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Entenda por que é impossível acabar com a pobreza por meio da redistribuição de renda e riqueza
E por que desigualdade não é pobreza

Ninguém morre de desigualdade. Mas milhões morrem de pobreza.

Enquanto estes dois conceitos não forem corretamente entendidos, não há nenhuma chance de o problema da pobreza ser corretamente atacado.

Dentro do imaginário coletivo, os conceitos de "pobreza" e "desigualdade" se tornaram sinônimos: se há pobres é porque somos desiguais; se a desigualdade aumenta é porque aumentou a pobreza.

Esta mentalidade tende a ser reforçada durante períodos de recessão econômica: quando as rendas agregadas da sociedade (o PIB) entram em contração, a economia passa a ser vista como um jogo de soma zero, ou seja, se a renda de uma pessoa aumentou é porque a renda de outra inevitavelmente caiu.

Porém, as recessões econômicas não duram para sempre, e o fato é que a economia de mercado se mostrou capaz, ao longo dos últimos 200 anos, de aumentar a renda de todos os cidadãos. Segundo as estatísticas compiladas pelo economista britânico Angus Maddison, passamos de uma renda per capita mundial de 1.130 dólares por ano em 1820 para uma de 15.600 em 2015. E isso ao mesmo tempo em que a população global aumentou de 1 bilhão de pessoas para 7 bilhões. (Veja o estudo. Confira também este vídeo).

Igualmente, em 1820, aproximadamente 95% da população mundial vivia na pobreza, com uma estimativa de que 85% vivia na pobreza "abjeta". Em 2015, menos de 10% da humanidade continua a viver em tais circunstâncias.

Ou seja, não só o número de habitantes no mundo aumentou 7 vezes, como ainda cada habitante aumentou sua renda em 11 vezes. Isto é uma façanha extraordinária.

Este fato, por si só, mostra como estão errados aqueles que dizem que toda a riqueza do mundo já está dada e deve apenas ser "redistribuída justamente". Se toda a riqueza do mundo já estivesse dada, devendo apenas ser redistribuída, seria impossível que a renda per capita e a população mundial aumentassem simultaneamente.

O que ocorreria é que algumas pessoas aumentariam suas rendas à custa de todas as outras, e a renda per capita permaneceria constante — aliás, cairia, por causa do aumento do número de indivíduos.

Que tenhamos conseguido multiplicar por 11 a renda per capita do conjunto de habitantes do planeta (e por 20 em alguns países ocidentais, como os EUA) ilustra claramente que a economia não é um jogo de soma zero. E, principalmente, que desigualdade não é o mesmo que pobreza.

Confusões básicas

Uma sociedade pode ser muito igualitária e muito pobre. Ou bastante desigual e rica.

Albânia, Bielorrússia, Iraque, Cazaquistão, Kosovo, Moldávia, Tajiquistão e Ucrânia são sociedades que apresentam uma distribuição de renda muito mais igualitária que a da Espanha, mas são muito mais pobres. Por outro lado, Cingapura é uma sociedade muito mais desigual que a Espanha, mas apresenta uma renda per capita maior em todos os quintis da redistribuição de renda.

A Etiópia, cujo coeficiente de Gini — indicador que mensura a desigualdade; quanto mais próximo de 100, mais desigual é um país — é de 29,6 e o Paquistão (30) são mais igualitários que a maioria dos países desenvolvidos, como Austrália (35,2), Coréia do Sul (31,6) e Luxemburgo (30,8) e Canadá (32,6).

Tajiquistão (30,8), Iraque (30,9), Timor Leste (31,9), Bangladesh (32,1) e Nepal (32,8) são mais igualitários que Bélgica (33), Suíça (33,7), Polônia (34), França (35,2), Reino Unido (36), Portugal (38,5), Estados Unidos (40,8), Cingapura (42,5) e Hong Kong (43,4).

Já o Afeganistão (27,8) é uma das nações mais igualitárias do mundo.

Por isso, o objetivo primordial de qualquer pessoa preocupada com o bem-estar alheio deveria ser o de aumentar a renda total de cada indivíduo, e não reduzir as diferenças de renda entre cada indivíduo.

O bem-estar de um indivíduo está estritamente relacionado com seu nível de renda: quanto maior a renda, melhor sua alimentação, maior seu acesso a bens e serviços, maior seu acesso a bons serviços de saúde, maior seu acesso a uma boa educação, maior o seu tempo de lazer etc.

Uma pessoa é pobre porque ela é carente de bens materiais. Ela não possui um mínimo de suas necessidades materiais satisfeitas. Suas posses são escassas porque ela não tem renda para obter bens e serviços em um volume que satisfaça suas necessidades mínimas.

Isto, aliás, vale tanto para indivíduos quanto para países. Quanto mais bens e serviços disponíveis aos habitantes de um país, melhores serão suas condições de vida e menor será o nível de pobreza.

O padrão de vida — de um indivíduo e de um país — é determinado pela abundância de bens e serviços. Quanto maior a quantidade de bens e serviços ofertados, e quanto maior a diversidade dessa oferta, maior será o padrão de vida. Quanto maior a oferta de alimentos, quanto maior a variedade de restaurantes e de supermercados, de serviços de saúde e de educação, de bens como vestuário, imóveis, eletrodomésticos, materiais de construção, eletroeletrônicos e livros, de pontos comerciais, de shoppings, de cinemas etc., maior tenderá a ser a qualidade de vida da população. 

Por outro lado, como mostram as estatísticas, o bem-estar das pessoas não tem nenhuma relação com o grau de desigualdade da sociedade em que moram.

Mais ainda: nem sequer há evidências de que a desigualdade prejudica o crescimento econômico e, por conseguinte, o aumento da renda de todas as pessoas.

Logo, não faz sentido nem mesmo qualquer preocupação indireta para com a desigualdade. É claramente preferível uma sociedade com rendas elevadas, porém muito desiguais, a uma sociedade de rendas ínfimas, porém igualitárias.

Qualquer política econômica de bom senso deve visar ao crescimento econômico inclusivo (ou seja, um crescimento que beneficie a todos, ainda que em proporções desiguais), e não a uma redistribuição de renda.

Redistribuir renda e riqueza é redistribuir miséria

Para algumas pessoas, o crescimento econômico global não é desejável ou mesmo não é possível. Segundo elas, não podemos e não devemos seguir explorando um planeta com recursos limitados (sobre essa "exploração", vale ressaltar que tais pessoas não aceitam nem mesmo que haja um aproveitamento mais eficiente dos recursos disponíveis por meio do aumento da produtividade).

Para tais pessoas, o objetivo é frear o crescimento econômico e redistribuir a renda e a riqueza que já existem: nós não precisamos de mais, precisamos apenas distribuir melhor.

O problema é que apenas redistribuir a renda e a riqueza não tem nenhum efeito duradouro sobre a pobreza.

E isso é fácil de ser demonstrado.

Hoje, a renda per capita global é de 15.600 dólares. Isso significa que, caso houvesse uma imediata distribuição igualitária de renda, conseguiríamos apenas fazer com que cada cidadão passe a ter 15.600 dólares.

À primeira vista, tal valor não parece pequeno. Uma família composta por dois adultos e um menor desfrutaria de 46.800 dólares, aparentemente mais do que a imensa maioria das famílias da Espanha, por exemplo. Mas o erro deste cálculo é não entender os conceitos que realmente integram a definição de renda per capita.

Em primeiro lugar, 15.600 dólares representam aproximadamente a renda per capita atual de países como Argélia, Bielorrússia, Botsuana, Brasil, China, Costa Rica, República Dominicana, Iraque, Líbano, Montenegro, Sérvia e Tailândia.

Ou seja, se redistribuíssemos perfeitamente a renda mundial, o padrão de vida de um europeu ou de um americano seria reduzido ao nível desses países [e nós brasileiros, como um todo, ficaríamos na mesma]. Trata-se de uma constatação nada esperançosa, ainda que, em uma análise superficial, os 15.600 dólares por cidadão pareçam bastante.

Mas isso ainda é o de menos. As coisas pioram. O que nos leva ao segundo ponto.

Nem toda a renda per capita disponível pode ser consumida: uma parte dela deve ser reinvestida de modo a garantir uma geração de renda no futuro. Isso é economia básica: se consumirmos toda a renda gerada por uma colheita, não será possível investir para gerar uma nova colheita no futuro.

Consequentemente, se uma pessoa ganhar 15.600 dólares hoje e gastar em bens de consumo, visando a aumentar seu bem-estar, rapidamente voltará a ser pobre. Terá algum luxo momentâneo, mas não terá renda futura.

Nas sociedades capitalistas, parte da renda reinvestida faz os capitalistas garantirem suas rendas futuras. No entanto, se esta renda for redistribuída entre todos, todos nós teremos de investir uma parte da nossa renda para manter a mesma capacidade produtiva da sociedade. Quanto deveríamos investir? O consenso é algo ao redor de 20% do PIB. Assim, da renda per capita de 15.600 dólares, somente 12.480 poderiam ser consumidos.

Em terceiro lugar, e este é o ponto crucial: após esta renda distribuída ter sido consumida, não haveria como ocorrer novas redistribuições.

Afinal, de onde viria a nova renda a ser redistribuída? Vale lembrar que não há mais ricos e pobres. Todos estão em igual situação. Consequentemente, não haverá mais de quem tirar.

Logo, e por definição, uma redistribuição de renda é algo que só pode ser feito uma única vez. E, após a redistribuição, os contemplados estarão em melhor situação apenas enquanto durar essa sua renda recebida. Tão logo ela seja consumida, tais pessoas voltarão ao estado de pobreza anterior.

E pior: com os empreendedores mais pobres, será muito mais difícil para tais pessoas melhorarem de vida.

Em quarto lugar, e complementando o terceiro item, em uma economia de mercado, a riqueza dos ricos não está na forma de dinheiro guardado na gaveta ou em contas bancárias. Também não está em amontoados de bens de consumo dentro de suas mansões. A riqueza dos ricos está majoritariamente na forma de meios de produção: instalações industriais, maquinários, ferramentas, edificações, estoques, ferramentas de produção, equipamentos de escritório de uma fábrica ou de uma empresa qualquer. 

Esses meios de produção, além de tornarem o trabalho humano mais eficiente e produtivo, produzem os bens e serviços que todas as pessoas consomem. Mais ainda: esses meios de produção demandam o emprego de mão-de-obra, e essa mão-de-obra é vendida pelas massas em troca de salários.

Quanto maior a riqueza de empreendedores e capitalistas, maior será a produção e a oferta de bens e serviços. Consequentemente, maior será a demanda por mão-de-obra.  E maior será o padrão de vida de todos.

Caso os ricos sejam espoliados destas posses (que são sua verdadeira riqueza), e caso estes bens de capital sejam "socializados" para todos, simplesmente não mais haverá a mesma alocação de recursos de antes.

Como explicou Mises, para um empreendedor ser bem-sucedido, não basta ele ter poupado e acumulado capital. É necessário que ele invista, contínua e repetidamente, naquelas linhas de produção que melhor atendam aos desejos dos consumidores. O empreendedor de sucesso é alguém que sabe estimar corretamente as futuras condições do mercado e está ávido para realizar empreendimentos que, caso se revelem corretos — isto é, que saibam antecipem corretamente as futuras demandas dos consumidores —, irão resultar em lucros. É isso o que distingue o empreendedor bem-sucedido das outras pessoas. Suas ações são dirigidas por uma estimativa do futuro que não é a mesma da maioria das pessoas.

Portanto, os capitalistas detentores destes meios de produção são bem-sucedidos exatamente porque sabem como alocar racionalmente estes meios de produção. Seu êxito decorre diretamente disso. Com os meios de produção socializados, esta superioridade empreendedorial — qualidade usufruída por muito poucos indivíduos — estará abolida.

Assim, com coletivização dos meios de produção [bizarrice defendida por proeminentes economistas brasileiros], o único resultado economicamente possível (comprovado na teoria e na prática) seria a universalização da miséria.

Na mais benéfica das hipóteses, todo o nosso bem-estar e toda a nossa capacidade de auferir receitas via trabalho assalariado estariam seriamente comprometidos.

Conclusão

Dizer que a pobreza se resolve com redistribuição de renda e de riqueza, e sem crescimento econômico, é trapaça intelectual. A única coisa que teríamos seria a redistribuição da miséria.

O problema atual não é a desigualdade, mas a pobreza que ainda resta. Tanto nos países desenvolvidos, como nos países em desenvolvimento, existem muitas pessoas pobres (embora o número seja cada vez menor).

A nossa prioridade deve ser tirá-los da pobreza e não universalizar suas carências.

Desigualdade não é pobreza: combater a desigualdade não acaba com a pobreza e diminuir a pobreza não implica acabar com a desigualdade. É imprescindível separar esses dois conceitos para não sermos enganados pelos defensores do igualitarismo, os quais querem apenas redistribuir a pobreza.

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Leia também:

Para superar a pobreza, é crucial premiar a criação de riqueza, e não puni-la

Mesmo em uma sociedade com igual ponto de partida, haveria capitalistas, assalariados e desigualdade

É o crescimento econômico em uma sociedade livre, e não a igualdade forçada, o que salva os pobres

Em qualquer discussão sobre desigualdade, estas são as quatro perguntas que têm de ser feitas

"Sem o estado, quem cuidará dos pobres?"



autor

Juan Ramón Rallo
é diretor do Instituto Juan de Mariana e professor associado de economia aplicada na Universidad Rey Juan Carlos, em Madri.  É o autor do livro Los Errores de la Vieja Economía.


  • Carlos  26/07/2019 17:34
    Esse Eduardo Moreira é inacreditável. Alguém tem alguma idéia do que se passou com ele?
  • Bernardo  26/07/2019 17:39
    Com certeza está almejando algum cargo público. Mas é certeza. Vai se filiar ao PDT (ele vem sendo cortejado abertamente por Ciro Gomes) e vai virar deputado. Tranquilamente.
  • Vladimir  26/07/2019 17:41
    É o capitalista que prosperou no capitalismo e agora, por motivos psicológicos, quer abolir o sistema. Mises explicou em detalhes esse fenômeno ainda na década de 1950 em seu livro "A Mentalidade Anticapitalista". Olavo de Carvalho também possui bons ensaios sobre o tema.
  • Fabrício  26/07/2019 18:15
  • Ciro Gomes  26/07/2019 18:30
    Mas o Moreira ta certo. Ele diz que é preciso defender a redistribuição dos meios de produção para acabar com a desigualdade. E isso realmente aconteceria, ué. Todos ficariam igualmente miseráveis, como em Cuba, Coreia do Norte e Venezuela. Objetivo alcançado. O homem sabe do que tá falando.
  • Juliano  26/07/2019 18:47
    Para ele, é melhor morar na Etiópia do que nos EUA (e no Brasil). Ele deveria demonstrar essa coerência.
  • Marcos  07/10/2019 21:33
    Simples meu caro.
    Primeiro ele "encantou cavalos" e agora ele "encanta muares".
  • Marco Vasconcelos  19/08/2022 19:46
    Obrigado, antes informo que sou pro iniciativa privada e a favor do Estado regulador inteligente e não empreendedor. Mas seus argumentos contém, ou melhor excluem vários aspectos importantes como a pressão sobre os recursos naturais, a noção de que o crescimento depende apenas do consumo dos ricos! Isso é muito limitado assim como a teoria de Kalecki! Numa sociedade ideal, com empreendedores ideais como descritos por Misses isso até que pode fazer sentido, mas no nosso real sistema um empreendedor apoia o livre mercado somente enquanto esta entrando no jogo. A partir do momento em que prospera e inicia uma "consolidação" passa a cooptar o Estado em favor dos seus projetos e contra o interessse do bem comum. Passa a defender regulações absurdas que o protejam contra a entrada de competidores. Nada como um bom monopólio!
    Nosso modelo de capitalismo de mercado é a melhor solução até o momento para producao e distribuicao de riquezas, mas está longe de uma solução sustentável. Como é estudioso pesquise a origem das fortunas das famílias ricas.
  • Igor  02/09/2022 16:30
    Ele parou para analisar, usou o cérebro e viu que estava tudo errado.
  • Elielzer de Souza Nuayed  30/09/2022 18:30
    Dizer que a pobreza se resolve com redistribuição de renda e de riqueza.
    Pobreza: falta daquilo que é necessário à subsistência. No reino animal irracional não há pobreza, pobreza é um conceito da raça humana. Os animais irracionais lutam pela sobrevivência conforme a lei de Darwin, então subsiste a selvageria e a natureza, ora há fartura, ora há escassez. Mas o seres humanos se acham diferentes esses não se consideram selvagens, pois possuem o senso da humanidade. (?)
    O Ser Humano é um predador por natureza. A pobreza e a riqueza sempre caminharão juntas pois uma modera a outra.
    Vamos fazer a comparar fazendo uma metáfora.
    - O cidadão quando está conduzindo o seu carro acha que a rua é para seu carro passar e não quer empecilhos.
    - Quando o mesmo cidadão está a transitar a pé ele é educado e atencioso e estranha a postura dos que estão de carro.
    Então é isso que o sr Juan Ramón Rallo quer se defender: que o que ele chama de detetor da Riqueza nunca saia do seu pedestal econômico pois do contrário há de se confrontar com a realidade.
  • anônimo  26/07/2019 17:37
    Igualdade é uma utopia.

    Capitalismo é um jogo... é preciso ensinar as pessoas a jogar esse jogo.


    O ser humano precisa do outro. Assim que nascemos ja precisamos do outro... diferente de um réptil que sai da casca e se vira.


    Ainda hoje tem pessoas no Brasil sem luz elétrica. O homem com olhos de cifrão não tem interesse nessas pessoas.

    Menos Mises, Mais Humanismo ao IMB.
  • Amante da Lógica  26/07/2019 17:43
    "O ser humano precisa do outro. Assim que nascemos ja precisamos do outro... diferente de um réptil que sai da casca e se vira."

    Exato. E o único arranjo que coloca uma pessoa para servir bem a outra -- pois servir bem a outra é do seu interesse próprio -- é o capitalismo.

    "Ainda hoje tem pessoas no Brasil sem luz elétrica. O homem com olhos de cifrão não tem interesse nessas pessoas."

    Ué, mas foi exatamente a busca por cifrões o que retirou bilhões de pessoas da miséria e melhorou a qualidade de vida de todos. E é exatamente a busca por cifrões o que gera oferta de energia ao redor do mundo.

    E é exatamente no Brasil -- onde o setor elétrico está majoritariamente sob controle do estado -- onde as pessoas ainda não têm energia elétrica. Apenas a busca por cifrões garantirá maior oferta de energia elétrica para essas pessoas.

    Aliás, qual o motivo do "homem com olho no cifrão" não levar a luz elétrica a quem não tem, e ainda lucrar com isso?

    Quem é que o impede de ter sua ganância transformada em benefícios aos necessitados?

    Tente adivinhar. Não é difícil.

    "Menos Mises, Mais Humanismo ao IMB"

    Menos vitimismo e mais inteligência para você.
  • Kaio  27/07/2019 16:30
    Boa pergunta. Pq eu investiria em algo que não vai me gerar lucro ? Vou fazer pq sou bonzinho? Claro que não...
  • Jorge  26/07/2019 18:27
    Em um ambiente de liberdade econômica, um indivíduo que produz duas vezes mais, ao mesmo tempo em que todos os outros continuam produzindo o mesmo, será capaz de usufruir duas vezes mais o fruto de seu trabalho, pois terá um rendimento duas vezes maior.

    Mas se essa duplicação da sua produção tiver de ser dividida com os mais de 7 bilhões de habitantes do planeta, esse indivíduo, em vez de receber duas vezes mais como resultado da duplicação de sua produção, irá receber apenas a sétima bilionésima parte do dobro de sua produção (0,0000000001428) — ou seja, em termos práticos, absolutamente nada.

    Sob a liberdade que permite a desigualdade econômica, um indivíduo é capaz de aprimorar o bem-estar econômico seu e de sua família dramaticamente. Porém, quando uma política estipula que, para ele aprimorar o seu próprio bem-estar, ele tem de ser obrigado a aprimorar o bem-estar de toda a população na mesma intensidade, então ele nada pode alcançar.

    É como ver um indivíduo com pernas fortes o bastante para caminhar, e então estipular que, se ele quiser caminhar, ele tem de ser obrigado a carregar o peso de toda a população do globo sobre suas pernas.
  • papi  14/08/2019 14:17
    Um exemplo de incentivo para distribuir riquezas:

    16 E eis que se aproximou dele um jovem, e lhe disse: Mestre, que bem farei para conseguir a vida eterna?
    17 Respondeu-lhe ele: Por que me perguntas sobre o que é bom? Um só é bom; mas se é que queres entrar na vida, guarda os mandamentos.
    18 Perguntou-lhe ele: Quais? Respondeu Jesus: Não matarás; não adulterarás; não furtarás; não dirás falso testemunho;
    19 honra a teu pai e a tua mãe; e amarás o teu próximo como a ti mesmo.
    20 Disse-lhe o jovem: Tudo isso tenho guardado; que me falta ainda?
    21 Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, segue-me.
    22 Mas o jovem, ouvindo essa palavra, retirou-se triste; porque possuía muitos bens.
    23 Disse então Jesus aos seus discípulos: Em verdade vos digo que um rico dificilmente entrará no reino dos céus.
    24 E outra vez vos digo que é mais fácil um camelo passar pelo fundo duma agulha, do que entrar um rico no reino de Deus.
    25 Quando os seus discípulos ouviram isso, ficaram grandemente maravilhados, e perguntaram: Quem pode, então, ser salvo?
    26 Jesus, fixando neles o olhar, respondeu: Aos homens é isso impossível, mas a Deus tudo é possível.

  • Raphael  14/08/2019 14:50
    Exato. Distribuição voluntária de riqueza. Nada contra. Exatamente como deve ser.

    Aliás, desafio qualquer um a mostra uma única passagem na Bíblia em que Jesus diga que o governo deve tomar a riqueza de uns e repassar a outros.
  • Italo  02/07/2020 00:55
    Vc consegue se imaginar numa situação miserável de fome e doença esperando a distribuição voluntária da riqueza de alguém?
  • Raphael  02/07/2020 04:17
    Tipo os venezuelanos? Os norte-coreanos? Os cubanos?

    Não, não consigo. E é por isso que luto com todas as minhas forças intelectuais para impedir que essa desgraça se estabeleça por aqui.


    P.S.: aliás, veja que deliciosa ironia: o regime em que as pessoas mais passam fome é exatamente aquele em que a propriedade dos meios de produção é estatal, ou seja, "do povo". Legal, né?
  • Maicon Rodrigues  06/09/2020 09:51
    Desculpe dizer mas falar que nenhum rico passara para o reino dos ceus e ridiculo ninguem sabe realmente se jesus falou isto, e segundo se falasse a igreja daquela epoca não seria tão rica e influente, e em segundo lugar , se o criador da Apple desse todo dinheiro dele, nao existiria celulares desta marca, se quem inventou a luz eletrica fosse pobre não existiria a propria luz tvs, nen meios de comunicação, resumindo estariamos na idade da pedra ainda escutando besteiras... Abra a mente,raciocine e entenda como as coisas funcionam...depois veja se alguém daquela epoco faria o aparelho por onde vc está lendo isto...
  • Simonetti  26/07/2019 18:27
    Na verdade, uma sociedade em que não existisse estado para impor a igualdade, pelo menos no Brasil, seria bem mais igualitária, uma vez que mais da metade da alta renda é constituída de funcionários públicos. Isso fora os corporativistas e grandes empresários que só estão onde estão por causa da ausência de concorrência gerada pelas regulações estatais.

    As pessoas simplesmente não entendem que impor coisas como redistribuição, além de imoral, é ineficaz, não funciona, não adianta. Isso só dá mais jus à expressão "o mundo é dos espertos", que, no caso, são os sanguessugas engravatados.
  • Alfredo  26/07/2019 18:36
    E no Brasil ainda tem aquela lenga-lenga esquerdista de "mesma-elite-de-500-anos". Ora, grandes fortunas do passado se perderam nas mãos de herdeiros perdulários ou relapsos, brigas de família, golpes e arrivismo; chegaram por aqui, de metade do sec. XIX em diante, levas de migrantes japoneses, alemães, italianos, libaneses, bem como novas ondas de portugueses que nada tinham a ver com os que por aqui já estavam. Em grande parte, especialmente no Centro-Sul do Brasil, é essa a elite do Brasil de hoje.

    Isso não quer dizer que o Brasil não tenha velhos vícios de natureza anti-liberal que condenam o lucro e o mérito, já que o senso comum por aqui é que todos podem viver sob as asas do Estado, desde os pobres com suas bolsas, quotas e pensões; passando pela classe média concurseira, até os ricos, beneficiados pelo protecionismo, cartorialismo, empréstimos de BNDES e regulações feitas sob encomenda
  • Hélio Schwartsman  26/07/2019 18:48
    O historiador Walter Scheidel (Stanford) decidiu olhar para o passado em busca daquilo que realmente faz com que a renda seja mais bem distribuída e concluiu que só grandes catástrofes sociais dão conta da missão –e mesmo assim apenas por tempo limitado.

    O resultado de suas pesquisas está em "The Great Leveler" (a grande niveladora). Ao longo de mais de 500 páginas, ele mostra com muita erudição histórica que a tendência geral das sociedades, desde a Idade da Pedra até hoje, é concentrar riqueza e que essa orientação só é revertida de forma um pouco mais perceptível em situações extremas das quais queremos manter total distância. Não é uma coincidência que o autor chame as forças niveladoras que identificou de quatro cavaleiros do apocalipse.

    www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/2017/06/1891959-igualdade-ou-morte.shtml
  • Alfredo  26/07/2019 18:37
    Quem é espírita sabe sobre a impossibilidade e a falácia da igualdade. Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, de 1864, lê-se:

    Desigualdade das riquezas

    A desigualdade das riquezas é um dos problemas que inutilmente se procurará resolver, desde que se considere apenas a vida atual.

    A primeira questão que se apresenta é esta: Por que não são igualmente ricos todos os homens? Não o são por uma razão muito simples: por não serem igualmente inteligentes, ativos e laboriosos para adquirir, nem sóbrios e previdentes para conservar.

    É, aliás, ponto matematicamente demonstrado que a riqueza, repartida com igualdade, a cada um daria uma parcela mínima e insuficiente; que, supondo efetuada essa repartição, o equilíbrio em pouco tempo estaria desfeito, pela diversidade dos caracteres e das aptidões; que, supondo-a possível e durável, tendo cada um somente com que viver, o resultado seria o aniquilamento de todos os grandes trabalhos que concorrem para o progresso e para o bem-estar da Humanidade; que, admitido desse ela a cada um o necessário, já não haveria o aguilhão que impele os homens às grandes descobertas e aos empreendimentos úteis.

    Se Deus a concentra em certos pontos, é para que daí se expanda em quantidade suficiente, de acordo com as necessidades.
  • Mais Mises...  29/07/2019 16:27
    Sou espírita e esse foi um dos primeiros grandes argumentos que me fez gostar e aderir ao que o texto disse. Comentei com meus pais que pensaram exatamente a mesma coisa. No espiritismo, tem-se muito forte o conceito de individualidade, de que somos responsáveis pelas nossas ações e suas consequências.
  • Guilherme - Quito Ecuador  26/07/2019 18:52
    Brasil não é um país desigual, é extremamente desigual e nada tem a ver com renda e sim com oferta, simplesmente não há serviços de nenhuma espécie para os mais pobres, restaurantes, transportes interestaduais, entradas de cinema, quase todos os tipos de lazer e eventos são caros demais para os pobres que ganham ao redor do salário mínimo.
  • Ivan  26/07/2019 19:10
    Correto. E uma maneira de garantir uma farta oferta de bens para a população é tendo uma moeda forte e liberando as importações. Sob este arranjo, as importações serão baratas e a oferta de bens sempre será farta. Não é à toa que os países que possuem a melhor qualidade de vida são aqueles que mais praticam o livre comércio.

    Outra maneira óbvia — e que deve sempre ser adotada em conjunto com a anterior — é facilitar a produção de bens e serviços domésticos.

    Daí a crucial importância do crescimento econômico para que uma população prospere. Se a economia cresce mais, isso significa que mais bens e serviços estão sendo produzidos. Consequentemente, maior será a qualidade de vida da população. Maior crescimento econômico também significa aumento da renda da população, o que por sua vez permite mais importações, reforçando assim todo o ciclo virtuoso.

    Logo, a solução para a pobreza está exatamente em facilitar ao máximo o crescimento econômico. E, para que isso ocorra, o óbvio tem de ser feito: desburocratizar, desregulamentar, reduzir impostos (o que implica reduzir gastos do governo), facilitar o empreendedorismo e ter uma moeda forte. O crescimento econômico é fácil e natural; depende apenas de o governo permitir.
  • Emerson  26/07/2019 18:59
    Mises já havia explicado tudo isso em seu livro Socialism:

    "A maioria das pessoas que exige a maior igualdade possível de rendas não percebe que o objetivo que elas desejam só pode ser alcançado pelo sacrifício de outros objetivos.

    Elas imaginam que a soma de todas as rendas permanecerá inalterada e que tudo o que elas precisam fazer é apenas distribuir a renda de maneira mais uniforme do que a distribuição feita pela ordem social baseada na propriedade privada.

    Os ricos abdicarão de toda a quantia auferida que estiver acima da renda média da sociedade, e os pobres receberão tanto quanto necessário para compensar a diferença e elevar sua renda até a média. Mas a renda média, imaginam eles, permanecerá inalterada.

    É preciso entender claramente que tal ideia baseia-se em um grave erro. Como demonstrado em capítulos anteriores, não importa qual seja a maneira que se conjeture a equalização da renda — tal medida levará, sempre e necessariamente, a uma redução extremamente considerável da renda nacional total e, consequentemente, da renda média.

    Quando se compreende isto, a questão assume uma complexidade bem distinta: agora temos de decidir se somos a favor de uma distribuição equânime de renda a uma renda média mais baixa, ou se somos a favor da desigualdade de renda a uma renda média mais alta.

    A decisão irá depender essencialmente, é claro, de quão alta será a redução estimada na renda média causada pela alteração na distribuição social da renda. Se concluirmos que a renda média será mais baixa do que aquela que é hoje recebida pelos mais pobres, nossa atitude provavelmente será bem distinta da atitude da maioria dos socialistas sentimentais.

    Se aceitarmos o que já foi demonstrado sobre o quão baixa tende a ser a produtividade sob o socialismo, e especialmente a alegação de que o cálculo econômico sob o socialismo é impossível, então este argumento do socialismo ético também desmorona."

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=1224
  • Gusmão  26/07/2019 19:04
    Vamos considerar que a partir de hoje toda a riqueza mundial será distribuída igualitariamente para todos e que cada um passasse a ter os 15.600. Em pouco tempo toda a desigualdade retornaria. Nem todos são laboriosos, previdentes e responsáveis igualmente. Uns iriam poupar, outros iriam montar seu próprio negocio, que dependeria de sua dedicação para dar resultado, e outros iriam gastar de acordo com suas preferencias de consumo. No fim, os mais produtivos, assertivos e previdentes estariam sendo os detentores do maior quinhão e estariam multiplicando, novamente, seus ganhos. A desigualdade das riquezas não é uma sentença mas uma consequência da natureza humana.
  • Jorge  26/07/2019 19:14
    Sim, mas aí tão logo estes produtivos, assertivos e previdentes começassem a se destacar e avançar, novos clamores por igualdade de renda voltariam a ser feitos, o que desestimularia qualquer tentativa de progresso e de melhora de vida.

    E aí então o mundo estaria a salvo de qualquer um que tente fazer algo que o beneficie e que, por isso, o torne desigual em relação aos outros. E, quando chegarmos a esse ponto, o mundo irá desfrutar toda a prosperidade gerada pela total paralisia (morando dentro das cavernas, é claro).
  • Marcos Silva  26/07/2019 19:23
    Claro que há um jogo de interesse dos mais ricos controlarem os políticos para permanecerem estes dois grupos mais ricos, mas distribuir dinheiro para um ignorante é o mesmo que jogar pérolas as porcos, em uma semana o cara vai estar pedindo esmola e o cara que foi rico em uma semana estará ficando rico de novo.
  • Ninguém Apenas  26/07/2019 19:11
    Eu sei que não está diretamente relacionado com o artigo em questão, mas quando é que discutiremos de forma aberta a desestatização da água? O movimento libertário só cresce, os liberais ganharam grande representação no governo e nada do assunto ser minimamente discutido.

    Eu até entendo e inclusive concordo que não é algo muito factível no futuro próximo, mas se isso fosse empecilho para discutir o assunto, esse site não teria sentido em existir, seu sucesso é resultado da insistência de indivíduos que não desistiram de debater o assunto mesmo quando eram rejeitados por mais de 99% da população. Lembremos que 5 anos atrás privatizações eram a encarnação do inferno na Terra, hoje o noticiário fala da privatização como algo banal.

    Acredito que o maior dos problemas é a questão dos direitos de propriedade, onde a união acaba por ter propriedade exclusiva da terra a partir de uma certa profundidade. Quando comecei a discutir o assunto com algumas pessoas, elas de imediato se mostravam contra, mas as duas pessoas que conversei, após uns 30 minutos de conversa, aceitaram que a melhor solução para a seca do Nordeste era esta.

    A maior preocupação delas era a qualidade da água e o monopólio, coisas não muito difíceis de refutar. O mesmo se aplica ao padrão-ouro, quando as pessoas (principalmente os mais pobres) descobrem que a realidade de preços em queda é possível, se mostram completamente surpresos. Eles são tão acostumados com a perda contínua do poder de compra que para eles é algo próximo da utopia. Muitos ficam com um pé atrás inclusive, imaginam que isso seria bom demais para ser verdade.

    Com o nosso já bem conhecido governo paulista "privatizando" a Sabesp, seria um bom momento para discutir isso, não? Pelo menos republicar o artigo do monopólio natural e aquele do Leandro falando das privatizações (que tem parte 1 parte 2).



    Já aviso que se ninguém escrever sobre isso, eu mesmo vou escrever. Nem ligo se ficar ruim kkk
  • Guilherme  26/07/2019 19:20
    Mas a única maneira de haver desestatização da água é exatamente adotando aquele modelo descrito no artigo do Leandro. Qualquer outro arranjo envolveria ingerência estatal e aí não haveria desestatização.

    Igualmente, simplesmente privatizar uma rede de saneamento já existente seria ineficiente, pois a empresa ganhadora teria a certeza de que não haveria como surgir concorrentes, e ela continuaria desta maneira sendo protegida pelo estado.
  • Luã Souza  26/07/2019 20:58
    Sou espírita e certa feita um cidadão espírita veio me dizer que o socialismo é o melhor e mais viável meio para o fim da miséria no mundo. Como eu já estudei muito sobre espiritismo, fiz um compilado da doutrina e enviei para este individuo. Quem tiver interesse, leia.

    LIVRO DOS ESPÍRITOS.

    811. Será possível e já terá existido a igualdade absoluta das riquezas?
    "Não; nem é possível. A isso se opõe a diversidade das faculdades e dos caracteres."
    a) — Há, no entanto, homens que julgam ser esse o remédio aos males da sociedade. Que pensais a respeito?
    "São sistemáticos esses tais, ou ambiciosos cheios de inveja. Não compreendem que a igualdade com que sonham seria a curto prazo desfeita pela força das coisas. Combatei o egoísmo, que é a vossa chaga social, e não corrais atrás de quimeras."

    881 - O direito de viver dá ao homem o de acumular bens que lhe permitam repousar quando não mais possa trabalhar?
    "Dá, mas ele deve fazê-lo em família, como a abelha, por meio de um trabalho honesto, e não como egoísta. Há mesmo animais que lhe dão o exemplo de previdência."
    882. Tem o homem o direito de defender os bens que haja conseguido juntar pelo seu trabalho?
    "Não disse Deus: 'Não roubarás?' E Jesus não disse: 'Dai a César o que é de César?'
    O que, por meio do trabalho honesto, o homem junta constitui legítima propriedade sua, que ele tem o direito de defender, porque a propriedade que resulta do trabalho é um direito natural, tão sagrado quanto o de trabalhar e de viver.

    EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO.
    Capítulo XVI do Evangelho Segundo o Espiritismo, item 8: ''A desigualdade das riquezas é um dos problemas que inutilmente se procurará resolver, desde que se considere apenas a vida atual. A primeira questão que se apresenta é esta: Por que não são igualmente ricos todos os homens? Não o são por uma razão muito simples: por não serem igualmente inteligentes, ativos e laboriosos para adquirir, nem sóbrios e previdentes para conservar. É, aliás, ponto matematicamente demonstrado que a riqueza, repartida com igualdade, a cada um daria uma parcela mínima e insuficiente; que, supondo efetuada essa repartição, o equilíbrio em pouco tempo estaria desfeito, pela diversidade dos caracteres e das aptidões; que, supondo-a possível e durável, tendo cada um somente com que viver, o resultado seria o aniquilamento de todos os grandes trabalhos que concorrem para o progresso e para o bem-estar da humanidade; que, admitido desse ela a cada um o necessário, já não haveria o aguilhão que impele os homens às grandes descobertas e aos empreendimentos úteis. Se Deus a concentra em certos pontos, é para que daí se expanda em quantidade suficiente, de acordo com as necessidades.''

    PIETRO UBALDI - A GRANDE SINTESE.
    Diante destas minhas concepções, vereis que absurdo representam vossas utopias de nivelamentos econômicos. A distribuição dos bens na terra não é, como acreditais, efeito das leis, instituições, sistemas, mas é consequência de um fatoprimordial indestrutível: o tipo individual e a linha de seu destino. Os equilíbrios da vida são feitos de desigualdades que, em vista das naturezas diversas, correspondem à justiça, mesmo que as posições sejam diferentes. É absurdo um nivelamento de unidades substancialmente desiguais. Ainda que imposto à força, a natureza dos indivíduos o destruiria, em pouco tempo. Só existe um comunismo substancial: o que une todos os fenômenos, vincula todas as ações, vos irmana a todos e vos arrasta dentro da mesma lei, sem possibilidade de isolamento, na mesma correnteza. Comunidade substancial de deveres, de trabalho, de responsabilidades, apesar das inevitáveis diferenças de nível, que exprimem as diferenças de tipos e de valores. Liames férreos que vos encadeiam a todos, igualmente, ainda que por vontade vossa sejam de rivalidades e de ódio, em lugar de serem de bondade e de amor. Os princípios da vida são mais sábios que vossos sistemas mecânicos de nivelamento social; conseguem o equilíbrio por meio da desigualdade, porque não tendem à equiparação num tipo único, mas à diferenciação, para depois reorganizar os que se especializaram em organismos coletivos. A diferença de posições sociais é simplesmente divisão de trabalho para capacidades diferentes. Esta é tanto mais acentuada — portanto, as posições são mais divergentes — quanto mais complexo e evoluído for oorganismo social. Numa coletividade adiantada, cada indivíduo e cada classe permanece tranquilamente em seu lugar, sem coações, tal como as células e os órgãos num corpo animal. Essas irrequietudes são características das sociedades inferiores em formação.

    CHICO XAVIER - HUMBERTO DE CAMPOS - LIVRO: BRASIL, CORAÇÃO DO MUNDO PÁTRIA DO EVANGELHO.
    Nesta época de confusão e amargura, quando, com as mais justas razões, se tem, por toda parte, a triste organização do homem econômico da filosofia marxista, que vem destruir todo o patrimônio de tradições dos que lutaram e sofreram no pretérito da humanidade, as medidas de repressão e de segurança devem ser tomadas a bem das coletividades e das instituições, a fim de que uma onda inconsciente de destruição e morticínio não elimine o altar de esperanças da pátria. Que o capitalismo, visando à própria tranquilidade coletiva, seja chamado pelas administrações ao debate, a incentivar com os seus largos recursos a campanha do livro, do saneamento e do trabalho, em favor da concórdia universal.

    O CONSOLADOR - EMMANUEL - CAPÍTULO 1

    55 — A desigualdade verificada entre as classes sociais, no usufruto dos bens terrenos, perdurará nas épocas do porvir?
    — A desigualdade social é o mais elevado testemunho da verdade da reencarnação, mediante a qual cada espírito tem sua posição definida de regeneração e resgate. Nesse caso, consideramos que a pobreza, a miséria, a guerra, a ignorância, como outras calamidades coletivas, são enfermidades do organismo social, devido à situação de prova da quase generalidade dos seus membros. Cessada a causa patogênica com a iluminação espiritual de todos em Jesus-Cristo, a moléstia coletiva estará eliminada dos ambientes humanos.

    56 — Pode admitir-se, em Sociologia, o conceito de igualdade absoluta?
    — A concepção igualitária absoluta é um erro grave dos sociólogos, em qualquer departamento da vida. A tirania política poderá tentar uma imposição nesse sentido, mas não passará das espetaculosas uniformizações simbólicas para efeitos exteriores, porquanto o verdadeiro valor de um homem está no seu íntimo, onde cada Espírito tem sua posição definida pelo próprio esforço. Nessa questão existe uma igualdade absoluta de direitos dos homens perante Deus, que concede a todos seus filhos uma oportunidade igual nos tesouros inapreciáveis do tempo. Esses direitos são os da conquista da sabedoria e do amor, através da vida, pelo cumprimento do sagrado dever do trabalho e do esforço individual. Eis por que cada criatura terá o seu mapa de méritos nas sendas evolutivas, constituindo essa situação, nas lutas planetárias, uma grandiosa escala progressiva em matéria de raciocínios e sentimentos, em que se elevará naturalmente todo aquele que mobilizar as possibilidades concedidas à sua existência para o trabalho edificante da iluminação de si mesmo, nas sagradas expressões do esforço individual.

    57 — Poderão os homens resolver sem atritos as chamadas questões proletárias?
    — Sim, quando se decidirem a aceitar e aplicar os princípios sagrados do Evangelho. Os regulamentos apaixonados, as greves, os decretos unilaterais, as ideologias revolucionárias, são cataplasmas inexpressivas, complicando a chaga da coletividade. O socialismo é uma bela expressão de cultura humana, enquanto não resvala para os pólos do extremismo. Todos os absurdos das teorias sociais decorrem da ignorância dos homens relativamente à necessidade de sua cristianização. Conhecemos daqui os maus dirigentes e os maus dirigidos, não como homens ricos e pobres, mas como a avarentos e a revoltados. Nessas duas expressões, as criaturas operaram o desequilíbrio de todos os mecanismos do trabalho natural. A verdade é que todos os homens são proletários da evolução e nenhum esforço de boa realização na Terra é indigno do espírito encarnado. Cada máquina exige uma direção especial, e o mecanismo do mundo requer o infinito de aptidões e de conhecimentos. Sem a harmonia de cada peça na posição em que se encontra, toda produção é contraproducente e toda boa tarefa impossível. Todos os homens são ricos pelas bênçãos de Deus e cada qual deve aproveitar, com êxito, os "talentos" recebidos, porquanto, sem exceção de um só, prestarão um dia, além-túmulo, contas de seus esforços. Que os trabalhadores da direção saibam amar, e que os da realização nunca odeiem. Essa é a verdade pela qual compreendemos que todos os problemas do trabalho, na Terra, representam uma equação de Evangelho.
    REVISTA ESPÍRITA 1861.

    O PAUPERISMO
    (Enviada pelo Sr. Sabò, de Bordeaux)
    Em vão os filantropos da Terra sonham com coisas que jamais verão realizar-se. Lembrai-vos destas palavras do Cristo: "Sempre tereis pobres entre vós", pois sabeis que estas são palavras de verdade. Meu amigo, agora que conheceis o Espiritismo, nãoachais justa e eqüitativa, essa desigualdade das condições, que fazia levantar vossos corações, cheios de murmúrio contra esse Deus que não havia feito todos os homens igualmente ricos e ditosos? Pois bem! Agora que sabeis que Deus agiu com sabedoria em tudo quanto fez e que a pobreza é um castigo ou uma prova, buscai amenizá-la, mas não lanceis mão de utopias para fazer os infelizes sonharem com uma igualdade impossível. Certamente, por uma sábia organização social, é possível aliviar muitos sofrimentos; é isto que se deve visar. Mas pretender que todos venham a desaparecer da face da Terra é uma idéia quimérica. Sendo a Terra um lugar de expiação, sempre haverá pobres que expiam nessa prova o abuso dos bens de que Deus os fizera dispensadores, e que jamais experimentaram a satisfação de fazer o bem aos seus irmãos; que entesouraram moeda por moeda para acumular riquezas inúteis a si mesmos e aos outros; que espoliaram as viúvas e os órfãos para enriquecer. Oh! esses são muito culpados e seu egoísmo se voltará contra eles! Guardai-vos, entretanto, de ver em todos os pobres culpados em punição. Se, para alguns, a pobreza é uma expiação severa, para outros é uma provação que lhes deve abrir mais rapidamente o santuário dos eleitos. Sim, sempre haverá pobres e ricos, a fim de que uns tenham o mérito da resignação, e outros o da caridade e do devotamento. Quer sejais ricos ou pobres, transitais sobre um terreno escorregadio, que vos pode precipitar no abismo, na descida do qual só as vossas virtudes vos podem reter. Quando digo que haverá sempre pobres na Terra, quero dizer que enquanto houver vícios, que dela façam um lugar de expiação para os Espíritos perversos, Deus os enviará para nela se encarnarem, para seu próprio castigo e dos vivos. Merecei, por vossas virtudes, que a vós Deus não envie senão Espíritos bons, e de um inferno fareis um paraíso terrestre.

    Adolfo, bispo de Argel.
  • Mais Mises...  29/07/2019 16:42
    Sen-sa-ci-o-nal!!!!!!!!!!!!!!!! Postarei partes desse texto dia após dia em meus perfis em redes sociais para que muitos dos meus amigos espíritas e canhotos (confundem necessidade da caridade com a necessidade de igualdade) vejam o absurdo da utopia que desejam!
  • Sergio.Santos  29/07/2019 17:43
    Luã, que postagem bárbara!!! Adorei, muito elucidativa quanto ao posicionamento da espiritualidade maior acerca desse tema tão delicado. Ótimo para "esfregar" na cara de muito espírita (?) "esquerdista" que confunde as coisas, sem contar aqueles que desejam enquadrar o Espiritismo nos preceitos comunistas, como o faz a vermelhíssima Dora Incontri, que é espírita (?) favorável ao "aborto" (pasmem!!!). Valeu! Forte abraço a todos!
  • julian woiski  26/07/2019 21:05
    Eduardo Moreira é patético. Fala esse monte de besteiras para platéias de esquerdobobos que ficam babando em sua utopia fétida, mas ao mesmo tempo vende cursos online sobre como (segundo ele) ganhar dinheiro no mercado financeiro. Bem a cara do Ciro Gomes esse sujeito; um hipócrita mal caráter.
  • Magna  26/07/2019 21:09
    Ou seja, tem método. Otária é a esquerda que acredita na sinceridade da conversão do bacana.
  • Lucas  26/07/2019 21:13
    E o mais impressionante é quão rápida foi a guinada do sujeito. Dois anos atrás, ele estava escrevendo coisas assim:

    exame.abril.com.br/blog/eduardo-moreira/2016-um-ano-necessario/
  • Aprendiz  27/07/2019 23:12
    Olhar para este texto e para o que o cara vem falando agora! Valha-nos Deus! Só ha oportunistas nestas bandas.

    Mudando de assunto, Governo autoriza saques do FGTS para 2019. R$ 500,00. Valor pouco, é certo. Mas, a minha questão é: isso não é estímulo ao consumo como pretexto para crescimento econômico? Não é, em certa medida, a mesma ideia dos anos vermelhos (no caso foi crédito e salários mínimos). Já fala-se que o governo criou o 14º salario para o povo! Realmente ninguém olha para o lado da oferta?

    Esta analise está correta ou eu perdi algo?
  • Alfredo  28/07/2019 01:02
    Trata-se de um dinheiro que é do trabalhador, e que o governo confiscou e deixou o poder de compra ser destruído pela inflação.

    Devolver o esbulho não tem nada a ver com "reativar a economia". É simplesmente uma questão de moral e ética.

    Aliás, tinha que devolver tudo e não apenas essa palhaçada de 500 reais.
  • Cristiano   28/07/2019 01:06
    FGTS é simplesmente um crime. Limitaram os saques a 500 reais porque sabem que se liberassem todo mundo iria sacar tudo. Ninguém é otário de deixar seu dinheiro sendo gerido pelo governo.

    E não precisa de FGTS pra construção civil. O sucesso dos fundos imobiliários já deixou isso bem claro.
  • Dane-se o estado  28/07/2019 01:43
    Limitaram o saque, porque o dinheiro todo não existe! Os bancos operam com reserva fracionária, a previdência é um esquema de pirâmide, se fossem liberar todo o dinheiro para cada indivíduo roubado considerando os anos de correção de inflação e contribuição, esse dinheiro não existiria. Eles precisam acalmar o gado e dar uma migalha para ir empurrando com a barriga o problema para frente até estourar em algum futuro governo e esse futuro governo ter que pegar a bomba.
  • Tulio  26/07/2019 21:16
    O melhor foi quando ele se meteu a falar contra a reforma da Previdência. Saiu cada merda homérica, que o Pedro Nery teve de refutar uma por uma.

    Resultado: o Dudu tomou um sabugo que até perdeu o rumo.

    Acho que foi depois dessa sapatada que ele viu que não entendia mesmo bosta nenhuma e resolveu venezuelizar de vez:

    www.gazetadopovo.com.br/vozes/pedro-fernando-nery/44-equivocos-de-eduardo-moreira-sobre-a-previdencia/

    www.gazetadopovo.com.br/vozes/pedro-fernando-nery/final-44-equivocos-eduardo-moreira-sobre-previdencia/
  • Felipe Lange  28/07/2019 21:03
    O que vocês acham sobre esse tweet recente sobre a redução dos impostos sobre os jogos, no qual fala que também os jogos no Brasil "têm quase preço de EUA"?
  • Andre  29/07/2019 14:33
    Não há espaço fiscal para redução de impostos de nenhum tipo, seria crime de responsabilidade.
  • método freiriano  28/07/2019 23:19
    Vejam como um comunista manipula as massas ignorantes. Vejam o que Paulo Freire dizia aos camponeses em suas "aulas":

    Antes do golpe militar, lá no Nordeste, Freire foi conversar com um grupo de camponeses. Em poucos minutos eles se calaram e houve um grande silêncio. Até que um deles falou:
    — O senhor me desculpe, mas é o senhor que deve falar, e não nós.
    — Por quê? Perguntei eu.
    — Porque o senhor é o que sabe, e nós não sabemos.
    — Aceito. Eu sei e vocês não sabem! Mas por que é que eu sei e vocês não sabem?
    — O senhor sabe porque foi à escola, e nós não.
    — Aceito. Fui à escola e vocês não foram. Mas por que é que eu fui à escola e vocês não foram?
    — Ah, foi porque seus pais puderam, e os nossos não.
    — Concordo. Mas porque seus pais tinham condição, bom trabalho, bom emprego, e os nossos não.
    — Tá certo. Mas, por que os meus tinham e os de vocês não?
    — Porque os nossos eram camponeses. Meu avô era camponês, meu pai era camponês, eu sou camponês, meu filho é camponês, meu neto vai ser camponês.
    (Aí, a concepção fatalista da história)
    — O que é ser camponês?
    — Ah, é não ter nada, é ser explorado.
    — Mas, o que é que explica isso tudo?
    — Ah, é Deus! Deus quis que o senhor tivesse e nós não.
    — Tá certo, concordo. Deus é um cara bacana, um sujeito poderoso! Agora, eu queria fazer uma pergunta: quem aqui é pai? Todo mundo era. Olhei para um e disse:
    — Você tem quantos filhos?
    — Tenho seis, disse ele.
    — Você seria capaz de botar cinco filhos aqui no trabalho forçado e mandar um pra capital com comida, hotel, pra ele estudar e ser doutor, e os outros cinco morrendo no porrete e no sol?
    — Não, não fazia isso não!
    — Então você acha que Deus é poderoso, que é pai, ia tirar essa oportunidade de vocês? Será que pode? Houve um silêncio e por fim um falou:
    — É não, não é Deus nada! É o patrão!

    Seria idiotice minha se eu dissesse que era o patrão imperialista yankee. O cabra ia dizer o quê, onde mora esse hôme? A transformação social se faz com ciência, com consciência, bom senso, humildade, criatividade e coragem. É trabalhoso, não se faz na marra. O voluntarismo nunca fez revolução, em canto nenhum, nem o espontaneísmo. Transformação social implica em convivência com as massas populares e não a distância delas.


    Se um leitor ou membro do IMB estivesse lá, como refutaria ele?
  • Luiz Fernando  29/07/2019 01:20
    Refutar o quê? Para algo ser refutado, ele tem de ao menos ter um mínimo de lógica.

    Esse derrame cerebral que você escreveu aí é tão tosco e desprovido de sentido, que não pertence nem à categoria do certo e errado, mas sim ao ramo da viagem lisérgica.
  • thiago  29/07/2019 12:05
    tem fonte?
  • Guilherme  30/07/2019 10:30
    Não tem. Pesquisei e a única coisa que encontrei foi essa mesma postagem em um perfil anônimo de Facebook.

    Ou seja, pura cascata. Invencionice. Fanfic total.

    É apenas mais uma versão daquele meme "É verdade esse bilete".

    Pedir pra refutar fanfic é o auge do desespero argumentativo.
  • Estudante da lógica  29/07/2019 03:09
    Eu penso que nada lhe foi tomado já que a origem do homem é a miséria absoluta. Agora um patrão apenas lhe oferece um meio de subsistência, se a pessoa se conforma com esse meio e não enxerga outros meios de melhorar a vida então não é culpa do patrão. O sistema capitalista ao menos é o único que permite liberdade para qualquer um adquirir meios de produção e se "libertar", mas isso requer algo que nem todos possuem, disposição a risco e iniciativa, é mais facil se acomodar com um salário fixo e delegar seu sucesso a terceiros. Agora detalhe ao campones que tem 6 filhos, nesse caso não há sistema econômico que fará milagre se a pessoa não tem um mínimo de planejamento familiar.
  • Dane-se o estado  02/08/2019 18:39
    A esquizofrenia do sujeito se constata nessa parte


    "É trabalhoso, não se faz na marra. O voluntarismo nunca fez revolução, em canto nenhum, nem o espontaneísmo. Transformação social implica em convivência com as massas populares e não a distância delas."
  • Luís Ramón de Oliveira   28/07/2019 23:47
    O imposto não é roubo, uma vez que ao viver um uma sociedade vc aceita tacitamente um contrato onde vc abre mão de certa parte da sua liberdade (seja ela qual for) em troca da segurança jurídica e da garantia da propriedade. Leviatã e Contrato Social já são teorias pacificadas.

    Em resumo, viver em uma sociedade sem estado seria estar suscetível a que um grupo armado tomasse o poder e se apropriasse de tudo, estabelecendo um governo tirânico. Portanto o estado de natureza que está implícito noq vc defende, não duraria muito tempo (não seria difícil alguém preferir aprender a atirar ou a usar espadas do que arar a terra, e ganhar a vida usurpando o que outros trabalharam para construir).
  • Marcos  29/07/2019 01:12
    É mesmo? Engraçado, nunca assinei contrato nenhum, e nem sequer concordo com ele. Aliás, essa merda desse contrato nunca nem sequer me foi apresentada. Teria como você, por gentileza, me mostrar uma cópia dele?
  • Edson Alves  29/07/2019 04:34
    Boa madrugada!
    Amigo, quando você nasceu, ninguém auxiliou a sua mãe durante o parto? Você mesmo que se educou ou você frequentou uma escola? Você mesmo construiu a casa onde mora? Você produz a própria energia elétrica que consome? Planta ou produz os alimentos que consome? Tomou todas as vacinas? Você dirige sem CNH? Não possui conta em algum banco? Não tem CPF ou CNPJ? Não faz declaração de IRPF ou IRPJ? Quando está dirigindo e vê que a luz vermelha do semáforo está acesa, você para ou continua? Você não está sujeito à legislação?

    Quando você compra uma bala, você pede cópia do contrato de compra e venda?

    Você quer uma cópia do contrato social para quê?
  • Marcos  29/07/2019 14:18
    "Amigo, quando você nasceu, ninguém auxiliou a sua mãe durante o parto?"

    Sim, um médico fez o parto, em troca de dinheiro, o qual ele utilizou para sustentar sua família.

    "Você mesmo que se educou ou você frequentou uma escola?"

    Ambos. Mas freqüentei escola privada, na qual professores trabalhavam em troca de dinheiro, o qual eles utilizaram para sustentar suas famílias.

    "Você mesmo construiu a casa onde mora?"

    Não, uma incorporadora fez isso em troca de dinheiro, o qual os engenheiros e os peões utilizaram para sustentar suas famílias.

    "Você produz a própria energia elétrica que consome?"

    Não, uma empresa faz isso em troca de dinheiro, o qual seus funcionários utilizam para sustentar sua família.

    "Planta ou produz os alimentos que consome?"

    Não, o agronegócio faz isso em troca de dinheiro, o qual seus trabalhadores utilizam para sustentar sua família.

    "Tomou todas as vacinas?"

    Crio que sim, e todas elas feitas por laboratórios farmacêuticos em troca de dinheiro, o qual seus cientistas utilizam para sustentar sua família.

    "Você dirige sem CNH?"

    Embora hoje eu tenha carteira, dirigi sem boa parte da vida. Nunca me envolvi em nenhum acidente.

    "Não possui conta em algum banco?"

    Possuo, sim. (Dúvida sincera: essas suas perguntas levam a algum lugar? Estou curioso).

    "Não tem CPF ou CNPJ?"

    Tenho CPF pois burocratas do estado me obrigam a ter. Eu não teria (e nem ninguém teria) não fosse a ameaça de prisão emitida por burocratas do estado.

    "Não faz declaração de IRPF ou IRPJ?"

    Faço pois não quero ir para a cadeia. Para não ir para a cadeia, sou obrigado a pagar esse arrego para a máfia (em troca de nada; é como se fosse uma doação compulsória). Ninguém pagaria IR se não fosse compulsório. (E isso não é chute meu, não. Tentaram isso na Noruega. Na Noruega! Ninguém contribuiu)

    "Quando está dirigindo e vê que a luz vermelha do semáforo está acesa, você para ou continua?"

    Paro de dia. De madrugada, apenas reduzo.

    "Você não está sujeito à legislação?"

    Estou sim, pois, se discordar delas, serei enviado a uma penitenciária.

    "Quando você compra uma bala, você pede cópia do contrato de compra e venda?"

    Nunca peço nem nota fiscal, pois não quero dar dinheiro para a máfia. O trabalhador que vende a bala tem todo o direito de ficar com a integralidade do meu dinheiro.

    "Você quer uma cópia do contrato social para quê?"

    Porque você disse que eu o assinei e que concordo com ele -- duas coisas que eu jamais efetuei.

    Se alguém diz que você comprou um imóvel sem você saber, e que agora você possui várias obrigações (inclusive dívidas em seu nome), o mínimo que você faria seria pedir para ver o contrato que você supostamente assinou, não?

    Se a sua resposta é negativa, por favor, me mande seus dados. Quero ter você de laranja.

    P.S.: agora que respondi a todas as suas perguntas, você poderia, por obséquio, voltar ao assunto original (não entendi nada deste seu devaneio acima) e me mostrar uma cópia, com minha assinatura, deste tal "contrato social" mostrando minha anuência para com ele?

    Muito agradecido.
  • Luís Ramón de Oliveira  29/07/2019 13:14
    Meu caro, vos apresento a Carta Magna: www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_EC91_2016.pdf

    Mas se achar que ela não é válida para regular as relações sociais no seu país, te sugiro um feito: na próxima vez que for à padaria comprar pão, tente não levar dinheiro. Aos invés disso, leve um punhado de sal ou farinha e tente trocar, afinal de contas a unidade monetária também faz parte desse contrato.
  • Marcos  29/07/2019 14:34
    "Meu caro, vos apresento a Carta Magna

    Um mero pedaço de papel redigido e aprovado inteiramente por políticos visando a beneficiar a eles próprios e aos funcionários públicos.

    Jamais aquiesci com esta porcaria. Querer me obrigar a aceitar algo do qual não participei e que jamais chancelei é o ápice do autoritarismo.

    P.S.: aprenda o português básico: "vos" é um pronome pessoal da segunda pessoa do plural. Se você se dirige a apenas uma pessoa (eu), você não pode usar "vos".

    "Na próxima vez que for à padaria comprar pão, tente não levar dinheiro."

    Ué, e por que eu faria isso? Eu jamais parti do princípio de que o dono da padaria tem a obrigação de me fornecer coisas gratuitas.

    Aliás, os únicos idiotas que acreditam em coisas gratuitas, e que acham que têm o direito de viver à custa dos outros, são exatamente os adoradores da constituição.

    "Aos invés disso, leve um punhado de sal ou farinha e tente trocar, afinal de contas a unidade monetária também faz parte desse contrato."

    Opa, obrigado pela informação! Quer dizer então que só existem transações monetárias por causa da constituição de 1988? Quer dizer que sem a constituição nunca teria havido dinheiro no mundo? Quer dizer então que tudo aquilo que foi usado como dinheiro por séculos (como o ouro) só o foi porque já se sabia, àquela época, que seria promulgada uma constituição no Brasil em 1988 estipulando que haveria dinheiro?

    Você é otário assim naturalmente, ou se esforça?
  • AGB  29/07/2019 14:56
    Creio que esse Luís Ramón veio da Argentina onde o pronome "VOS" é usado como o nosso VOCÊ. Mas VÓS, embora corresponda a 2ª pessoa do plural no português, também pode ser empregado para dirigir-se a outra pessoa, principalmente se desejamos mostrar reverência.
  • Dane-se o estado  01/08/2019 19:54
    Mais um positivista gado que repete direitinho como papagaio o discurso decorado na escolinha do mec.

    A existência de ordem não necessita de um monopólio da força coercitivo;

    Seres humanos naturalmente demandam ordem, pois sabem que recursos são escassos e necessitam trabalhar e desejam preservar o fruto do seu trabalho, logo qualquer matuto ou analfabeto sabe e demanda uma vida com ordem;

    Se algo é naturalmente demandável não há qualquer necessidade de ser imposto de forma exclusiva pelo estado ou por qualquer grupo ideológico que você acha que deve ser, não existe qualquer justificativa lógica, racional, ou objetiva que prove que ordem social necessita de poder concentrado monopolísta armado. Não há nada que justifique que empresas privadas de segurança não possam ofertar ordem. Estado é somente um monopólio da força coercitivo e ilegítimo, pois esse contrato social nunca existiu.

    O argumento do contrato social implícito é uma pura falácia, pois nenhum contrato pode ter cláusula implícita, pois isso é nada mais que fraude e estelionato.

    O estado não assinou historicamente contrato com ninguém, ele apenas usou da coerção armada e da força, e se mantém através apenas da ameaça de coerção. Ninguém assinou essa porcaria que não existe.

    O preço da civilização é o respeito da propriedade alheia, não é o financiamento de um agente monopolista.

    Não há absolutamente nada que justifique democracia ou monopólio do estado, apenas a ignorância milenar da cultura humana.

    Nem mesmo o argumento utilitarista é capaz de defender a utilidade do estado, pois o estado é ineficiente e incompetente sempre. Falso utilitarismo, e mesmo que formos discutir utilitarismo eu posso usar o próprio utilitarismo para refutar coisas como: social democracia, ou subsídios, afinal, se o argumento é manter a civilização e assumirmos que um estado é necessário para isso por que devemos nos preocupar utilitariamente com uma minoria mais pobre e menos favorecida? a civilização não vai ruir se eles morrerem de fome, a maior parte da população é produtiva, por tanto, porque roubar recursos dos mesmos? utilitariamente e pela lógica fria, criar distorções econômicas gerando inflação e bolhas destrutivas para milhões e pessoas, desemprego, etc... é algo tão desproporcional e irracional que não valeria a pena se os utilitaristas tivessem honestidade intelectual naquilo que defendem; e pior, empiricamente nunca deu certo.


  • Andre  29/07/2019 14:38
    Uffa, tem umas palavras escritas num pedaço de papel lá em brasília, nossos direitos estão garantidos...
  • ed  29/07/2019 15:29
    Hahaha. Esse argumento do "você aceitou viver em sociade" já é mais surrado que pano de chão.

    Por falar nisso, dia desses vi um vídeo do "filósofo" Luiz Felipe Pondé com o título "Imposto é roubo?". Nele o "filósofo" argumenta que imposto não é roubo pois é legal.

    Ou seja se o ladrão escrever em um papel que a sua atividade não é roubo então está tudo certo.

  • carlos  29/07/2019 15:57
    Mas o número de pobres não tá aumentando? Sem aposentadoria, envelhecidos?
  • Daniel  29/07/2019 16:20
    Está? Mostra aí a fonte (de confiança), por favor.

    Todos os outros indicadores mostram exatamente o contrário. Ao redor do mundo, entre 1990 e 2015, ela caiu pela metade.

    www.un.org/millenniumgoals/pdf/Goal_1_fs.pdf

  • Felipe Lange  29/07/2019 16:30
    O que vocês acham dessa notícia do ano passado?

    "O país em que os millennials contrariam a tendência e estão ficando mais ricos que os pais"

    A questão do petróleo é um péssimo motivo, porque se fosse assim era para a Venezuela estar rica até os dias de hoje, mesmo porque a gasolina é muito mais cara para eles do que por exemplo para os americanos aqui, sem contar de que é controlada pela Statoil.
  • Vladimir  29/07/2019 17:13
    Pronto, esqueceram Suécia, Dinamarca e Finlândia, e agora foram para a Noruega.

    Curiosamente, a Noruega é o país mais fácil de ser "refutado". Além de tarifas de importação baixíssimas (o que garante uma renda real alta), de um IRPJ de 22% (34% no Brasil), de uma alíquota máxima de 8% de INSS, e de um governo que nunca teve um déficit nominal no orçamento (ao contrário, o superávit nominal já chegou perto de impressionantes 20%, eis o que diz o trecho crucial da matéria, o qual supostamente explica tudo:

    "A Noruega oferece amplos benefícios sociais e uma saúde altamente subsidiada pelo Estado."

    O Brasil também. Aliás, o Brasil vai muito além: ao passo que na Noruega as pessoas têm de pagar um plano de saúde (pois isso é compulsório), no Brasil não há nada disso. Aqui, a saúde é realmente "gratuita", no sentido de que você não tem de pagar nenhuma taxa específica e nenhum plano para usá-la.

    "O seguro-desemprego é generoso: quem está sem trabalho pode ganhar do governo até 60% do último salário por dois anos enquanto busca recolocação."

    No Brasil também sempre foi assim. Apenas há uns dois anos é que isso começou a ser um pouco mais enrijecido.

    "Além disso, assim como ocorre no restante da Escandinávia, as mulheres têm uma elevada participação no mercado de trabalho."

    Não Brasil também.

    "A educação gratuita na maioria das escolas e universidades públicas"

    No Brasil, quem quer faz do maternal ao pós-doutorado gratuitamente.

    "e o fácil acesso a empréstimos (em que os tomadores não pagam juros enquanto estudam)"

    FIES e Pro-Uni fazem o mesmo.

    Ou seja, tudo aquilo que supostamente explica o sucesso da Noruega já existe e está plenamente operante no Brasil.

    No dia em que os ideólogos finalmente entenderem que o que gera enriquecimento é moeda forte, ausência de inflação, liberdade empreendedorial, divisão do trabalho, poupança, acumulação de capital, capacidade intelectual da população (se a população for burra, a mão-de-obra terá de ser importada), liberdade aos investimentos estrangeiros, respeito à propriedade privada, baixa tributação sobre empreendedores, segurança institucional, desregulamentação econômica, facilidade de empreender, empreendedorismo da população, leis confiáveis e estáveis, arcabouço jurídico sensato e independente etc.

    Países que seguem isso enriquecem (não há exceções). Países que desobedecem isso empobrecem (não há exceções).
  • Ex-microempresario  22/05/2020 22:55
    Não, a questão do petróleo não é um "péssimo motivo". Muito pelo contrário.

    Para um país que exporta petróleo ficar pobre, tem que fazer muita força. Exige um talento que só países africanos e latino-americanos tem.

    Na Noruega, assim como no Kuwait, Brunei e até no Egito dos anos 90, ter petróleo sobrando para exportar coloca o país em um grupo diferente dos demais.
  • Emerson Luis  29/07/2019 17:47

    O que você prefere:

    (1) Todo mundo igualmente mal*

    (2) Todo mundo bem, alguns melhor do que outros

    Se você defende a primeira alternativa, o caminho é a "redistribuição de renda" (nome bonitinho para roubar de uns para dar a outros ficando com a maior parte).

    Se você defende a segunda, é a geração de riqueza e a liberdade econômica.

    * Nunca são todos realmente iguais: em países "igualitários" a elite do Partido vive bem às custas da maioria mantida na pobreza.

    * * *
  • Intruso  29/07/2019 18:45
    Quem puder veja o artigo de hoje da folha/Uol sobre desigualdade nos EUA e Europa. A classe média está espremida e estão votando em políticos populistas.
  • Humberto  29/07/2019 19:35
    Nas sociais-democracias européias isso até pode ser verdade. Já nos EUA não há absolutamente nenhuma evidência disso. E nem faria sentido, dado que os indicadores econômicos de lá nunca estiveram tão bons.

    The Myth of American Middle-Class Stagnation


    P.S.: em tese, quando se está em situação financeira delicada, vota-se na esquerda. Mas não é isso o que se vê na Europa, o que significa que o que está guiando o voto é muito mais a aversão a imigrantes muçulmanos e à agenda cultural progressista.
  • Andre  29/07/2019 19:54
    Nos EUA a frustração da classe média é que agora não é mais possível atingir os 10% do topo da pirâmide de renda, uns US$120,000 anuais com empregos normais da economia real.
  • Gordon  29/07/2019 22:48
    Mas o pior é que é sim possível. Só que demanda esforço. E isso ninguém quer.

    Com empregos normais, poupança, frugalidade e investimentos persistentes na renda variável, é sim perfeitamente possível chegar aos 10%. É claro que não será um piquenique, e tampouco acontecerá rapidamente. Levará décadas. E ninguém disse que é fácil e indolor enriquecer.

    Agora, o que a atual classe média quer (tanto nos EUA quanto no Brasil) é ter carro do ano, casa própria (pagando hipoteca por 30 anos), viajar frequente e prolongadamente para lugares chiques, sair toda noite para jantar em restaurantes finos, colocar os filhos nas melhores escolas, usar roupas de grife e tudo isso antes dos 40 anos.

    Ninguém quer poupança e sacrifício. Ninguém quer morar de aluguel (consideram isso humilhante). Ninguém quer gastar tempo e energia estudando investimentos.

    Aí, meu filho, é claro que não vai dar. Ser milionário jovem é extremamente difícil. Dinheiro se acumula ao longo do tempo. Ele vem com a idade. Querer estar nos 10% mais ricos antes do 40 anos, com três filhos, com um emprego normal, e mantendo todo o estilo de vida acima é delírio.
  • Felipe Lange  30/07/2019 12:31
    Estou morando nos EUA, queria eu ter esse problema. Vou pedir para eles morarem no Brasil e viverem como empregados na CLT. Poxa, para um americano é infinitamente mais fácil chegar a esse patamar. Pretendo investir (agora estou tentando empreender) porque eu sei que a Previdência daqui também tem data para quebrar, e que eu não sou um funcionário de alto escalão do governo. Não quero cometer o mesmo erro do meu pai, que mora aqui também. Devo supor de que até um Uber ganhe bem por aqui. Conheço um cara que em São Francisco, por semana, ganha o suficiente para já pagar aluguel e um monte de coisa, e lá é uma cidade cara se comparar com outras regiões daqui.

    Meu avô nos últimos anos de vida ganhava uma migalha de aposentadoria e mesmo assim conseguia manter a casa (acho que eles construíram por conta própria, na época que os preços dos imóveis não estavam tão distorcidos, numa cidade quase que no meio da roça, no interior de SP), depois deixou uma pequena herança quando faleceu. Os últimos anos de vida deles foram os melhores, não passavam necessidade e viviam bem.

    Salário de U$100 mil por aqui se acha na pequena cidade de Palm Beach, onde só mora gente rica, e lá tem até praia particular.

    Essa questão de renda estagnada nos EUA é muito controversa, porque há fontes que dizem uma coisa (o Ideias Radicais disse que ficou estagnada) e fontes que dizem outra (por exemplo o artigo do Ryan McMaken sobre a indústria aqui nos EUA).
  • Milton Friedman Cover's  30/07/2019 10:46
    Redistribuição de renda só fará todos pobres igualitariamente, algo que não faz nenhum sentido. As esquerdas adoram falar que o problema do País é a mal distribuição de renda, falam isso principalmente em época de eleições. Tolos os que acreditam nesta baboseira.

    „A essência da filosofia liberal é a crença na dignidade do indivíduo, em sua liberdade de usar ao máximo suas capacidades e oportunidades de acordo com suas próprias escolhas, sujeito somente à obrigação de não interferir com a liberdade de outros indivíduos fazerem o mesmo."

    — Milton Friedman.
    Abs.
  • joão  07/10/2019 02:10
    Ao meu ver o Eduardo Moreira está certo, ele não está falando em distribuir renda tirando do rico para dar para o pobre, mas sim, dando condições para que o pobre possa empreender comprando meios de produção (máquinas).
    Todos aqui sabem que os juros bancários no Brasil são um crime, existem várias formas de distribuir renda, dar condições para o empreendimento é uma delas. Muitas empresas estão fechando ou fugindo do Brasil...não conheço de economia como os leitores deste site, por isso gostaria de deixar uma pergunta : Como o pensamento dos estudiosos de Misses reflete esse problema do juros dos bancos e a dificuldade para empreender no Brasil ? Obrigado. um abraço
  • Lucas  07/10/2019 14:51
    "ele não está falando em distribuir renda tirando do rico para dar para o pobre"

    Pelo visto, você nada sabe sobre o cidadão. Tomar dos "ricos" (ou seja, qualquer pessoa com renda acima de 3 mil por mês) é o cerne do pensamento dele. Ele só fala sobre isso. Ele é mais fanático com esse assunto do que qualquer deputadinho do Piçol. Ele até escreveu um livro (plagiado, pois não há absolutamente nenhuma fonte bibliográfica ou nota de rodapé) inteiro sobre isso.

    "mas sim, dando condições para que o pobre possa empreender comprando meios de produção (máquinas)."

    Pobre comprar máquinas é delírio. Isso não acontece em nenhum país do mundo. Mesmo eu que sou relativamente abastado não compro máquinas para produzir. Só dois tipos de pessoas compram máquinas: aqueles que já têm capital acumulado (os muito ricos) e aquelas que se arriscam pedindo empréstimos (todos os demais empreendedores). Não tem isso de "ajudar o pobre a comprar máquinas". Nenhum país do mundo adotou esse delírio. Felizmente, pois, se tivessem feito, a miséria seria plena (como bem explica o artigo acima).

    Recomendo também:

    Se você defende os trabalhadores, então você tem de defender os ricos

    "Todos aqui sabem que os juros bancários no Brasil são um crime, existem várias formas de distribuir renda, dar condições para o empreendimento é uma delas."

    Dar condições ao empreendimento envolve desburocratizar, abolir os impostos sobre lucros e ganhos de capital, manter uma moeda estável, acabar com todas as regulações que legalmente proíbem empreender em determinadas áreas da economia.

    É assim que você dá condições de empreendimento para os mais pobres.

    Reduzir juros, embora desejável, não tem como, por si só, trazer "condições de empreendimento", pois juros menores servem apenas para estimular o endividamento, algo não muito aconselhável para quem é pobre.

    Não me entenda mal: sou totalmente a favor de juros baixos (definidos pelo mercado, e não pelo governo), mas não sou otário de acreditar que juros baixos são a panacéia para o empreendimento. Fosse assim, a Europa com seus juros negativos seria uma potência empreendedorial. E não é.

    "Muitas empresas estão fechando ou fugindo do Brasil..."

    Não é por causa dos juros (que estão nos menores níveis da história). Mas sim por causa do ambiente econômico e político instável. Sem estabilidade não há empreendedorismo saudável.

    "não conheço de economia como os leitores deste site, por isso gostaria de deixar uma pergunta : Como o pensamento dos estudiosos de Misses reflete esse problema do juros dos bancos e a dificuldade para empreender no Brasil ? Obrigado. um abraço"

    Cinco motivos de os juros serem altos no Brasil

  • Cardi Xipus  01/01/2020 19:58
    pelo visto, você nada sabe sobre o cidadão. Tomar dos "ricos" (ou seja, qualquer pessoa com renda acima de 3 mil por mês)

    Lucas, entendo sua revolta, porém nào há embasamento no que você se refere...
    Já li mises, e estou lendo eduardo moreira, porém não há sequer uma citação em seus textos com realaçao ao que você disse =)
    Sim, ele fala em redistruibuição de renda, mas o seu "tomar dos ricos", o unico ponto que ele escreveu em seu texto em que li foi em relação a multimilionários, e não a "ricos" que ganham acima de 3 mil por Mês, quem sabe sua visão em relação a esquerda e eduardo moreira esteja sendo forjada por visões de outrem ou equivocos seus, pois notei um grande preconceito em suas falas com relação a qualquer coisa advinda da "esquerda"
  • Vegeta  20/05/2021 03:11
    Tem vários artigos sobre isso aqui. Eduardo Moreira é um sonhador e todas as ideias esquerdistas não funcionam
  • Van der Mau  28/11/2020 14:31
    Esta mentalidade tende a ser reforçada durante períodos de recessão econômica: quando as rendas agregadas da sociedade (o PIB) entram em contração, a economia passa a ser vista como um jogo de soma zero, ou seja, se a renda de uma pessoa aumentou é porque a renda de outra inevitavelmente caiu.

    Coleguinha, o dinheiro de um país é finito, se a maior parte do dinheiro fica com pequeno um grupo de pessoas, quer dizer que esse dinheiro que poderia estar circulando está parado, dinheiro é tipo água, se você escorre a maior para para um bueiro, o resto fica seco. É muito difícil de entender, coleguinha?
  • Ulysses  28/11/2020 20:16
    "se a maior parte do dinheiro fica com pequeno um grupo de pessoas, quer dizer que esse dinheiro que poderia estar circulando está parado"

    Você, pelo visto, não entende absolutamente nada sobre sistema bancário e sistema monetário.

    No atual arranjo monetário e bancário, não existe isso de "dinheiro parado". O dinheiro sempre está depositado em alguma conta bancária.

    E o que fazem os bancos com esse dinheiro? Exato, eles emprestam. Afinal, é exatamente assim que banco ganha dinheiro: emprestando dinheiro.

    O seu próprio dinheiro, que você pensa estar paradinho na sua conta, já foi repassado para terceiros. A partir do momento em que você deposita dinheiro no banco, o banco empresta esse dinheiro (para pessoas, empresas e para o governo). Só se os bancos odiarem lucros é que eles deixarão o dinheiro parado.

    Todo dinheiro do país sempre está, a todo e qualquer momento, em alguma conta bancária. Mesmo que 100% do seu patrimônio esteja alocado em ações ou em fundos de investimento ou em Tesouro Direto: tão logo você adquiriu estes ativos, o dinheiro que você gastou foi para outra pessoa, e essa pessoa depositou esse dinheiro numa conta bancária, reiniciando o processo acima.

    Com o dinheiro dos milionários, dos bilionários e dos grandes poupadores é a mesma coisa. Aliás, é exatamente este dinheiro que os bancos mais emprestam (afinal, milionários e bilionários exigem retornos acima da média).

    Aliás, havendo um governo com um orçamento deficitário, os bancos emprestarão para ele cada centavo sobrante das contas de seus correntistas.

    Não existe "dinheiro parado" no atual arranjo monetário e bancário. Quem fala em "dinheiro parado" parou na economia do século XIX, quando realmente era possível guardar ouro dentro de casa e os governos tinham orçamentos equilibrados.
  • Imperion  30/11/2020 13:39
    Dinheiro circulando não produz riqueza necessariamente. Ao contrário, em excesso cria inflação. O que produz riqueza é a produção de bens e serviços. Quanto maior a produção, melhor.

    Se um rico quisesse deixar o dinheiro dele parado, azar dele. E até melhor, pois se ele saésse gastando a rodo, os preços subiriam e o pobre não aguentaria. O fato de uma ou várias pessoas poupar não produz pobreza ou enfraquecimento da economia. Diz apenas que os produtores não estão produzindo o que faria essas pessoas gastar. 
  • Lucas  30/11/2020 19:19
    (...) o dinheiro de um país é finito, se a maior parte do dinheiro fica com pequeno um grupo de pessoas, quer dizer que esse dinheiro que poderia estar circulando está parado (...)

    Falso. Não é o dinheiro que fica com um grupo de pessoas, são riquezas. É dinheiro não é o mesmo que riqueza. Deixar dinheiro "parado" não faz o menor sentido. As pessoas não querem dinheiro, querem riquezas, querem bens e serviços.

    Quem tem dinheiro, tende a trocá-lo o quanto antes por produtos e serviços. Ninguém vai deixar dinheiro parado, pois dinheiro parado é dinheiro desperdiçado. Se, mesmo após adquirir todos os produtos ou serviços desejados sobrar algum dinheiro, seu detentor irá buscar alguma maneira de "se livrar" deste "excedente". Ou irá emprestá-lo (o que inclui, depositá-lo em alguma conta bancária), ou irá comprar algo que possa vender no futuro quando precisar de liquidez, como imóveis, ações de empresas, metais preciosos, criptomoedas e coisas afins. Ou ainda (por que não?) doar para caridade. Ao fazer tudo isso, a pessoa já se desfez de todo o dinheiro que tinha, o qual voltou a circular na economia. Ou seja, essa história de "dinheiro parado" não existe. É pura fantasia. Acha mesmo que os ricaços que compõem aquelas listas de pessoas mais ricas do mundo têm todo aquele dinheiro à sua disposição, guardado em algum cofre? É claro que não! Essa "fortuna" atribuída a eles é apenas uma estimativa de quanto eles teriam líquido se vendessem tudo o que possuem. O dinheiro que eles tinham, eles já gastaram comprando tudo isso e já voltou a circular na economia. De novo, ninguém deixa dinheiro parado em lugar algum. Não há a mínima vantagem em se fazer isso.

    Mas, para o bem do debate, vamos supor que seja verdade que a maior parte do dinheiro disponível na economia esteja "parado" em poder de um pequeno grupo de pessoas e que só uma pequena parte desse dinheiro esteja em circulação entre as demais pessoas. E vamos supor também que a quantidade desse dinheiro seja realmente finita, sem que mais dinheiro seja emitido pelo governo. Aconteceria que, somente aquela pequena quantidade de dinheiro em circulação estaria disponível para ser trocada pelos produtos e serviços disponíveis na economia. Isso faria com que cada unidade desse dinheiro ainda em circulação comprasse um número cada vez maior de produtos. Ou seja, o poder de compra dessa pequena quantidade de dinheiro que restou em circulação aumentaria, podendo ser trocado por muito mais riquezas, já que tudo ficaria mais barato. E ficaria mais barato porque simplesmente não há como cobrar por um produto ou serviço um valor maior do que a quantidade de dinheiro em circulação. Ou seja, esse cenário "dinheiro parado" em poder de poucas pessoas, se ocorresse, seria uma bênção para os demais!
  • Bolsodilma cirolulaguedes  25/06/2021 18:36
  • Introvertido  25/06/2021 20:24
    Daqui á pouco o Guedes volta á falar que o real tem que desvalorizar, esse ministro não passa nenhuma segurança para os investidores.
  • Bolsodilma cirolulaguedes  25/06/2021 22:57
    segundo a veja



    Nesta sexta-feira, 25, a equipe econômica do governo apresentou ao Congresso a proposta da segunda fase da reforma tributária. Para compensar isenções como o pagamento do imposto de renda para 5,6 milhões de pessoas com ganhos de até 2.500 reais mensais – antes o benefício era dado somente para as pessoas que ganhavam até 1.900 reais – , foi preciso aumentar a arrecadação em outros segmentos da sociedade e o investidor financeiro será diretamente impactado.

    A maior preocupação do mercado financeiro é com a tributação de lucros e dividendos, atualmente isenta, que, caso o projeto seja aprovado, passará a ser tributado em 20% na fonte. Apenas micro e pequenas empresas, que, segundo a regulamentação devem ter até 20 mil reais mensais de rendimentos, continuam isentas do tributo. De acordo com a proposta, o objetivo da mudança é o "aperfeiçoamento das regras para combate à distribuição disfarçada de lucros" e a criação de um "sistema mais justo ao evitar que os mais ricos deixem de pagar imposto".

    A avaliação do governo é que o mercado financeiro já se beneficiou bastante da redução da Selic durante a pandemia, o que inclusive levou o Ibovespa a ultrapassar os 130 mil pontos recentemente, e que estaria na hora de colaborar. Vale lembrar, no entanto, que em dólar a bolsa de valores continua em alta de apenas 1,7% no acumulado do ano. Após a divulgação da proposta, o Ibovespa despencou e fechou a sexta-feira em queda de 1,74%. A cotação do dólar, que vinha em trajetória de baixa desde a sexta-feira passada, fechará a semana no azul, mas com uma correção nesta sexta-feira devido à proposta e deve encerrar em torno de 4,9377 reais, alta de 0,7%.

    Os Fundos de Investimento Imobiliário com cotas negociadas em bolsa a partir de 2022 também estraram na mira do leão, conforme proposta do ministro Paulo Guedes. Ela pede o fim da isenção sobre os rendimentos distribuídos às pessoas físicas. A ideia é equalizar o pagamento de impostos dos rendimentos de aluguéis via fundos imobiliários aos já pagos pela pessoa física. Com a mudança, tanto pessoa física quanto pessoa jurídica passam a ter 15% de tributação sobre os rendimentos. Os CRIs, LCIs e LCAs, ligados ao mercado de construção civil e agronegócio, permanecem isentos do pagamento de imposto de renda por "uma opção do governo" e por serem setores considerados "fundamentais para a economia" e para a "geração de empregos".

    Os analistas do mercado afirmam que o impacto nos Fundos Imobiliários terão de ser compensados para manter os investidores interessados nos ativos. "Isso é tirar rentabilidade na veia do cotista dos fundos imobiliários", diz Caio Braz, sócio da Urca Capital Partners. Ele analisa que, para compensar a redução da rendimento que virá com o aumento dos impostos, terá de haver redução dos custos operacionais ou então um aumento do custo de crédito para o consumidor. "O crédito ou os aluguéis para fundos que têm rentabilidade investindo em imóveis para locação, por exemplo, teriam de ficar mais caros. Em algum nível esse custo seria repassado para a ponta, para o tomador do crédito, inquilino de imóvel, para a ponta tomadora do ativo no qual o fundo está investindo", diz ele. O IFIX, índice dos fundos imobiliários, encerrou em queda de 2,02%.

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    Outras alterações
    Entre as principais mudanças, está a redução e a unificação da tributação sobre os ativos de renda fixa, como Tesouro Direto e CDB. Atualmente a alíquota é de 22,5% para aplicações em até 180 dias, 20% de 181 a 360 dias, 17,5% de 360 a 720 dias e de 15% de 360 a 720 dias. O Projeto de Lei visa unificar para 15% independente do prazo de resgate.

    Além disso, a proposta visa que a apuração das movimentações pelo mercado de ações seja feita trimestralmente e não mensalmente, com o objetivo de reduzir cálculos e simplificar o processo. Porém atualmente as alíquotas incidem em 15% em mercados à vista, a termo, de opções e de futuros e 20% em day trade e cotas de Fundos de Investimento Imobiliário. Com a proposta, a ideia é tributar em 15% todas as operações, incluindo day trade e cotas de fundos negociadas em bolsa.

    Outra mudança significativa é em relação aos fundos abertos, atualmente tributados de 15% a 22,5% dependendo da duração da aplicação, e na qual incidem as taxas "come-cotas" todos os meses de maio e novembro. Agora, seria unificada a alíquota em 15% para deixar o investidor mais livre para entrar e sair do fundo quando quiser, além do fim do come cotas realizado no mês de maio, permanecendo apenas o de novembro. Caso o projeto seja aprovado, a ideia é manter as regras atuais em vigor até o final deste ano e as novas até dezembro de 2022.

    Já, para os fundos fechados multimercados, exclusivos para investidores qualificados, ou seja, com mais 1 milhão de reais em investimentos no mercado financeiro, a regulamentação ficará mais rígida. Atualmente há a possibilidade de diferir o pagamento da tributação a longo prazo e a proposta busca unificar este pagamento da mesma forma dos fundos fechados. "As alterações para fundos também são relevantes e mexem bastante com a tributação. O fim da tabela regressiva é bom para o investidor e o fundamento é basicamente não privilegiar as pessoas que têm capacidade de ter fundos exclusivos", diz Renato Breia, sócio-fundador da Nord Research.

    A recepção imediata do projeto de lei pelo mercado foi negativa, mas ainda é preciso esperar para ver se de fato seus efeitos serão tão negativos assim. Por um lado, a nova tributação é um estímulo para o reinvestimento dos recursos financeiros, uma vez que retorná-lo ao mercado reduziria o imposto a pagar ao governo. "O mercado em um primeiro momento não gostou das medidas, mas temos de ponderar e colocar na balança outros aspectos positivos como a correção da tabela do Imposto de Renda e a simplificação de alíquotas", diz Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha Investimentos.

    A expectativa de analistas é que, conforme a tramitação da matéria e o entendimento maior dos impactos de longo prazo, o texto tenha impacto positivo"Isso pode acontecer principalmente se essas simplificações propostas realmente trouxerem mais segurança jurídica e aumentar o nível de investimento, porque as empresas vão ter menos incentivo para distribuir seus lucros e podem recorrer à recompra de ações. Isso faz com que as cotações subam", afirma Flávio de Oliveira, Head de Renda Variável da Zahl.


  • Felipe  26/06/2021 19:31
    "Guedes diz que proposta de taxar dividendos é moderada e não afeta Bolsa"

    Esse trecho que me chamou a atenção:

    "'Vamos desonerando as faixas mais baixas e deslocando a tributação para quem vive de rendimento e capital e tem mais recursos. É um trabalho que vai sendo feito aos poucos, ao longo de 5 a 10 anos', disse. 'As pessoas físicas que vivem de rendimento de capital, quem é rico, classe média alta, tem que começar a pagar e estamos desonerando os assalariados', afirmou.

    Questionado sobre o impacto dessa proposta sobre os negócios na Bolsa brasileira, o ministro disse que não haverá prejuízos. Ele afirmou que os mercados estão cientes da reforma e convivem com a tributação de dividendos em outros mercados, como os Estados Unidos e a Inglaterra. Falou também que o crescimento econômico brasileiro vai aumentar os ganhos de capital e, consequentemente, compensar o aumento do imposto."


    Parece ou não o Ciro Gomes falando? A carga tributária brasileira é a maior da América Latina (só perde para Cuba) e o sistema tributário é o mais complexo de todos, além de haver 92 tributos diferentes.

    Ao contrário do que é dito na imprensa, o IRPJ na prática não é de 15 % e sim de 34 % (porque há outros tributos juntos).

    Chicaguista realmente é um desastre.
  • Introvertido  26/06/2021 20:38
    "Chicaguista realmente é um desastre."

    Se esse sujeito é liberal, imagina os esquerdistas. O Brasil realmente está condernado.
  • Gado  27/06/2021 00:54
    Guedes está empenhado em destruir o país. Não consegue ver a economia melhorando um pouquinho que já quer parasitar mais.
  • ELCIO ROBERTO FERREIRA MAIOLINI  27/06/2021 00:05
    "O que é público é nosso e não deles." Seria uma frase de sentido absoluto? E u não sei mas a frase :"Carregar os outros nas nossas costas é muito difícil." é uma frase de sentido absoluto.
  • anônimo  27/06/2021 00:46
    Estou para ver falácia maior que a afirmação de que ricos pagam pouco imposto. Só quem nunca pagou DARF na vida acredita que o pobre paga mais imposto que o rico...

    Pobre consome sua renda majoritariamente em:

    - alimentos da cesta básica (isentos de PIS/COFINS, ICMS isento ou alíquota baixa);
    - transporte coletivo (subsidiado pelo estado ou pelo empregador, também praticamente isento de impostos);
    - energia e água comumente se encaixam em programas sociais;
    - habitação comumente de programa subsidiado do governo, ou mora de aluguel informal (paga em cash, dono do imóvel não declara no IR), também zero imposto;

    Impostos diretos, aquele que o cidadão paga a guia direto no banco:

    - IPTU/coleta de lixo é isento ou uma mixaria para habitação social.
    - IRPF obviamente não paga. IPVA normalmente não paga porque não tem carro ou tem um carrinho velho que na maioria dos estados é isento.

    Agora vamos ver o perfil de consumo do rico:

    - na largada já paga imposto de renda, seja sua atividade econômica exercida diretamente por sua PF ou por uma PJ;
    - consome muito mais combustível, pois tem carros com motores maiores e mais potentes, que consomem mais. Se tiver barco então... 40% de ICMS, fora PIS/CONFINS.
    - seu consumo de alimentos, cuja carga é baixa, é pouco representativo na sua renda, e normalmente de produtos importados/fora da cesta básica, que possuem tributação alta. O cara consome vinho importado, uísque, cerveja importada... Tudo altamente tributado.
    - IPTU normalmente é progressivo. Quanto maior o valor do imóvel, maior a alíquota. Não sei nas outras capitais. Eu moro numa casa de 200m², em um bairro a 10 km do centro e meu IPTU é R$ 3.500 por ano.
    - normalmente o cara compra carro importado. 35% de imposto de importação e 25% de IPI se for acima de 2.0.

    Então, se analisarmos o pacote de consumo do rico, além de já ter o imposto de renda na largada e o IPTU e IPVA sem arrego, é formado por bens "supérfluos" e importados, que são mais tributados que os itens básicos que formam a cesta de consumo do pobre.

    Além do rico pagar plano de saúde e escola particular e o pobre utilizar esses serviços do estado, o que também não deixa de ser um imposto negativo pro pobre.

    Só com muito malabarismo e matemágica pra concluir que o pobre paga proporcionalmente mais impostos que o rico na sua cesta de consumo.

    "Ah, mas o imposto que os pobres pagam está embutido em tudo o que ele compra", argumentarão alguns.

    OK, então vamos falar sobre arrecadação no consumo:

    Sim, o pobre paga imposto embutido no preço das coisas e não vê. Mas não é tanto assim. Consumo do pobre basicamente é cesta básica, que é bem desonerada. Tem tarifa social de água, luz - quando não tem gato.

    Só que ele recebe muito também. Vive recebendo seguro desemprego, abono do PIS, bolsa família, BPC, aposentadoria rural, remédio de graça, saúde e educação públicas. Ele recebe um monte de coisa do governo e DARF que paga é zero. O saldo é muito positivo para o pobre.

    Então - diferentemente dos países ricos, onde 80% a 90% das pessoas pagam DARF, pagam imposto de renda - aqui o estado é carregado por uma minoria de classe média CLT, classe média/alta, que arca com INSS, IRPF, IPTU, IPVA, plano de saúde, educação privada, impostos sobre consumo (exceto cesta básica). A classe média compra um GM Cruze de R$ 100 mil, deixa 40 a 50 mil pro governo. O pobre na vida inteira pagando imposto sobre os 1.500 reais de consumo não vai pagar 40 mil de imposto.

    Isso posto, o governo não vai ficar se estressando, querendo cobrar 100 - 200 reais de IPTU de pobre e remediado, que não vai pagar e o custo de cobrar é maior que a dívida, além de obter a antipatia de uma massa de eleitores. Então ele se concentra em atochar na classe média-alta/alta. Essa é uma minoria que não decide eleição nenhuma e no fim carrega o estado nas costas, apesar de não usar serviço público nenhum.
  • Apropriado  27/06/2021 12:54
    Uma outra proposta que esta sendo discutida e ouvimos pouco é acabar com o desconto simplificado do IRPF.. mais uma mordida pra cima do nosso bolso.

    A falácia da vez é que o Brasil é um dos únicos paises que não cobram imposto sobre dividendos, sendo aprovado isso começaremos a ouvir mais e mais que o país é um dos únicos que não tem imposto sobre fortunas.. e assim vai..

    De falácia em falácia vamos nos aproximando da carga tributária nórdica, mas com serviços soviéticos.
  • Introvertido  27/06/2021 00:52
    ""O que é público é nosso e não deles." Seria uma frase de sentido absoluto?"

    Nope, se você se refere á "nosso" como coletivo, então não, pois não existe o "coletivo", existem apenas políticos que estão utilzando dinheiro esbulhado dá população para criar e estatizar empresas, e assim criam cargos para seus amigos receberem uma grana extra, e quando essas empresas são privatizadas o povo não recebe um centavo.

    Eis à ordem dos beneficiados pelas estatais:

    1°: Burocratas e políticos;
    2°: Funcionários fantasmas;
    3°: Funcionários públicos.
  • Vacina  27/06/2021 23:49
    Pessoal, Reconhecem que vocês estão errados? as vacinas estão salvando vidas nos EUA e na Europa, casos e mortes em baixa! Viva a ciencia

    Terão humildade? Graças ao pacto governo e iniciativa privada, o mundo esta sendo recuperado desse tragédia
  • Leitor Antigo  28/06/2021 01:10
    Chile (com quase 60% de vacinados) voltou pro lockdown. Israel, com quase toda a população vacinada, voltou a obrigar o uso de máscaras. Reino Unido, extremamente avançado na vacinação, adiou o fim do lockdown.

    Fora os vários casos de idosos no Brasil que morreram tendo tomado as duas doses de coronavac. (O último caso, aliás, foi José Serra, que tomou as duas doses e está internado).

    Quisera eu ter o seu entusiasmo, e eu realmente espero que você esteja certo. Mas, por enquanto, nada dá suporte à sua afirmativa. Infelizmente.

    P.S.: alguém aqui é contra vacina? Até onde acompanhei, o pessoal é contra a obrigatoriedade de algo que nem sequer tem sua segurança comprovada para o longo prazo. Mas nunca vi nenhum artigo anti-vacina. Ao contrário, aliás.
  • Vacina  28/06/2021 01:43
    O Serra não morreu por causa da Vacina, seja honesto e sincero, as Vacinas impedem a morte em 90% dos casos como se propoe.

    Os Lockdowns e mascaras são por precaução mas logo deve sair, caso contrário ficara escancarado que politicos e burocratas estão usando disso pra controlar as pessoas e que a doença é só um pretexto.
  • Vacina  28/06/2021 01:43
    E os EUA? Estão tendo sucesso, já viu?
  • Felipe  28/06/2021 14:59
    O Chile confiou na CoronaVac, que é a pior vacina de todas. Nem a China utiliza isso. O caso de Israel é o que está ocorrendo em outras partes do mundo: o vírus está mais transmissível, mas menos mortal. Como o vírus é um parasita, se ele for muito mortal, ele vai perder a sua capacidade de se proliferar, já que terá matado muitos hospedeiros, o seu "meio de vida".

    Eu sinceramente acho que os burocratas e as pessoas devem parar de paranoia. Tenho saudades de quando ocorreu a Gripe Suína aqui e, apesar de alguma histeria, na pior das hipóteses fiquei um mês sem aula e tudo bem, a civilização não colapsou por causa disso (inclusive o Brasil até que passou bem pela crise de 2008). Desenvolve a vacina com cuidado e deixa a economia funcionar e as pessoas livres.

    Para refrescar a memória, o ministro da Saúde do Lula recomendando o uso de Tamiflu para a Gripe Suína:

    "Ministro defende uso controlado do Tamiflu"
  • Dom Pedro II  28/06/2021 04:22
    Olha a sacanagem que a Nestlé fez: www.oincorreto.com/post/a-nestl%C3%A9-ser%C3%A1-alvo-de-investiga%C3%A7%C3%A3o-por-propaganda-enganosa-da-linha-nesfit

    Recomendo muito lerem este site e seguirem no Instagram: @siteoincorreto
  • Alexandre  28/06/2021 16:10
    Geração de riqueza (redução da pobreza) e distribuição de renda nao são coisas indissociadas. Ao contrário, são complementares. Gera-se a riqueza, e busca-se diatribui-la como forma de reduzir pobreza e reduzir desigualdade.

    Um país como o Brasil, por exemplo, nem é rico, e ainda é desigual. Essas dinâmicas necessariamente devem ocorrer simultaneamente. Já existe um nível de geração de riqueza no Brasil q é constante, embora historicamente menor do q poderia ser, mas não existem dinâmicas para redução de desigualdade que possamos realmente considerar efetivas. Daí, nos deparamos com contrastes improváveis, onde um indivíduos tem patrimônios na escala dos bilhoes em face a indivíduos q residem na mesma cidade q sequer tem patrimônio e suas rendas não passam das dezenas ou centenas de reais por mês. De fato por definição imposto é uma forma de roubo. Contudo, não me parece muito diferente um indivíduo, ainda q por mérito próprio, use desta expertise, para direcionar a força de trabalho de terceiros acumulando para si muito mais do que precisa para viver a sua vida e de seus dependentes até a 10 geração. Isso soa tão imoral qto o Estado tomar das pessoas mais de 50% de suas rendas em carga tributária. Não há caminho mais razoável q a taxação de grandes fortunas, desta forma não reduzindo a qualidade de vida do super rico sobretaxado, polpar a classe média q embora não consuma serviços do governo no maximo consegue fechar o balanço does no zero a zero, e de alguma forma aumentar a renda do super pobre q não pode só depender do crescimento sistêmico do pais para ele usufruir de algum cheirinho.

    Avaliei o artigo acima muito na perspectiva do 8, ou 80. Penso q existam caminhos intermediários.
  • David  28/06/2021 16:47
    Beleza, mas eu dispenso sentimentalismos e afetação de emotividade. Quero planos concretos.

    Diz aí como você sugere uma redistribuição de renda que não mate a riqueza. Pelo que você deu a entender, deve ser moleza.

    Só achei curioso você admitindo que imposto é roubo e, logo em seguida, jurando que todos continuariam produzindo intensamente mesmo sabendo que serão roubados.

    Gostaria de saber como ocorreria essa mágica.
  • Alexandre  29/06/2021 11:40
    Por exemplo, um médico q ganhe 30 mil reais por mês, paga 27,5% de imposto de renda, sobram para ele pouco mais de 20 mil. Com esse valor, morando numa grande capital do Brasil, e tendo esposa e filhos, consegue ter um nível de vida enquadrado ali entre classe média baixa e classe média média - qual seja, tem 1 ou 2 carros, um apartamento médio, paga escola pros filhos e plano de saúde para a família. No máximo consegue poupar 10% se for muito organizado. Dai é o q eu disse, muito embora não utilize serviços do governo, consegue quando muito não ficar no vermelho. Já, imagine um milionário aleatoriamente, ganha 30 milhões por ano, depois q recolhe os mesmos 27,5% de imposto de renda fica com pouco mais de 20 milhões, que convenhamos, é uma bela quantia.

    De fato, em essência, eu acho q a rigor, imposto é uma forma de roubo, seja 1%, ou seja 99%. Ocorre q enquanto ele de alguma forma for tido com uma das vases para a governança de uma sociedade, não vai fazer distinção se estamos falando em 1, 10, 27,5 ou 90%, é tudo imposto. Ou se é totalmente contra, ou se aceita os índices q serão impostos - neste caso q ao menos seja lastreado em algum idéia minimamente decente.

    A questao é q se tem sentido de lógica não taxar isso.posto de renda das classes mais baixas, deveria ter o mesmo sentido de lógica taxar diferentemente um empresário q ganha 50 mil por mês de outro q ganhe 50 milhões por mês. Ao passo q a legislação atual praticamente equaciona na maioria dos impostos qq um q ganhe mais q 20 e poucos mil.

    Ao meu ver, as taxas de impostos (no cenário de q impostos devam existir, como é o atual), deveriam ser progressivos, chegando até o limite de 75% da renda anual do indivíduo. Reitero, não estou falando em patrimônio, mas em renda anual.

    Em q pese tudo o q disse acima, reconheço q esta teoria por si só não resolveria muita coisa. Teríamos ainda q considerar uma outra face desse problema. O atravessador. A instituição q recolhe tais impostos e repassaria por meios diversos a quem precisa. O Estado, q sabemos do que é capaz de fazer, e que geralmente desvia os recursos q recebe para gastos e corrupção.

    Acredito q uma sociedade sem impostos, apenas com um parceria honesta em patroes e empregados teria condições de ser altamente saneada e estável, mas, sabemos q esse grau de elevação intelectual e moral estamos distantes de ter.
  • Estado máximo, cidadão mínimo.  28/06/2021 17:08
    Pra essa mágica ocorrer nem é preciso algum iluminado nababo público fazer uma lei, basta que o rico esteja casado e sua mulher peça divórcio (lamento, Bezos e Gates). Falando sério agora, o Brasil nem possui tantos bilionários assim, e, além disso, nosso amigo Alexandre deve ser mais um daqueles que acham que o Senor Abravanel possuí, de fato, quatro bilhões de reais prontamente disponíveis em espécie na sua carteira. Se o governo quisesse realmente confiscar a fortuna em dinheiro do homem da tele-sena deveria esperar uns vinte anos até ele vender todos seus empreendimentos, marcas, imóveis e outros imobilizados e converter em dinheiro vivo de verdade para dar aos pobres comprarem comida. Até lá...

  • Alexandre  29/06/2021 12:09
    Não estamos falando em patrimônio Estado, estamos falando em renda.

    A queatao de taxar grandes fortunas não é pegar o patrimônio do cara, calcular um % e essa pessoa ter q dar esse $ ao estado. Não é assim.

    O título grandes fortunas serve para identificar os individuos q serão taxados seus ganhos de forma distinta dos demais entrs da sociedade. Mas por definição uma taxação deve envolver ganhos lastreados na moeda e indexados a um período de tempo.

    Por exemploocê tem um patrimônio de 10 milhões, no ano de 2020 você ganhou 500 mil lucros, você deveria recolher em impostos (ressalto, no atual cenário q assumimos impostos como um processo de governança), x% de 500 mil. Se depois disso você resolvesse transformar os 450 mil restantes em patrimônios (seja material, ou poupança), você estaria desobrigado a ser taxado sobre isso. Já seu vizinho com patrimônio de 1 milhão seria taxado numa percentual diferente de vc, pq o patrimônio de vocês é distinto. Muito embora por alguma particularidade num tempo específico teu vizinho pudesse ganhar os mesmos 500 mil anual q vc.

    Agora se esses 500 mil de ganhos q vc teve, vc os envolvesse em termos materiais, tipo, você recebesse uma fazenda como pagamento, caberia a você buscar meios para pagar em $ desse ganho.

    Volto a dizer. Não acho q nem 1% de imposto seja algo justo. Mas, se assumimos pagar 10%, abrimos mão de nosso direito. Daí, não há pq distinguir q 10% seja licito, e 50% não seja. A coisa toda fica atrelada no pseudoconceito de nobreza do imposto e o percentual acaba sucumbindo a isso.

  • Bolsodilma cirolulaguedes  29/06/2021 13:22
    Você, ao dizer que é imoral um rico ser altamente produtivo e viver com mais do que precisa para sobreviver, matou todo seu argumento…

    O pobre é pobre porque, ao contrário do rico, não produz coisas demandadas. E como as pessoas colhem o que plantam, o pobre continuará pobre eternamente, posto que ele quer continuar recebendo sem trabalhar. Esse pobre que só sobrevive com distribuição de renda só sobreviverá enquanto tiver o rico do qual ele rouba uma parte pra si.

    Mas faça como esquerdista, tire tudo dos ricos. Depois, quando os ricos não produzirem mais, o pobre morre de fome do mesmo jeito.
  • Alexandre  29/06/2021 17:52
    Sua visão argumentada não é apenas simplória, como tbm é equivocada. A coisa não se resume ao q vc alega: O rico é rico pq trabalha e o pobre é pobre pq nao não trabalha. É um equívoco grotesco. Ante mão é preciso definir quem é esse pobre. O probre ao meu ver é o cara q se propõe a trabalhar, frequentemente até trabalha e mesmo assim tem menos q o mínimo. Moradores de rua desalentados, doentes, muitas vezes envolvidos com drogas, isso ai nem é mais problema de economia, é problema de saúde pública. Precisam melhorar e muito para chegarem ao estado de pobre.

    Isto dito, nenhum ser humano, com dois braços ou duas pernas consegue sozinho acumular patrimônios de bilhões nem q trabalhe 24 horas todos os dias de sua vida. Tal acumulação de renda se dá mediante uma equipe de centenas ou milhares trabalhando para ele. Você acha por exemplo q Bill Gates ganhou os quase 150 bi q acumulou até sair da Microsoft com ele sozinho programando o Windows, fazendo propaganda e vendendo? Você acha Elon Musk ganhaou seus 150 bi projetando ele os teslas e os foguetes ele mesmo ,vendendo e dando manutenção nos carros sozinho?

    Evidente q todo ganho expressivo advem de um trabalho em equipe. Logo, é forçoso falar até em legitimidade exclusiva ao direito de posse sobre o lucro uma vez q a força de trabalho q moveu aquele ganho foi coletiva. É claro q quem assume o risco intelectual e financeiro de um empreendimento deve ganhar mais. Isso não se discute. Mas a questão é, quanto a mais?

    Diversos fazendeiros eu conheço q tem centenas ou milhares de cabeça de gado, e tem funcionário q ganha salário mínimo q mal da pra sustentar suas famílias. São pobres. Mas nao são pobres pq nao trabalha. Trabalham e são pobres. Ocorre q o serviço q ele presta não é condignamente remunerado. Se somar os ganhos de todos os funcionários não chega a 20% da renda do fazendeiro. Você acha essa divisão justa?

    Como pode ser justo um tênis Nike ser feito na Tailândia por 80 reais, ser vendido na Europa por 1000, e a Nike ficar com 700 e o funcionário q fez o tênis ficar com apenas 1 real? Não se tira o mérito intelectual e empreendedorial da Nike, nem se prega q nao seja o certo e o justo ela ter a maior parte. Mas, 700 vs 1? Pedir q seja 650 vs 50 não é imoral, nem é tolher o direito da Nike, nem tampouco vai tirar a capacidade da Nike investir. Estamos falando em ser justo vs ser explorador.

    O mundo está cheio de exemplo de má, de péssima distribuição de renda. Manter a renda mal distribuída não é errado so pela perpetuação da desigualdade q geram doenças (q oneram o estado), q geram criminalidade (q podem afetar os ricos), mas pq legitimamente o ganho do muito rico advem do esforço dos mais pobres. Gerar riqueza (q absolutamente é necessaria), e distribui-la condignamente é se antever a aos problema ls advindos da pobreza, até pq, menos pobres, induzem mais consumo, q por consequência tornará os ricos mais ricos.
  • Introvertido  29/06/2021 18:48
    Sinceramente, eu olho argumentos como esse que o Alexandre usou, e me pergunto se ele está só passeando pelo site e falando bosta, tentando justificar o esbulho, pois nem parece que ele está realmente lendo algum artigo desse instituto.

    Irei fazer questão de responder cada texto dele.

    "Sua visão argumentada não é apenas simplória, como tbm é equivocada. A coisa não se resume ao q vc alega: O rico é rico pq trabalha e o pobre é pobre pq nao não trabalha. É um equívoco grotesco. Ante mão é preciso definir quem é esse pobre. O probre ao meu ver é o cara q se propõe a trabalhar, frequentemente até trabalha e mesmo assim tem menos q o mínimo. Moradores de rua desalentados, doentes, muitas vezes envolvidos com drogas, isso ai nem é mais problema de economia, é problema de saúde pública. Precisam melhorar e muito para chegarem ao estado de pobre."

    Você está extremamente equivocado quanto às suas acusações, pobres são pobres porque possuem tanto suas rendas espoliadas, como também possuem os preços dás mercadorias ao seu redor superficialmente elevadas devido á impostos, inflações e políticas imobiliáriais, já o rico que enriqueceu genuinamente por causa do mercado não tem qualquer parte nesses esquemas feitos no governo, ele apenas se enriqueceu porque atendeu á demanda dos consumidores, e empregou gente, mas para você ele é vilão, que deve ser espoliado e punido?

    "Isto dito, nenhum ser humano, com dois braços ou duas pernas consegue sozinho acumular patrimônios de bilhões nem q trabalhe 24 horas todos os dias de sua vida. Tal acumulação de renda se dá mediante uma equipe de centenas ou milhares trabalhando para ele. Você acha por exemplo q Bill Gates ganhou os quase 150 bi q acumulou até sair da Microsoft com ele sozinho programando o Windows, fazendo propaganda e vendendo? Você acha Elon Musk ganhaou seus 150 bi projetando ele os teslas e os foguetes ele mesmo ,vendendo e dando manutenção nos carros sozinho?"

    Ao que eu saiba eles não forçam ninguém á trabalhar para eles, os empreendedores e trabalhadores fazem contratos voluntários entre si, o empregador fica responsabilizado de fornecer o salário, e o empregado fica responsabilizado de fazer o trabalho. Se não está satisfeito, então faça seu próprio empreendimento, não precisa criar uma empresa, basta comprar e vender coisas, ou criar, fabricar e vender coisas.

    "Evidente q todo ganho expressivo advem de um trabalho em equipe. Logo, é forçoso falar até em legitimidade exclusiva ao direito de posse sobre o lucro uma vez q a força de trabalho q moveu aquele ganho foi coletiva. É claro q quem assume o risco intelectual e financeiro de um empreendimento deve ganhar mais. Isso não se discute. Mas a questão é, quanto a mais?"

    Forçou demais, os funcionários já receberam seus salários, você quer que eles recebam mais o que? Um brinde dizendo "Você é o máximo" e os sapatinhos dá cinderela? Se você não quer ser funcionário e não quer firmar um contrato com quem tem capital para te empregar, então que vá viver na floresta ou em alguma montanha, em condições primitivas e caçando animais para se alimentar.

    "Diversos fazendeiros eu conheço q tem centenas ou milhares de cabeça de gado, e tem funcionário q ganha salário mínimo q mal da pra sustentar suas famílias. São pobres. Mas nao são pobres pq nao trabalha. Trabalham e são pobres. Ocorre q o serviço q ele presta não é condignamente remunerado. Se somar os ganhos de todos os funcionários não chega a 20% da renda do fazendeiro. Você acha essa divisão justa?"

    Se você os conhece, por acaso já pensou em perguntar para eles porque eles não aumentam os salários de seus empregados? E mais, você acha que um empregador iria conseguir expandir e investir em seu negócio recebendo um salário mínimo? Empreendedores apenas recebem o que é deles, de direito, se o funcionário não gostou do contrato firmado, e acha injusto que o empregador receba mais que ele, então que se mande, procure alguém disposto á pagar mais por sua especialidade.

    "Comi pode ser justo um tênis Nike ser feito na Tailândia por 80 reais, ser vendido na Europa por 1000, e a Nike ficar com 700 e o funcionário q fez o tênis ficar com apenas 1 real? Não se tira o mérito intelectual e empreendedorial da Nike, nem se prega q nao seja o certo e o justo ela ter a maior parte. Mas, 700 vs 1? Pedir q seja 650 vs 50 não é imoral, nem é tolher o direito da Nike, nem tampouco vai tirar a capacidade da Nike investir. Estamos falando em ser justo vs ser explorador."

    Se o empregado ficou indignado por ter recebido 1 real por dar um toque no tênis, então porquê ele não sai dá empresa e cria seus próprios tênis? Exatamente porque ele não tem capital, ele está trabalhando para alguém, está utilizando materiais que outros lhe entragaram para poder trabalhar, e recebeu o salário que ele aceitou na hora do contrato, não houve qualquer injustiça ou crime aqui. Você tem algo contra á liberdade?

    "O mundo está cheio de exemplo de má, de péssima distribuição de renda. Manter a renda mal distribuída não é errado so pela perpetuação da desigualdade q geram doenças (q oneram o estado), q geram criminalidade (q podem afetar os ricos), mas pq legitimamente o ganho do muito rico advem do esforço dos mais pobres. Gerar riqueza (q absolutamente é necessaria), e distribui-la condignamente é se antever a aos problema ls advindos da pobreza, até pq, menos pobres, induzem mais consumo, q por consequência tornará os ricos mais ricos."

    Se você quer exemplos de redistribuição de renda plenas, irei dar: União Soviética, Cuba, Venezuela, China de Mao, entre outros.
  • ALEXANDRE JOSE ALMEIDA DA SILVA  30/06/2021 19:53
    Introvertido. Desculpa cara, mas eu acho que a forma como você escreve é desrespeitosa. Você usa de ironia, até sapatinho de cinderela vc trouxe para debater cara. Você leve a coisa pro pessoal. Eu simplesmente disse que deixar a coisa por conta exclusiva das relações de livre mercado não vão reduzir a pobreza como eu analiso que seria bom que ela fosse reduzida, que dentro do que se existe hoje, algum tipo de mudança seja necessária. E, argumentei em cima dessa ideia. Mas calma lá, é so uma ideia. Eu nao to impondo isso a você. Nem estou impondo isso ao mundo não. Tenha mais tranquilidade e paciencia meu amigo. Desculpa, eu poderia pegar cada parte do que você escreveu e comentar em cima, mas, eu não avalio que você tenha se atrelado a fatos, mas apenas em ironia barata, então eu não vou fazer com você o mesmo que você quiz fazer comigo. Boa sorte.
  • Introvertido  30/06/2021 20:49
    "Eu simplesmente disse que deixar a coisa por conta exclusiva das relações de livre mercado não vão reduzir a pobreza como eu analiso que seria bom que ela fosse reduzida"

    O que você sugere, então? O Estado Brasileiro já intervem excessivamente na economia, já nos tornamos em uma das nações mais burocráticas no mundo, e uma das que mais tributam, o que você acha que deve ser feito sobre isso? Já vou alertando que substituir um imposto por outro, ou criar mais agências reguladoras, ou até criar mais cargos para parasitas públicos não irão ajudar em nada.

    Brasil, aliás, é um dos campeões no funcionalismo público, todos que se formam nas faculdades, cujos diplomas são obrigatórios para exercer diversas profissões, já saem tendo os concursos em mente, você por acaso pensa que iremos sair do lugar desse jeito?

    E eu não distorci nada que você disse, muitos argumentos que você utiliza são apoiados na mais-valia marxista, enquanto em outros você reclama que os empreendedores ricos não possuem suas rendas espoliadas como os indivíduos de outras classes. Logo, ou você quer que todos estejam igualmente fudidos, ou quer que os ricos segurem toda á estrutura governamental de parasitas públicos e assistencialismo - algo, aliás, que já fazem -, enquanto os pobres paguem pouco.

    Mas se você realmente quer que todos passem á pagar poucos impostos, deveria então defender á redução do Estado, algo que os minarquistas defendem, e não defender que o governo intervenha mais e mais.

    Nunca nenhum comentário meu aqui foi feito de forma mal intencionada, se entendeu assim, então me desculpe.
  • Alexandre  30/06/2021 23:02
    Tudo bem. Posso dizer q agora você foi na raiz do problema. No Estado q é muito grande. O Estado que na função de intermediar as relações entre as pessoas, dar diretrizes e fomentar, acaba por cobrar uma comissão altíssima advinda em parte pelo seu excessivo tamanho q gera burocracia, ineficiência, altos custos e em parte pela própria corrupção q é um ralo q nunca fecha.

    Carga tributária, no meu entender, pode ser boa, ou pode ser ruim, e isso depende de q forma o Estado trate a questão. Nos países escandinavos a carga tributária pode chegar a 75% da renda em alguns nichos populacionais, e, mesmo assim os caras compõe um grupo de países dos mais avançados em quase todos os marcadores de desenvolvimento humano. Como se demonstra nesses países, a alta carga tributária não culmina numa sociedade pobre, mas numa sociedade desenvolvida e com alto grau de equidade entre os indivíduos. Por outro lado, países sul-americanos com seus 30-40% de carga tributária oferecem um nível de vida e de desenvolvimwnto no maximo, medíocre aos seus cidadaos. Mais uma vez não podemos atribuir isso a um mero percentual de carga tributária. O cerne é o q é feito com esse imposto. Se, ele é tratado com seriedade por um Estado sério, as coisas entram numa vertente positiva, se ele é tratado (p/não ser chulo) de qq forma, como é, por exemplo, no Brasil, as coisas entram numa vertente negativa.

    Daí a minha discordância em cima de algumas falas de alguns colegas. "Se tomam do mais rico e da para o maos pobre, todos ficarão pobres e assim todos permanecerao"...

    Ora, a coisa fica muito reduzida nesse aspecto de análise. Não é assim q a correnteza corre. Taxas de, por exemplo, 90% sobre o lucro se revertidas em educação, fomento, infra estrutura gerarão muito mais renda para roda a sociedade q taxas de 20% mal geridas, roubadas gastas em corrupção, e propina.

    Daí respondendo a sua questão, o q fazer?

    Isso depende. Se entendermos q esse cenário de Estado corrupto e ineficiente vai perdurar, e eu acho q vai, eu analiso realmente q devamos lutar por um Estado cada vez menor. Se vivêssemos num cenário de Estado pelo menos mais honesto, penso q poderíamos acelerar a distribuição de renda possibilitando q o Estado investisse mais em educação, infra estrutura e fomento e deste ponto em diante acentuariamos a redução da pobreza.

    É a minha percepção. Um abraço.
  • Analista de Risco  29/06/2021 14:53
    A queatao de taxar grandes fortunas não é pegar o patrimônio do cara, calcular um % e essa pessoa ter q dar esse $ ao estado. Não é assim.

    Pare de falar sobre o que você não sabe.
  • Alexandre  29/06/2021 18:05
    Desculpe analista, eu comentei o artigo na minha perspectiva. Eu disse q NA MINHA PERSPECTIVA gerar renda (no caso, reduzir pobreza) é fundamental, e disse ainda que, em adição a essa dinâmica de geração de renda deve ser melhorado a distribuição de renda, e q uma das alternativas para isso era pela taxação das grandes fortunas do país, sendo taxado a renda anual deste "rico" e definindo o percentual de calculo sobre esta renda anual o patrimônio. E não como sendo esse patrimônio o elemento taxado. Foi isso q eu disse enquanto MINHA OPINIAO. Até pq, como alguns colegas falaram aqui, pode não ser possível exigir em moeda uma taxação sobre bens q sejam exclusivamente materiais. Essa foi a MINHA opinião sobre o tema. O q Marx, o q Fidel Castro, o q Maria do Rosário fala sobre taxação de grande fortunas eu não tenho compromisso aqui na minha fala. Eu falei sobre o q EU acho, mediante o artigo exposto.

    Nem de longe, claro, me proponho a ser autoridade sobre esse tema. Apenas exponho uma opinião. Como já fui influenciado por opiniões aqui , posso ou não influenciar alguém com meu pensamento. Seja como for, não tome por base o termo genérico "taxação de grande fortunas" q eu utilizei, como senso comum. São questões, pelo contexto, claramente distintas.

    Um abraço.
  • Introvertido  29/06/2021 14:33
    Pelo que entendi dá premissa do argumento central do Alexandre, ele está dizendo que os impostos, apesar de imorais, deveriam ser iguais para todos, devido ao fato das pessoas da classe média serem taxados até o talo, enquanto os ricos possuem milhões de sobra, seja em patrimônio ou na conta bancária.

    Porém, ele parece imaginar que realmente seria melhor se todos fossem igualmente taxados até o talo, o que é erraneo, se o rico não tiver mais lucros, investimentos não mais serão feitos.

    Ricos, aliás, já são os mais taxados dá sociedade, e são os que mais tem que aturar o fardo do sistema tributário complexo que esse país tem, não é atoa que contadores são tão demandados em empresas. Querer que eles sejam taxados até o ponto de aliviar á pressão sobre os pobres e medianos significa diminuir á oferta e aumentar á demanda, o que causará aumentos de preços, anulando o alívio anterior.

    Impostos não devem ser aumentandos e nem substituídos, mas sim diminuidos e simplificados. Equilibrio de renda não muda nada, só á forma como o esbulho é feito.
  • Ex-microempresario  29/06/2021 17:04
    O Alexandre, como todo mundo que defende que "imposto é bom", dá piruetas, saltos mortais e twists duplos carpados para explicar que quem deve pagar bastante imposto são os outros, não ele.
  • Estado máximo, cidadão mínimo.  29/06/2021 17:33
    Bem, todos eles devem pensar mais ou menos assim:

    "Primeiramente vamos tomar tudo dos mais ricos para distribuir aos pobres para comprarem comida. E depois que a comida acabar? Bem, vamos descer um degrau e tomar tudo da classe média e dar aos pobres para comprarem comida. E depois que acabar tudo de novo? Descemos mais um patamar e tomamos tudo dos trabalhadores para dar aos mais necessitados comprarem comida. E depois que acabar tudo de novo? Bem, então o jeito é amarrar uma corrente nos pés de todo mundo e forçá-los a trabalhar nos campos para terem comida..."
  • Alexandre  29/06/2021 18:19
    Estado maximo, você eleva a coisa toda ao limite do autoritarismo, do desrespeito à propriedade, e isso, ao meu ver é impróprio.

    Não se trata de confiscar TUDO do rico e dar ao pobre. Se trata de aperfeiçoar a carga tributária (q nos próprios assumimos como necessárias em algum grau), onde quem pode pagar mais impostos, paga mais. Sem contudo esse aumento de carga comprometer seriamente a qualidade de vida e o poder de investimento dos pagadores.

    Mesmo do ponto de vista q vc defende, tirar do rico e dar ao pobre, em níveis razoáveis, necessariamente vai induzir mais gasto pelo pobre e esse dinheiro vai parar na mão do rico de novo. Apenas possibilitando nesse percurso q o pobre melhore a sua qualidade de vida.
  • 4lex5andro  29/06/2021 19:39
    Mesmo por quê se for propor confiscar tudo do rico, seria alardear demais as intenções socialistas, complica o argumento né...
    Pois se quem tem grana, mesmo em país rico, como a França ou de alfabetização mais avançada como a Argentina, se manda do país, imagine no Brasil, com menos capital intelectual...

    Sobre o que o EMCM postou há pouco, dispensa mais considerações, com 2 s.m. o ''afortunado'' trabalhador de ''classe média'' nesse país já está apto a ser extorquido pelo IRPF... E no lugar de andar a reforma fiscal que o governo entregou, o congresso prefere (no senado) brincar de CPI...

    Brasil.
  • Bolsodilma cirolulaguedes  30/06/2021 21:38
    Você diz que não acredita em impostos, mas reitera que algumas pessoas tem que ser taxada em 75 por cento da sua renda, somente porque ganham mais. Fica difícil com essa dissonância cognitiva.

    Mas bem, se uma pessoa perder três quartos de sua renda, ela não vai querer trabalhar. Todo esse importante segmento da sociedade vai parar de ofertar bens e serviços a você. Esses bens e serviços vão se tornar escassos e caros.

    Posso dizer com certeza que você não aguenta viver numa sociedade assim. Você só tem os confortos da sociedade capitalista porque essas pessoas, ao produzirem, ofertam a você e o preço cai.

    Matando economicamente essas pessoas, elas param de produzir, o estado não arrecada nada, você não pode mais comprar barato os bens e serviços que elas ofertam, e seu custo de vida sobe somente porque você quer transferir a elas as obrigações da sociedade por ela ganhar mais.

    Ela ganha mais porque é produtiva. Isso não é motivo pra ela ser punida. O pobre ganha menos porque não é produtivo e isso não é motivo pra ele ser premiado.
  • ALEXANDRE JOSE ALMEIDA DA SILVA  01/07/2021 19:16
    Bolsodilma cirolulaguedes.

    Respeitosamente, vejo extremismos na sua visão. Como eu ja disse aqui, enxergar a coisa toda pelo prisma do 8 ou 80, não ajuda. "Há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia"

    "Você diz que não acredita em impostos, mas reitera que algumas pessoas tem que ser taxada em 75 por cento da sua renda, somente porque ganham mais. Fica difícil com essa dissonância cognitiva."

    Não existe dissonância cognitiva. O que eu disse é que tenho minha visão do que seja o ideal, mas, que esse ideal é dilacerado pela realidade. Eu creio que a sociedade poderia se libertar com educação e liberdade econômica. No meu conceito, imposto é igual a roubo. Seja 1% ou 75%. Mas, uma vez que nos é imposto, devemos buscar encarar este fato e buscar algo bom nisso. Se assumimos que algum % de imposto teremos que pagar, pelo modelo de sociedade que se impõe sobre nós, ao menos que se revertam em melhorias e que trabalhemos com taxações melhor relacionadas com um modelo de crescimento. O problema maior nem é pagar impostos para te ser sincero, é não vê-lo revertido em melhorias para a sociedade.

    "Mas bem, se uma pessoa perder três quartos de sua renda, ela não vai querer trabalhar. Todo esse importante segmento da sociedade vai parar de ofertar bens e serviços a você. Esses bens e serviços vão se tornar escassos e caros."

    Se você levar o seu conceito ao limite, é exatamente isto que você está dizendo. Mas limite conceitual é uma coisa teórica, é bom para exercitar a mente e so para isso. Agora evite fugir da realidade. Uma escala dessas (75%) seria obviamente progressiva, nós com nossos salários de classe média pagaríamos muito menos que isso e não teríamos o nosso desejo de acumulação tolhido em expectativa e nem os nossos ganhos demasiadamente expropriados. Claro que um dia quando fossemos muito ricos e mesmo ficando so com 25% de nossos ganhos isso em nada afetaria o nosso acumulado e poderiamos viver muito bem. Pode ser q um de nós falasse para o outro, "para mim ja está bom, não quero enriquecer mais pq ficar apenas com 25% do que ganho e entregar 75% ao Estado, não é justo", mas pode ser que o outro falasse "quero continuar a enriquecer, nem que acumule por ano apenas 25% do que eu juntar". Ora, a saída de um de nós dos negócios, abriria espaço para outros indivíduos acumuladores ofertarem os serviços que aquele que desistiu de enriquecer não mais ofertará. Essa sua ideia de mais carga = criar pobres = não existe. Até pq estamos falando em carga progressiva. O mínimo aceitavel nesse raciocinio é termos uma massa gigante de classe media, sem super ricos.

    Eu te pergunto, quem tem mais condições de ter uma fazenda com 10 mil cabeças de gado. Quem tem uma fazenda com 8 mil cabeças de gado ou quem tem apenas o sonho de ter e de fato não tem nenhuma?
    A questão é. Existem demandas que quem tem dinheiro acumulado tem muito mais capacidade de suprir estas demandas do que quem não tem dinheiro, sendo assim este que ja tem dinheiro será ainda mais rico na medida em que é recompensado pela via do lucro. Não se trata de competência apenas, nem de esforço apenas. Se trata de um monte de coisas, inclusive condição basal do individuo. Ora, se o referido fazendeiro decide que não vai acumular mais que as suas 8000 cabeças de gado pois mais gado da muito trabalho para cuidar, que o que ele tem ja está bom, e associado a isso existem demandas sociais por 20 mil cabeças de gado, alguem que tem o desejo (sonhos ou planos) de ter suas 10 mil cabeças de gado (afinal existe demanda) poderá ter, pois não terá sua capacidade sufocada por aquele que ja tem patrimonio acumulado em concorrência "desleal". E assim, a riqueza social se preserva, so que desta vez distribuida não na mao de um, mas na mao de mais de um. E como este que não tem capital poderá ter a fazenda se ele não tem capital para iniciar o negócio? É aqui que entra as medidas de fomento ofertadas por um Estado sério. É aí que entra o imposto como um fator limitador (ou melhor, desestimulador) à alta acumulação de patrimônio que gera concentração de renda e desigualdade economica - embora reduza a pobreza, e também, será o imposto q permitirá o Estado ser fomentador. Qual o viés dessa visão? O Estado corrupto. Mas, conceitualmente, você a de convir é uma visão mais racional do que a sua de que altos impostos para todos e estimulariam a preguiça.

    Uma sociedade como a Escandinávia por exemplo que tem pessoas que pagam 75% de carga tributária vive muito bem, obrigado. Não é achismo. É so você olhar para o padrão dos caras. Mas, você não verá la um ricasso como Bill Gates ou o dono da Amazon por exemplo. Porque chega uma hora que a acumulação de patrimônio se torna pouco atraente em detrimento do conjunto da população ter um excelente nivel de vida.

    "Posso dizer com certeza que você não aguenta viver numa sociedade assim. Você só tem os confortos da sociedade capitalista porque essas pessoas, ao produzirem, ofertam a você e o preço cai. Matando economicamente essas pessoas, elas param de produzir, o estado não arrecada nada, você não pode mais comprar barato os bens e serviços que elas ofertam, e seu custo de vida sobe somente porque você quer transferir a elas as obrigações da sociedade por ela ganhar mais."

    Visão igualmente extremista. Uma sociedade morre quando ela é desigual e injusta independente dos motivos que a levaram a ser assim. Desigualdade e injustiça levam a criminalidade, doenças, guerras e mortes. Igualdade leva a respeito, crescimento e força de uma sociedade. Um país como o Brasil por exemplo, com tantas potencialidades que se expressam quase que naturalmente, nunca que teria na igualdade um fator criador de pobreza. Precisa ser muito pessimista para analisar desta forma.


    "Ela ganha mais porque é produtiva. Isso não é motivo pra ela ser punida. O pobre ganha menos porque não é produtivo e isso não é motivo pra ele ser premiado."

    Você ignora que existem amarras que impelem o pobre no Brasil a permancer pobre mesmo que seja o desejo dele mais profundo seja ser classe média. E, existem privilégios no brasil que permitem o rico ser rico por muitos anos e as gerações advindas dele. Eu falo Brasil e não capitalismo, porque no Brasil não se dá o devido valor à boa educação, de excelência, que ao meu ver seria um elemento que inserido na sociedade poderia permitir que o pobre deixasse de ser pobre de forma honesta e efetiva.
  • Introvertido  01/07/2021 21:23
    Vendo esses argumentos do Alexandre, perco minhas esperanças pelo Brasil, até quando o brasileiro médio continuará com essa filosofia de que "os mais ricos devem pagar á conta pelo fartoso estado social apenas por serem ricos e possuirem capital". Enquanto seguirmos confiando nessa falácia de que tributar os produtivos para sustentar os parasitas com esmolas irá trazer prosperidade, lazer e justiça para todos, não iremos dar um passo do lugar.

    Essa falácia, aliás, é impressionante, se todos os ricos fossem espoliados, quem iria produzir os produtos?

    Em primeiro lugar, á capital dos mais ricos não ficam apenas guardadas em contas bancárias, como o senso comum tende á pensar, capital nada mais é do que:

    Maquinários, ações, terrenos, investimentos, e qualquer dinheiro alocado á coisas produtivas. Esse temor que á sociedade tem por uma capital concentrada nas mãos de poucas pessoas faz parecer que elas sugaram ou roubaram algum dinheiro dá sociedade, sendo que elas na verdade trabalharam, com muito esforço, investindo bastante, satisfazendo os desejos de outros investidores e consumidores, para possuirem essa determinada quantia de capital.

    Não é porque o mais rico não possui qualquer problema financeiro, que ele deva ser espoliado, se você seriamente pensa que devem, só posso dizer que isso é inveja do sucesso alheio, ou uma falsa percepção do que é o significado do termo "justiça" e "injustiça".

    Capitais não devem ser realocadas erroneamente nas mão de políticos, que irão sugar uma parte e dar o resto para seus amigos empresários, mas sim serem mantidas nas mãos dos produtivos. É normal que empreendedores que saibam atender á demanda dos consumidores terminem ricassos.

    Contratos de empregos são contratos voluntários firmados por alguém que possui capital, e está se arriscando em um empreendimento, e uma pessoa que pretende obter um salário sem colocar sua capital em risco. Os pobres de hoje em dia apenas não possuem muito dinheiro devido á todo o esbulho que o Estado faz, com impostos, tarifas de importação e exportação, que impossibilitam o pobre de consumir um bem estrangeiro barato, distorção do valor dá moeda, na qual todo o dinheiro fraudulento recém-criado vai para às mãos de alguns poucos beneficiados que receberam o dinheiro antes de todo o resto dá cadeia econômica.

    Quando se esbulha o pobre, á demanda cai devido ao menor dinheiro arrecadado, quando se esbulha o rico, á oferta cai devido ao menor dinheiro lucrado e assim investido no meio de produção. Ambos consumidores e empreendedores/investidores são essenciais um para o outro, uma parte simboliza o consumo, e á outra á poupança. Nenhuma delas devem ser estimuladas artificialmente, pois tudo feito de forma artificial tende á decair com o tempo, trazendo consigo consequências consideráveis na economia.

    PS: Percebi que você citou bastante os países nórdicos, é risível ver pessoas utilizando países que estão justamente decaindo por causa dá social democracia como exemplos, os países nórdicos cresceram apenas por causa dá liberdade econômica, e por se manterem fora de guerras, começaram á implementar á famigeradas sociais democracias em meado de 1960 e desde lá cada geração nórdica vem se tornando cada vez mais parasita Felizmente ainda há bastante liberdade econômica por lá.
  • anônimo  02/07/2021 02:15
    Formalmente, a visão do Alexandre já foi instrumentalizada, positivada e colocada em prática no Brasil em 1988. E desde então segue sendo "aperfeiçoada" pelo princípio da precaução, apresentado na Eco92, e por vários outros princípios a ele subordinados e derivados (ou meramente extrapolados).

    Ao tentar encontrar axiomas no texto dele, você sai frustrado. Basicamente, são apenas assunções. A solução teórica proposta para o dilema moral que ele próprio criou é a de equiparar "imposto é roubo" com "ganhar muito também". A maioria aqui deve saber as origens desse pensamento. Sim, aquele livro de 1867.

    Tudo que é divulgado e discutido nesse site, desde 2007, serve exatamente para contrapor ou validar, sob rigorosos critérios, esse arcabouço teórico que ele acredita ser o mais razoável para a humanidade.

    Enquete: ele vai ler todos os artigos e a bibliografia recomendada e continuar com a mesma posição? Aliás, mera curiosidade: alguém conhece um genuíno libertário que renegou a propriedade privada, tal qual "esqueçam o que escrevi", algo assim?
  • Alexandre  03/07/2021 03:58
    Anonimo.

    Defina para mim axioma.

    Cite para nós, por favor, 5 axiomas na área de economia teórica, preferencialmente na temática acumulacao de riqueza vs desigualdade.

    Te agradeço muito se puder trazer para discussão esse elemento q voce disse q eu não fui capaz de trazer.

    Forte abraço.
  • Analista de Risco  02/07/2021 12:06
  • Alexandre  03/07/2021 03:22
    Introvertido.

    Você escreve muito, mas entender o q vc lê, eu já percebi q você não entende. Muito de suas impressões sobre o q eu escrevi, não corresponde ao que eu de fato escrevi. Isso ocorre por um processo de análise de informação vicioso de sua parte. Você inclusive foge do tema proposto pelo artigo q precede esses comentários.

    Eu vou tentar resumir pra vc bem simplificadamente. A minha tese é de que uma sociedade (a) com uma massa preponderante de classe média é uma sociedade melhor de se viver do que uma sociedade (b) com um perfil preponderante de pobres juntamente a uma faixa pequena de classe média e uma fração quase imperceptível de muitos ricos, esta comparação, me refiro, num cenário em q essas duas sociedades (a e b) teriam o mesmo nível de riqueza, mas, obviamente perfis de igualdade diferentes (q é o tema do artigo q comentamos e q vc insiste em destoar).

    Isto dito, eu te pergunto. Tua sociedade ideal é uma sociedade (a) de pessoas com níveis mais equitativos concentrados numa extensa classe media ou uma sociedade (b) com poucos "muito ricos" e muitos "muito pobres" mesmo q consideremos justiça a condição dos ricos terem so para si os lucros q ele obtem com a ajuda de pobres sob alguma convencao social? Se o teu modelo de sociedade ideal é o b, eu acho q nem tem como a gente dialogar, logo vc pode parar a leitura aqui. Se, teu modelo de sociedade ideal pode ser o a, pode continuar a leitura.

    Ora, sendo uma sociedade com a maior massa de classe média a melhor para se viver, pois tende a não ter os conflitos advindos da desigualdade, devemos analisar, como fazer isso acontecer, ou seja essa sociedade surgir dentro de um modelo. A primeira opção poderia ser expropiar dos ricos o seu patrimônio e utilizar isso para fomentar o desenvolvimento do pobre, alternativa q ao contrário do q vc acha, eu nao concordo. Direito à propriedade deve ser respeitado. A segunda opção (e é o q eu acho o certo), é mediante regras claras estabelecer q maior patrimônio acumulado (sejam em espécie ou bens), coloca esse indivíduo numa faixa de alicota de cobrança de impostos sobre o ganho anual (nao sobre o patrimonio) maior do q um classe média, e do q um pobre - obviamente. Ora, se você é um classe média e entende q pagar o imposto na alicota q o rico paga é imoral ou inviável, é só você abrir mão de acumular e nunca se permitir ser rico ou muito rico, assim viver como classe média pagando menos impostos. Agora, se você entende q vale a pena acumular bens, você saberá (pois as regras seriam claras), q nessa sociedade hipotetica você progressivamente pagará mais impostos sobre o teu ganho anual cada vez q vc ficar mais rico, sem contudo isso impedir a tua acumulação de bens, mas, ano a ano tornado isso menos lucrativo para você em percentual (não necessariamente em números absolutos). Neste ponto, ao contrário de sua proposição de que não teríamos mais ricos pois todos virariam pobres por imposição do universo, o q se espera q ocorra é q reríamos talvez, ricos abrindo mão de serem muito ricos, ou, ricos caminhando mais lentamente em direção à condição de muito ricos. E aqui você pode pensar: Mas qual a vantagem em desestimular ou retardar q um rico se torne muito rico e assim reduzir o ganho da sociedade em geral ?

    O q ocorre é q as demandas sociais nunca deixam de existir. E daí, sempre existira um cenário potencial para as pessoas ganharem $$ independente de quantos % de imposto sejam taxados os mais ricos. O q nao pode existir sao altas taxas para todos, mas para quem está no topo e pode pagar, isso não gera o Apocalipse q vc prega. Numa sociedade onde pobres e ricos paguem o mesmo % de impostos, muito, ou pouco, a tendência é q os ricos possam cada vez mais monopolizar e suprir as demandas sociais e desta forma acumular mais riqueza, q nao reduzirão a desigualdade. Isso a rigor não é injusto com o rico q torna-se muito rico apenas jogando o jogo com as regeas pre estabelecidas, mas, recai na proposição de q uma sociedade com grandes diferenças entre ricos e pobre é uma sociedade menos saudável q a que tem uma massa gigante de classe média.

    Ora, o q eu digo aqui é q o imposto progressivo sobre o ganho deve ser colocado como um desestimulador à acumulação de patrimônio tendendo ao infinito ja q tolhe a capacidade de acumulação dos mais pobres; e assim, permitir q o crescimento possa ser compartilhado para mais pessoas, q doncontrario seriam simplesmente esmagadas numa disputa com detentores de capital e sujeitos às mesmas taxas de impostos. A solução É tratar desiguais, desigualmente a fim de reduzir esta diferença. É agir com vistas à equidade. Sinceramente, não vejo imoralidade ai maior q ver gente tomando whisky de 10 mil dólares e ver gente morrendo de fome, independe de mérito ou competência.

    Entendi ainda q vc joga no colo desta busca por equidade, as tramoias do Estado. Ora, são coisas distintas. Um modelo de gestão econômica e social é uma coisa q ainda q seja boa e nobre, está sujeita a ser avacalhada por um Estado sacana. Só q atribuirmos a culpa do insucesso do primeiro fator ignorando a ação do segundo, é o mesmo q dizer q a arma de fogo é culpada pelo assassinato. Sendo assim, não é questão de pagar 10% de imposto ser bom, e pagar 50% é ruim. A questao é o tipo de gente q cuida desses recursos.

    E para finalizar vou repetir o q eu já disse. Não existe percentual de imposto licito e percentual de imposto ilícito. Se imposto é ilícito, 1% ja é ilícito. Se imposto é licito, 27% é lícito, 50%, 75% são lícitos. Ou você encara as coisas à luz da licitude do imposto, ou da ilicitude. Não pode achar q 10% ta tranquilo e chamar de maluco quem acha q num determinado cenário 50% é algo exequivel. Gir assim, é ser incoerente com seu discurso. Vc consegue perceber? Ora, você disse q se o trabalhador não está satisfeito com o salário q ele ganha, q ele pode se demitir, como se fosse muito fácil se desamarrar não é? Ora, eu te proponho o mesmo. Se você acha q pagar mais imposto é errado, se recuse a pagar. Afinal, ao seu ver, ser oprimido é uma questão de escolhas. Escolha não pagar nada de imposto se vc entende q essa é a melhor opção.

    Bom. Para te ser bem sincero, analiso teu pensamento como estando no limiar do fantástico mundo de Bob. Teu discurso se resume a proposições condicionantes q vc relaciona forçosamente e recai em proposiçoes consequente sem lastro em realidade aparente. Desculpa. É o q eu constato.

    Bom, e pra teu governo, sou bacharel em matemática, graduado em medicina e tenho 5 anos de especialização e sub em medicina intensiva. Acho q fujo um pouco do esteritipo de brasileiro médio q vc, preconceituosamente, me alcunhou.

    Forte abraço.


  • Introvertido  03/07/2021 15:18
    Desculpe se você acha que eu não li direito seus comentários, até porque geralmente eu tento ler comentários e criar argumentos no menor espaço tempo possível para assim não perder muito tempo, lendo apenas á premissa e os argumentos principais, por isso, recomendo encuntar seus textos o máximo possível, mas vamos lá.

    Você apresenta á tese de que acumulação de capital é algo, por algum motivo, errôneo, mas você mesmo parece não perceber o quão contraditório é á idéia de tentar diminuir á acumulação de capital.

    É á grande capital acumulada que possibilita investimentos, criação de negócios, empregos fartos, doações para á caridade. Você parece imaginar que, impossibilitando novos ricos de surgirem, todo o resto dá sociedade irá magicamente enriquecer para se tornarem todos de classe média, mas ignora que capital não é algo que pode ser retido por governantes para assim redistribuir. Criação de riqueza não é algo que possa ser distribuído entre todos, até porquê riqueza não é algo criado magicamente, mas sim pelo trabalho voluntário de cada pessoa.

    Todos podem começar do mesmo ponto de partida, mas é natural que alguns ultrapassem outros, pois alguns menos capazes irão trabalhar como funcionários, outros irão ser autônomos e oferecer serviços sem depender de patrões. Outros irão investir todo o seu dinheiro, assim criando valor para outros enquanto recebe uma quantia para si, enquantos outros irão criar seus próprios empreendimentos para atender á demanda dás pessoas.

    Entenda: O mercado é um processo dinâmico, não é algo que pode ser ditado por seres humanos e nem por um sistema burocrático complexo, qualquer tentativa de controle só causará destruição de riqueza. Desigualdade é algo natural e que sempre haverá, pedir redistribuição é pedir destruição de riqueza, devido á diversos fenômenos, como por exemplo, quanto mais dinheiro circula pelo governo, maior será á atração desses cargos para pessoas de péssimo caráter, que irão querer uma parte para si mesmos enquanto redistribui o resto para seus amigos.

    Mesmo se toda á redistribuição acontecesse sem qualquer espoliação política do meio, ainda assim não acrescentaria na criação de riqueza, pois os "pobres" iriam utilizar esse dinheiro para consumo próprio, elevando assim á demanda, e o dinheiro espoliado significaria menos capital para investimentos, derrubando á oferta. E não precisa pensar muito para saber o que acontece quando á demanda é estimulada e a oferta, desestimulada: Aumento de preços e maior escassez.

    Infelizmente eu não tenho todo o tempo do mundo para escrever aqui, então irei te passar alguns links:

    O mistério do capital: respeitar a propriedade privada dos pobres é a solução para a pobreza

    Apesar do que dizem os pessimistas, a riqueza nunca foi tão igualitária

    As dez leis fundamentais da economia

    Mesmo em uma sociedade com igual ponto de partida, haveria capitalistas, assalariados e desigualdade

    Como as regulações estatais prejudicam os pequenos, protegem os grandes, e afetam os consumidores

    Por que uma sociedade poupadora enriquece e uma sociedade consumista empobrece

    Destruir a economia não é uma política social - e muito menos uma questão de saúde pública
  • Introvertido  03/07/2021 16:18
    "Isso a rigor não é injusto com o rico q torna-se muito rico apenas jogando o jogo com as regeas pre estabelecidas, mas, recai na proposição de q uma sociedade com grandes diferenças entre ricos e pobre é uma sociedade menos saudável q a que tem uma massa gigante de classe média."

    Nem tinha lido esse argumento insensato, que denota um enorme desconhecimento sobre oferta e demanda de sua parte. Já não bastava o fabuloso argumento de que impostos devem existir apenas para retardar o enriquecimento (risos).

    Pelo jeito eu não escrevi tanto á palavra "magicamente" á toa no texto que eu escrevi há pouco tempo atrás, você parece imaginar que os ricos enriquecem magicamente, basta ofertar produtos, e todos automaticamente serão comprados pelos consumidores. Com uma noção das coisas assim, não é de surpreender que creia no conto de fadas dá redistribuição, acho que estive te superestimando muito até agora. Vamos lá, no básico:

    Consumidores não saem consumindo desenfreadamente, todos possuem interesse em consumir apenas os produtos mais baratos e acessíveis no mercado. Isso se correlaciona diretamente com á lei dá utilidade marginal austriaca, os próprios consumidores estipulam os preços dos produtos. Se um acha que um produto está caro, ele irá comprar esse mesmo produto mais barato logo que algum comerciante ofertar mais barato.

    Á partir dai podemos ir para á concorrência, diversas empresas, procurando por lucros, começam á se estabelecerem sm setores e concorrerem entre si para atrair á maior fatia de consumidores que puderem. Como fazem isso? Simples: Satisfazendo seus consumidores, seja por um atendimento de qualidade, seja por produtos de alta qualidade, seja por preços abaixo do mercado, isso tudo se chama concorrência.

    "Ah, mas eles podem formar quartel ou até mesmo pode surgir monopólios, logo, o governo deve regular!" Errato, primeiro que quartéis não podem durar por muito tempo simplesmente porque, uma empresa, sedenta por lucros, pode á qualquer momento sair desse quartel e abocanhar toda á cliente-lá, forçando o quartel á ser desfeito.

    Segundo que monopólios é uma impossibilidade lógica em setores não regulados, uma empresa não tem como simplesmente eliminar seus concorrentes porque qualquer indivíduo pode á qualquer momento criar uma empresa.

    "Mas e se á empresa grande comprar todas à concorrência??" Simples: Mesmo se uma multinacional decidir comprar toda á concorrência, ela irá perder grande parte de seu balancete nesse processo, enquanto seus concorrentes ficarão muito mais ricos, ou seja, muito provavelmente boa parte irá voltar ao mercado e irá concorrer novamente com essa empresa, não só isso, como diversas outras empresas grandes irão ver esse monopólio, e irão entrar nesse mercado monopolizado para abocanhar uma parte do lucro.

    Ou seja: É á própria "ganância" dos empreendores que impossibilita á formação de monopólios.

    "Ah, mas á Google... á Amazon..." E desde quando essa multinacionais possuem algum monopólio? Existem dezenas ou centenas de outras empresas grandes concorrendo com elas. Essas multinacionais só são tão grandes devido á todo o serviço de qualidades que elas fornecem, e no momento que se mostrarem ineficientes, irão perder suas relevâncias com o tempo ou até falir. Sempre foi assim, às grandes de ontem não serão automaticamente às grandes de amanhã.

    E tudo isto é possibilitado apenas por causa dá capital, como você espera que esse processo dinâmico chamado mercado ocorra sem qualquer acumulação, e com o governo punindo quem enriquece?

    Ah, eu também li uma parte do seu comentário falando que meus argumentos não tem "lastro em realidade aparente", e eu respondo: Á Teoria lógica ainda não é o suficiente para ser considerada como "lastro"? Os artigos desse instituto não podem ser chamados de "lastro"? Os seus argumentos possuem "lastro"? Porque os seus argumentos possuem "lastro aparentes com á realidade" e os meus não? Será que esse negócio de "lastro" não é apenas uma forma de denegrir os argumentos de um adversário com uma visão de mundo diferente, e que você não concorda?
  • Estado máximo, cidadão mínimo.  03/07/2021 17:57
    Para o nosso colega matemático, médico e com "5 anos de especialização e sub em medicina intensiva" o que separa Bangladesh da Noruega são alíquotas progressivas de imposto. Ah, que sonho se o mundo fosse tão simples assim...
  • Estado máximo, cidadão mínimo.  29/06/2021 17:17
    Nem precisa ser muito rico pra ser taxado na renda auferida aqui no Brasil. Um trabalhador de renda média segundo o IBGE já destina destina 30% de seu salário para a tributação.
    blog.convenia.com.br/impostos-sobre-salario/
    ibutação.
    www.ibge.gov.br/indicadores

  • ALEXANDRE JOSE ALMEIDA DA SILVA  30/06/2021 20:00
    eu sou médico e trabalho muito, muito mesmo, perto de 400 horas mes. ganho em torno de 40 salarios minimos por mes, pago 27,5% de imposto sobre a renda, sobram 29 salarios minimos. Tudo que eu posso não usufruir do governo, eu não usufruo. Sendo assim, pago escola pras crianças, pago plano de saude pra familia, sem contas os impostos q insidem sobre bens duraveis - carros e moto - bem como os impostos sobre os seguros destes bens, bem como custos com imoveis. Não sabra nem 5 salarios minimos para polpar.
  • anônimo  04/07/2021 02:47
    "eu sou médico e trabalho muito, muito mesmo, perto de 400 horas mes"

    1 dia = 24h;
    24h (-8h de sono) = 16h;
    16h (-1h p/ almoço) = 15h;
    15h (-1h p/ cagar, banho, etc) = 14h;
    Se trabalhar 14h x 30 dias = 420h.

    Não estou duvidando da sua palavra, apenas tenho a impressão, baseada em puro bom-senso e ingenuidade, de que sua qualidade de vida pode estar comprometida em razão de sua elevada carga de trabalho. Existem N discussões para categorias que trabalham demais e até leis limitando jornadas, por exemplo, a dos caminhoneiros. Mutatis mutandis, essa carga horária de 400h/mês é comum na medicina? Isso não afeta a qualidade do seu atendimento médico? Qual sua especialidade? Como você encontra tempo para se atualizar, para o lazer e para a família, trabalhando tanto?
  • ALEXANDRE JOSE ALMEIDA DA SILVA  30/06/2021 19:57
    Não introvertido. Eu nao falei isso não. Nao chega nem perto. Você deve ler muito rapido e daí entende errado. Um abraço.
  • rraphael  01/07/2021 21:55
    o senado vai gastar meio milhao pra comprar mobilia

    revistaoeste.com/politica/acao-popular-questiona-licitacao-do-senado-para-compra-de-r-500-mil-em-moveis/

    minha estaçao de trabalho inclui uma mesa de boteco, daquelas dobraveis

    é tao bom deixar de ter acesso a um ambiente de produçao decente só pra manter meus parasitas bem confortaveis

    a versao do inferno tupiniquim é sustentar vagabundo ad eternum

    na divina comedia pelo menos a danaçao é poetica
  • Estado máximo, cidadão mínimo.  02/07/2021 03:21
    Essa é pro pessoal que aqui aparece pedindo mais impostos para os políticos promoverem a "redistribuição de renda" e "igualdade social".
  • Alexandre  03/07/2021 16:22
    Conclui-se q o problema não é no imposto, mas no politico.

    Como eu tbm já disse, se vc acha q pagar imposto é ilícito, pare de pagar. Negue-se a dar 1% q seja para esta corja de política pra vc ver o q te acontece.
  • Breno  03/07/2021 22:04
    Se eu fizer isso, terei ordem de prisão. Se eu resistir à prisão, serei morto.

    Ou seja, em última instância, o poder do estado jaz em sua liberdade para matar os súditos que não se submetem.

    Entendido isso, pergunto: o fato de eu ir para a cadeia (ou ser morto) caso me recuse a pagar o arrego para a máfia prova exatamente qual ponto seu? Estou curioso.
  • rraphael  04/07/2021 02:33
    "Conclui-se q o problema não é no imposto, mas no politico."

    claro, se fosse a madonna estava tudo bem

    é cada uma ...
  • Ex-microempresario  08/08/2021 14:51
    Como sempre, a Escandinávia é a terra mágica onde tudo dá certo, e até o socialismo funciona....

    Disse o Alexandre:

    Uma sociedade como a Escandinávia por exemplo que tem pessoas que pagam 75% de carga tributária vive muito bem, obrigado. Não é achismo. É so você olhar para o padrão dos caras. Mas, você não verá la um ricasso como Bill Gates ou o dono da Amazon por exemplo. Porque chega uma hora que a acumulação de patrimônio se torna pouco atraente em detrimento do conjunto da população ter um excelente nivel de vida.

    Exatamente. Na Suécia não há uma Microsoft, uma Amazon, uma Intel, uma Samsung. Pelo contrário: Ikea, ASEA, Volvo Cars, Scania são algumas das empresas que não são mais suecas.

    Por que? Exatamente porque a mentalidade lá é anti-empreendedorismo. Quem vai querer correr riscos para criar uma empresa e ter que entregar todos seus lucros ao estado em nome da "igualdade" e da "justiça social"? Melhor passar a vida como funcionário recebendo tudo de graça do papai estado.

    Resta saber se isso se sustenta no longo prazo. A Suécia quase quebrou no início dos anos 90. Não está livre de quebrar de novo, especialmente por conta do grande número de imigrantes pouco produtivos, mas que têm direito a todos os benefícios.
  • Introvertido  08/08/2021 22:19
    Não o culpo por pensar assim, o senso comum atual ignora a investigação da causalidade histórica por meio da análise a priori. Se um pais se enriqueceu por meio do respeito a propriedade privada, e do voluntarismo individual, para só depois implementar programas "sociais", a inteligentsia irá dizer às massas que foram tais programas que enriqueceram o país, em conjunto com as leis trabalhistas, regulações, e outras fantasias embutidas nas mentes das pessoas.

    Quando o país quebra por causa de tais programas megalomaniacos governamentais - ou mais especificamente, quando o governo não consegue mais financiamento para manter a maquina pública funcionando, e recorre à impressora de dinheiro -, a inteligentsia sempre faz de tudo para ocultar á verdade e colocar um espantalho no lugar. Tentaram enganar às pessoas em relação ao fenômeno ocorrido na Venezuela, tentando inventar uma história sobre "embargos" parecida com á de Cuba, mas os fatos acabaram prevalecendo, e a inteligentsia odeia quando isso acontece.

    Só não censuram às redes sociais de vez porque ainda não são influentes o suficiente para isso, mas aos poucos vão censurando opiniões divergentes, é só olhar as tais leis das "fakes news" e dos "atos antidemocráticos". O ano de 2020 foi um golpe duro contra á liberdade, e os inocentes/idiotas úteis só crescem anos após ano, resta saber se é uma guerra perdida...

    E eu diria que sim, nada irá melhorar enquanto a inteligentsia deter o controle da educação e do currículo, o Estado pode largar tudo, menos o controle da educação, pois é por meio da alienação das futuras gerações que ele consegue apoiadores para o regime manter-se de pé.
  • anônimo  05/12/2021 10:18
    "Você não faz os pobres mais ricos tornando os ricos mais pobres." - Winston Churchill.
  • Zé ninguém   25/04/2022 22:13
    Quando uma pessoa rica abre mão de 1% dos seus rendimentos para ajudar os pobres, isso faz do rico mais pobre ou mais rico? E do pobre, isso faz dele mais pobre ou mais rico?
  • anônimo  26/04/2022 02:04
    A distribuição de renda universal na verdade deixaria os pobres mais pobres. A maior contribuição dos ricos é sua alta produtividade que abastece as pessoa de bens ou serviços.

    No momento em que eles fossem espoliados, eles cessarão suas produções.

    Os pobres estariam cheios de papel moeda sem valor, sem poder comprar bens ou serviços que pararão de ser ofertados. A não ser que eles mesmos passassem a produzir os bens ou serviços que estão faltando... mas por que então eles não fazem isso agora e já não saem da pobreza agora? Pra que esperar a economia entrar em colapso?
  • Régis  26/04/2022 02:09
    Se o rico voluntariamente abre mão de uma fatia de sua riqueza e a repassa ao mais pobre, a vida deste mais pobre irá melhorar no curto prazo, pois ele terá agora renda para adquirir bens materiais mais luxuosos.

    Porém, tão logo o pobre trocar o dinheiro pelo bem material, ele voltará ao seu estado inicial de renda. Sua melhora foi momentânea.

    A única maneira de ele deixar de ser pobre é se tornando produtivo e passando a produzir bens e serviços que outras pessoas querem voluntariamente comprar — ele pode fazer isso se tornando um assalariado, por exemplo.

    Já o rico, se ele repassa uma fatia de sua riqueza ao mais pobre, acontece o que foi descrito acima. Por outro lado, se, em vez de distribuir, ele investir esta sua riqueza, ele aumentará a oferta de bens e serviços disponíveis para todos, o que aumenta o bem-estar geral da sociedade.
  • Zé ninguém   26/04/2022 11:12
    Mas eu estou falando de renda, não de riqueza.
    Se uma pessoa muito rica abre mão de parte do seu rendimento mensal para que alguém deposite na conta de um grupo de pessoas mais pobres, isso faz o pobre estar em condição melhor?
    Ou seja, todo mês pinga uma graninha pro pobre de um dinheiro que o rico recebe todo mês do seu trabalho/investimento. Isso fará o rico mais pobre e o pobre mais rico?
  • Régis  26/04/2022 13:27
    Respondido acima. Em detalhes.
  • Zé ninguém   26/04/2022 15:39
    Então se um miserável receber todo mês uma mesada de 10.000 de um magnata ele vai ter somente "uma melhora momentânea"? Vai ele continuar a ser pobre porque "não faz nada de produtivo"??
    Desculpe, mas sua resposta é um acinte à inteligência humana.

    Sem contar que você na falou sobre o rico. Mas vou te poupar de mais vexame público
  • Régis  26/04/2022 15:45
    Campeão, se o pobre passa a receber mensalmente 10 mil por mês, então ele passou a ter renda mensal. Na prática, é como se ele tivesse se tornado um assalariado.

    Ter uma renda mensal é o exato objetivo de quem se torna um assalariado.

    Sendo assim, é claro que ele deixará de ser pobre — afinal, na prática, ele passou a viver como se fosse um assalariado.

    Difícil vai ser manter este arranjo eternamente: uns trabalhando e gerando riqueza para então serem tributados e garantirem a vida mansa de terceiros.

    No longo prazo, ninguém mais será otário de trabalhar e produzir. Para que se dar a este trabalho se eu posso simplesmente ficar em casa e recebendo 10 mil?

    Começou a entender por que este arranjo não pode perdurar?

    Julgava isso um tanto óbvio, mas, pelo visto, toda vez que superestimo a inteligência de alguém na internet, me decepciono.
  • realista  26/04/2022 16:06
    Esse é o tipico da caso na economia "o que se vê e o que não se vê"

    Se vc forçar o rico a dar grande parte da sua fortuna mensalmente aos pobres o que vai se ver são alguns pobres melhorando de vida e o rico, mais pobre.

    Mas e o que não se vê?

    1 - Pessoas que vão preferir esperar o rico ser espoliado do que correr atras e produzir.
    2 - Pessoas deixando de empreender e gerar empregos (que pobres poderiam pegar) pois sabem que serão espoliados se ficarem ricas.
    3 - Ricos deixando de produzir pois sabem que serão espoliados.

    etc...
  • anônimo  26/04/2022 16:53
    Renda, riqueza são tudo "recursos". O pobre que não faz nada, ao ganhar coisas grátis, fica mais rico. Agora ele pode consumir mais sem fazer nada. Mas continua sem fonte de renda, porque não produz nada, e, assim, não colabora com a sociedade
  • anônimo  26/04/2022 19:12
    Sim, mancebo. Quem não produz nada, só consegue renda parasitando ou roubando os outros.
    Quem não produz nada é pobre. Ricos são ricos porque produzem e são altamente produtivos.
    O pobre, se produzisse, não seria pobre, não seria dependente dos outros. Mas ele fica esperando cair do céu, ou alguém que lhe dê emprego.
  • Ex-microempresario  26/04/2022 17:33
    Gente, vcs precisam levar em conta as limitações cognitivas do "Zé ninguém".

    Ele diz

    "eu estou falando de renda, não de riqueza."

    e dois parágrafos abaixo ele diz

    "Isso fará o rico mais pobre e o pobre mais rico? "

    Não dá para esperar que ele entenda que dinheiro não é riqueza, que transferir renda de um lugar para outro não faz o total aumentar, que a produção antecede o consumo e coisas assim.
  • Imperion  26/04/2022 13:21
    O rico fica mais pobre. E o pobre mais rico, mesmo que momentaneamente.
    Depois que ele consumir o que ganhou, volta ao que era antes.
    Não há diferença se foi voluntário ou coagida a "doação " , na contabilidade de ambos.
  • Zé Ninguém   27/04/2022 01:05
    Não há diferença se foi voluntário ou coagida a "doação " , na contabilidade de ambos

    Só contabilmente? O resultado econômico não é o mesmo também?

    De resto, vejo pessoas argumentando como se você taxasse os ricos, os ricos deixariam de produzir.
    Quer dizer que Jeff Bezos que hoje tem cerca de 800 BILHÕES DE REAIS, deixaria de se produzir se houvesse um imposto que que tornasse seu patrimônio em 700 BILHÕES????

    Improvável.
    Acho que ele seguiria fazendo as mesmas coisas seja pra ganhar 700 ou ganhar 800.( Ganhar no sentido de acumular aqui, pois isso não é renda nem riqueza. )
    Jeff deve ter pensado… humm só vale a pena me esforçar se for pra ter 800 BILHÕES. Por 700 BILHÕES eu largo tudo, produzo nada, e vou pra praia.
    Parece ilógico
  • George  27/04/2022 01:45
    O feríssimo aí jura que o patrimônio dos ricos está na forma de dinheiro parado numa conta bancária, só esperando ser confiscado por políticos…

    Eis aí um perfeito exemplo da sabedoria econômica da esquerda. Além de nada saberem como a riqueza é criada, também juram que riqueza é apenas dinheiro parado numa conta bancária.

    Aulinha grátis para você: toda a riqueza dos bilionários não está na forma de dinheiro "parado nos bancos", apenas esperando ser tributado e redistribuído. A riqueza deles está majoritariamente na posse de fábricas, instalações industriais, bens de capital, caminhões, tratores e maquinários em geral, e ações — de modo que é impossível confiscar uma fatia desses bens e repassá-los para os mais necessitados.

    A maior parte da riqueza de Jeff Bezos não está em uma conta bancária, mas sim no valor de sua empresa. Se a Amazon passar a valer zero, Bezos será tão rico quanto você.

    Para você ler, sem medo:

    www.mises.org.br/article/3285/as-consequencias-nao-premeditadas-de-uma-politica-de-tributacao-de-grandes-fortunas

    www.mises.org.br/article/2977/se-voce-defende-os-trabalhadores-entao-voce-tem-de-defender-os-ricos

    www.mises.org.br/article/3272/a-maneira-correta-e-mais-eficaz-de-espoliar-os-ricos

    www.mises.org.br/article/2393/a-propriedade-privada-dos-ricos-beneficia-a-todos-e-e-responsavel-direta-pelo-nosso-bem-estar


    Sobre ricos fugirem, isso não é teoria. É prática. Gerard Depardieu abandonou a França para não ser obrigado a pagar a nova alíquota de 75% instituída pelo então governo socialista de François Hollande. E, dois anos após anunciar a nova alíquota, o governo francês se viu obrigado a revogá-la, pois o aumento da arrecadação foi ínfimo (a alíquota afetava apenas mil pessoas e proporcionou somente 250 milhões de euros a mais de arrecadação).

    O que ocorreu com Gerard Depardieu não foi o primeiro e nem será o último caso de um auto-imposto exílio tributário. Nas décadas de 1960 e 1970, o parlamento britânico elevou os impostos incidentes sobre os britânicos mais ricos. A alíquota máxima sobre o imposto de renda foi elevada para 83%. O governo britânico também elevou os impostos sobre ganhos de capital em 15%. 

    Qual foi o resultado?

    Ringo Starr e Roger Moore se mudaram para Mônaco. David Bowie se mudou para a Suíça. Os Rolling Stones começaram a perambular pelo mundo em busca de paraísos fiscais. Phil Collins, Michael Caine, Pink Floyd, Led Zeppelin, Freddy Mercury, Sting, Frederick Forsyth e Sean Connery deixaram o Reino Unido, pelo menos temporariamente, como exilados fiscais. 

    Somente o principado de Mônaco abriga milhares de exilados fiscais britânicos. Nos EUA, vários americanos começaram a renunciar à cidadania americana para evitar impostos.

    Trata-se de uma constatação empírica o fato de que as pessoas com os maiores potenciais de ganhos — ou seja, as mais produtivas e que geram mais valor — são também as mais propensas a se mudarem. 

    Como bem explicou Thomas Sowell:

    "No mundo real, só é possível confiscar a riqueza que já existe em um dado momento. Não é possível confiscar a riqueza futura; e é menos provável que essa riqueza futura seja produzida quando as pessoas se derem conta de que ela também será confiscada.

    Na indústria, no comércio e nos serviços, as pessoas também não são objetos inertes. Os industriais, por exemplo, e ao contrário dos agricultores, não estão amarrados ao solo de nenhum país. Os financistas são ainda menos amarrados à sua terra, especialmente hoje, quando vastas somas de dinheiro podem ser enviadas eletronicamente, a um simples toque no computador, a qualquer parte do mundo.

    Aqueles que sabem que serão o alvo preferencial dos futuros confiscos podem imaginar o que está por vir e, consequentemente, agir de acordo — normalmente, enviando seu dinheiro para o exterior ou simplesmente saindo do país.

    […]

    Entre os ativos mais valiosos de qualquer país estão o conhecimento, as habilidades práticas e a experiência produtiva — aquilo que os economistas chamam de "capital humano".  

    Quando pessoas bem-sucedidas e com um grande capital humano deixam o país [...] haverá um estrago duradouro na economia desse país.

    As políticas confiscatórias de Fidel Castro fizeram com que vários cubanos bem-sucedidos fugissem para a Flórida, vários deles deixando grande parte da sua riqueza física para trás. Mesmo refugiados e completamente destituídos, eles cresceram e voltaram a prosperar na Flórida, tornando-se uma das comunidades mais ricas daquele estado. Já a riqueza que eles deixaram para trás em Cuba não impediu que as pessoas de lá se tornassem indigentes no governo de Fidel. A riqueza duradoura que os  refugiados levaram consigo era o seu capital humano. A riqueza material que ficou para trás foi consumida e não foi replicada."
  • Thomas  27/04/2022 01:48
    É completamente surreal ver um sujeito — certamente um fracassado corrido pela inveja — dizendo que "não importa quanto um rico seja espoliado; ele continuará produzindo do mesmo jeito".

    Foi exatamente esta mentalidade que criou os campos de trabalho forçado na China, o extermínio de 35% da população do Camboja e os 200 milhões de mortos do socialismo.

    Que este tipo de discurso não seja visto como estando no mesmo nível do nazismo mostra o tanto que falhamos como civilização.
  • Zé ninguem  27/04/2022 11:55
    É completamente surreal ver um sujeito — certamente um fracassado corrido pela inveja — dizendo que "não importa quanto um rico seja espoliado; ele continuará produzindo do mesmo jeito".

    Foi exatamente esta mentalidade que criou os campos de trabalho forçado na China, o extermínio de 35% da população do Camboja e os 200 milhões de mortos do socialismo.


    Acho que não
    Foi exatamente essa mentalidade que criou o estado de bem estar social europeu.
    Teu amigo aí inclusive deu vários exemplos de países europeus desenvolvidos que adotaram essas medidas.
    Mas a sua sanha de lacrar e jogar o argumento surrado de comparação com o nazismo fez você encobrir essas informações do seu piti.

    Certamente França, Inglaterra e outros países europeus têm muitos problemas. Mas acho que são problemas bem mais suaves que os de paraísos fiscais dos mais ricos
    www.oxfam.org.br/noticias/brasil-e-um-grande-paraiso-fiscal-para-os-mais-ricos/

    A quem interessa o atraso e o subdesenvolvimento que alguns defendem no Brasil?
  • Túlio  27/04/2022 13:03
    O Brasil é o 4o país do mundo que mais tributa empresas. Os únicos países que tributam mais que o Brasil são Congo, Malta e Índia.

    Pergunta sinceraça: dado que você quer aumentar impostos (o que nos afastaria ainda mais do modelo europeu, segundo os próprios dados), a partir de qual carga tributária você acha que viraríamos a Dinamarca?
  • Estado máximo, cidadão mínimo.  27/04/2022 16:05
    "Acho que não
    Foi exatamente essa mentalidade que criou o estado de bem estar social europeu.
    Teu amigo aí inclusive deu vários exemplos de países europeus [u]desenvolvidos[u/]que adotaram essas medidas."

    Sim, meu camarada. Países que já se desenvolveram podem sim fazer isso. Eles podem aumentar tributos aos baldes para manter o estado de bem estar. É isso que a maioria insiste em não admitir: uma Suécia da vida passou boa parte dos séculos 19 e 20 desenvolvendo indústrias poderosas (Volvo, ESAB, Ericsson, Saab, Scania entre várias outras), os suecos trabalhando e inventando coisas de zíperes e mouses para computador até caixinhas tetrapak, para então, e somente então ter condições e recursos para bancar todo o sistema de bem estar social.
  • Ex-microempresario  27/04/2022 18:27
    Acho interessantíssima a raiva e ódio com que esse tipo de gente usa a expressão "paraísos fiscais". Deixa bem claro que o desejo deles é que todos tenham que viver em "infernos fiscais".
  • anônimo  27/04/2022 19:13
    O brasil nao é um paraiso fiscal para os mais ricos e sim para os parasitas( o que inclue alguns ricos).
  • André Cavalcante  25/04/2022 23:39
    Esta parte do texto precisava ser corrigida:

    " cujo coeficiente de Gini — indicador que mensura a desigualdade; quanto mais próximo de 1, mais desigual é um país —"

    Como todos os número são mostrados na forma de 0 a 100, deveria ser..

    " cujo coeficiente de Gini — indicador que mensura a desigualdade; quanto mais próximo de 100, mais desigual é um país —

    Se não, as comparações seguintes ficam sem sentido.
  • Maria  28/04/2022 18:59
    A cada dia está mais dificil comprar as coisas, a inflação vem comendo no bolso. Eu trabalho com manteigas saborizadas.
    Por outro lado, se há desigualdade entre regiões e o sistema de arrecadação é
    centralizado, as regiões mais ricas arrecadarão e repassarão parcelas mais
    substantivas de recursos ao governo central do que as regiões pobres, de menor
    potencial econômico e menor capacidade arrecadatória e de gasto. Sendo os
    critérios de elegibilidade e administração das políticas sociais também centralizados, a transferência de recursos se daria de acordo com a distribuição da
    necessidade no território. Ou seja, proporcionalmente, regiões pobres receberiam mais recursos do fundo de arrecadação comum do que as regiões ricas,
    justamente por concentrarem territorialmente um número maior de indivíduos
    vulneráveis, potencialmente elegíveis às políticas sociais do governo central.
    Dessa maneira, operaria um mecanismo redistributivo entre regiões intrínseco
    ao modelo centralizado de estrutura fiscal.

    www.confeiteiradesucesso.com/manteiga-de-alho/
    A cada dia o preço os laticinios estão mais caros
  • Estado máximo, cidadão mínimo.  28/04/2022 19:27
    A inflação perdurará por mais meses ainda. E o pior: mesmo depois de estabilizada, o poder de compra do real NÃO vai se recuperar provavelmente. É disso que se trata políticas de criação de moeda sem lastro e distribuição de dinheiro a rodo como ocorreu na pandemia.
  • rraphael  28/04/2022 21:44
    fundo de arrecadaçao comum meu ovo, maria

    tirar dinheiro do povo paulista nao vai tornar o maranhense mais rico, pois dinheiro nao é riqueza

    voce é a classica vitima do paulo freire

    consegue fazer uma critica social enquanto ta reclamando do preço do laticinio

    incapaz de entender que sao justamente as politicas redistributivas que defende que causam a inflaçao que tanto detesta

    ninguem bebe soda caustica porque sabe que faz mal, mas isso é diferente quando a questao é ideologica, nao importa o tamanho do estrago sempre tem alguem com disposiçao
  • anônimo  29/04/2022 11:45
    Sera?

    [Link]www.google.com.br/amp/s/www.infomoney.com.br/mercados/pib-dos-eua-nao-foi-tao-ruim-quanto-parece-e-nao-deve-mudar-projecao-de-alta-de-juros-pelo-fed-apontam-analistas/amp/?espv=1[/link]
  • Edmundo F Ferraz  10/11/2022 19:12
    Sugiro para os que não leram, que leiam o livro " A revolta de Atlas " da filósofa/escritora Ayn Rand e tirem suas conclusões.

    Abraço
  • Edivan Falcão da Silva  24/01/2023 03:46
    Quando se fala em distribuição o editor passa a idéia de que se tem o objetivo de pegar a riqueza dos ricos e dividir entre os pobres, na verdade nunca se tratou disso, nenhum governo de esquerda principalmente nesse pais jamais cogitou tal possibilidade. Distribuir a renda se trata de aumentar a participação nos lucros das empresas, tambem se trata de aumentar a arrecadação sobre as receitas das empresas para que se possa investir nas estruturas sociais do estado, sob o preceito de que as empresas usam o estado para adquirir receita, e que a população faz parte do estado. Outro preceito inegável jamais citado pelo editor é o fato de que é graças a desigualdade que o povo se torna subserviente, é é graças ao trabalho e somente ao trabalho que se cria riqueza, afinal sabe-se que nehum grande joalheiro jamais irá sujar suas unhas de terra em um barranco de mineraçao ou arriscará sua vida em uma mina de diamantes. Os poucos e grandes magnatas espalham a mentira de que chegaram no topo apenas graças a muito esforço e cede um pouco do seu rico dinheiro para as midias como essa convencerem o povo de tal mentira.
  • Ulysses  24/01/2023 12:51
    "passa a idéia de que se tem o objetivo de pegar a riqueza dos ricos e dividir entre os pobres, na verdade nunca se tratou disso"

    SEMPRE foi sobre isso. Todas as falas da esquerda SEMPRE foram exatamente neste sentido: tomar dos ricos e repassar aos pobres.

    Se você acha que não, então de duas uma: ou você está agindo de má fé, ou está gostosamente ludibriado.

    "Distribuir a renda se trata de aumentar a participação nos lucros das empresas"

    Isso já existe: chama-se "comprar ações".

    Ah, só que aí ninguém quer, porque é arriscado.

    Aliás, se é para ter participação nos lucros, então, por definição, é para ter também participação nos prejuízos, certo?

    Eu acho isso sensacional: todo mundo quer usufruir dos lucros obtidos pelo capital de terceiros, mas absolutamente ninguém quer participar dos prejuízos.

    Assim é gostoso, né? Capitalismo sem risco. O que é bom fica para mim; o que é ruim pode ficar todo para você.

    Neste modelo aí, em que a "coletividade" se apossa daquilo que um capitalista construiu sozinho arriscando seu capital e patrimônio, a participação nos lucros sempre exclui a participação nos prejuízos. Querem apenas os ativos e não os passivos. O que é bom fica pra mim; o que é ruim fica inteiramente para os outros.

    "Patrão, teve lucro? Opa, me dá minha parte aí! Ixe, teve prejuízo? Ô, que pena, sinto muito, mas me dá o salário aí mesmo assim."

    "tambem se trata de aumentar a arrecadação sobre as receitas das empresas para que se possa investir nas estruturas sociais do estado"

    O Brasil é o quarto país do mundo que mais tributa empresas

    Tá bom pra você ou ainda tem espaço para mais? A partir de que nível de tributação você começa a achar mais aceitável? A partir de que nível de esbulho a arrecadação sobre as receitas das empresas será o bastante para se "investir nas estruturas sociais do estado" (seja lá o que isso signifique)?

    "é graças a desigualdade que o povo se torna subserviente"

    Albânia, Bielorrússia, Iraque, Cazaquistão, Kosovo, Moldávia, Tajiquistão e Ucrânia são sociedades que apresentam uma distribuição de renda muito mais igualitária que a da Espanha, mas são muito mais pobres.

    Por outro lado, Cingapura é uma sociedade muito mais desigual que a Espanha, mas apresenta uma renda per capita maior em todos os quintis da redistribuição de renda.

    A Etiópia, cujo coeficiente de Gini é de 29,6 e o Paquistão (30) são mais igualitários que a maioria dos países desenvolvidos, como Austrália (35,2), Coréia do Sul (31,6) e Luxemburgo (30,8) e Canadá (32,6).

    Tajiquistão (30,8), Iraque (30,9), Timor Leste (31,9), Bangladesh (32,1) e Nepal (32,8) são mais igualitários que Bélgica (33), Suíça (33,7), Polônia (34), França (35,2), Reino Unido (36), Portugal (38,5), Estados Unidos (40,8), Cingapura (42,5) e Hong Kong (43,4).

    Já o Afeganistão (27,8) é uma das nações mais igualitárias do mundo.

    Pela sua lógica, os povos de Afeganistão e Etiópia são livres, já os franceses e americanos são vergonhosamente subservientes.

    "é é graças ao trabalho e somente ao trabalho que se cria riqueza"

    Corretíssimo. E, no entanto, você bizarramente quer tributar o trabalho e punir ainda mais quem trabalha e produz.

    "Os poucos e grandes magnatas espalham a mentira de que chegaram no topo apenas graças a muito esforço e cede um pouco do seu rico dinheiro para as midias como essa convencerem o povo de tal mentira."

    Esforço? Se tem um site que combate essa desinformação é este aqui.

    Esforço não enriquece ninguém. O que enriquece é produtividade. Trabalho duro é perda de tempo. O que interessa é trabalhar inteligentemente.

    Não, o "trabalho duro" (sozinho) não garante a prosperidade e não retira ninguém da pobreza

    Não é a meritocracia; é o valor que se cria
  • Diego Nogueira Rocco  24/01/2023 18:41
    Só lembrando que no Bostil a carga tributária é tão complexa que AS EMPRESAS ACABAM PAGANDO MAIS IMPOSTOS DO QUE DEVERIAM.


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