O
vício de nos evadirmos da realidade cobra sempre seu preço.
Muitas
vezes, impõe perdas incalculáveis, como ocorreu agora, em Santa Maria, com mais
uma tragédia causada pela desídia.
Uma
lição deve ser aprendida de uma vez por todas:
O
estado não pode ser o fiscal da segurança. Nem das pessoas, nem das
propriedades, pois nunca perde nada em caso de sinistro.
Apenas
seguradoras privadas poderiam atestar se um determinado local tem a devida e
esperada segurança para o público que a frequenta.
Não
podemos nos guiar apenas pela sensação de segurança porque um determinado
estabelecimento cumpriu com a burocracia estatal para funcionar.
Devemos
nos certificar de que estamos em um lugar efetivamente seguro e que, em caso de
alguma ocorrência com danos pessoais ou materiais, seremos devidamente
indenizados por seus responsáveis.
Ocorrendo
qualquer sinistro, os prejuízos das vítimas serão cobertos pela empresa
seguradora.
Para
minimizar a possibilidade de que tenha de arcar com sinistros inesperados,
qualquer seguradora responsável incentivará ou exigirá que condições ótimas de
redução de riscos sejam aplicadas, o que trará efetivamente, maior segurança às
pessoas e às coisas que a elas pertencem.
Alvarás
ou laudos emitidos por órgãos do governo servem apenas para assegurar o
recolhimento de taxas pelo poder público. Quando instados a assumir
responsabilidade civil, pecuniária ou criminal, não demoram para se esquivar.
Muitas vezes, culpando as próprias vítimas.
O
livre-mercado e as instituições privadas podem e devem ser as fiadoras das
condições oferecidas ao público por estabelecimentos como a casa noturna de
Santa Maria, através de contratos de seguro bem feitos.
Imaginarmos
que o estado se responsabilizará pelos danos que causar, seja por omissão ou
por incompetência, nada mais é do que seguirmos agindo sob efeito do vício da
negação da realidade.