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Como o estado pune exatamente aqueles que querem ajudar
A manutenção desta política é indefensável

Nota do editor: o artigo a seguir foi adaptado para a realidade brasileira

 

Ao sair do supermercado, vi uma mãe e suas duas crianças pequenas acampadas no estacionamento. Ela segurava um cartaz pedindo ajuda para alimentar as crianças. Decidi, então, comprar algumas laranjas e bananas para eles.

Agora, apenas imagine se algum burocrata do governo surgisse ali e explicasse que minha sacola de frutas não era o bastante para alimentar aquela família em dificuldades. 

Ou imagine que o governo aprovasse uma lei dizendo que, se alguém decidir doar alimentos (ou dinheiro) para pessoas mendigando nas ruas ou em estacionamentos de supermercados, a contribuição teria de ter um valor mínimo estipulado. Se alguém fosse flagrado doando, digamos, apenas $5 ou uma pequena sacola de frutas, ele seria impiedosamente multado. 

Tal legislação, por acaso, parece ser caridosa? Poderia ela ser considerada "pró-mendigo"?

A lista cresce

Tentemos um exemplo diferente: existem grupos civis e religiosos que, voluntariamente, escolhem um fim de semana para ir às residências de pessoas pobres para ajudá-las a arrumar a casa, a reabastecer a despensa, a reparar objetos estragados etc. Estes atos caritativos e isolados obviamente não podem preencher o vazio e suprir todas as contínuas necessidades de pessoas em situação de penúria. 

Não deveria então o governo aprovar uma legislação impondo que, se você for doar seu tempo e seus bens materiais para pessoas pobres, você tem de fazê-lo de uma maneira que as permita viver confortavelmente? Não seria este um grande método "pró-pobre" de elevar o padrão de vida desse grupo demográfico?

Ou então considere aquelas famílias mais abastadas que adotam crianças órfãs que vivem em regiões devastadas por guerras ou por catástrofes climáticas. Tais ações, embora muito nobres, são claramente uma gota d'água no oceano, uma vez que centenas de milhares de órfãos continuam deixados para trás. E se o governo aprovasse uma lei estipulando que tais famílias só poderão adotar órfãos pobres se adotarem pelo menos 15 crianças de uma só vez? 

Os ativistas discordariam que tal medida "pró-adoção" elevaria o número de adoções e representaria uma completa benção para esses órfãos?

Atualmente, há centenas de pessoas que se voluntariam para ensinar adultos a ler. Mas o analfabetismo entre adultos ainda é um problema premente em certas localidades, de modo que esses esforços voluntários claramente têm sido inadequados para superar os desafios. A maneira óbvia de corrigir essa situação é criar uma lei estipulando que os voluntários têm de dedicar ao menos 15 horas de ensino por semana. Se eles forem flagrados lecionando adultos analfabetos por apenas 14 horas, então esses voluntários devem ser pesadamente multados.

Um último exemplo. Existem milhões de indivíduos que não possuem habilidades físicas ou mentais de grande valia para o mercado de trabalho. No entanto, há milhares de pessoas dispostas a oferecer empregos para esses indivíduos sem grandes habilidades. Não seria um grande benefício para esses indivíduos inábeis se o governo aprovasse uma lei estipulando que, se você quiser contratar um deles, você não apenas terá de pagar a eles $ 1.000 por mês, como também terá de pagar todos os encargos sociais e trabalhistas estipulados pelo governo? 

(E se você for flagrado pagando, digamos, $ 800 por mês, será pesadamente multado, podendo até ser preso). 

É difícil imaginar que possa haver um lado negativo nessa legislação pró-trabalhador, certo?

É chiste, mas também não é

Sim, o leitor certamente já percebeu que estou sendo chistoso. Estou enfatizando o absurdo que é rotular a atual legislação trabalhista como sendo "a favor do trabalhador". 

No Brasil, há os encargos sociais e trabalhistas, como INSS, FGTS, PIS/PASEP, salário-educação, Sistema S, 13º salário, adicional de remuneração, adicional de férias, ausência remunerada, férias, licenças, repouso remunerado, rescisão contratual, vale-transporte, indenização por tempo de serviço e outros benefícios. Tais encargos fazem com que, além do salário, o empregador tenha de pagar o equivalente a outro salário só com estes custos. 

Por exemplo, se você contratar um trabalhador por R$ 1.100 (valor marginalmente acima do atual salário mínimo), e não pagar nada de vale-transporte, vale-refeição, plano de saúde, e outros benefícios, você gastará ao todo praticamente R$ 1.700 por mês (INSS, FGTS, provisão do 13º, férias etc.) — ou seja, seu gasto será mais de 50% maior que o salário. 

Em algumas ocasiões, um empregado pode custar muito mais do que o dobro do salário. O corriqueiro é que ele custe, no mínimo, o dobro do salário.

Eis a primeira consequência óbvia: ao elevar as dificuldades para se fornecer um emprego para trabalhadores pouco qualificados, a legislação trabalhista tende a perversamente reduzir o emprego exatamente para aquele grupo de pessoas que o governo supostamente quer ajudar.

Será que os defensores dos mendigos, dos pobres, dos adultos analfabetos e de outros grupos em situação de penúria seriam tão afoitos em defender as legislações hipotéticas descritas acima?

Os exemplos hipotéticos no início deste texto foram criados para enfatizar outra perversidade da legislação trabalhista — e, de maneira mais geral, a perversidade de todos os decretos que incidem sobre os empregadores: eles atacam exatamente os benfeitores dos poucos qualificados.

Considere isso: há milhões de pessoas que têm dificuldades em ganhar seu próprio sustento. Não seria algo perverso querer onerar exatamente aquelas que pessoas que estão fazendo o possível para aliviar esse problema

Isso é o equivalente a escolher precisamente aqueles voluntários que estão fazendo algo para reduzir o analfabetismo entre os adultos e impor a eles uma tarifa punitiva pelos seus esforços nessa área, ao mesmo tempo em que o resto da sociedade continua não fazendo nada para mitigar esse problema.

Se o governo quer "fazer algo" para ajudar os pobres de maneira definitiva, então ele realmente deveria desonerar aquelas pessoas que estão dando algum dinheiro para os pobres. 

É particularmente perverso que o governo queira jogar o fardo exatamente sobre aquelas pessoas que estão fornecendo oportunidades (e dinheiro) para os trabalhadores pouco capacitados. 

A qualidade disponível

Mas tudo piora. A situação não é ruim apenas para os mais necessitados. Mesmo aqueles que tiveram oportunidade de estudar sofrem com os obstáculos artificiais.

Dados do Ministério da Educação demonstram que 7 de cada 10 alunos do ensino médio têm nível insuficiente em português e matemática

Ou seja, estão chegando ao mercado de trabalho milhões de jovens com sérias dificuldades de interpretar e escrever textos, bem como de fazer uma simples regra de três. 

E aí tem-se uma combinação explosiva: jovens chegam mal preparados ao mercado de trabalho (ou seja, com baixa produtividade), e ainda têm de superar o obstáculo criado pelas regras engessadas e burocráticas para que possam ofertar sua mão-de-obra. Quem irá contratar legalmente — isto é, a um alto custo — jovens inexperientes e com baixa produtividade? 

Isso é teoria econômica básica. Só é possível pagar altos salários a quem produz muito com pouco, isto é, quem gera muita receita (e lucros) para seu empregador. Voltando ao exemplo numérico da seção anterior, se um jovem sem instrução e sem habilidades possui uma produtividade capaz de gerar apenas R$ 1.100 por mês a um eventual empregador, não tem como esse empregador lhe contratar formalmente a um custo total de R$ 1.700 (contando os encargos).

Nada é mais responsável pela "degradação do mercado de trabalho" do que um ordenamento jurídico que condiciona o status de "formal" ao cumprimento de regras onerosas tanto ao trabalhador quanto ao empregador. 

Indefensável

A legislação trabalhista é uma ferramenta perversa que foi criada para (supostamente) ajudar os trabalhadores menos capacitados (que são exatamente aqueles que recebem os menores salários). 

Na melhor das hipóteses, ela ajuda alguns trabalhadores pouco qualificados ao mesmo tempo em que penaliza drasticamente todos os outros — ao tornar impossível que eles encontrem um emprego legal. 

No mais, a legislação trabalhista perversamente joga todo o fardo exatamente sobre aquele grupo de pessoas que optou por ajudar esses trabalhadores, que são os empregadores — o único (e pequeno) grupo de pessoas que realmente está se esforçando para resolver o problema.

O resto da sociedade — que não fez nada para ajudar os trabalhadores pouco capacitados a alcançar um padrão de vida mais alto — pode assim se autocongratular por ter votado em políticos que defendem essa legislação ao mesmo tempo em que continua a não fazer nada para ajudar aqueles que querem trabalhar.

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autor

Robert P. Murphy

é Ph.D em economia pela New York University, economista do Institute for Energy Research, um scholar adjunto do Mises Institute, membro docente da Mises University e autor do livro The Politically Incorrect Guide to Capitalism, além dos guias de estudo para as obras Ação Humana e Man, Economy, and State with Power and Market.  É também dono do blog Free Advice.



  • Pensando em mudar de país  17/06/2019 17:58
    Amigos, vocês que acompanham a situação do governo e as reformas pretendidas, acreditam que o Brasil pode se livrar de uma crise pelo excesso de endividamento do governo? Como está a situação do Brasil na realidade?
  • Realista  17/06/2019 18:14
    Aqui está a situação real:

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=3021
  • Pensando em mudar de país  17/06/2019 18:20
    O artigo apenas descreve a situação atual, mas não diz se o Brasil vai conseguir fazer as reformas para melhorar a situação. Ainda há tempo ou vontade política?
  • Eudes  17/06/2019 18:36
    Mas aí você está exigindo capacidades preditivas típicas de mãe Dinah. Absolutamente nenhuma resposta estará certa ou errada, por definição.

    Meu palpite: haverá algum remendo que manterá as coisas se arrastando. Até chegar a próxima crise fiscal, que exigirá novamente o mesmo tipo de "articulação" para resolvê-la.

    Sempre foi assim no Brasil. E esse é o melhor que podemos esperar.
  • Andre  17/06/2019 18:17
    A falência do Brasil é inevitável conforme equação a segui:

    Ajuste fiscal em relação ao PIB necessário para equilíbrio da dívida pública = ((juro real x Total da dívida/PIB)+déficit primário).: ((4% x 80%)+ 2%) = 5,2% do PIB, em valores atuais algo como 360 bilhões de reais POR ANO.

    Na LDO 2020 publicada recentemente o governo atual admite que não haverá nenhum corte de gastos correntes e consequentemente a dívida pública seguirá subindo.

    As reformas não funcionarão porque elas atacam basicamente o aumento de gastos futuro, porém a dívida pública já é tão alta que lhe basta os juros para seguir subindo forte e em breve nem corte de gastos será suficiente e o governo terá que partir pra agressão física da moeda, igual na Argentina.

  • Pensando em mudar de país  17/06/2019 22:07
    Mas e se a capitalização da previdência for aprovada? Ela não conseguiria aquecer a economia e diminuir o défict?
  • Humberto  17/06/2019 22:32
    Ajudaria bastante, por causa do maior direcionamento da poupança (genuína) para investimentos produtivos. Isso geraria um boom econômico (ocorreu em todos os países que a adotaram).

    Mas dificilmente essa capitalização passa. Justamente por ela ser boa, haverá enorme oposição ideológica (jamais subestime as forças do atraso que atravancam o progresso do Brasil).
  • Pensando em mudar mudar de país  18/06/2019 00:13
    Saiu hoje um vídeo do Marco Antônio Villa em que ele diz que o crescimento pífio deste ano se deve ao fracasso da política econômica do Paulo Guedes. O que acham?
  • Juliano  18/06/2019 00:21
    Qual política? Alguma foi implantada? Se sim, cite-as.

    Ah, tá, agora entendi: "fracasso da política econômica" significa exatamente isso: ela fracassou em ser implantada. Até agora não foi.

    Aí, sim, concordo.
  • Pensando em sair do país  18/06/2019 14:51
    Mas o Paulo Guedes não era um liberal radical que ia eliminar o déficit no primeiro ano e quitar a dívida pública vendendo estatais? O que aconteceu com ele?
  • Trazendo ao mundo  18/06/2019 14:57
    Descobriu que existe uma coisinha chamada Congresso, que existe exatamente para impedir o avanço e garantir mamatas e privilégios ao funcionalismo público, abolindo toda e qualquer reforma minimamente liberal e decente no país.

    E como nada é feito sem o aval do Congresso (a menos que você o compre com mensalões, como espertamente fez Lula), o imobilismo para sempre será garantido.

    Se você, até hoje, não sabia disso, então realmente está na hora de sair do país.
  • Pensando em sair do país  18/06/2019 15:58
    E os militares não pretendem fazer nada? Dentro dessas regras não dá para mudar o País. Se você pesquisar, vai ver que os generais do Clube Militar defendem uma economia liberal para o Brasil.
  • Eduardo  18/06/2019 16:38
    Não entendi. Você quer que militar faça o quê? Fechar o Congresso?
  • Pensando em sair do país  18/06/2019 16:43
    Exatamente
  • 4lex5andro  10/06/2020 16:23
    Praticamente 1 ano depois, e essas perguntas e respostas estão mais atuais do que nunca, o Brasil não surpreende.

    Foi razoável o que se pode fazer... elencados a seguir,alguns exemplos, começando pela lei anti-crime, mas com algumas modificações, aumentando as penas de um modo geral, mas ainda sem a detenção em segunda instância, que era uma reivindicação importante.

    Foi exatamente aprovada uma reforma previdenciária no segundo semestre, mas ainda sem todos os estados e sem capitalização.

    Foi privatizada uma subsidiária da Petrobras, e extinguidos alguns (poucos milhares) cargos comissionados.

    Reduzido, mas só durante essa gestão, o número de ministérios.

    O que deu pra passar com esse ''parlamento'', pois o resto - BNDES, BB, ECT, Eletrobras, Petrobras - somente com o aval do congresso, decidiu o Stf.

    Menção honrosa, até o momento, pra parte da base aliada (PsL) que não debandou e pra o Novo... porém o resto, DEM, MDB, Podemos, PP, por exemplo, o típico centrão, ganhou (de novo) influência e o atual governo já se achegou a este para não ser ''impichmado''.

    Hoje, com a crise mundial , a maior em 70 anos, a oposição no congresso e Stf estão diariamente pedindo a derrubada da chapa, não só do presidente, pra convocar novas eleições ou o país ser governado pelo próprio congresso.

    Complicado.

    Quando possível, pequeno conselho aos navegantes, tire um visto e pegue o próximo voo, a falência do Br é questão de (cada vez menos) tempo...
  • Andre  18/06/2019 00:32
    Ajudaria, mas como disse o Humberto dificilmente passaria, tão difícil que o próprio governo admite na LDO 2020 que nada no sentido de uma capitalização da previdência será aprovada e pra 2020 prevê um medíocre crescimento de 2% do PIB, pouquíssimo para fazer frente ao enorme déficit.
    Todos os dados postos pelo próprio governo contam a mesma história, o Brasil vai falir em breve e só Deus sabe o quanto este país regredirá no seu já tosco nível de desenvolvimento.
  • NadaUtil  26/06/2019 14:00
    Faco isso! Imprima papel moeda e verá o caos que o pais irá virar.
  • Socram Suiciniv   17/06/2019 18:18
    Amigo,acredito que o Brasil está fodido,pois,por mais que tenhamos o bolsonaro no governo,ele foi jogado aos leões e p congresso e o STF está atuando justamente para não passar as reformas realmente necessárias e verdadeiras ao país. Percebe-se que mais uma vez o estatismo está vencendo e que a longo prazo será muito dificil desfazer essa porra deixando o estado brasileiro o minimo possivel.
  • Jairdeladomelhorqptras  17/06/2019 22:42
    Caro Pensando em Mudar o País,
    Vai ser difícil. Algumas reformas parciais. A burocracia estatal (que de fato manda) boicotará reformas mais profundas. O desdentado continuará pagando a conta. O país voltará a crescer a taxas irrisórias, 1 a 3%. Apesar disto, Bolsonaro vai se reeleger. Nós continuaremos a margem do grande fluxo de investimentos e do comercio mundial. Uma tradição de burocracia e estatismo não se quebra em poucos anos. Alguma melhora... nada mais...
    Abraços


  • É uma questão a se pensar  17/06/2019 23:58
    No meu entendimento a situação tende a piorar. O brasileiro não votou no Bolsonaro porque ele é capaz, ele é só mais um político de m***. O brasileiro votou porque quer mudança, quer austeridade, quer progresso, ou seja, mesmo que não saiba o que isso significa, votou na diminuição do estado. O problema é que isso vai de encontro justamente contra quem governa o estado. Como você vai dizer ao político, ou burocrata, ou militar ou a todos que mamam na teta do estado e que por analogia vivem à custa dos outros que, a partir de agora, a boquinha acabou? Infelizmente não possuímos o botão "restart".

    Vamos fazer uma analise bem rasa e simplista sobre um investidor olhando pro país:
    - Primeiro, o investidor tem acesso ao site do BC e pode consultar como estão as contas do país e assim avaliar os riscos. Nosso real coitado está cada vez mais para plebeu que para real... um grande farol vermelho ai.
    - Segundo, em termos estruturais, o país está lamentável, ou seja, farol vermelho no escoamento de sua produção, bem como na construção do site e no desenvolvimento de toda cadeia produtiva envolvida. Se não todas, quase todas as construtoras do país estão hoje implicadas na grande roubalheira do século.
    - Terceiro, em termos de mão de obra, o próprio artigo já mostra o que é contratar no país, sem mencionamos que a capacidade técnica do brasileiro está em um nível bem baixo. Provavelmente as empresas ainda teriam que trazer mão de obra estrangeira e qualificar o brasileiro, o que seria ainda mais caro. Vamos ser legais e dar um farol amarelo ai.

    Se atribuirmos 0 para vermelho, 1 para amarelo e 2 para verde, ou seja, 6 - investimento próspero e 0 – saia correndo, nossa contagem final ficou em 1.
    É, a situação está mesmo complicada.

    Provavelmente vamos ter reviravoltas revoltantes e não se pode descartar que até mesmo ressuscitem o maior ladrão de todos os tempos, que hoje está preso em Curitiba.
  • Imperion  18/06/2019 00:25
    O país vai falir e essa federação se desmembrar. Alguns estados conseguirão, outros falidos vão cair em mais pobreza. O socorro estrangeiro, seja Rússia, China ou EUA, virá com acordo de abrir as pernas. Uma perda de território pode trazer dinheiro pra cobrir as dívidas.

    Porque era assim que se resolvia entre nações. Quem falia perdia território pra outro estado mais forte.

    O governo federal falido não vai ter dinheiro pra bancar o exercito que impediria o separatismo. Mal dá conta das favelas do estado paralelo atualmente.
  • Leigo  18/06/2019 10:46
    E o que acontece quando um país fali? Deixa de existir?
  • Eduardo  18/06/2019 14:09
    Na melhor das hipóteses, torna-se algo semelhante à Grécia. Na pior, à Venezuela.

    A Grécia só não entrou em colapso social porque usa o euro, que é uma moeda forte (e que só é forte porque está totalmente fora do controle grego). Não há colapso social em país de moeda forte. Já a Venezuela entrou em colapso total porque sua moeda se esfacelou totalmente.

    Por que governos quebrados devem passar por um processo normal de falência
  • Tomoe  19/06/2019 14:25
    Já estamos falidos e o estado não vai desaparecer por isso, essa gangue mafiosa vai continuar criando remendos até que não haja mais oque ser feito, e quando não ter mais oque fazer vão culpar o capitalismo como sempre fazem.
  • Andre  17/06/2019 18:05
    A sociedade brasileira vive em um tipo de sistema de castas, os ricos em sua maioria são insensíveis e arrogantes e quase todos os bons produtos e serviços de consumo produzidos pela tosca economia brasileira são para a estes, a classe média se endivida para consumir alguns destes produtos e serviços, idolatra os ricos e enoja os pobres e os pobres ganham tão pouco que em pouco tempo se tornam improdutivos e preguiçosos em seus trabalhos, os únicos conhecimentos plenamente disseminados na sociedade brasileira para subir na vida são concursos públicos ou estudar em faculdade de cara e de prestígio.

    O ponto alto do artigo é este trecho

    "O resto da sociedade — que não fez nada para ajudar os trabalhadores pouco capacitados a alcançar um padrão de vida mais alto — pode assim se autocongratular por ter votado em políticos que defendem essa legislação ao mesmo tempo em que continua a não fazer nada para ajudar aqueles que querem trabalhar."

    Parabéns pelo artigo.
  • Marcos  17/06/2019 18:12
    "A sociedade brasileira vive em um tipo de sistema de castas"

    Concordo. Há os espoliadores e os espoliados.

    Os espoliadores são aqueles que vivem dos impostos pagos pelos espoliados. São aqueles que estão encastelados no estado e que vivem das benesses geradas pelos impostos pagos. Já os espoliados são todos aqueles obrigados a sustentar este arranjo.

    Qualquer outra conversa é só espuma criada para mascarar essa realidade.

    A "luta de classes" é real - só que os lados opostos são diferentes do que imagina a esquerda

    Todo o resto da sua generalização foi incrivelmente tosca, como aliás são todas as generalizações.
  • Andre  17/06/2019 18:20
    "Todo o resto da sua generalização foi incrivelmente tosca"

    O povo brasileiro é tosco em todos os seus aspectos resultando em um país que é um verdadeiro lixo, por isso a merecida generalização tosca.

  • Vinicius  17/06/2019 18:30
    Foi exatamente o que me falaram assim que saí do ensino médio, que aliás fiz com bolsa de estudos em uma escola de prestígio em minha cidade, como vinha de uma família de metalúrgicos estudar engenharia parecia o adequado, hoje 15 anos após a formatura no ensino médio, 60% da sala é funcionário público, 25% emigrou e estou entre os 15% que trabalham na iniciativa privada fazendo o possível para não ser mandado embora, as vezes acho que deveria fazer concurso ou lavar pratos em algum país rico e seguro.
  • Gustavo  17/06/2019 18:44
    E meus sinceros parabéns para quem tenta empreender nesse país. Eu já tentei, pra nunca mais.
  • Henrique Z.  17/06/2019 18:08
    O estado, além de não ajudar, taxa pesadamente quem ameaça fazer algo de útil. Conclusão? Cada vez menos produtividade.

    Sabe qual o maior crime tributário na minha opinião contra o trabalhador? IR na fonte. É como adivinhar que o sujeito já tem lucro só por ter um emprego. Merece uma ação civil pública para mudar essa lei e derrubar essa falácia que consome bilhões do bolso da maioria dos brasileiros.
  • Anderson   17/06/2019 18:45
    Esse é o tipo de artigo que eu considero eficiente para atingir a população (principalmente brasileiros!), é de fácil entendimento e brinca com um pouquinho de lógica (faz com que o indivíduo ajuste o parafusinho, junte as peças).

    Ótimo artigo.
  • Marcelo  17/06/2019 18:51
    Na verdade, a depender do setor, os encargos ultrapassam e muito os 100%, estando muito mais próximos dos 200%.

    Na construção civil, por exemplo, os encargos ultrapassam os 191%.

    A fonte é o próprio Sinduscon/SP:

    sindusconpr.com.br/tabela-de-encargos-sociais-folha-de-salarios-400-p


    Traduzindo: cada salário mínimo pago ao funcionário custa 2.910 reais ao empresário que o contratou.

    E ainda tem gente que estranha que a construção civil esteja em forte retração.
  • José Avila  17/06/2019 19:23
    Isso é mais ou menos igual a quando você dá moradia gratuita a um empregado, a justiça automaticamente a considera como parte de salário e tributa em cima! (Isso quando não prende você dizendo que é "trabalho escravo").

    E como isso, em qualquer outra ajuda espontânea.

    Em tudo o estado quer ganhar em cima e acaba por espantar o que de real se poderia proporcionar a muita gente.
  • Adailton   17/06/2019 19:34
    Os encargos sociais achatam os salários mesmo,porém, expliquem-me o que acontecia antes do surgimento das leis trabalhistas,agora suponhamos que o governo acabe com essas obrigações dos empregadores,eles simplesmente embolsariam esse dinheiro e reduziriam o salário pela metade e dobrariam a carga horária.
  • Menezes  17/06/2019 19:42
    "expliquem-me o que acontecia antes do surgimento das leis trabalhistas"

    O termo desemprego inexistia. (E atente que "leis trabalhistas" é um tantinho diferente de "encargos sociais e trabalhistas"). Já começou bem.

    "agora suponhamos que o governo acabe com essas obrigações dos empregadores,eles simplesmente embolsariam esse dinheiro e reduziriam o salário pela metade e dobrariam a carga horária."

    Oi?! Reduziriam os salários?! Por essa sua lógica, ninguém - absolutamente ninguém - ganharia hoje mais do que o salário mínimo. Afinal, se o governo estipula um piso, não haveria por que ninguém pagar um salário acima do piso. No entanto, não é isso o que acontece. Como você explica esse furo na sua "lógica"?

    Outra coisa: de fato, nada garante que, com o fim dos encargos sociais e trabalhistas, haveria aumentos salariais. Mas, ao menos, haveria espaço para aumentos. Seria possível -- veja bem: seria possível -- haver aumentos. Já no atual arranjo, é impossível haver aumentos. Não há espaço para aumentos.

    Pior ainda: não só não há como haver aumentos, com ainda o trabalhador fica sem parte do seu salário.

    A diferença entre uma hipótese benéfica e uma certeza maléfica é brutal. Você prefere a última.
  • Waldyr  17/06/2019 19:45
    Essa afirmação tosca de q "não fosse o salário mínimo todo mundo trabalharia por um real" é típica de gente que nunca empreendeu.

    Eu atuo num ramo extremamente concorrencial (oficina mecânica). Meus concorrentes me obrigam constantemente a elevar os salários dos meus funcionários. Se eu não elevar, eles (meus concorrentes) tomam meus melhores mecânicos.

    Esse constante aumento salarial ocorre sem nenhuma lei do governo. Eh simplesmente resultado da concorrencia entre patroes.

    Se tivesse mais liberdade empresarial teria mais oficinas surgindo, e consequentemente teria mais demanda por mão de obra e consequentemente salários mais altos.

    Do meu ponto de vista de empresário, os obstáculos que o governo impõe ao surgimento da concorrência é bom para mim, pois assim não preciso ficar dando aumentos salariais o tempo tdo. No final, quem impede que tenha mais aumentos salariais é justamente o governo.
  • Um humilde investidor  17/06/2019 19:47
    Adailton,

    Sua avaliação está incorreta. Não faz sentido que uma situação seja, simultaneamente, boa e ruim sob a mesma ótica. Se os encargos achatam os salários, removê-los necessariamente tem que fazer os salários subirem. Dizer que a retirada destes fariam com que os salários caíssem ainda mais não tem lógica.

    A primeira coisa que um empresário racional faria após uma redução dos encargos trabalhistas seria tentar contratar os melhores profissionais de seus concorrentes, assim aumentando a produtividade de sua empresa.

    Além disso, iria pegar o dinheiro que agora está sobrando e comprar mais máquinas/instalações para fornecer aos novos funcionários recém-contratados. Já as empresas concorrentes, temendo a perda de seus melhores profissionais, iriam tentar retê-los através de aumentos de salários e benefícios.

    Após algumas idas e vindas nesse processo dinâmico de tentar pegar empregados de concorrentes, proteger os meus empregados das contratações por meus concorrentes e fazer investimentos em aumento de capacidade produtiva, em pouco tempo todos os encargos retirados dos "direitos trabalhistas" seriam devolvidos aos profissionais na forma de maiores salários.

    É possível, num primeiro momento, que os melhores profissionais abocanhem uma fatia maior do bolo no final das contas, mas com a produção em alta como consequência das interações e investimentos que ocorreram, é apenas questão de tempo para que os salários subam de maneira generalizada.
  • Jefferson  17/06/2019 19:40
    Ótimo texto novamente! Tenho apenas uma sugestão de correção, eu não usaria a palavra "benfeitores" para designar os empregadores, já que não se trata de fazer algo sem esperar nada em troca. O empregador apesar de fazer o bem para a sociedade em geral, não o faz com esse propósito e sim para prosperar em seus negócios. Ele fornece o emprego para o trabalhador porque precisa de alguém pra função e então gerar lucro em cima disso. Se for possível trocar o empregado por uma máquina sem prejuízo algum da função e custando mais barato, claro que o empregador vai trocar (se não fosse assim, voltaríamos para idade das pedras). Ou seja, é uma relação meio que "simbiótica", na grande maioria das vezes.

    Ademais, não somos como os progressistas que se assumem detentores das virtudes.

    Grato e sucesso!
  • Reisman  17/06/2019 19:47
    Jefferson, não entrarei no mérito do uso da palavra "benfeitoria". Mas gostaria apenas de enfatizar que esta sua frase não procede:

    "Ele fornece o emprego para o trabalhador porque precisa de alguém pra função e ntão gerar lucro em cima disso."

    Essa é uma clássica confusão entre causa e consequência. Não é o funcionário que gera o lucro; é o lucro que gera o funcionário. Não houvesse lucro, não haveria funcionário.

    Quem fornece os bens de capital, com os quais trabalhador assalariado trabalha, é o capitalista. Sem o capitalista, não haveria sequer salário para o trabalhador. Logo, dizer que o capitalista utiliza o trabalhador para obter lucro (sendo este o cerne da "mais-valia") não apenas é incorreto, como também é uma afirmação que não sobrevive à mais elementar ordem cronológica dos fatos.

    O salário do funcionário é deduzido do lucro do capitalista; não houvesse o funcionário, o lucro ficaria integralmente para o capitalista.

    E isso é fácil de ser percebido quando você pensa, por exemplo, na relação entre o restaurante e o garçom.

    Observe que, via de regra, garçons são atividades "desnecessárias" -- no sentido de que não é preciso haver garçons para que a comida e a bebida cheguem à sua mesa.

    Nada impede que os malvados capitalistas donos de restaurante façam um conluio e, por exemplo, demitam todos os seus garçons (o que representaria um enorme corte de gastos). Aí, sob esse novo arranjo, seriam os próprios clientes que levariam suas comidas e bebidas até a mesa. O esquema seria bastante simples, porém desconfortável: você chegaria ao restaurante, iria até o balcão, faria seu pedido e iria esperar na sua mesa. Uma vez pronto o seu pedido, você se levantaria da mesa, iria até o balcão, pegaria sua comida e sua bebida e iria até a mesa. Se quisesse mais bebida, iria até o balcão e pediria.

    Se todos os restaurantes fizessem isso, duvido muito que suas receitas cairiam -- para onde mais as pessoas iriam para comer e ser servidas ao mesmo tempo? Ademais, mesmo que houvesse queda na receita, os cortes de gastos oriundos da demissão dos garçons certamente seriam suficientes para fazer com que os lucros fossem ainda maiores do que antes.

    E aí vêm as duas perguntas que ninguém faz:

    1) Por que os capitalistas abrem mão desse lucro maior preferindo gastar parte deles com garçons?

    Porque pensam no conforto dos clientes. Basta que um restaurante comece a oferecer serviços de garçom, e todos certamente irão copiá-lo. Ótimo exemplo dos benefícios da livre concorrência.

    2) De onde vem o salário dos garçons?

    Como já implícito na primeira pergunta, foi deduzido do lucro dos capitalistas.

    Ou seja, os salários dos trabalhadores são deduzidos dos lucros dos capitalistas. Não houvesse os capitalistas, não haveria salários para os trabalhadores.


    P.S.: aliás, se o estabelecimento retirasse o garçom e deixasse o cliente livre para ir ao freezer pegar sua cerveja (ou ir até o barril e pegar o seu chope), o consumo destas bebidas seria ainda maior. Eu pelo menos beberia muito mais.
  • Um empreendedor  17/06/2019 19:57
    Curioso, estou passando por uma situação atualmente que meio que ilustra isso. Eu tenho uma pequena empresa de sistemas, formada apenas por mim e meu sócio. Estamos há 5 anos tocando o negócio em paralelo aos nossos empregos atuais, basicamente trabalhando de noite e aos finais de semana. Ou seja, estamos um bom tempo fazendo um sacrifício (investimento) para tocar nosso projeto, que pode ou não dar certo.

    Só que, por conta do nosso esforço e dedicação, em conjunto com nossa competência e experiência, o número de clientes tem aumentado, e com isso a nossa receita vem subindo ano a ano. Por conta disso, a carga de trabalho tem aumentado, e por conta disso tudo, achamos por bem que era hora de contratar alguém para ajudar, antes mesmo de decidirmos largar nossos empregos atuais.

    Este é a refutação mais cabal da teoria do "valor trabalho" que o companheiro aí evocou, mesmo inadvertidamente. Sem o nosso lucro, decorrente de nossos investimentos passados, jamais poderíamos contratar uma pessoa para ajudar.

    É do lucro que surge o salário. Sem lucro, sem salário.
  • Geraldo  17/06/2019 19:58
    Se funcionário gerasse lucro o segredo para o sucesso seria apenas contratar mais funcionários.

    Mas não é.

    O segredo para o sucesso é atender a satisfação de um maior número de pessoas. Ou seja, vender.

    É da atuação do capitalista, na criação do negócio e no gerenciamento de toda sua estrutura até sua venda, que irá resultar ou não em receita. E é na receita que o capitalista irá contratar ou não algum funcionário para atender as necessidades da empresa.
  • Tarantino  18/06/2019 02:19
    Mas, por exemplo, um funcionário talentoso, cuja excelência nos serviços atrai clientela, não gera lucro para a empresa? Creio que a comparação mais adequada seria: a empresa, devido à qualidade de seus serviços, tem aumentada a demanda pelos seus serviços, e para isso contrata um funcionário, que se for também excelente, aumenta ainda mais a demanda, o que leva à contratação de mais funcionários. Obviamente que o ponto de partida foi a competência e excelência dos empreendedores, mas funcionários bons aumentam a demanda e o lucro, assim como funcionários ruins comprometem o negócio.
  • Ninguém Apenas  18/06/2019 02:30
    Sou obrigado a discordar parcialmente, ao meu ver o que torna possível o salário do funcionário é o capital acumulado. Um empresário ao abrir uma empresa do zero, não começa já tendo lucros. No entanto, independente de ter ou não o lucro em um primeiro momento, ele pagará salários e contratará mão de obra, pois possui uma expectativa futura de lucros. Até lá, ele consumirá capital sem ter lucro algum, se falhar em sua previsão, não poderá reclamar de volta os salários já pagos.

    O lucro, nesse cenário é o que vai permitir que os salários continuem a serem pagos no longo prazo, impedindo que a empresa consuma todo seu capital e feche as portas. Entretanto há exceções, como o caso do "Um empreendedor", que primeiro teve lucro para depois pagar salários a terceiros, mas imagino que isso esteja longe de ser a regra.

    De qualquer forma, sem capital não há salários e não há salários sem capital. (No caso de empréstimo, o capital é de terceiros mas existe da mesma forma)



    E não, eu não defendo a teoria do valor trabalho... (Vou deixar claro, pq vai que...)
  • Vladimir  18/06/2019 03:38
    Artigo inteiro sobre isso:

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=2774
  • Pobre Paulista  18/06/2019 14:03
    Pelo contexto, acho que o Jefferson quis dizer apenas que o empreendedor precisa de alguém para trabalhar para ele pois as funções assim exigem, e não que a causa do lucro dele seja o trabalho do funcionário.

    É óbvio que valor adicionado pelo trabalho de um funcionário é menor do que o salário pago a ele, isso é condição necessária para que exista qualquer emprego.

    Sua explicação procede, mas não tem nada a ver com o comentário do colega ;-)


  • Dúvida  18/06/2019 01:47
    Fiquei pensando agora vindo do trabalho, quando li esse artigo junto com os comentários.

    É um fardo grande pro empregador em pagar de 100% a 200% pra manter um funcionário, mas e se o dinheiro pago fosse direto para o empregado, isso não causaria um aumento dos preços espontaneamente? Se existisse um acordo em reverter todos os impostos trabalhistas citados no artigo e fosse transferido para o empregado, isso não viraria um efeito cascata?

    Eu acho viável o ponto do artigo mas fico a pensar nas consequências posteriores, pois o mesmo apenas descreve o fardo do empregador.
  • Leandro  18/06/2019 02:17
    Em termos de inflação de preços não mudaria nada.

    E o motivo é simples: você está partindo do princípio de que a fatia do dinheiro que vai para o governo está sendo guardada em algum cofrinho e poupada. Não! Esse dinheiro que o governo confisca é imediatamente gasto por ele. O governo não está guardando dinheiro nenhum; ele gasta tudo que arrecada.

    (Assim é também com o INSS, o qual muita gente pensa que guarda o dinheiro que recebe. Não. Absolutamente cada centavo que o governo arrecada, independente da origem, é gasto pelo governo)

    Ou seja, todo o dinheiro envolvido nessa narrativa do artigo já está hoje sendo gasto. Caso haja redução dos encargos sociais e trabalhistas, o que aconteceria é que o governo teria menos dinheiro para gastar (pressão baixista nos preços) e os cidadãos teriam mais dinheiro para gastar (pressão altista nos preços). O somatório final, no entanto, é nulo. O total de dinheiro envolvido não foi alterado.

    De novo: caso os encargos sociais e trabalhistas fossem abolidos (ou mesmo reduzidos), o governo teria menos dinheiro para gastar e o cidadão teria mais. No somatório geral, no entanto, a quantidade total de dinheiro sendo gasta não foi alterada.


    P.S.: aliás, dependendo da propensão a poupar da população, pode até ser que haja uma pequena deflação de preços. O governo gasta todo o dinheiro que recebe, sem poupar nada; já a população poderia perfeitamente poupar uma fatia desse aumento salarial que teria. Nesse caso (governo com menos dinheiro, população com mais dinheiro, somatório nulo, mas população poupando mais), o volume de gastos seria até menor.

    Poderia até não haver queda de preços, mas certamente haveria menos pressão para aumentos.


    P.P.S: essa redução dos encargos sociais e trabalhistas também daria margem para empreendedores, e isso poderia se traduzir em poupança e investimentos futuros, expandindo a economia e aumentando a renda (duas coisas que os gastos irrefreáveis do governo depredam).


    P.P.P.S.: recomendo também a leitura destes artigos:

    FGTS, INSS e Aviso Prévio - um assalto ao trabalhador, disfarçado de direito

    Você trocaria um aumento de até 30% em seu salário pela manutenção da previdência social?
  • Milton Friedman Cover's  18/06/2019 09:51
    Perfeito, este texto adaptado. A interferência do Estado em tudo, não produz pessoas assistidas, bem ao contrário! Economicamente falando ( escrevendo...), menos impostos, mais possibilidades de quem quer ajudar os mais fracos, ajudá-los, por fim. Mas o Estado, capitaneados pelos políticos e empresários aliados que os mantém ( oportunistas, estatistas e consequentemente, socialistas...), atrasa tudo que pode e que não pode. Soluções possíveis no momento, embora difíceis de por em prática: reduzir ao máximo o número de vereadores, deputados, senadores, fim da república presidencialista e a criação do parlamentarismo ( já foi tentado uma vez, não deu certo, mas não custa seguir tentando...), com isto, governos ruins cairiam rápido. Seria o fim dos colapsos que tivemos sucessivamente com os governos esquerdistas. Mais autonomia para os estados, a criação de uma verdadeira república federativa que só existe no nome. A princípio, são as primeiras e principais mudanças. Só assim poderão surgir outras mais eficazes no futuro., principalmente na economia, tornando-a liberal. Do contrário, seguirá como está; cada vez que se quer liberalizar a economia, como vem tentando Paulo Guedes, o Congresso não permite, mudando totalmente o programa inicial do ministro da economia. Enquanto isso, seguem multidões de pobres esperando oportunidades para entrar no mercado de trabalho e produzir mais riquezas. Abraços.
  • Milton Friedman Cover's  18/06/2019 10:54
    PS: esqueci de escrever no texto feito agora que a reforma tributária é mais um item urgente como os que escrevi. Menos impostos, mais investimentos, mais empresas, mais lucros, mais empregos, menos gente precisando de caridade. Falta combinar com este Congresso esquerdista e acostumado com o poder. Sigo na torcida por mudanças implementadas pelo excelente Paulo Guedes. Abraços.
  • Pérsio  18/06/2019 14:23
    Tudo indica que a Reforma da Previdência, tão necessária, vai passar. Talvez não seja exatamente o que o Paulo Guedes previa (economia de 1 trilhão e 200 bilhões), mas já é alguma coisa positiva do novo governo (850 a 950 bilhões).
    Espero que Bolsonaro continue no caminho certo, e promova uma "despetização" da máquina pública.
  • Pobre Paulista  18/06/2019 17:21
    Passar sem capitalização? Não reformou porcaria nenhuma, só empurraram o problema pra daqui 10 anos.

    E nenhuma reforma fiscal surtirá efeito enquanto houver um dreno infindável de dinheiro.
  • Pérsio   18/06/2019 19:48
    E as privatizações? Salvo engano, Bolsonaro quer privatizar os Correios e vender oito refinarias da Petrobras. Uma reforma da Previdência, ainda que mutilada, e um passo firme no caminho das privatizações/redução do Estado brasileiro, seria uma forma de diminuir o déficit público. Num segundo momento, talvez fosse possível votar a capitalização da Previdência. Aliás, se o cidadão pudesse usar o dinheiro do FGTS para pagar uma previdência privada, seria muito melhor. 3% ao ano é uma miséria. Não disse que o governo é perfeito, mas me parece mais favorável ao liberalismo econômico que um eventual governo de Fernando Haddad. Ou não?
  • Andre  18/06/2019 20:22
    Pérsio, privatizações, reformas econômicas superficiais que pegam o déficit de agora e o coloca daqui 5 anos a frente, flexibilização de FGTS e reforma tributária que não garante um razoável nível de concorrência entre os estados só irão alimentar o dreno infindável de dinheiro conforme colocação do Pobre Paulista.
    A reforma da previdência TRADICIONAL com economia de 1,2 trilhão que viabilizaria uma futura previdência por capitalização sequer passou pela comissão especial da câmara dos deputados que dirá no plenário do congresso, 60% dos votos em 2 sessões nas 2 casas legislativas.
  • Pérsio   19/06/2019 01:27
    Compreendo, André. Você tem razão.
    Obrigado por esclarecer.
  • Pobre Paulista  18/06/2019 20:26
    Não vai ter "segundo momento". Além disso, previdência sem capitalização sempre termina em déficit para o governo. As privatizações podem até ajudar a diminuir o rombo atual, de fato. Mas não resolvem o problema de fluxo (em algum momento os saques irão superar os aportes).
  • Leigo  19/06/2019 14:32
    O Brasil falirá, mas quando? Já entendi os argumentos e a matemática da coisa, mas e a data mais próxima? E se a coisa está tão ruim assim por que não faliu ainda?
  • Bernardo  19/06/2019 14:52
    Meu caro, jamais exija um timing exato para eventos que envolvem a ação humana. Isso é o básico do básico. Ninguém sabe nem qual será a taxa de câmbio ao final do dia de hoje, e você exige saber quando acontecerá tão magnânimo evento? Quer ano, mês, dia e hora? Aliás, quem (de relevo) disse que isso irá acontecer?

    De resto, quem acha que vai falir, e souber exatamente quando, ficará rico. Bastaria se posicionar de acordo.
  • Andre  19/06/2019 15:06
    Leandro, uma eventual inversão da taxa de juros brasileira serve para estimar o momento em que os investidores atirarão o Brasil e sua patética política econômica no abismo?
  • Leandro  19/06/2019 16:33
    A resposta direta seria 'sim', mas devo alertar que o complemento da sua frase está um tanto enganoso.

    Investidores de títulos não têm essa capacidade de "mandar uma economia para o abismo".

    A inversão da curva de juros é apenas um indicativo de que investidores acreditam que uma recessão está vindo. A inversão não é a causa da recessão. E tampouco a recessão é causada por essa inversão dos juros.

    Os juros futuros caem simplesmente porque os investidores, já prevendo esta inevitável recessão, correm para os títulos públicos para se protegerem. Ao fazerem isso, essa maior demanda por títulos públicos faz o rendimento deles cair (seus preços aumentam).

    É isso o que ocorre.

    Se os investidores nada fizessem e, consequentemente, os juros não se alterassem, a recessão viria de qualquer jeito.
  • João Alves Nunes  18/06/2019 14:33
    Os ancaps, por sua ingenuidade, não percebem que o imposto, é uma das coisas mais fundamentais para a Sociedade viver em igualdade.

    Quando você impõe uma quantia de dinheiro ao rico para ele pagar, você retira um dinheiro alto dele, fazendo com que ele perca uma quantia, e faz com que as diferenças entre as classes sociais se diminua; o cara da classe D vai ser igual ao C, e o B igual ao A.

    Então sim, o imposto não é roubo, é fundamental se quisermos viver em uma Sociedade igualitária.

    Isto é, portanto, irrefutável.
  • Régis  18/06/2019 15:13
    "Os ancaps, por sua ingenuidade, não percebem que o imposto, é uma das coisas mais fundamentais para a Sociedade viver em igualdade".

    Ao contrário, sabemos perfeitamente que impostos geram igualdade. E exatamente por isso desprezamos impostos: não queremos uma sociedade venezuelana ou cubana, em que há muito igualdade.

    Queremos uma sociedade sem miséria e sem pobreza. Já você quer uma sociedade em que todos são igualmente pobres e miseráveis. Você é um ser humano da pior espécie. E sabe por quê? Porque você odeia seu semelhante. Quer vê-lo na pobreza abjeta. Por ser invejoso e incompetente, quer que todos sejam igualmente derrotados como você.

    Alerta aos intelectuais: as pessoas fogem da igualdade

    Em vez de culpar a desigualdade, pense em criar mais riqueza

    A verdadeira catástrofe é acreditar que a desigualdade de renda é uma catástrofe

    Em qualquer discussão sobre desigualdade, estas são as quatro perguntas que têm de ser feitas

    A desigualdade é um indicador errado e enganoso - concentre-se na pobreza

    Mesmo em uma sociedade com igual ponto de partida, haveria capitalistas, assalariados e desigualdade

    Para superar a pobreza, é crucial premiar a criação de riqueza, e não puni-la


    "Quando você impõe uma quantia de dinheiro ao rico para ele pagar, você retira um dinheiro alto dele, fazendo com que ele perca uma quantia, e faz com que as diferenças entre as classes sociais se diminua; o cara da classe D vai ser igual ao C, e o B igual ao A."

    Só um completo imbecil pode realmente acreditar nisso. O dinheiro confiscado dos ricos vai para os políticos e para outros ricos (donos das empreiteiras). Pobre fica só com a raspa, o suficiente para garantir votos.

    Enquanto isso, toda a sociedade empobrece.

    De resto, sua lógica é genial: o governo vai tomar dinheiro de uns, repassar a outros e, assim, enriquecer a todos. Vai tirar água da parte funda da piscina, despejar na rasa e, com isso, vai elevar o volume total de água da piscina. Até Mister M daria gargalhadas.

    "Então sim, o imposto não é roubo, é fundamental se quisermos viver em uma Sociedade igualitária."

    Como Venezuela e Cuba? Sim, concordo. Para isso, impostos são fundamentais.

    "Isto é, portanto, irrefutável."

    Sim, é irrefutável. Se quiser gerar pobreza de maneira igualitária e uniforme, é imprescindível colocar o governo para confiscar o dinheiro dos mais bem-sucedidos e repassar esse dinheiro para burocratas e parasitas. É realmente uma fórmula infalível e irrefutável. Nunca fracassou em seu intento.
  • anônimo  18/06/2019 16:43
    De umas semanas para cá, uns desavisados de esquerda têm aparecido nos comentários postando frases de efeito , achando que vão abafar aqui no mises tal como se estivessem em redes sociais povoadas por semi-analfabetos.

    O massacre que se segue nas respostas chega a ser engraçado.

    De todo modo, torço para que alguns leiam os links indicados nas respostas e reflitam um pouco.

    Se já se deram ao trabalho de entrar nesse site e ler o artigo original, estão muito à frente de outros membros da seita. Diferentemente do que acontece com a maioria, há chance de alguns destes serem recuperados da lavagem cerebral sofrida na escola.
  • Fernando  19/06/2019 04:49
    Que lapada...
  • thiago  18/06/2019 16:25
    O que é uma "sociedade igualitária" para você?
  • Aspirante a parasita social  19/06/2019 15:54
    Uma sociedade em que você paga todos os seus impostos e eu me encarrego de gastá-los.
  • Parasita social experiente  20/06/2019 00:18
    Uma sociedade onde todas as propriedades sob sua posse pertencem a mim. No entanto, bondoso do jeito que sou, vou deixar você continuar existindo e ter a posse delas por uma "pequena" contribuição.

    Mas não vá fazer nada do qual eu discorde... Não vai querer uma visita da polícia igualitária, vai?
  • WMZ  10/06/2020 14:49
    Camarada João, você está falando de igualdade? Você quer igualdade com o socialismo/comunismo? Ótimo! É só ir na USP ou na UFRJ discutir as suas ideias com os professores marxistas de lá para ver se existe igualdade...a sua palavra terá o mesmo peso do que a deles, pó confiar...mas vou dar uma dica: você nunca vai entender o tal do Marques... só eles que entendem

    456 plano quinquenal: enfiar uma jaca na bunda do João. João discorda por acreditar que isso seja imoral mas o planejador central o manda ler Marx. João lê Marx e discute com o planejador falando que Marx pregava a igualdade. O planejador ri da cara de João e fala que ele leu mas não entendeu. A bunda de João recebe uma jaca.

    Pare de acreditar em bom mocismo, você que é ingênuo
  • Socram Suiciniv  18/06/2019 17:57
    Fico maravilhado com o nível dos comentários desta página,além de engrandecer o artigo deixa o ar do debate amigável e acrescenta mais conhecimento para quem anda por estas bandas.
  • João   18/06/2019 18:21
    Vocês acham que é necessário ter um bom conhecimento em escola austriaca para empreender? Grato desde já pela resposta.
  • Pobre Paulista  18/06/2019 18:53
    Necessário não é. Mas é suficiente ;-)
  • Ninguém Apenas  18/06/2019 19:54
    Ajuda
  • Lucas-00  19/06/2019 14:47
    Tem uns artigos mais práticos aqui que te ajudam com empreendedorismo. Mas tirando isso, quase nada te ajuda.
  • Jairdeladomelhorqptras  19/06/2019 21:19
    Caro João,
    Tua pergunta: "É necessário o conhecimento da EA para empreender?
    Não! Explico.
    Vamos, precariamente, comparar a sociedade com um time de futebol. O empreendedor é como o centro avante goleador. Todos no time ambicionam sua posição e sua glória. Especialmente o goleiro, he, he! Mas nem todos tem sua habilidade e seu instinto "matador". Em suma, empreender não é para todos. É para alguns obstinados e capacitados.
    Abraços
  • Estado o Defensor do Povo  20/06/2019 04:30
    Depende, você vai empreender em quê? Dependendo da sua área e de como você absorve o conhecimento até pode te ajudar, já que EA estuda economia e talz, mas acho que tem formas melhores de você melhorar suas habilidades no seu empreendimento, dependendo de qual área você quer atuar.
  • Luiz Umazaki   23/06/2019 11:53
    Gosto muito de visitar este site. O nível dos comentários é altíssimo e enriquecedor. Tem informação e esclarecimentos nestes comentários que não ouvimos em um curso de graduação inteiro.
  • Wandersson  23/06/2019 11:55
    Você não acham que os artigos aqui são muito filosóficos. Falasse tanto em empreendedorismos, mas artigos práticos são escasso. Informações e esclarecimento de como funcionam os mercados na prática.
  • Eudes  23/06/2019 16:52
    À vontade:

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=2790

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=1948

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=2738

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=2928

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=2888


    P.S.: por definição, qualquer texto sobre empreendedorismo sempre será teórico. A conjunção de palavras (texto) sempre será, por definição, algo teórico, mesmo que explique a prática. Logo, é impossível fazer um texto prático sobre empreendedorismo porque a prática é a ação concreta no mundo real, ao passo que a descrição delas em palavras é apenas um exercício teórico. Portanto, mesmo um texto aparentemente "prático" sobre empreendedorismo sempre será, por definição, apenas teórico.

    P.P.S.: listei apenas cinco textos. Quantos você lerá? No máximo, um.
  • Eric mello  19/06/2019 14:06
    Perdão pelo desvio completo do assunto, gostaria de saber o que acham deste artigo: novaresistencia.org/2017/09/05/anarcocapitalismo-e-sociopatia/. Ignorem o caráter do site e seus chavões. AVISO; Não sou seguidor do site, apenas achei o artigo pertinente de análise de indivíduos mais avançados no pensamento libertário do que este que vos escreve
  • Questionador  19/06/2019 20:02
    Só uma nova constituição poderá retirar as amarras que impedem o país de caminhar para a prosperidade. Enquanto esta constituição perversa estiver em vigor, seremos impedidos de progredir pelo ativismo judiciário. Um país que ministro juiz legisla, não caminha para a segurança jurídica. Caminha para o atropelo de competências. Caminha para a insegurança institucional. O Poder Judiciário quer legislar. O Poder legislativo quer governar. Poder executivo quer ser o maior empregador do país. Aos empreendedores da iniciativa privada, resta o papel de pagadores de impostos. Enquanto tudo estiver dentro da constituição, estaremos amarrados a âncora do Titanic. Tudo será judicializado . O país será juridicamente inviável. O maior problema é não haver como fazer uma nova constituição devido a corrupção endêmica e a corrupção sistêmica que assolam o país.
  • costa  22/06/2019 18:19
    Nossa constituição é socialista e engessadora de Presidente da República, pois foi gestada com rancor e o medo de termos outro governo militar. O Dr. Ulysses Guimarães, o maior populista que o Brasil já teve, que o mar o tenha em bom lugar, rascunhou esse "worst book", alcunhada de "Constituição Cidadã", que de cidadã não tem nada, tendo sim, muitos buracos negros para esconder políticos corruptos e ladrões, além de dispositivos destinados a fazer com que o Congresso tenha as rédeas do desenvolvimento do país, afrouxando ou soltando os vetores da economia do Brasil conforme a vontade dos congressistas de plantão. A Reforma Constitucional é a cura para essa grave enfermidade que está matando o Brasil e deverá ser feita tão logo aprovada a da Previdência, Tributária e administrativa, caso contrário o Brasil continuará anestesiado.
  • Leonardo Ramos Ribeiro de Sousa  25/06/2019 22:52
    Essas leis trabalhistas que supostamente ajudam os trabalhadores não passa de uma formula única que o Estado usa, por meio desses políticos sem vergonhas, marxistas e keynesianistas vigaristas , justamente para onerar todos os trabalhadores; e ainda, quando sai uma Reforma que vai arrumar a casa, ninguém apoia.
    Somente aqueles que possuem inteligência necessária para entender que o déficit está alto, culpa da maquina de dinheiro que fabrica o dinheiro, via Casa da Moeda, que o Banco Central manda fabricar, gerado pelos subsídios que os governos pilantras praticam este ato; apoio sim as Reformas previdenciária e tributária a fim de geração de emprego e renda.
    Não apoio aquelas soluções estatistas. Apoio um País Liberal na Economia. Sem escrúpulos marxistas keynesianistas.
  • Emerson Luis  28/07/2019 17:27

    Duas marcas do discurso esquerdista:

    (1) Debater intenções em vez de métodos e resultados;

    (2) Reivindicar o monopólio das boas intenções.

    * * *
  • Tudor  09/06/2020 22:03
    Eu fico tocado quando leio os artigos no Mises Brasil.
    É uma preocupação com os mais pobres sem fim. É muito bonito essa empatia com os mais necessitados.

    Diante disso, eu sugiro que se inspire num país que era colônia como o Brasil e hoje tem uma das maiores renda per capita do mundo.
    Lá eles tem um sistema de proteção aos trabalhadores e aos estudantes, com uma espécie de renda básica, que da, por baixo, cerca de 500 AUSD por mês (isso antes do coronavirus, após o corona foi pra 1.000 adicionais, totalizando 1.500 AUSD mensais)

    www.servicesaustralia.gov.au/individuals/services/centrelink/youth-allowance-students-and-australian-apprentices/how-much-you-can-get
  • Paul Jones  10/06/2020 01:08
    Opa, você quer copiar a Austrália? Tem todo o meu apoio.

    A Austrália é simplesmente a 4a economia mais livre do mundo. O Brasil é a 144a.

    A carga tributária da Austrália é de 27,8% do PIB. A do Brasil é de 32,3% do PIB.

    Os gastos do governo da Austrália são de 35% do PIB. Os gastos do governo são de 39% do PIB.

    A dívida pública da Austrália é de 40% do PIB. A do Brasil é de 89% do PIB.

    O déficit orçamentário do governo da Austrália é de 1,8% do PIB. O do Brasil é de 8% do PIB.

    A Austrália é o 7o país do mundo em facilidade de se empreender e abrir empresas. O Brasil é o 138o.

    www.heritage.org/index/ranking?version=61

    portugues.doingbusiness.org/pt/rankings

    Preciso continuar?

    Por ter uma economia extremamente livre, os australianos produzem muito mais riqueza que nós. Por produzirem muito mais riqueza que nós, o estado australiano pode se dar ao luxo de tributar essa riqueza para manter esses luxos.

    Se você defende os luxos da Austrália, então, por definição, tem de defender o modelo econômico da Austrália. É economicamente impossível ter luxos de país rico (obtido por meio de uma economia livre) vivendo em uma economia de país pobre e intervencionista.

    Agora, se você acha que tudo o que precisamos fazer para ficarmos idênticos à austrália é aumentar impostos e dar mais dinheiro para políticos, aí, realmente, a única coisa que eu posso fazer é pegar uma pá, uma vassoura e recolher seu cérebro, que ficou caído no chão.

    É impressionante como tem gente que vive em delírio, em um gostoso auto-engano. A pessoa realmente acha que se o Sudão quiser, ele vira a Dinamarca. Basta apenas adotar as mesmas políticas sociais, e puf!, numa passe de mágica, Cartum vira Copenhague.

    Gente que não entende nem sequer o básico do básico de economia, e que acha que social-democracia é algo perfeitamente implementável por qualquer país, de qualquer renda per capita.
  • Régis  10/06/2020 01:23
    Social-democracia é impossível em um país que ainda é pobre em termos per capita. Primeiro ele tem de enriquecer. Depois, só depois, ele pode se dar ao luxo de ter luxos.

    Esse, aliás, é o paradoxo da social-democracia: apenas populações ricas e produtivas — que em tese não necessitam dela — podem se dar ao luxo de ter uma.  

    Social-democracia é luxo de país com população rica. E nenhum país enriqueceu aplicando a social-democracia. A história mostra que, primeiro os países enriqueceram por meio do livre mercado, depois, só depois, implantaram a social-democracia, a qual se consolidou apenas na década de 1970.?

    População ainda pobre não tem como aplicar social-democracia. Se o fizer, os custos serão inviáveis no longo prazo.
    www.mises.org.br/article/3021/o-resultado-de-nossa-prematura-social-democracia-recessao-prolongada-e-contas-publicas-calamitosas
  • Gustavo  10/06/2020 01:15
    Pelo visto o Tudor não lê os próprios links. Ou então ele jura que ninguém irá ler.

    Eu li.

    Ali fala de um auxílio governamental para quem já trabalha como aprendiz e já tem um salário.

    (Este Instituto, aliás, defende a volta do sistema de oficinas de aprendizes)

    Não tem nada disso de renda básica para estudante (algo que, aliás, tem no Brasil; FIES e PRO-Uni são variáveis dessa ideia).

    A resposta do Paul Jones foi ótima e completa, mas desnecessária. O que a Austrália faz é menos do que o que o Brasil já faz.
  • Felipe L.  10/06/2020 03:01
    O Prouni eu não sei (já me disseram que é abatimento de imposto, o que não posso confirmar), mas o FIES está mais para um programa de "Meu Diploma, Minha Dívida" e não uma renda para estudantes. As empresas escolhidas se beneficiam com fartos subsídios, as mensalidades aumentam e isso mesmo alimenta a necessidade por mais dívidas e financiamentos, já que os custos subiram artificialmente. Bom, isso tem nos EUA também. Por mim pode ter o que quiser, oficina de aprendiz e também algo mais acadêmico, isso seria perfeitamente possível no livre mercado. Demandas são infinitas, recursos são escassos, então pronto, não vai deixar de ter essas opções. Tem gente hoje que ganha dinheiro até jogando na Internet. Nem o caminho neocon de tecnocracia, nem o socialista de dar verba para umas teses esquisitas.

    Mesmo porque os artistas e cientistas no passado, em tempos bem mais difíceis e com mais pobreza, eram financiados por mercadores. Vide os artistas italianos no Renascimento.
  • Drink Coke  10/06/2020 01:47
    Trabalho não é algo dado a sociedade pela natureza, trabalho é uma necessidade que nasce de um empreendimento. Se um empreendedor cria uma necessidade de trabalho que até então não existia, qualquer coisa que ele ofereça é sempre um lucro para a sociedade, sendo sempre um lucro é incoerente e burro que coloquemos barreiras para isso.



  • Felipe L.  10/06/2020 02:53
    Pessoas, antes do advento do Estado de Bem-Estar Social, em tempos de pobreza extrema e sem poder pensar em aposentadoria, por aqui no Brasil, quem mais fazia caridade era a Igreja Católica, não? Imagino isso no Brasil Colonial principalmente, onde era um canteiro enorme de informais empreendedores e que a Coroa Portuguesa nem dava bola, a não ser para pegar a sua boquinha pela tributação. Devo supor que sim, existia essa caridade religiosa, e é um tema até legal para se falar por aqui. Não consigo imaginar como era difícil naqueles tempos em questão de padrão de vida.

    Eu sigo a página do Instagram "Razões para acreditar". A grande maioria dos seguidores é de mulheres, mas a página tem um fundo anarcocapitalista e eles nem sabem: eles promovem voluntarismo. Já teve ajuda para gente que perdeu casa para enchente, para desempregado, para um rapaz que largou tudo para cuidar da avó... imagina só, se o Brasil fosse mais rico. Seria caridade privada aos montes, e melhor que sem a safadeza que é o assistencialismo governamental dos tempos de hoje. Vale lembrar que os americanos estão entre os povos mais caridosos do mundo (apesar do estereótipo de serem "frios e individualistas"). Parece muito interessante, por exemplo, pensar até em vaquinhas para ajudar a abrir negócios e criar empregos. Mas aí seria bem caro, coisa de mais de R$ 100 mil...
  • WMZ  10/06/2020 14:34
    Enquanto isso, as discussões do inimigo estão neste nível:

    Por que ganhar 40000 reais é melhor do que perder ou ganhar 1000 reais? Porque aprendemos que "quanto mais dinheiro, melhor"? A lei da oferta e da demanda só vigora por causa de um aprendizado que atravessou a história? E se pudermos desaprender isso? E se a ciência dizer que é possível? Será que já estão empregando o desaprendizado?

    E o que vocês sabem sobre as técnicas de persuasão onde são utilizados os conhecimentos da área psicólogica? Essa irracionalidade das pessoas não é obra do acaso...pelo contrário, ela é fruto de uma estratégia bem elaborada
  • Dirce  10/06/2020 18:46
    Texto bastante reflexivo, valeu a pena ler.
    No entanto, comparar trabalho com caridade foi um tanto infeliz.

    "Considere isso: há milhões de pessoas que têm dificuldades em ganhar seu próprio sustento. Não seria algo
    perverso querer onerar exatamente aquelas que pessoas que estão fazendo o possível para aliviar esse
    problema?
    Isso é o equivalente a escolher precisamente aqueles voluntários que estão fazendo algo para reduzir o
    analfabetismo entre os adultos e impor a eles uma tarifa punitiva pelos seus esforços...."

    Trabalho não é a mesma coisa que caridade. Um patrão não contrata por caridade, nem um empregado presta serviço por caridade.

    O patrão contrata por não conseguir realizar todo o trabalho sozinho (se ele conseguisse, jamais contrataria), e por sua vez, o empregado precisa trabalhar para manter suas necessidades básicas. É uma troca, não caridade.

    Se os patrões fossem seres caridosos que desejassem aliviar os problemas sociais decorrentes da dificuldade de sustento das pessoas, como no trecho acima do texto, contratariam mesmo sem precisar. Conseguem imaginar as fábricas de automóveis contratando a mesma quantidade de pessoas que contratavam antes da automação? "Oh, posso montar um carro com X pessoas, mas contrato 3X porque quero aliviar a dificuldade delas de sustento...... "

    Essa fábula do trabalhador explorado e do empregador santo/caridoso para mim não cola. É uma relação comercial. Ponto. Nada tem a ver com caridade, ambos os lados tem que suprir seus interesses.

    Todos criticam a CLT mas esquecem dos anos em que ela não existia. Antes dela existir, as coisas também não funcionavam bem.

    Ouso dizer, com base nos artigos que já li aqui (no final do meu comentário seguem alguns), que a raiz do problema está no desrespeito a propriedade privada e aos contratos assinados. Vejo nos jornais que diversas vezes, as pessoas não leem contratos antes de assiná-los – sejam trabalhistas ou não -, pois confiam que, se houverem cláusulas consideradas "absurdas" algum burocrata irá ajudar a anular.

    Vejam também o código penal brasileiro, tão extenso e mesmo assim advogados sempre triunfam por conseguir agir pelas brechas..... Esse é o grande mal, a falta de compromisso.

    O Brasil está cheio de patrões do tipo "trabalha aí e depois a gente vê", que adorariam enganar os ditos "inábeis" pelo texto. Também está cheio de trabalhadores "posso faltar amanhã?" Patrões não são santos, trabalhadores tampouco. Os contratos deveriam funcionar, para que nenhum dos lados pudesse abusar de seus "direitos" e, se insatisfeitos, pudessem desfazê-los.

    Prefiro não comentar também que a fábula do trabalhador explorado e do empregador santo caridosos cai como uma luva para os movimentos políticos, cada um puxando a sardinha para seu lado, e todos saem perdendo.

    Num mundo ideal as pessoas se responsabilizariam pelos papéis que assinam (tanto o empregador, de pagar o prometido, quanto o trabalhador, de prestar o serviço acordado), mas no mundo real basta procurar o "mau" ou o "culpado"......

    O que não falta no Brasil é empregador que não quer assumir nenhum prejuízo e trabalhador que só quer "ausência remunerada". Triste mundo real.

    www.mises.org.br/article/1899/os-pobres-o-livre-mercado-e-a-moralidade-deste-arranjo
    www.mises.org.br/article/3158/tres-fantasticas-surpresas-das-vantagens-comparativas
    www.mises.org.br/article/2903/em-economias-capitalistas-assalariados-sao-disputados-e-tem-aumentos-salariais-constantes
    www.mises.org.br/article/3129/a-exploracao-dos-trabalhadores-e-um-mito--e-e-facil-de-entender-por-que
  • Guilherme  10/06/2020 19:14
  • Dirce  10/06/2020 21:31
    Tirei deste trecho do artigo (coloquei no meu comentário, mas você ignorou):
    "Considere isso: há milhões de pessoas que têm dificuldades em ganhar seu próprio sustento. Não seria algo 
    perverso querer onerar exatamente aquelas que pessoas que estão fazendo o possível para aliviar esse 
    problema? 
    Isso é o equivalente a escolher precisamente aqueles voluntários que estão fazendo algo para reduzir o 
    analfabetismo entre os adultos e impor a eles uma tarifa punitiva ...." (veja em É chiste, mas também não é)
    Ou seja, os empregadores seriam pessoas caridosas, fazendo o possível para aliviar a dificuldade dos outros em ganhar o próprio sustento. Tô cansada de fábulas.... mas no geral, o artigo foi incrível, por fazer pensar e provocar debate
  • Guilherme  10/06/2020 21:41
    Não ignorei. Eu o li totalmente, e sei que você o retirou do artigo. Só não tive essa interpretação que você teve, a qual achei estranha. Só isso.
  • Pedro  11/06/2020 01:45
    Olhe que belo exemplo de situação libertadora
    A cidadã da matéria abaixo resolveu se ver livre das amarras impostas pelo Estado e foi trabalhar fora do âmbito da CLT.
    Veja como essa troca livre e justa a fez bem

    g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2020/06/10/empregadora-e-condenada-por-manter-domestica-em-trabalho-analogo-a-escravidao-por-35-anos-na-bahia.ghtml
  • de Lara  11/06/2020 01:57
    Ué, que estranho! Estamos sob plena vigência da CLT. Como isso foi ocorrer? Como foi possível que, sob plena vigência da CLT, uma pessoa ficou 35 anos sendo escravizada por outra? A CLT existe para impedir a escravidão, certo? Ela veio para libertar o trabalhador brasileiro e torná-lo o mais rico e bem remunerado do mundo.

    Como isso foi ocorrer?

    Não me diga que o estado fracassou! Assim, vou perder minhas esperanças nos políticos!


    P.S.: é cada ser bizarramente burro que desaba por aqui…
  • Malasartes  11/06/2020 03:59
    Vejamos:

    O MPT explica que o caso foi descoberto pelo órgão a partir de denúncias anônimas.

    (...)

    O Ministério Público acrescentou que a trabalhadora foi encontrada na residência e confirmou em depoimento que trabalhava sem receber qualquer tipo de pagamento.

    Ao MPT, a emprega [sic] doméstica informou que o trabalho era trocado pela moradia, alimentação e vestuário e que, por laços afetivos, não quis ser resgatada.


    Olha só a contradição. Primeiro a matéria afirma que a empregada doméstica não recebia pagamento de qualquer tipo. Na frase seguinte a matéria conta que em troca do trabalho ela recebia moradia, alimentação e vestuário. Ué, mas isso não são tipos de pagamento? Só não era em dinheiro. Mas alguém discorda que houve uma troca voluntária entre as duas partes?

    Outra informação era que a empregada não queria ser "resgatada". Ora, então dá para depreender que havia consentimento por parte dela? Então ela não estava sendo obrigada a trabalhar naquelas condições? Cadê o "trabalho escravo"?! Em algum lugar diz que ela era impedida de se demitir? Ah, mas era trabalho "análogo" à escravidão. Nesse caso, "análogo" é uma daquelas palavrinhas subjetivas que pode significar qualquer coisa!

    E o detalhe principal: Não foi a empregada que buscou ajuda. Foram terceiros que denunciaram. Gente se intrometendo na vida alheia, em uma relação de trabalho que deveria ser assunto somente da empregada e de sua empregadora. Em momento algum a empregada reclamou. Foi gente que descobriu que estava havendo uma relação de trabalho fora do rabisco chamado CLT e avisou os burocratas do estado.

    A informação é do Ministério Público do Trabalho (MPT), que afirma também que a sentença determina o pagamento de cerca de R$ 170 mil para a vítima por indenização por danos morais e pagamento das verbas rescisórias, além do reconhecimento do vínculo e recolhimento de INSS e FGTS pelo período de trabalho.

    (...)

    Na decisão, a juíza determinou que se os débitos não forem quitados no prazo poderão ser retidos os valores de restituição do Imposto de Renda.


    Ahá! Olha só! O estado não estava recebendo o seu esbulho, não estava podendo controlar a vida dessas pessoas. Imagina que "absurdo", duas pessoas entrarem em um acordo voluntário em que uma trabalha para a outra, recebe algo em troca e não sobra nada para o estado! Isso não pode! Tem mais é que "resgatar" as pessoas, mesmo que elas não tenham pedido para serem "resgatadas".
  • Régis  12/06/2020 19:08
    Só trouxa aceita se submeter à CLT. Quem está na CLT simplesmente aceita entregar uma fatia de seu salário para políticos em troca da promessa de que, um dia, irá se aposentar. Mas nunca irão.

    Eu sou free-lancer. Nunca tive uma carteira assinada. Como consequência, mantive 100% de meus proventos. Investi e hoje, aos 45 anos, já posso me aposentar sem problemas.

    Quem está na CLT já repassou uma quantia vultosa de seu salário para políticos, não tem reservas para se aposentar e, tecnicamente, jamais irá se aposentar.

    E ainda tem espertalhão aqui vendendo a CLT como a salvação do povo.
  • anônimo  12/06/2020 04:13
    Alguem ja analisou esse "modelo constitucional" libertario do Roderick T. Long?

    www.freenation.org/a/f14l2.html#pre
  • Humberto  26/06/2020 07:36
    O instituto possui algum artigo que fala sobre os paralelos entre a Carta del Lavoro e a CLT?


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