A Justiça do Trabalho, uma das maiores responsáveis
pela desigualdade de renda do país, definiu, por meio de sua mais alta
corte, que caso a montadora Toyota dê um intervalo de 20 minutos a mais para
que seus funcionários tomem café, a empresa terá de pagar por isso como
se fossem horas extras — ou seja, com diversos encargos e custos
crescentes.
Agora, apenas reflita. Fosse você o CEO da Toyota, o
que você faria:
I - incorporaria o intervalo como horas extras a todos
os funcionários daqui pra frente, arcando com todos os encargos sociais e
trabalhistas que isso acarreta; ou
II - cortaria de imediato o intervalo para café a fim
de evitar esse gasto extra.
Obviamente, a opção mais racional seria a segunda
opção. Especialmente em tempos de crise.
A empresa terá de pagar, coercitivamente, pelos
intervalos para café já ocorridos e pelas horas extras retroativas, o que
representará um custo marginal em seu orçamento total.
Entretanto, e obviamente, para não mais incorrer
nestas despesas trabalhistas e não acumular mais custos, ela fará o inevitável daqui
para frente: cortará o benefício que havia disponibilizado aos seus empregados.
Ou seja, por causa da Justiça do Trabalho, a empresa
agora possui incentivos para não conceder um intervalo extra de café para seus
trabalhadores, tendo de seguir estritamente o que diz a retrógrada legislação
em relação a como as jornadas devem funcionar.
É muito amor aos trabalhadores.
Mas isso não afeta apenas os funcionários da Toyota.
Isso afetará a sua vida também, caro leitor trabalhador. Uma decisão desta
emite um forte sinal para todos os empregadores do país: não conceda tal benefício ou você terá custos que não esperava em seu
planejamento financeiro.
Tudo isso ilustra o grande atraso que a legislação
trabalhista brasileira representa ao país.
Provavelmente os melhores ambientes de trabalho no
mundo não seriam compatíveis, legalmente ou financeiramente, com o regime do
direito do trabalho brasileiro. As cinco melhores empresas nas
quais trabalhar, de acordo com a revista Fortune
— Google, WengmansFoodMarkets, BCG, Baird e Edward Jones —, possuem rotina e
jornadas tão diferenciais e adaptáveis, com programas a cada dia mais
inovadores, que seria impossível que fossem reproduzidos no Brasil.
Absolutamente tudo o que essas empresas promovem em
relação à qualidade de vida de seus funcionários enfrentaria o retrógrado
pensamento dos juízes trabalhistas brasileiros — especialmente seus programas
de incentivos para premiar o desempenho pessoal, que geram no empregado um
senso de crescimento pessoal e de autossuficiência.
Se você um dia leu sobre as melhores empresas do mundo
nas quais trabalhar, aquelas que trazem o nível mais alto de satisfação e
felicidade pessoal ao empregado, esqueça a hipótese de isso chegar ao Brasil.
Até que a CLT seja derrubada, isso não ocorrerá.
Um brinde à mentalidade socialista da Justiça do
Trabalho.
Solução
A Justiça do Trabalho está sedimentada em uma ideologia
retrógrada e anti-humanitária,
que ainda acredita na teoria
marxista da exploração, concluindo que todo trabalho é necessariamente um
sofrimento humano.
Talvez isso venha da comprovada
infelicidade que funcionários públicos, como juízes trabalhistas, vivenciam
em seu dia a dia. (De fato, deve ser difícil ter paz de espírito). Ou talvez
seja o resultado de um típico delírio megalômano, um sentimento que faz com que
eles se sintam como heróis prestes a salvar o oprimido trabalhador de todo o mal
que o capitalismo gera. Se eles apenas soubessem o quanto essa atitude
prejudica a todos, inclusive
aos mais pobres.
Os danos que a Justiça do Trabalho causa ao país são
inimagináveis e incomensuráveis. Entretanto, a solução para todos eles é muito fácil de ser visualizada: extingui-la de imediato.