliás, mesmo que ela fosse qualificada, quem bancou os estudos dessa mão-de-obra? Exatamente: os cidadãos produtivos por meio de seus impostos. Pura e simplesmente.

    Dizer que é o estado o fornecedor da mão-de-obra qualificada é o ápice da ignorância. Estado não produz nada, muito menos mão-de-obra qualificada. Estado, por definição, vive do roubo, do parasitismo e da redistribuição. E quem pratica roubo, parasitismo e redistribuição não tem como "criar riqueza" ou "gerar mão-de-obra qualificada".

    "Quem arca com a infraestrutura que garante a escoação da produção, que garante o acesso dos clientes aos produtos e serviços, que permite que matérias-primas cheguem a um custo menor ? R: O papi Estado !"

    Deus pai! Mesmíssima resposta acima: quem arca com tudo isso são os cidadãos produtivos da sociedade por meio de seus impostos.

    Agora, se você realmente acredita que Renan Calheiros produz cimento e asfalto do nada e vai ele próprio construir estradas, então, meu filho, só o hospício lhe salva.

    "E agora lhe pergunto: quem financia o Estado ? Todo o povo, através dos tributos ! E aqui vem a melhor parte..."

    Opa! Finalmente algo certo!

    Mas, ué, se você sabia disso o tempo todo, por que regurgitou todos os disparates acima? Você é bipolar?

    "O povo paga impostos, e ao invés de ter um retorno social e coletivo, vê seu dinheiro empregado para garantir o lucro individual de empresários mamadores."

    Exatamente o arranjo que este site condena. O conluio entre estado e grandes empresas.

    Como acabar com ele? Na melhor das hipóteses, abolindo o estado. (Desmaiou?). Na pior das hipóteses, reduzindo o estado ao máximo e acabando com tudo aquilo que garante privilégios para empresas, como tarifas de importação, BNDES, subsídios, agências reguladoras, burocracia (quem impede a abertura de novas empresas para concorrer com as grandes) e altos tributos (que impedem que novas empresas surjam e cresçam).

    "E por fim, qualquer semialfabetizado sabe que os números da sonegação são gritantes no Brasil."

    E ainda bem. É exatamente a "sonegação" -- ou seja, o ato de ficar com aquilo que é seu por direito -- o que ainda possibilita que aja empreendimentos e empregos no país.

    Já você quer dar absolutamente cada centavo para Renan Calheiros, Eunício Oliveira e toda a corja de funcionários públicos parasitas, os quais não produzem absolutamente nada de bom para o país.

    Você é um estandarte da moral.

    "E você, caríssimo, consegue enxergar o que isso quer dizer ? Que grande parte dos eficientes empresários que dizem não depender do Estado, apesar de se valerem de suas benesses,"

    Cite um. Só um.

    "recolhem tributos (embutidos nos custos e nos preços, portanto, pagos pelos consumidores) e não repassam ao papai Estado. Dinheiro do povo na mão de particulares !"

    Pra começar, isso é falso porque é impossível. Impostos indiretos não são sonegáveis. O que são sonegáveis são os impostos diretos.

    Agora, mesmo que isso que você falou fosse verdade, repito o que disse acima: ainda bem por isso. Mais dinheiro na mão do setor produtivo significa mais investimentos e mais empregos. Já nas mãos do estado significa mais petrolão, mais mensalão e mais propinas.

    Você defende o segundo, o que mostra bem a sua moral.

    "Onde está a gangue mesmo ?"

    Em Brasília, e recebendo o seu cafuné.

    "Então amigo, desenhando e explicando o desenho: se você é contra o Estado, não pode ser a favor da classe que usa o Estado e que dele se aproveita ao mesmo tempo, que é a suposta classe produtiva !"

    Exatamente o arranjo que este site condena. O conluio entre estado e grandes empresas.

    Como acabar com ele? Na melhor das hipóteses, abolindo o estado. (Desmaiou?). Na pior das hipóteses, reduzindo o estado ao máximo e acabando com tudo aquilo que garante privilégios para empresas, como tarifas de importação, BNDES, subsídios, agências reguladoras, burocracia (quem impede a abertura de novas empresas para concorrer com as grandes) e altos tributos (que impedem que novas empresas surjam e cresçam).

    E aí, melhorou agora o seu garrancho?
  • Mathayos  17/05/2017 17:57
    "Quem arca com tudo isso são os cidadãos produtivos da sociedade por meio de seus impostos...."

    O cidadão arca e o empresário abocanha, fazendo disso seu trampolim para seu lucro.


    " "sonegação" -- ou seja, o ato de ficar com aquilo que é seu por direito "....não entendi com sua frase se coaduna com outra frase sua: "Quem arca com tudo isso são os cidadãos ".

    Ora, se o cidadão arca com tudo, como a sonegação é direito do empresário ???????

    E para mim, debater com quem defende a sonegação, é perda de tempo. Mostra uma ideologia bitolada e uma visão distorcida do que é o social.

    E quando for refutar argumentos, faça isso de modo completa, sistêmica. Eu fiz um texto. Refute-o. Fica muito fácil, porém, infantil, rebater frases soltas fora do contexto !
  • anônimo  06/05/2017 22:09
    O sujeito vem em um site totalmente contrário ao crony capitalism e acusa os frequentadores de serem crony capitalistas.
  • anônimo  06/05/2017 22:10
    E o pior é que o sujeito confunde livre mercado com crony capitalism.

    Dica: livre mercado não existe no Brasil.
  • vladimir  29/05/2017 12:47
    pergunta: o que acontece quando o estado entra em colapso? quando falo em colapso quer dizer versão pesadelo estilo Venezuela a nível global
  • Rene  11/07/2017 10:39

    Até na Biblia podemos verificar questão da propriedade privada preconizada no décimo mandamento que proíbe a cobiça de qualquer objeto de nosso semelhante,foi outorgada por Deus no monte Sinai , muito antes que Israel tivesse um estado nação.
  • Veterinário  11/07/2017 12:35
    Propriedade privada é um instinto, até animais demonstram dominação e lutam por determinada área, por sua caça e sua cria, mesmo gatos de apartamento não conseguem viver adequadamente dividindo caixa de areia e tigela de comida.
  • cleidisom  26/11/2017 14:10
    Um amigo meu disse que o feudalismo é a maior prova de que o Estado proprorcionou o direito a propriedade privada... eu não acredito nisso.
    Alguem pode me citar algum artigo que fale mais detalhadamente sobre isso?
  • Renato  26/11/2017 16:20
    Ué, mas no feudalismo só havia propriedade para os amigos do regime. Quem não fosse da classe aliada, ou mesmo da classe nobre, não tinha nenhum direito à propriedade.

    Se, para seu amigo, a propriedade sob o feudalismo era um grande exemplo de estado garantindo a propriedade, então ele deu um belo tiro no pé.
  • abraim  27/11/2017 20:10
    Permita-me viajar, abordando o surgimento das Sociedades, das Nações e dos Estados.

    Têm-se notícias de que o homem era um animal gregário, vivia em bandos, formando as chamadas sociedades mecânicas, onde não havia a interação dos indivíduos, agiam com autonomia e liberdade;

    Com a evolução paulatina estes animais gregários perceberam que se organizando em grupos e com funções específicas para cada indivíduo, poderiam trabalhar para o todo da sociedade, dando origem às chamadas sociedades orgânicas, surgiria uma sociedade superior;

    A esta sociedade superior deu-se o nome de Nação, formada pelos laços culturais e sociais;

    A demarcação territorial, inerente para a evolução da Nação e sua soberania, consolidou o surgimento do Estado;

    Infere-se que desde as sociedades primitivas até o surgimento dos Estados, o Direito surgiu depois e para cada um deles.

    Na idade média existia o jus naturalismo, onde o direito natural era superior ao direito positivo, suas normas anteriores foram firmadas nos costumes sociais primitivos;

    Tempos depois, os homens estavam voltados para o conflito, havia o estado de guerra coletiva e o viés absolutista do Estado, quando houve a derrogação dos poderes a este.

    Com a vinculação do Estado com o Direito, reconhece-se a obrigação de criação das normas jurídicas (contratualismo de Hobbes), coube ao governo criar essas normas para disciplinar as relações sociais.

    Temos que existem as validades do Direito no Estado, não a validade do Estado no Direito:

    a teoria monística, somente a norma do Estado é válida;

    a teoria dualística, o Estado reconhece as normas jurídicas e suas fontes;

    a teoria do paralelismo, o Estado reconhece as normas jurídicas e suas fontes, porém a do Estado tem prevalência.

    Parece-me coerente, uma vez que a sociedade cria o Direito, ao passo que o inverso não se aplicaria.

    Do exposto, o Estado nasce antes do Direito para que a lei seja legitimada. O Estado a reconhece.

  • Xenon  30/03/2018 16:16
    E quando o estado entra em colapso ou quando estado se torna tirânico?
  • Xenon  30/03/2018 16:23
    Pelo que a história mostra o estado SEMPRE ENTRA EM COLAPSO e cabem aos indivíduos determinados engenhosos começarem a civilização do zero e a civilização atual vai pelo mesmo caminho quer queiram quer não.
  • Primo  09/02/2019 18:59
    "A ação humana livre e sua propriedade honestamente adquirida devem marcar o começo de toda a análise teórica e histórica. As relações humanas necessariamente antecedem as normas. Com efeito, as normas são fruto das relações humanas."

    " O Direito vem antes do Estado; e a propriedade privada originou o Direito "

    Esse é o ponto, as normas mudam e consequentemente o conceito de propriedade honestamente adquirida muda. Trazer o Direito primitivo como base para a defesa da propriedade privada e da deslegitimação do estado aos tempos atuais é um processo acronologico. A propriedade não originou o Direto, a propriedade surgiu concomitantemente com o Direito e o Estado. A propriedade privada é por definição a apropiação de recursos escaços do bem publico. O individuo torna-se senhor do seu bem. Quando surge a propriedade privada, o proprietario diz, assim como Luiz XVI: " O estado sou eu."
    Por questão cronologica, antes da propriedade privada, era a propriedade coletiva, na qual reinava as normas do Direito ancestral. A apropriação inbebita do propriedade coletiva formou a propriedade privada. Tanto na propriedade coletiva, quanto na privada, isto é, no Direito ancestral e no Direito primitivo, tem-se o Estado que é o centralizador dos conflitos politicos e sociais.
    Enfim, o texto tem argumentos fracos para o que pretende defender.
  • Pobre Paulista  11/02/2019 12:46
    Muito obrigado por republicar o artigo ;-)

    No gancho desse e desse meus comentários anteriores, cito esses trechos do artigo:

    "Com efeito, as normas são fruto das relações humanas. Uma norma nada mais é que uma expectativa de que outro indivíduo irá agir de uma determinada maneira, expectativa essa que pode surgir das promessas "


    "O Direito não é um conjunto de mandamentos revelados, mas sim de práticas previsíveis e úteis para se alcançar os objetivos individuais por meio da cooperação humana."

    E desde quando uma expectativa de que o indivíduo "A" tem sobre o indivíduo "B" se transforma uma obrigação para o indivíduo "B"? E desde quando o indivíduo "B" tem a obrigação de agir de maneira previsível para "A"? Abstraindo mais ainda... como se pode garantir que todos tenham o mesmo conceito de "previsível e útil" sobre a ação de outros, para que se proponha uma norma? Ora, o que é previsível e útil pra uns não necessariamente o é para outros. Essa é a raiz da teoria marginalista, por sinal.

    Logo, se não há obrigação de "B", não há direito de "A".

    Refutem isso e eu passo a acreditar no direito.
  • D  11/02/2019 15:53
    O Estado é a garantia da propriedade privada? O caso Raposa do sol é um bom exemplo disso...
  • Luis  14/02/2019 13:38
    Àqueles que estão aqui predizendo sobre a total desnecessidade do estado, convido-os a se mudar para as favelas do Rio de Janeiro. Lá, embora exista estado na teoria, não existe na prática. Deve ser ótimo não ser obrigado a depender da polícia, mas ser obrigado a pagar proteção a a milicianos e traficantes. Um lugar com alto desenvolvimento humano, baixa violência, do qual ninguém quer sair e todos querem ir, certo? É a prova perfeita do que dizem aqui, de que sem um ente para manter a lei e a ordem as coisas ficariam perfeitas, que as pessoas se entenderiam, que os mais fortes não iriam sobrepujar os mais fracos, que todos iriam viver de forma harmônica e pacífica, que tudo se resolveria por si só. Só que não.
  • Destruidor  14/02/2019 14:24
    É surreal sua incapacidade de ligar causa e consequência -- aliás, muito comum no Brasil.

    O problema das favelas no que tange à segurança é justamente o excesso de estado.

    Pra começar, e só pra começar, miliciano é policial militar. Ou seja, é gente que usa do monopólio da violência que lhe foi conferido pelo estado para aterrorizar inocentes.

    Dizer que milícia -- que é algo que só existe e só se impôs por causa do estado -- é um sintoma de ausência de estado mostra o quão descolado da realidade você é.

    Mas piora.

    Quem garante a reserva de mercado e os altos lucros dos traficantes? Exatamente: as políticas anti-drogas do estado. E quem proíbe forças privadas de subir as favelas para matar traficantes? Exatamente, o estado.

    Deixa eu desenhar para você.

    Uma área pobre de uma grande cidade, infestada de quadrilhas de traficantes que circulam por ali sem qualquer restrição, vendendo abertamente drogas nas ruas e becos e descarregando rajadas de metralhadora em qualquer um que apresente um comportamento suspeito está nessa situação terrível justamente porque há ali excesso de estado.

    1) Se a polícia e o estado realmente nunca se preocupasse em impor qualquer lei naquela área, então ninguém teria de se preocupar com o risco de ir pra cadeia por estar vendendo drogas.

    2) Consequentemente, empresas de fora poderiam ir se instalar naquele bairro, abrir lojas com janelas à prova de balas e vigiadas por seguranças muito bem armados, e vender cocaína e outras drogas para os moradores (ou, principalmente, para os clientes que vêm de outros bairros) por uma fração do preço vigente nas ruas.

    3) Essas empresas iriam rapidamente quebrar todas as quadrilhas de traficantes que operam na região, uma vez que os clientes iriam correr em manada para aqueles empreendimentos profissionalmente geridos, principalmente por causa de seus preços baixos e pela qualidade de seus produtos.

    4) Porém, por que isso não ocorre? Porque se alguns empreendedores tentassem de fato implementar o plano acima, eles seriam rapidamente impedidos pela polícia, que interromperia suas atividades (com o indisfarçável apoio dos traficantes locais).

    5) Mais ainda: essas empresas teriam suas contas bancárias confiscados por ordem do judiciário, inviabilizando qualquer operação. Líderes comunitários e religiosos iriam reclamar que uma farmácia não pode vender cocaína para adolescentes em plena luz do dia (embora os traficantes o façam imperturbáveis) e o chefe da delegacia encarregada da região iria concordar.

    6) Com efeito, nem ocorre a qualquer empreendedor tentar fazer o que foi dito acima porque - duh! - seria algo totalmente ilegal.

    Portanto, não é difícil entender que não é inoperância do governo o que permite que determinadas favelas permaneçam em um equilíbrio violento; ao contrário: é justamente o ataque do governo aos direitos de propriedade que faz com que bandidos detenham um poder permanente sobre determinadas regiões.

    Da próxima vez que se manifestar em público, certifique-se de que ao menos conhece o básico do assunto sobre o qual se propôs a falar.
  • Pobre Paulista  14/02/2019 15:43
    Já dá pra fazer um FAQ aqui no Mises hein

    Ainnnn mas a Suécia, ah mas a Coréia do Sul, Ahá mas e as favelas do Rio, Aaaaae a crise de 29

    Sempre a mesma ladainha de sempre
  • Edujatahy  14/02/2019 16:51
    De fato Pobre Paulista. Uma FAQ seria muito bom para irmos rapidamente copiar e colar em debates e discussões tb não só aqui mas em qualquer local (tipo, WhatsApp).
    Não conta as vezes que colei aquela resposta sobre os recursos do planeta estarem "acabando".
  • Gerson  29/05/2020 16:01
    Dizer que a culpa da milicia é do Estado é um absurdo!

    As atuações da milícias são identicas a dos traficantes. O que difere é que o miliciano são PMs ou milicos ou bombeiros que tiveram treinamento do Estado, e por isso são um poquinho mais escolarizados que os traficantes.
    Disso, temos a consequencia que a milícia apenas aperfeiçoou os métodos dos traficantes. Ou seja, começou a entrar em outros ramos além do trafico de drogas.
    Agora vc só pode comprar gás de cozinha se for o gas que o miliciano vende, só pode assinar o gatonet do miliciano, so pode comprar galão de agua que o miliciano vende. Claro, que o preço é sempre superior ao de mercado e quem não obedecer é bala! É o vacuo de poder assumido por bandidos.

    Nao a toa os traficantes começaram a copiar esse modelo tb nas suas proprias comunidades. Independe se o cara que achaca nas favelas são formados pela Academia de Policia ou se são formados na pista. O método é o mesmo e é consequencia do vazio de ação governamental.

    Por fim, vamos rir um pouquinho mais dele:
    2) Consequentemente, empresas de fora poderiam ir se instalar naquele bairro, abrir lojas com janelas à prova de balas e vigiadas por seguranças muito bem armados, e vender cocaína e outras drogas para os moradores (ou, principalmente, para os clientes que vêm de outros bairros) por uma fração do preço vigente nas ruas.

    Você nunca deve ter entrado numa favela no país, amigo. Há empresas, há lojistas nas favelas, há inclusive franquias famosas mundialmente lá dentro. Só que elas tem que pagar o arrego pros traficantes ou milicianos.
    Uma "mesadinha" pelo "serviço de segurança particular" compulsório. Se não pagar é bala e destruição.
    Ahhhh não adianta querer fazer uma "relação de troca livre" com o traficante ou miliciano, seja ele um desempregado sem escolaridade ou seja ele um funcionário da POlícia fazendo um bico, ele vai meter bala em vc se vc nao pagar o que ELE achar que é justo.
    ahhhhh, tambem nao adianta chamar a polícia, ou tentar processar em um tribunal, seja este tribunal privado ou público.

    Quem garante a reserva de mercado e os altos lucros dos traficantes? Exatamente: as políticas anti-drogas do estado.
    Galão de agua vc compra em qualquer lugar, TV a cabo idem, serviço de transporte idem. Não sao atividades criminalizadas, ainda assim são atividades exploradas pelo trafico e milicia e ambas são cobradas por pesados ágios, e "livremente transacionadas" com a ameaça de levar tiro vc e sua familia se descumprir
  • Camarote  29/05/2020 16:47
    "As atuações da milícias são identicas a dos traficantes. O que difere é que o miliciano são PMs ou milicos ou bombeiros que tiveram treinamento do Estado, e por isso são um poquinho mais escolarizados que os traficantes."

    Errado. Traficante e miliciano têm a mesma escolarização. A diferença é que miliciano, por ter distintivo, tem liberdade para abordar, revistar e até espancar. Miliciano, por causa do monopólio da força que o estado lhe conferiu, sofre muito menos resistência que um traficante.

    Se você mata um traficante, você ainda pode ser protegido. Se você mata um miliciano, você vai preso, pois matou um policial.

    "Disso, temos a consequencia que a milícia apenas aperfeiçoou os métodos dos traficantes. Ou seja, começou a entrar em outros ramos além do trafico de drogas."

    E teve essa liberdade exatamente porque são funcionários públicos detentores de um distintivo que lhes permite amplo acesso a tudo com zero resistência.

    "Agora vc só pode comprar gás de cozinha se for o gas que o miliciano vende, só pode assinar o gatonet do miliciano, so pode comprar galão de agua que o miliciano vende. Claro, que o preço é sempre superior ao de mercado e quem não obedecer é bala! É o vacuo de poder assumido por bandidos."

    Simplesmente confirmou tudo o que foi dito.

    "Nao a toa os traficantes começaram a copiar esse modelo tb nas suas proprias comunidades. Independe se o cara que achaca nas favelas são formados pela Academia de Policia ou se são formados na pista. O método é o mesmo e é consequencia do vazio de ação governamental."

    Errou de novo. Milicianos se impõe porque são agentes do estado. Traficantes se impõem porque enriqueceram e se tornaram poderosos em função de uma proibição estatal.

    Escolha a quadrilha que quiser: ambas só existem por causa do estado.

    "Você nunca deve ter entrado numa favela no país, amigo. Há empresas, há lojistas nas favelas, há inclusive franquias famosas mundialmente lá dentro. Só que elas tem que pagar o arrego pros traficantes ou milicianos."

    O que só comprova o que foi dito.

    "Uma "mesadinha" pelo "serviço de segurança particular" compulsório. Se não pagar é bala e destruição."

    Óbvio. Chegaram a essa posição privilegiada por causa do estado.

    "Ahhhh não adianta querer fazer uma "relação de troca livre" com o traficante ou miliciano, seja ele um desempregado sem escolaridade ou seja ele um funcionário da POlícia fazendo um bico, ele vai meter bala em vc se vc nao pagar o que ELE achar que é justo. ahhhhh, tambem nao adianta chamar a polícia, ou tentar processar em um tribunal, seja este tribunal privado ou público."

    É claro que não adianta nada disso. Afinal, você está lidando com um poder paralelo que se estabeleceu e se fortaleceu graças ao estado, e contra o qual ninguém pode lutar.

    "Galão de agua vc compra em qualquer lugar, TV a cabo idem, serviço de transporte idem. Não sao atividades criminalizadas, ainda assim são atividades exploradas pelo trafico e milicia e ambas são cobradas por pesados ágios, e "livremente transacionadas" com a ameaça de levar tiro vc e sua familia se descumprir"

    Duh! Tais atividades são monopolizadas apenas nas favelas, que são territórios exclusivos dessas duas quadrilhas. Graças ao estado, elas se estabeleceram nas favelas, sem qualquer resistência. O fato de os moradores locais serem obrigados a aceitar este monopólio mostra perfeitamente as consequências de o estado ter o monopólio da violência e de o estado criminalizar crimes sem vítima.
  • Gerson  29/05/2020 19:59
    O Camarote (acho que quis debochar com o meu nome citando o homonimo da Globonews, que no caso é Camarotti) tentar desqualificar o meu argumento de maneira contraditória e errática.

    Primeiro ele assume que a força que os milicianos e traficantes têm advém de seu poderio financeiro, advindo da exploração de atividades ilegais ou de coação (de maneira completamente nonsense visto que o miliciano, quando atua enquanto miliciano, não o faz se valendo do distintivo de policial, o faz como "cidadão comum", no momento em que ele achaca os cidadãos da favela ele o faz sem estar investido de nenhuma licença concedida pelo Estado).

    O problema desse argumento é que se vc atribui a capacidade financeira ou de coação a existência de poderes paralelos, vc ao mesmo tempo diz que podem surgir aparatos assemelhados por outros grupos que tiveram sucesso financeiro por qualquer outro meio. Pouco importa a origem do dinheiro de dentro da favela, se vem de um magnata de uma atividade legal que resolveu coagir a todos lá, ou se vem de um traficante que ascendeu pelo tráfico, ou se vem de um cabo ou sargento que por ali moram. O que há em comum nas áreas com poderes paralelos é o total desinteresse do Estado em servi-los.
    Dái temos o problema: se vc advoga pelo fim do Estado, vc ao mesmo tempo advoga pela existencia de que tais poderes paralelos ascendam.

    Querer imputar a existencia de poderes paralelos ferrenhos e achacadores como as milicias e o tráfico à I. existencia de Policiais (no mundo INTEIRO há policiais, não precisamos esquecer disso) e por isso é culpa do Estado, II. proibição ao comércio de drogas (que existe praticamente no mundo inteiro) é um tiro no pé, além de qualquer compromisso com a lógica
  • Camarote  29/05/2020 20:37
    Errou tudo. Mas admito que a culpa foi minha, pois respeitei demais sua inteligência. Falei coisas partindo do princípio de que você dominava ao menos o básico do assunto que estava sendo discutido. Mas vejo que você nem sequer conhece a explicação econômica para o surgimento do poderio dos traficantes.

    Vou tentar desenhar:

    a) milicianos se impõe por serem agentes estatais e detentores do monopólio legal da violência. Sendo eles policiais, ninguém se mete com eles. Logo, eles têm carta branca para fazer o que quiserem. São o próprio estado dentro de uma favela, e só serão expulsos de lei se outros agentes estatais "do bem" entrarem ali e fizerem o serviço.

    b) já traficantes se impõem porque, ao atuarem num mercado proibido pelo estado, adquiriram a capacidade de auferir uma renda muito maior do que a que aufeririam no livre mercado, e consequentemente conseguiram se armar militarmente, algo que ninguém mais na economia formal consegue. Para entender a explicação econômica e detalhada desse fenômeno, leia aqui.

    Depois que você entender isso, aí sim volte para conversar.
  • anônimo  06/03/2019 16:49
    Uma dúvida. Se eu levar uma pessoa pra um passeio de helicóptero e no meio do percurso não quiser mais a pessoa no meu veículo, está de acordo com a ética da propriedade privada tirá-la de lá em pleno vôo?
  • Pobre Paulista  06/03/2019 18:12
    Não.
  • Amorim  29/05/2020 20:54
    Se a resposta é não, então a propriedade privada não é absoluta!
  • William  06/03/2019 18:40
    Está de acordo com a ética da propriedade privada tirar a vida (a propriedade mais íntima) de um inocente?

    É cada um...
  • Alexandre  05/07/2019 23:34
    Por favor alguém pode me tirar uma dúvida?
    Existe alguma universidade de direita, que tenha o curso de direito em São Paulo? Gostaria de não receber influência pela esquerda.
    Grato!
  • Ismael Aires  09/10/2019 03:08
    É muito simples a constatação que a propriedade privada depende do estado. O individuo em si não possui propriedade e tão pouco nenhum direito senão aquele que ele pode impor ou conseguir através de um acordo. Não importa quem plantou batatas, se quem o fez não pode impor aos demais que não peguem para si o resultado do trabalho. Pra isso que se cria o Estado, para garantir que os indivíduos tenham direitos.
  • Vladimir  09/10/2019 21:14
    Mesmo que isso fosse verdade (e não é, pois armas e segurança privada garantem a propriedade privada), você tem de provar que o estado surgiu antes do conceito de propriedade privada.

    E, caso faça isso (e não fará), terá de mostrar de quem o estado extraiu dinheiro para proteger a propriedade (o que, aliás, seria uma total contradição: como pode um expropriador da propriedade ser também um protetor da propriedade).

    Em suma, você tem de refutar os argumentos lógicos do artigo, e não criar suposições paralelas.
  • Eduardo  29/05/2020 19:05
    O conceito de propriedade privada veio antes do de Estado. Corretíssimo.
    Já a garantia da propriedade privada foi aperfeiçoada com o Estado.

    A maçã que eu colhi é minha, este terreno é meu. Isso vem antes do Estado (ainda que tivessem civilizações que não possuíam isso, em que o conceito de propriedade privada era muito etéreo e as conquistas e "bens" dele eram compartilhados com a tribo, mas passemos por isso).
    Mas a garantia de que o terreno será meu de fato vem com o Estado, do contrário, eu teria que ficar vigilante 100% do tempo com todas as minhas posses. Seria impossível eu ter posses em locais que fugissem aos meus olhares.
    Inegavelmente, o Estado foi uma tecnologia que fez avançar em muito o conceito de garantia de propriedade privada, tal como conhecemos hoje
  • David  29/05/2020 20:27
    "Já a garantia da propriedade privada foi aperfeiçoada com o Estado."

    Por qual misticismo?

    O estado é o violador supremo da propriedade privada. Ele é a única instituição que tem o poder de confiscar a propriedade alheia para se financiar. Ele pode confiscar a minha propriedade sem a minha anuência, repassar uma parte para você e ficar com a outra parte a título de "remuneração".

    Logo, dado que o estado é o violador supremo da propriedade, algo que ele faz sem a minha anuência e o meu consentimento, como pode ele ser também o garantidor da propriedade?

    Se você realmente pensa assim, então, por definição, você tem de aplaudir máfias e milícias. Ambas cobram "arrego" e "taxa de proteção", e ambas de fato proporcionam esta proteção.

    Seja coerente e elogie também ambas as instituições.

    "Mas a garantia de que o terreno será meu de fato vem com o Estado, do contrário, eu teria que ficar vigilante 100% do tempo com todas as minhas posses. Seria impossível eu ter posses em locais que fugissem aos meus olhares."

    Errou de novo. A propriedade em que você vive não é sua; é do estado. Mas, mediante o pagamento de um arrego (IPTU), o estado permite que você viva ali. Experimente parar de pagar o arrego para você ver se o seu terreno é realmente seu. Você será despejado, seu bens serão confiscos e leiloados, e o estado ficará com o dinheiro. E você ficará sem nada.

    "Inegavelmente, o Estado foi uma tecnologia que fez avançar em muito o conceito de garantia de propriedade privada, tal como conhecemos hoje"

    Após o exposto, sinceramente, tem que ser realmente muito imbecil para defender esse arranjo.
  • Eduardo  29/05/2020 23:39
    "Por qual misticismo?"

    Um misticismo muito famoso: Lei.
    E a lei inclusive vc tem capacidade de mudar, vc pode votar em governantes e exigir mudanças.
    Pode dizer que é uma ferramenta pouco eficiente, mas a melhor disponível.

    " Ele pode confiscar a minha propriedade sem a minha anuência, repassar uma parte para você e ficar com a outra parte a título de "remuneração""

    O governo se autoimpõe regras, um ditador ou um miliciano não. "Eu sou a lei" "eu sou a constituição" "eu sou o Estado"
    Num governo democratico e republicano o governo nao faz o que bem entender, mas apenas aquilo que o livrinho e as leis assim determinam.
    Dentro dessas regras, o governo pode tirar de vc o que estiver circunscrito nessas regras que são amplamente debatidas. E te proteger de todos os outros, novamente circunscrito nessas regras (arcabouço legal).

    Mas fique tranquilo. Vc tem a alternativa de ir pra selva, fazer uma cerca num pedaço de terra e pedir para um barbaro respeitar sua "propriedade privada". Encorajo-o bastante a faze-lo e me dizer o resultado.

    "Se você realmente pensa assim, então, por definição, você tem de aplaudir máfias e milícias. Ambas cobram "arrego" e "taxa de proteção", e ambas de fato proporcionam esta proteção."

    Errado! Ha todo um arcabouço legal ai. E vc tem voz para debater e sugerir novas ideias, leis e praticas. Com um miliciano não. Alias, vc pode pedir o impeachtment de um miliciano ou traficante? Pode solicitar uma Adin pros seus atos? faça-me o favor.

    "A propriedade em que você vive não é sua; é do estado. Mas, mediante o pagamento de um arrego (IPTU), o estado permite que você viva ali. Experimente parar de pagar o arrego para você ver se o seu terreno é realmente seu. "

    Errado novamente. Eu mesmo tenho IPTU atrasado e nao fui desalojado. Ha todo um espaço para contraditorio e arcabouço legal que tem que ser seguido. Inclusive se o governo nao cumprir, ele que incorre em erro e não pode me cobrar nada.
    Soma-se ainda o fato de que vc pode acionar meios legais e democraticos para mudar a lei e regramento, se julgar que está errado.
    Ademais, o pagamento do IPTU ainda se caracteriza por um serviço que o governo presta, em suas ações de asfaltamento de ruas, limpeza urbana e outros serviços públicos. Posso nao ter solicitado tais serviços, mas faço uso dos mesmos, isso nao posso negar.

    Mas estou aguardando vc me relatar sua experiencia na selva. A porta de saída do Brasil é livre. Se acha que ta ruim pode tomar seu rumo!
  • Roberto  30/05/2020 15:12
    "E a lei inclusive vc tem capacidade de mudar, vc pode votar em governantes e exigir mudanças."

    Você afirmou que, para mudar a lei, basta votar em outros políticos. Vejo que você não faz a mais mínima ideia da diferença entre lei e legislação.

    Ademais, se você realmente acredita que lei é aquilo que político define, então realmente não quero morar no mesmo país que você.
  • Ex-microempresario  30/05/2020 16:48
    Deve ser gostoso viver nesse mundo que o Eduardo vive:

    - Nós eleitores podemos "exigir mudanças" na lei. (falo com o Alcolumbre primeiro ou com o Rodrigo Maia?)

    - O governo se autoimpõe regras (mas se ele mesmo faz as regras, ele pode mudá-las sempre que quiser, não é?)

    - O governo não faz o que bem entender, mas apenas o que as leis determinam (mas é o governo que faz a lei e também é ele que diz como ela deve ser interpretada)

    - As regras são amplamente debatidas (o pessoal do STF vive me ligando para saber minha opinião antes de tomar decisões)

    - Nós não podemos debater com um miliciano, mas com o governo é diferente porque podemos solicitar uma ADIN. (Ah, bom)

    - Inclusive, se o governo incorre em erro, não pode cobrar nada (mas quem decide se o governo incorreu em erro é o governo)

    E para coroar tudo, ele sugere que quem não está satisfeito não pode reclamar, deve ir embora.

    Será que o sobrenome do Eduardo é Garrastazu Médici?
  • e Mônica  30/05/2020 21:02
    E quem falou que numa sociedade libertária não existiria lei?
    Ta fumando crack antes de comentar?
    Existiria a ÚNICA lei possivel, logicamente coerente(que pode ser deduzida de forma jusracionalista) e aplicada universalmente sem contradição, que é a lei de propriedade privada.
    O que você chama de lei, não passa de lixo positivado.


    "Mas fique tranquilo. Vc tem a alternativa de ir pra selva, fazer uma cerca num pedaço de terra e pedir para um barbaro respeitar sua "propriedade privada". Encorajo-o bastante a faze-lo e me dizer o resultado."

    Patético.
    Quem falou que eu tenho que ir pra algum lugar?
    Tudo que o estado possui, desde a sua formação, é fruto de roubo e violência. A legitimidade do estado pra impor suas arbitrariedades só existe na sua cabecinha de escravinho satisfeito.

    "Errado! Ha todo um arcabouço legal ai. E vc tem voz para debater e sugerir novas ideias, leis e praticas. Com um miliciano não. Alias, vc pode pedir o impeachtment de um miliciano ou traficante? Pode solicitar uma Adin pros seus atos? faça-me o favor."

    Uma entidade suína como você certamente diria pros escravos e para os prisioneiros em campos de concentração que a violência que eles estão sofrendo esta consagrada no "arcabouço legal" - legalistas como você são verdadeiros sociopatas - estão no nível mais baixo de desenvolvimento moral de Kholberg - nem passa pela sua cabeça de primata que muito acima da legalidade existem principios eticos universais.


    "Errado novamente. Eu mesmo tenho IPTU atrasado e nao fui desalojado."
    Isso é irrelavante. Segundo o estado brasileiro, você é um criminoso, e em última instância, estado PODE SIM te acionar judicialmente e executar seus bens para saldar a dívida.
    A sua leniência com quem tem rouba me dá asco. Só não queira que todos sejam escravos felizes como você.
  • TELMO LIMA MARINHO  13/10/2019 01:36
    Muito bom o debate. Mas o conteúdo temático é tipicamente anárquico-construtivo. Pois antes do Estado ou sem o Estado caracteriza-se um voluntarismo social somente presente no ANARQUISMO. Entendamos, pois o Anarquismo como uma ideologia política que se opõe a todo tipo de hierarquia e dominação, seja ela política, econômica, social ou cultural, como o Estado, o capitalismo, as instituições religiosas, o racismo e o patriarcado.
  • Drink Coke  29/05/2020 17:17
    Compartilho aqui uma entrevista do William Kamkwamba, retratado no filme o 'menino que descobriu o vento'.

    A historia dele é um incrivel exemplo real de como a livre iniciativa é a melhor força para acabar com a pobreza, segue um trecho:

    "Quando a companhia estatal de telefones se recusou a atender às vilas, as empresas particulares de telefonia celular chegaram com torres e agora todos têm celulares. Nós simplesmente passamos por cima dessas companhias ineficientes. Espero fazer o mesmo com a energia no Malauí. Em vez de esperar o governo levar eletricidade até as vilas por linhas de força, vamos construir moinhos de vento e gerá-la nós mesmos."


    revistagalileu.globo.com/Revista/Galileu/0,,EDG87250-8489,00.htmL
  • Ex-microempresario  29/05/2020 20:48
    E obviamente os estatistas vão torcer para que o governo proíba as empresas privadas de instalarem os geradores para poder dizer "Viu! Sem o governo ninguém teria eletricidade."
  • Engenheiro e Economista  31/05/2020 19:32
    "O menino que descobriu o vento"
    Esse filme é sensacional. Todos deveriam assisti-lo.
  • Drink Coke  31/05/2020 03:30
    E o que falar dos absurdos atos de vandalismos nos EUA que queimam lojas e saqueiam produtos. Pior, com apoio da mídia esses atos de vandalismo em massa são tratados como protestos legitimos tudo devido a um caso isolado de violência policial
  • Vladimir  31/05/2020 15:17
    1) Funcionários públicos assassinaram um indivíduo inocente.

    2) O estado protegeu e acobertou esses funcionários públicos.

    3) Uma turba ensandecida, formada exclusivamente por desocupados e vagabundos, saiu esbulhado e depredando a propriedade privada de terceiros que não tinham absolutamente nada a ver com o assassinato.

    4) A mídia e toda a esquerda progressista estão apoiando esse esbulho da propriedade privada de terceiros inocentes, dizendo que são uma justa reação ao assassinato de um inocente cometido por funcionários públicos.


    Esse é o atual estado moral da mídia e da esquerda.
  • Juliano   31/05/2020 15:35
    Caramba, Vladimir, você sintetizou perfeitamente toda a situação. É exatamente isso. Todo o resto é apenas narrativa feita por aproveitadores e ideólogos baratos.

    Aliás, Michael Moore, que corretamente criticou o governo Bush por mandar os filhos dos outros irem morrer no Iraque, foi ao Twitter exortar os filhos dos outros para irem morrer em um confronto com a polícia. Enquanto isso, ele próprio tá quietinho em casa. Igual ao Bush. Muito valente...
  • Sem nome  31/05/2020 15:43
    Exatamente desse jeito. No fundo a midia luta pela censura da internet porque sabem wue estao perdendo mercado e muitos querem o monopolio exclusivo da informaçao e noticia. A midia morre de medo da internet hoje poque ela superou a midia. Se eles soubessem antes disso,jamais iriam criar pagina na internet e falar sobre o assundo na televisao e revista. A internet é tipo o uber. No começo ninguem levou a serio,hoje lutam para destruir. Logo vao cair de pau em cima de criptomoedas,depois de aplicativos de celular e por ai vai. Na verdade tem muito poderoso com medo de perder seu poder e influencia. So Deus sabe o que vai acontecer ao mundo daqui para frente.
  • Engenheiro e Economista  31/05/2020 22:35
    "Exatamente desse jeito. No fundo a midia luta pela censura da internet porque sabem wue estao perdendo mercado e muitos querem o monopolio exclusivo da informaçao e noticia. A midia morre de medo da internet hoje poque ela superou a midia. ...."
    Concordo plenamente com voce.
    Foda são os esquerdopatas que não conseguem ver o óbvio
  • Anonymous  31/05/2020 20:09
    Só complementando, Vladmir:
    "1) Funcionários públicos ASSASSINARAM um indivíduo inocente, SÓ POR QUE ERA NEGRO

    2) O estado PROTEGEU E ACOBERTOU esses funcionários públicos. "

    Coloca-se uma normalidade a um crime absurdo que é deprimente
    Pra quem compara homossexuais à supremacistas brancos (só pra desenhar: um é criminoso asqueroso o outro não) não me impressiona em nada.
    Parecem que não sabem que em 4 dos últimos cinco séculos vivemos um escravagismo negro nas Américas. Em mais metade do século passado vivemos períodos de eugenia e segregação racial ratificada pelo Estado (ratificado não instituído). Preciso mesmo desenhar isso?

    Ps: Quando o vandalismo é pra destruir a propriedade de quem fez um vídeo inocente e de ficção e o nosso líder mor e então superministro se calam e deixam o autor crime fugir pra Rússia, aí não tem problema o vandalismo, é isso?
  • Vladimir  31/05/2020 21:59
    "Só complementando, Vladmir: 1) Funcionários públicos ASSASSINARAM um indivíduo inocente, SÓ POR QUE ERA NEGRO"

    Interessante. Eu visualizei o crime e o condenei veementemente. Já você visualizou apenas a cor do indivíduo, e já saiu fazendo perorações a respeito. Quem é o racista?

    Em vez de enxergar e condenar o crime, você se preocupou apenas com a cor do cidadão. E se fosse um policial negro e a vítima branca? Você faria a mesma afirmação? Eu faria a minha mesmíssima afirmação. Já você iria antes se consultar com o que manda o manual do politicamente correto.

    Que lástima de ser humano é você.

    "Coloca-se uma normalidade a um crime absurdo que é deprimente"
    Eu condenei veementemente. Já você apenas fez panfletagem por causa da cor da vítima, como se isso fosse mais importante do que o crime em si. Se a vítima fosse branca e o criminoso fosse negro — como, aliás, está ocorrendo exatamente agora nos EUA, com vários vídeos do YouTube mostrando negros espancando e chutando a cabeça de brancos inertes —, você estaria quieto, consultando o manual do politicamente correto para ver como se posicionar.

    "Pra quem compara homossexuais à supremacistas brancos (só pra desenhar: um é criminoso asqueroso o outro não) não me impressiona em nada."

    Comparar? Não sei onde você viu isso. Mas é normal essa sua calúnia. É coisa de covarde desesperado.

    No mundo que eu defendo, um cristão tem o direito de não fazer bolo para um casamento gay, assim como um gay tem o direito de não fazer um bolo para um casamento de homofóbicos. A liberdade de associação deve ser plena.

    E no seu mundo? Um barbeiro judeu deve ser obrigado a cortar o cabelo de um eventual skinhead que nunca agrediu ninguém? Você acha que sim.

    "Parecem que não sabem que em 4 dos últimos cinco séculos vivemos um escravagismo negro nas Américas."

    Nas Américas e também na própria África, onde negros comercializavam negros. Estude sua história direito.

    "Em mais metade do século passado vivemos períodos de eugenia e segregação racial ratificada pelo Estado (ratificado não instituído). Preciso mesmo desenhar isso?"

    Você corretamente condena o estado e o aponta como o sancionador da situação, e em seguida afirma que este mesmo estado tem o direito de punir associações voluntárias? É isso?

    "Quando o vandalismo é pra destruir a propriedade de quem fez um vídeo inocente e de ficção e o nosso líder mor e então superministro se calam e deixam o autor crime fugir pra Rússia, aí não tem problema o vandalismo, é isso?"

    Juro que não faço a mais mínima ideia do que você está falando. E nem sobre quem.
  • Carlos Alberto  31/05/2020 22:31
    Vamos aguardar o tal Anonymous se manifestar sobre esse vídeo (a vítima era o dono de uma loja que apenas queria proteger sua propriedade contra esses seres angelicais):

    twitter.com/stillgray/status/1266929563046576128
  • Fabrício  31/05/2020 22:54
    Tem também esse aqui. Quatro anjos espancam uma senhora de idade pelo crime de ser dona de uma loja.

    twitter.com/QTRResearch/status/1267213604228603904

    Vamos aguardar o posicionamento dos "defensores da democracia".
  • Drink Coke  01/06/2020 00:43
    Esses seres angelicais que estão roubando Air Jordan e bolsa da Loius Vuitton só querem justiça ao George Floyd


    www.youtube.com/watch?v=2Vc6-9sf2ik


    www.youtube.com/watch?v=EIk_cZYgudQ


  • Drink Coke  01/06/2020 01:36
    "Funcionários públicos ASSASSINARAM um indivíduo inocente, SÓ POR QUE ERA NEGRO"

    Ainda que seja injustificado a ação da policia, essa narrativa de perseguição aos negros torna-se uma piada quando entra a estatistica.

    Alguns dados criminais e politicamente incorretos sobre os Estados Unidos:

    - Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, os afro-americanos foram responsáveis ??por 52,5% de todos os crimes de homicídios de 1980 a 2008. Obs.: Os afro-americanos correspondem a 12% da população americana.

    - Um relatório da Pesquisa Nacional de Vítima de Crime de 2004, que analisou o roubo de carro por mais de 10 anos, descobriu que as vítimas identificaram 56% dos agressores como negros. Obs.: Os afro-americanos correspondem a 12% da população americana.

    - 81% dos membros de gangues são hispanicos ou negros, contra 11% de brancos. Obs.: Os brancos (não hispanicos) correspondem a 69% da população

    - De acordo com os relatórios uniformes sobre crimes do FBI, no ano de 2008 os jovens negros, que compõem 16% da população jovem, representavam 52% das detenções por crimes violentos juvenis, incluindo 58,5% das detenções por homicídio e 67% por roubo.

    - Assaltos com vítimas brancas e criminosos negros são 12x mais frequentes do que seu oposto.



    Fonte: en.wikipedia.org/wiki/Race_and_crime_in_the_United_States#Homicide


    A conclusão eu deixo para você.
  • Fernando Reis  01/06/2020 13:33
    E o que isso prova ? Em momento algum fala que foram crime de ódio.


    Engraçado que o Insituto Mises deixa um cara com essa desonestidade intelectual comentar, não fazem jus ao "comentários inteligente". Mentiroso.
  • Guilherme  01/06/2020 13:39
    Fernando Reis, o seu post é pra quem? Qual foi a desonestidade cometida?
  • Anonymous  01/06/2020 13:38
    Obrigado, Drink Coke, vc contribui com dados o que é sabido (mas as vezes disfarçado) por todos. A polícia e a justiça sempre busca criminalizar o negro.

    Recentemente viralizou também um menino negro que ficava mostrando os livros que ele gostava de ler e recomendava. Pessoas, como este policial entraram na live do menino apenas para desmerecê-lo e desenconraja-lo, dizendo que era pobre e negro e que o futuro dele não seria nunca ligado a um trabalho mais qualificado ou intelectual.
    Obviamente que esta pessoa é uma extremista, mas há muitas outras, milhões de outras, que pensam se nao de maneira tão radical, pelo menos próxima ao que foi expressado pelo preconceituoso racista que desincentivava o menino.
    Isso é de uma seriedade enorme
  • Daniel Cláudio  01/06/2020 13:47
    Em vez de ficar contando estorinha fake (na melhor da hipóteses, um caso pontual e isolado), quero ver o Anonymous comentar os dois vídeos dos links postados acima. Não terá a coragem moral para isso.
  • Felipe L.  31/05/2020 21:55
    Não é muito diferente do que ocorreu em 1992 em Los Angeles. Agora parece que milícias civis estão também se formando. Em Los Angeles, os sul-coreanos se armaram e mandaram esses bárbaros aos dejetos. Só os civis se armarem que esses bandidos saem correndo de medo.

    No Brasil é claro que fazer isso é pedir para ter dor de cabeça jurídica (isso se não for preso).
  • Ex-microempresario  01/06/2020 16:11
    Se eu entendi direito, mostrar estatísticas do Depto. de Justiça dos EUA é "desonestidade intelectual" e não quer dizer nada, mas alguns comentários em um vídeo provam que todos os brancos são culpados e que a polícia e a justiça de um país são racistas.
  • robson santos  01/06/2020 19:43
    Se num período de tempo curto as estatísticas ATUAIS de violência simplesmente invertessem, qual seria a manchete?

    Vai uma bem simples: "brancos estão oprimindo toda a população e ameaçando a democracia, as liberdades civis e a segurança nacional!"

    Se já atualmente isso não é verdade em relação aos negros, mesmo assim suscitar as estatísticas atuais para rebater as falácias não passa pelo politicamente correto, sequer ousam debater o assunto perante uma discussão levantada, pois serão declarados racistas e portanto criminosos. Os terroristas esquerdistas estão vencendo..

    A humanidade não está ficando mais pobre. Por causa disso atualmente tem cota e direitos pra todo mundo.
    Até quando só brancos serão culpados?
  • Richard  03/06/2020 22:19
    Isso tudo acontece porque a internet deu voz aos imbecis, infelizmente, neste caso em questão a resposta é simples assim.

    Idiotas existiram desde sempre, pessoas sem qualquer capacidade de juntar duas premissas e chegar em uma conclusão lógica; mas houve o tempo em que eles eram, talvez, uma minoria, e eram reconhecidos como tais: simples idiotas. Ninguém os ouvia, as bobagens por eles ditas eram tratadas como piada e a vida continuava.

    Com a popularização da internet esses seres com as capacidades cognitivas mitigadas começaram a falar na internet, a dar suas opiniões, e as crianças começaram a ler isso - e a falta de discernimento típico das crianças criou toda uma geração de idiotas que não conecta argumentos lógicos, e sim fica escorada em uma imensidão de vitimismos [que sequer existem] porque alguém falou na internet.

    Com tudo isso criou-se a maioria de imbecis, uma maioria barulhenta, que influencia seus filhos, netos, e toda uma leva de gerações que vem vindo. Aliás, é bom enfatizar que a absoluta falta de conexões lógicas vem de todos os lados, não só da esquerda; atualmente, seja lá onde você trabalhe ou o que faça da vida, não é sequer necessário começar uma discussão política para saber que as pessoas se tornam hostis e confundem a opinião com o próprio ego; ouviram alguém dizer e pronto, é um fato.

    As consequências se dão em vários campos, mas o mais crítico (ao meu ver) é no campo jurídico, em que, por exemplo, se uma mulher falar que eu [ou você] a estuprou, tem-se por padrão que ela realmente foi estuprada e cabe ao homem comprovar que não o fez - basicamente impossível.

    Então, meus caros senhores, comprem uma casa no mato e vivam isolados, é o caminho dos poucos racionais que restaram.
  • Felipe L.  31/05/2020 23:53
    Pessoas entendidas do assunto: vocês não estão achando esquisito essas hordas de "antifas" fazendo baderna e farra no Brasil e nos EUA? Teriam relação com as manifestações brasileiras de 2013? E com a baderna ocorrida no Chile no ano passado?
  • Bernardo  01/06/2020 13:48
    Tudo orquestrado. Não há nada de espontâneo ou voluntário ali. Manifestações baderneiras sempre foram amplamente financiadas. Ninguém vai pra rua com coquetel molotov e bomba, correndo o risco de apanhar e ser preso, de graça. Sempre há, no mínimo, uma rede de advogados muito bem pagos a postos para defender essa gente.

    Os relatos de ontem é que, quando alguns baderneiros foram levados para a delegacia, já havia lá vários advogados caríssimos prontos para defendê-los (assim como no caso Adélio).

    Follow the money.
  • Conservador  29/08/2022 23:25
    Será que as pesquisas estão certas? Alguém consegue pegar dados e fazer um balanço com 2018?

  • Moisés  30/08/2022 12:40
    O ouro está nas mínimas de muito tempo.
    Alguém tem ideia se vale comprar oiro?
    Se sim, qual o horizonte e expectativa de valorização? Sempre achei ouro um bom investimento mas tenho visto o ativo andando de lado faz tempo
  • Indominus  30/08/2022 13:10
    Se é somente sem um Estado que conseguimos chegar no melhor arranjo possível através da competição entre modelos de Direito, não podemos afirmar que o Estado, por ser prevalecente EM TODO O PLANETA TERRA, se mostrou competitivamente melhor?
    A única resposta aceitável é "sim". Mas há uma premissa implícita em que podemos dizer "não". Assumir tacitamente que todas as pessoas do mundo são cordeirinhos que aceitam passivamente a submissão a uma opressão estatal.
    E se essa premissa for verdadeira, o assunto também se encerra, pois nunca teremos liberdade se teremos sempre cordeiros se propondo a serem submissos.
    Logo, o assunto está encerrado. Não cabe mais tanto choro
  • JRR  30/08/2022 14:42
    Apenas volte um pouco na história: os primeiros pagadores de impostos eram fazendeiros cujos territórios foram invadidos por nômades que pastoreavam seu gado. Esses invasores nômades forçavam os fazendeiros a lhes pagar uma fatia de sua renda em troca de "proteção". O fazendeiro que não concordasse era assassinado.

    Os nômades perceberam que era muito mais interessante e confortável apenas cobrar uma taxa de proteção em vez de matar o fazendeiro e assumir suas posses. Cobrando uma taxa, eles obtinham o que necessitavam. Já se matassem os fazendeiros, eles teriam de gerenciar por conta própria toda a produção da fazenda.

    Daí eles entenderam que, ao não assassinarem todos os fazendeiros que encontrassem pelo caminho, poderiam fazer desta prática um modo de vida.

    Assim nasceu o governo.

    Não assassinar pessoas foi o primeiro serviço que o governo forneceu. Como temos sorte em ter à nossa disposição esta instituição!

    Assim, não deixa de ser curioso que algumas pessoas digam que os impostos são pagos basicamente para impedir que aconteça exatamente aquilo que originou a existência do governo. O governo nasceu da extorsão. Os fazendeiros tinham de pagar um "arrego" para seu governo. Caso contrário, eram assassinados.

    Quem era a real ameaça? O governo. A máfia faz a mesma coisa.

    Mas essa análise dos primeiros pagadores mostra que eles necessariamente criaram riqueza e renda antes de serem tributados. Eles primeiro criaram riqueza e acumularam renda; depois, só depois, passaram a ser tributados. Seria impossível confiscar renda e riqueza de quem ainda não tinha.

    Tudo isso significa que o governo necessariamente nasceu de bases espoliativas e até hoje se mantém sobre elas. O pilar do governo é o esbulho alheio. Significa também, por definição, que não foi necessário existir um governo para possibilitar a criação de riqueza.

    Logo, considerando que a própria função precípua do governo — proteção — só passou a existir após os primeiros fazendeiros terem criado riqueza, fica comprovado que é possível criar riqueza sem essa magnífica instituição pela qual "todos nós pagamos".

    www.mises.org.br/article/2725/impostos-nada-mais-sao-do-que-roubo-legalizado
  • Nikus Janestus  30/08/2022 21:41
    Errado. Coerção e violência nas suas mais puras formas também servem para explicar a prevalência do Estado.

    A história mostra que lugares que antes não eram dominados por Estados eventualmente foram dominados pelo Estado por meio da força, enquanto em outros, líderes podiam surgir, manipulando às pessoas por meio de promessas de proteção e defesa dos outros Estados e dos povos nômades. Ou seja, foi simplesmente um efeito cascata: á medida que Estados surgiam, mais Estados surgiam.

    O fato de existir Estados em cada canto do planeta são significa que o Estado é a melhor opção para dar ordem para a sociedade, mas sim que a violência e a manipulação são às armas mais poderosas e influenciadoras da humanidade. Á medida que a monarquia perdia força e era forçada á dar liberdade para o povo, uma cascata que se dizia estar "ao lado" do povo foi surgindo, de maneira á preservar a elite e suas ambições, isto é, democracia.

    A história das sociedades e dos Estados se tratam de uma história aonde um sempre esteve lutando contra o outro, aonde pessoas lutavam em nome da liberdade e outros em nome do controle, poder e parasitismo. Não vejo problemas caso o indivíduo esteja disposto á se submeter ao Estado desde que mantenha paz, mas individuos como eu, que não vêem absolutamente nenhum valor no Estado, nunca irão realmente se submeter. Mesmo que sejam poucos, ainda existem Estados virtualmente anarquistas, como Liechtenstein, então há esperança da existência de ancapistões, ainda mais considerando que existe alguns poucos exemplos históricos de pequenos povos que conseguiram manter-se livres do Estado temporariamente, até serem dominados, e há muito mais chances de um ancapistão conseguir se manter nos dias de hoje.
  • Portella   31/08/2022 15:01
    Os gregos tinham um adjetivo para aqueles que não participavam da política e da vida pública pelo fato de pensarem apenas no próprio umbigo e nas suas questões individuais, julgando um arranjo sem governo como o melhor: idiota
  • Be Happy  31/08/2022 19:47
    Kkkkk
    Perfeito.
    Esse levante atual contra as democracias são péssimas ao liberalismo.
    E acaba sendo uma leitura interessante essa de que na competição entre sistemas a democracia venceu tanto sobre o anarcocapitalismo infantiloide quanto sobre o socialismo e suas utopias toscas.

    Enfim, vencemos!
    Os perdedores que chorem e corram atras. Afinal, o choro é livre
  • Jorge  31/08/2022 20:21
    O curioso é que, hoje, neste exato momento ao redor do mundo, não há um mísero país onde as pessoas estejam satisfeitas com a democracia. Nos EUA, no Canadá e na Europa (para não dizer da América Latina), nenhum governo tem apoio popular.

    Talvez só no Japão, e olhe lá.
  • Régis  31/08/2022 20:28
    Já falei isso aqui várias vezes. Se tem um arranjo que já está com os dias totalmente contados, esse arranjo é a democracia.

    Pode observar: ninguém mais aceita resultado de eleição. E isso é em todos os países do mundo.

    No Brasil, metade não aceitou o resultado de 2014. E a outra metade não aceita o resultado de 2018. E metade não aceitará o resultado do próximo outubro.

    Nos EUA, metade não aceitou o resultado de 2016. E a outra metade não aceita o resultado de 2020.

    No Reino Unido, virou moda primeiro-ministro ser defenestrado.

    Na Itália, nenhum resultado eleitoral dura mais de três meses. Um político é eleito, mas não consegue formar governo.

    Na Bélgica, nem mais há eleição.

    Em Portugal, um partido de direita ganhou a eleição e, três meses depois, o Partido Socialista, que ficou em terceiro lugar, fez uma manobra no parlamento e simplesmente assumiu o governo. E está lá até hoje. Algo muito similar ocorreu na Espanha.

    Mesmo na França, um país cuja população adora estado, nenhum governo consegue legitimidade.

    Na Argentina, o mesmo fenômeno. Peru e Bolívia também. Aliás, no Peru, o presidente eleito em 2017 foi destituído, e assumiu o vice. O vice foi impichado por um congresso dominado pela oposição. O presidente do Congresso, que era da oposição, virou governo. Como ele é de esquerda, ninguém disse que foi golpe. Hoje há um maoísta no cargo e ele será impichado até no máximo ano que vem.

    O único país que ainda aceita resultado de eleição é o Japão. Mas isso é muito mais uma questão cultural, dado que o japonês é um povo orgulhosamente submisso.

    Minha humilde sugestão é começarmos, desde já, a discutir uma alternativa à democracia. É fato líquido e certo que a democracia vai acabar. A questão é o que irá substituí-la quando ela cair. É bom começarmos os debates para que, quando a democracia cair, um modelo substituto já esteja pronto. Se não estiver, você sabem o que virá.
  • Be happy  31/08/2022 23:07
    Sabia que ia brotar esses mimizentos aqui.
    Chorem mais pq tá divertido ver isso.
    Sabe por que não tem nenhuma pessoa reclamando do anarcocapitalismo? ZERO.
    Exatamente porque ninguém se sujeitou a viver assim. Ou quem se sujeitou já foi aniquilado pela história
    Como é ter uma ideologia toda montada em um arranjo totalmente inviável em termos práticos?
  • Régis  31/08/2022 23:27
    Quem é que está falando de anarcocapitalismo aqui, cidadão? Estamos falando apenas da atual realidade da democracia. Absolutamente nada a ver com anarcocapitalismo.

    Agora, se você acha que a única alternativa à democracia é anarcocapitalismo (de modo que uma crítica à democracia implica uma defesa do anarcocapitalismo), então é porque você é burro mesmo, e eu nada posso fazer por você.

    Saudações.
  • Nikus Janestus  01/09/2022 11:53
    Be happy, sinto que você caiu de paraquedas aqui apenas para tentar provocar. Se para você, um sistema prevalece, ele automaticamente é o melhor, então, se o comunismo tivesse prevalecido, então segundo você, ele seria o melhor. Esse tipo de pensamento é do mesmo de "Guerra impulsiona a indústria e torna a econômia pujante", não importa se há realmente uma correlação entre às coisas, gente que não gosta de pensar coisas que vão contra suas ideologias simplesmente opta por forjar correlação incoerentes, não sabe nada sobre anarcocapitalismo mas opta por odia-lo pois atentam contra suas ideologias, podiam pelo menos fazerem o favor de estudar econômia austríaca antes de sairem por aqui pedindo para serem criticados e refutados...
  • Estado máximo, cidadão mínimo.  31/08/2022 23:22
    "No Brasil, metade não aceitou o resultado de 2014. E a outra metade não aceita o resultado de 2018."

    E se muito. Ultimamente, o que dá pra notar, candidato que é eleito possuí o apoio genuíno de uns 30 a 40 porcento de eleitores, e mais uns 10 a 20 de pessoas que votam nele por ser o "menos pior". A percentagem se torna completa com aqueles que ou ignoram ou odeiam veementemente. Vejam a arapuca que virou. As pessoas estão obrigadas a dividir o mesmo lugar com outras de preferências políticas antagônicas. E ai de quem toca no assunto de secessionismo para apaziguar a situação. Tudo isso porque há gente que quer porque quer que pessoas que não se gostam e não se enxergam como iguais dividam o mesmo espaço.
  • Felipe  31/08/2022 23:41
    Hoppe disse que uma monarquia seria superior à democracia, se tivesse que escolher entre ambas. Pode ser, mas não parece ser o caso do Reino da Arábia Saudita.

    Hoje com as redes sociais e com maior uso da Internet, há mais polarização política, o que é o esperado. Agora, uma coisa é o pessoal lá do PT não aceitar a vitória do Bolsonaro, outra são uma massa de pessoas não-esquerdistas que questionam o resultado eleitoral.

    Uma alternativa seria a Suíça, onde eleição presidencial não muda nada na vida das pessoas.
  • Artista Estatizado  01/09/2022 02:06
    Não se precipite. É impossível definir o que é uma democracia. A verdade é que as regras através das quais o regime funciona são irrelevantes. Manda quem consegue controlar as armas, mesmo que não tenha essa autorização no papel.

    Alguns podem dizer que um regime é democrático quando há eleições. Ora, a Coreia do Norte tem eleições. De fato, em uma rápida busca no Google, você descobre que Kim Kong-Un, da Coreia do Norte, foi eleito com 100% dos votos em 2014.

    Aí você poderia argumentar: "mas qualquer outra pessoa seria morta caso se candidatasse". Ok. Mas, no Brasil, caso você se candidate e não seja de esquerda, será perseguido e terá seus apoiadores presos por ministros do STF.

    Onde acaba a democracia e começa a ditadura? É impossível definir. Sendo assim, dizer que o regime democrático "venceu", no sentido de que é prevalente hoje em dia, é uma afirmação tão sólida quanto um castelo de areia.
  • Minarquista  06/09/2022 21:32
    P: "Onde acaba a democracia e começa a ditadura?"
    R: Democracia não se opõe a ditadura. Democracia é a ditadura da maioria.
    Na monarquia manda o Rei.
    Na ditadura manda o ditador.
    No Império manda o Imperador.
    Na democracia manda, na teoria, a maioria, mas na prática manda uma oligarquia política.

    Mesmo que tivéssemos uma democracia direta em todos os assuntos, e a maioria mandasse de fato, ela ainda seria imoral, pois teríamos alguém com o poder de mandar em todos os aspetos da minha vida. E isso seria o contrário de liberdade.

    Para resumir:
    Liberdade é eu fazer o que eu quero.
    Democracia é a maioria mandar em mim.
    E alguém mandar em mim é o exato oposto de eu fazer o que eu quero.
    É muito fácil perceber que democracia e liberdade são opostos. Quanto mais democracia, menos liberdade.

    O oposto de ditadura é, portanto, a liberdade.
    Democracia está do lado das ditaduras.
  • Minarquista  06/09/2022 21:16
    Caros:

    Boa tarde!

    Pode parecer estranho, mas afirmo que até hoje não conheci nenhum, absolutamente nenhum democrata.
    Quando alguém se disser democrata pergunte-lhe simplesmente:
    1 - "Os alemães tinham o direito de matar os judeus só porque estavam em maior número?" - A resposta é sempre não.
    2 - "Sete homens e uma mulher sobreviveram a um naufrágio e chegaram a uma ilha antes deserta. Depois de duas semanas ficou democraticamente decidido numa eleição que a mulher deveria se deitar com um homem diferente a cada dia da semana. Isso foi justo?" - A resposta é sempre não.
    3 - "Se a maioria for da raça A, pode escravizar as pessoas da raça B ?" - A resposta é sempre não.
    4 - "Num grupo de 5 pessoas, as 4 menos ricas podem roubar a carteira da mais rica?" - A resposta é sempre não.
    Em seguida, mostre-lhe que a razão dele ter negado a democracia é a existência de algo muito superior à democracia, que é o jusnaturalismo. É aquilo que todas as civilizações humanas descobriram: é errado matar, é errado roubar, é errado escravizar. Ou, de forma mais correta: é preciso respeitar a vida (ou corpo) alheio, respeitar a propriedade alheia, e a liberdade alheia.
    É isso que todos ensinamos às crianças pequenas: não pode bater no amiguinho, o carrinho do amiguinho é dele e não seu, e o amiguinho brinca na sua brincadeira se ele quiser.
    Infelizmente os sociopatas tomaram de assalto as escolas e a imprensa - os dois maiores canais de onde as pessoas recebem informação - e estão implantando ideias criminosas nas cabeças de todos.
    Mas basta reconhecer que o jusnaturalismo está acima da democracia para a ordem ser restabelecida. Por conseguinte, toda e qualquer lei que viole o jusnaturalismo é inválida. Não pode nem ser votada.
    Reconhecer esta realidade representa um limite tão grande à democracia e ao estado, que teria, dentre outras, as seguintes consequências:
    a. nenhuma ideia socialista poderia se tornar lei, porque todas elas implicam em violar a propriedade ou liberdade alheia diretamente (e a vida pelo menos indiretamente).
    b. as ações consensuais entre seres humanos seriam impossíveis de ser reguladas. Fim de toda a legislação trabalhista, de consumo, de casamento, etc. Todas elas representam violação de liberdade alheia.
    c. seria impossível proibir qualquer ato que não causasse danos a terceiros.
    d. seria impossível a criação de empresas públicas. Afinal, para isso, seria necessário tirar dinheiro de todos à força na forma de impostos, o que seria uma violação da propriedade. Uma vez que as empresas podem ser criadas por empresários e investidores de forma livre, sem o uso de violência, não se justificaria (não se poderia nem votar) fazer a mesma coisa usando violência.
    E muitas outras...
    Mas, daí a acharmos que o jusnaturalismo resolve tudo, é muita utopia. O jusnaturalismo diz que a regra é que matar é errado. Mas quando alguém matar outrem, qual será a pena? 30 anos de cadeia? Perpétua? Morte? Alguém, terá que criar esta lei, levando em conta ainda atenuantes e agravantes.
    E pior! Há exceções! Em alguns casos excepcionais justifica-se logicamente matar outrem. A legítima defesa é um exemplo.
    Quanto de barulho pode sair de minha propriedade durante o dia e à noite? O meu direito de dar uma festa conflita com o direito do meu vizinho de dormir.
    Liberdade total é impossível e indesejável. A regra é: se meu ato não causa danos a terceiros, posso fazer com certeza. Mas e se causar danos a terceiros? É necessário entender cada caso e definir se é justo praticar o ato ou não.
    E a democracia é o sistema menos pior para os infinitos casos que o jusnaturalismo não alcança.
    Em muitos casos, o jusnaturalismo é apenas a regra geral, mas é necessário detalhar a regra definindo cada caso. Exemplo: o jusnaturalismo deixa claro que é errado roubar e matar, mas quais as penas por fazê-lo?
    Enfim: é impossível vivermos sem estado. É uma utopia facilmente derrubada pela lógica. Agora, reconhecer que o jusnaturalismo está acima da democracia é uma questão de lógica simples, resolve 90% dos problemas, mostra que o socialismo é impossível, e limita em 90% a ação do estado - e os impostos necessário para mantê-lo. Esse é o caminho.

    E, por favor, parem de tentar combater o socialismo com democracia. A democracia absolutista vigente hoje só vai aprofundar a barbárie socialista. É óbvio que os 99% menos ricos vão usá-la para roubar os 1% mais ricos. Ou 90% x 10%. Ou 60% x 40%. Tanto faz. Democracia absolutista é barbárie, e vai acabar em guerra ou num totalitarismo tão grande que as pessoas não conseguirão mais reagir. Orwell que o diga.

    Já o jusnaturalismo é justiça, harmonia e paz.

    Você quer acabar com essa coisa imoral chamada socialismo? Esqueça a democracia. Jusnaturalismo neles.

    []s
  • Nikus Janestus  07/09/2022 10:29
    Estava indo bem, até a parte que defendeu a existência das leis estatais para motivos judiciais.

    Você mesmo disse que é imoral um indivíduo impor sua vontade sobre os outros, e tentar regular às ações humanas. Porque isso não é válido para o judicial, o setor que mais precisa de voluntarismo humano para tudo ocorrer eticamente e de forma justa?

    Existe legítima defesa, e existe punição. Legítima defesa é algo que qualquer um consegue realizar sem o concentimento de seu agressor. Punição, porém, é a forma do agressor pagar pelo que fez e ainda sim continuar vivendo na sociedade. Não irei entrar nos meritos da qualidade do nosso sistema jurídico - algo que eu acho extremamente porco, e que não ajuda a sociedade no quesito de "punir" crimosos violentos, senão na acumulação desses mesmos criminosos em um mesmo lugar, potencialmente criando organizações criminosas igual o PCC -, mas justiça é algo que se realiza quando todos os lados estão satisfeitos, sem necessidade de coerção, algo que só pode ser realizado quando os juízes e os tribunais atuam dentro do mercado, livres para serem criticados e boicotados por consumidores, e livres para disputarem com a concorrência.

    Tribunais, em um livre mercado, seriam mais meios dos agressores se redemirem em relação á sociedade como um todo e às vítimas, do que meios para aplicar punições coercivas. Todo conflito só é solucionado por meio do dialogo e comunicação, violência como suposto ato de justiça é vazio por dentro, e não resolve nada senão instigar mais violência.

    Nem todo ato passivel de punições é repudiavel ao nível de justificar mais violência imediata. Violência só é uma arma útil para a sociedade quando é para um indivíduo se defender, ou quando é para se livrar de um indivíduo impossível de se conviver em sociedade, o que também é essencialmente legítima defesa.

    Se não há necessidade de legítima defesa, o mais correto á se fazer é recorrer á comunicação e diálogo, a resolução dos problemas entre ambos os lados, algo que ocorreria facilmente em uma sociedade aonde qualquer um pode andar armado e ser respeitado por outros individuos que também andam armados.

    Logo, viver em sociedade sem um estado não atenta contra a lógica, e muito menos é utópico, muito pelo contrário: É o Estado que nos impossibilita de viver adequadamente dentro da sociedade.
  • Nikus Janestus  01/09/2022 11:46
    Ora, e daí que os gregos pensavam nisso? Eles montaram a tal da democracia representantiva lá e o pais foi pra breja. Eu também posso chamar qualquer um que acredita cegamente na democracia e no coletivismo como idiota. Viu como ignorância não ajuda em nada?


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